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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
1. (Unesp 2019) Galileu tornou-se o criador da 
física moderna quando anunciou as leis fundamentais
do movimento. Formulando tais princípios, ele 
estruturou todo o conhecimento científico da natureza
e abalou os alicerces que fundamentavam a 
concepção medieval do mundo. Destruiu a ideia de 
que o mundo possui uma estrutura finita, 
hierarquicamente ordenada e substituiu-a pela visão 
de um universo aberto, infinito. Pôs de lado o 
finalismo aristotélico e escolástico, segundo o qual 
tudo aquilo que ocorre na natureza ocorre para 
cumprir desígnios superiores; e mostrou que a 
natureza é fundamentalmente um conjunto de 
fenômenos mecânicos.
(José Américo M. Pessanha. Galileu Galilei,
2000. Adaptado.)
A importância da obra de Galileu para o 
surgimento da ciência moderna justifica-se porque 
seu pensamento 
a) resgatou uma concepção medieval de mundo. 
b) baseou-se em uma visão teológica sobre a 
natureza. 
c) fundamentou-se em conceitos metafísicos. 
d) fundou as bases para o desenvolvimento da 
alquimia. 
e) atribuiu regularidade matemática aos fenômenos 
naturais. 
 
2. (Enem 2019) Dizem que Humboldt, 
naturalista do século XIX, maravilhado pela geografia, 
flora e fauna da região sul-americana, via seus 
habitantes como se fossem mendigos sentados 
sobre um saco de ouro, referindo-se a suas 
incomensuráveis riquezas naturais não exploradas. 
De alguma maneira, o cientista ratificou nosso papel 
de exportadores de natureza no que seria o mundo 
depois da colonização ibérica: enxergou-nos como 
territórios condenados a aproveitar os recursos 
naturais existentes.
ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para
imaginar outros mundos. São Paulo: Elefante, 2016
(adaptado).
A relação entre ser humano e natureza 
ressaltada no texto refletia a permanência da seguinte
corrente filosófica: 
a) Relativismo cognitivo. 
b) Materialismo dialético. 
c) Racionalismo cartesiano. 
d) Pluralismo epistemológico. 
e) Existencialismo fenomenológico. 
 
3. (Uece 2019) “[É] uma coisa bem notável que 
não haja homens [...] que não sejam capazes de 
arranjar em conjunto diversas palavras e de compô-
las num discurso pelo qual façam entender seus 
pensamentos; [...] os homens que, tendo nascido 
surdos e mudos, são desprovidos dos órgãos que 
servem aos outros para falar, [...] costumam inventar 
eles próprios alguns sinais, pelos quais se fazem 
entender por quem, estando comumente com eles, 
disponha de lazer para aprender a sua língua.”
DESCARTES, R. Discurso do método, V.
A passagem acima informa sobre a relação 
entre pensamento e linguagem no racionalismo 
moderno.
Sobre essa relação, pode-se afirmar 
corretamente que 
a) a linguagem, quer seja sonora quer seja em sinais, 
tem a função de fazer o pensamento ser entendido 
pelos outros. 
b) a capacidade de produzir discursos, isto é, a 
linguagem, é o que permite aos homens ter 
pensamentos. 
c) o entendimento entre homens se dá através da 
linguagem, que, todavia, é anterior ao pensamento. 
d) o pensamento existe independentemente do 
discurso e, como ocorre entre surdos e mudos, não
precisa ser entendido. 
 
4. (Uel 2019) Leia o texto a seguir.
E se escrevo em francês, que é a língua de meu 
país, e não em latim, que é a de meus preceptores, é 
porque espero que aqueles que se servem apenas de 
sua razão natural inteiramente pura julgarão melhor 
minhas opiniões do que aqueles que não acreditam 
senão nos livros dos antigos. E quanto aos que unem 
o bom senso ao estudo, os únicos que desejo para 
meus juízes, não serão de modo algum, tenho certeza,
tão parciais a favor do latim que recusem ouvir 
minhas razões, porque as explico em língua vulgar.
DESCARTES, R. Discurso do Método. Trad. J.
Guinsburg e Bento Prado Jr. São Paulo: Abril Cultural,
1973. Coleção “Os pensadores”. p. 79.
Com base nos conhecimentos sobre Descartes 
e o surgimento da filosofia moderna, assinale a 
alternativa correta. 
a) A língua vulgar, o francês, expressa de modo mais 
adequado o espírito da modernidade por estar livre 
dos preconceitos da língua dos doutos, o latim. 
b) Redigir o Discurso do Método em francês teve 
propósito similar à tradução da bíblia para o 
alemão feita por Lutero: facilitar o acesso à 
sacralidade do texto em língua vulgar. 
c) O desencantamento do mundo, resultante da 
radical crítica cartesiana à tradição, teve como 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
consequência o abandono da referência à 
divindade. 
d) As ideias expressas por Descartes em seu Discurso
do Método refletem a postura tipicamente moderna
de ruptura total com o passado. 
e) A razão natural inteiramente pura é um atributo 
inerente à natureza humana, independentemente 
da tradição ou da cultura à qual o humano se 
vincula. 
 
5. (Uel 2019) Leia o texto a seguir.
Por que só o homem é suscetível de tornar-se 
imbecil? [...] O verdadeiro fundador da sociedade civil 
foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, 
lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas 
suficientemente simples para acreditá-lo.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a
origem e os fundamentos da desigualdade entre os
homens. Trad. Lourdes Santos Machado, 3. ed. São
Paulo: Abril Cultural, 1983. pp. 243; 259.
Com base nos conhecimentos sobre sociedade
civil, propriedade e natureza humana no pensamento 
de Rousseau, assinale a alternativa correta. 
a) A instauração da propriedade decorre de um ato 
legítimo da sociedade civil, na medida em que 
busca atender às necessidades do homem em 
estado de natureza. 
b) A instauração da propriedade e da sociedade civil 
cria uma ruptura radical do homem consigo 
mesmo e de distanciamento da natureza. 
c) A fundação da sociedade civil é legitimada pela 
racionalidade e pela universalidade do ato de 
instauração da propriedade privada. 
d) O sentimento mais primitivo do homem, que o leva 
a instituir a propriedade, é o reconhecimento da 
necessidade da propriedade para garantir a 
subsistência. 
e) A sociedade civil e a propriedade são expressões 
da perfectibilidade humana, ou seja, da sua 
capacidade de aperfeiçoamento. 
 
6. (Enem PPL 2019) TEXTO I
Eu queria movimento e não um curso calmo da 
existência. Queria excitação e perigo e a oportunidade
de sacrificar-me por meu amor. Sentia em mim uma 
superabundância de energia que não encontrava 
escoadouro em nossa vida.
TOLSTÓI, L. Felicidade familiar. Apud
KRAKAUER, J. Na natureza selvagem. São Paulo: Cia.
das Letras, 1998.
TEXTO II
Meu lema me obrigava, mais que a qualquer 
outro homem, a um enunciado mais exato da verdade;
não sendo suficiente que eu lhe sacrificasse em tudo 
o meu interesse e as minhas simpatias, era preciso 
sacrificar-lhe também minha fraqueza e minha 
natureza tímida. Era preciso ter a coragem e a força 
de ser sempre verdadeiro em todas as ocasiões.
ROUSSEAU, J.-J. Os devaneios do caminhante
solitário. Porto Alegre: L&PM, 2009.
Os textos de Tolstói e Rousseau retratam ideais
da existência humana e defendem uma experiência 
a) lógico-racional, focada na objetividade, clareza e 
imparcialidade. 
b) místico-religiosa, ligada à sacralidade, elevação e 
espiritualidade. 
c) sociopolítica, constituída por integração, 
solidariedade e organização. 
d) naturalista-científica, marcada pela 
experimentação, análise e explicação. 
e) estético-romântica, caracterizada por sinceridade, 
vitalidade e impulsividade. 
 
7. (Unesp 2019) A maior violação do dever de 
um ser humano consigo mesmo, considerado 
meramente como um ser moral (a humanidade em 
sua própria pessoa), é o contrário da veracidade, a 
mentira [...]. A mentira pode ser externa [...] ou, 
inclusive, interna. Através de uma mentira externa, um
ser humano faz de si mesmo um objeto de desprezo 
aos olhos dos outros; através de uma mentirainterna, 
ele realiza o que é ainda pior: torna a si mesmo 
desprezível aos seus próprios olhos e viola a 
dignidade da humanidade em sua própria pessoa [...]. 
Pela mentira um ser humano descarta e, por assim 
dizer, aniquila sua dignidade como ser humano. [...] É 
possível que [a mentira] seja praticada meramente 
por frivolidade ou mesmo por bondade; aquele que 
fala pode, até mesmo, pretender atingir um fim 
realmente benéfico por meio dela. Mas esta maneira 
de perseguir este fim é, por sua simples forma, um 
crime de um ser humano contra sua própria pessoa e 
uma indignidade que deve torná-lo desprezível aos 
seus próprios olhos.
(Immanuel Kant. A metafísica dos costumes,
2010.)
Em sua sentença dirigida à mentira, Kant 
a) considera a condenação relativa e sujeita a 
justificativas, de acordo com o contexto. 
b) assume que cada ser humano particular representa
toda a humanidade. 
c) apresenta um pensamento desvinculado de 
pretensões racionais universalistas. 
d) demonstra um juízo condenatório, com justificação
em motivações religiosas. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
e) assume o pressuposto de que a razão sempre é 
governada pelas paixões. 
 
8. (Enem 2019) TEXTO I
Duas coisas enchem o ânimo de admiração e 
veneração sempre crescentes: o céu estrelado sobre 
mim e a lei moral em mim.
KANT, I. Crítica da razão prática. Lisboa:
Edições 70, s/d (adaptado).
TEXTO II
Duas coisas admiro: a dura lei cobrindo-me e o 
estrelado céu dentro de mim.
FONTELA, O. Kant (relido). In: Poesia completa.
São Paulo: Hedra, 2015.
A releitura realizada pela poeta inverte as 
seguintes ideias centrais do pensamento kantiano: 
a) Possibilidade da liberdade e obrigação da ação. 
b) A prioridade do juízo e importância da natureza. 
c) Necessidade da boa vontade e crítica da 
metafísica. 
d) Prescindibilidade do empírico e autoridade da 
razão. 
e) Interioridade da norma e fenomenalidade do 
mundo. 
 
9. (Uece 2019) “No Brasil, a tortura ganhou 
destaque durante o período da ditadura militar, 
quando foram cometidos diversos atos de tortura 
contra pessoas consideradas pelo governo como 
uma ‘ameaça’ à ordem e à paz. Após esse período 
turbulento, a Assembleia Constituinte se reuniu para 
elaborar a nova Constituição, aquela que mais tarde 
seria considerada como a Constituição Cidadã, pois 
ressalta o respeito à dignidade da pessoa humana e a
garantia dos direitos essenciais”.
TEIXEIRA, Adriano Mendes. Os crimes de
tortura e o princípio constitucional da dignidade da
pessoa humana. Disponível em:
https://adrianomendes2016.jusbrasil.com.br/artigos/
385521311/os-crimes-de-tortura-e-o-principio-
constitucionalda-dignidade-da-pessoa-humana
O conceito de pessoa na expressão “dignidade 
da pessoa humana” se refere ao conceito 
a) jurídico de persona, no sentido hobbesiano, como 
indivíduo em sua existência legal como membro do
Estado. 
b) religioso, no sentido agostiniano, da pessoa 
individual como imago dei, ou seja, criado à 
imagem e semelhança de Deus. 
c) estético-teatral, como dramatis personae, lista dos 
personagens principais de uma obra teatral. 
d) ético-moral, no sentido kantiano, em que o homem, 
como ser racional, é fim em si mesmo e nunca 
meio. 
 
10. (Enem 2018) O século XVIII é, por diversas 
razões, um século diferenciado. Razão e 
experimentação se aliavam no que se acreditava ser o
verdadeiro caminho para o estabelecimento do 
conhecimento científico, por tanto tempo almejado. O 
fato, a análise e a indução passavam a ser parceiros 
fundamentais da razão. É ainda no século XVIII que o 
homem começa a tomar consciência de sua situação 
na história.
ODALIA, N. In: PINSKY, J.; PINSKY. C. B. História
da cidadania. São Paulo: Contexto. 2003.
No ambiente cultural do Antigo Regime, a 
discussão filosófica mencionada no texto tinha como 
uma de suas características a 
a) aproximação entre inovação e saberes antigos. 
b) conciliação entre revelação e metafísica platônica. 
c) vinculação entre escolástica e práticas de 
pesquisa. 
d) separação entre teologia e fundamentalismo 
religioso. 
e) contraposição entre clericalismo e liberdade de 
pensamento. 
 
11. (Uel 2018) Leia o texto a seguir.
Resta-nos um único e simples método, para 
alcançar os nossos intentos: levar os homens aos 
próprios fatos particulares e às suas séries e ordens, 
a fim de que eles, por si mesmos, se sintam obrigados
a renunciar às suas noções e comecem a habituar-se 
ao trato direto das coisas.
(BACON, F. Novum Organum Trad. José Aluysio
Reis de Andrade. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p.
26.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
o problema do método de investigação da natureza 
em Bacon, assinale a alternativa correta. 
a) O preceito metodológico do “trato direto das 
coisas” supõe que cada um já possui em si as 
condições para realizar a investigação da natureza.
b) A investigação da natureza consiste em aplicar um 
conjunto de pressupostos metafísicos, cuja função 
é orientar a investigação. 
c) As “séries e ordens” referentes aos fatos 
particulares resultam da aplicação dos 
pressupostos do método de investigação. 
d) A renúncia às noções que cada um possui é o 
princípio do método de investigação, que levará a 
ida aos fatos particulares. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
e) O método de interpretação da natureza propõe uma
nova atitude com relação às coisas e uma nova 
compreensão dos poderes do intelecto. 
 
12. (Ufu 2018) Na obra Discurso do método, o 
filósofo francês Renê Descartes descreve as quatro 
regras que, segundo ele, podem levar ao 
conhecimento de todas as coisas de que o espírito é 
capaz de conhecer.
Quanto a uma dessas regras, ele diz que se 
trata de "dividir cada dificuldade que examinasse em 
tantas partes quantas possíveis e necessárias para 
melhor resolvê-las".
Descartes. Discurso do método,I-II, citado por:
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução de
Marcus Penchel.
Essa regra, transcrita acima, é denominada 
a) regra da análise. 
b) regra da síntese. 
c) regra da evidência. 
d) regra da verificação. 
 
13. (Upe-ssa 2 2018) Sobre a consciência 
crítica e a filosofia, analise o texto a seguir:
Como relata Descartes no Discurso sobre o 
método, depois de ter lançado tudo à dúvida, somente
depois, tive de constatar que, embora eu quisesse 
pensar que tudo era falso, era preciso 
necessariamente que eu, que assim pensava, fosse 
alguma coisa. E, observando que essa verdade – 
‘penso, logo sou’ – era tão firme e sólida que 
nenhuma das mais extravagantes hipóteses dos 
céticos seria capaz de abalá-la.”
(REALE, Giovanni. História da Filosofia: Do
Humanismo a Kant. São Paulo: Paulinas, 1990, p.
366).
O autor do texto retrata alguns apontamentos 
sobre o pensamento cartesiano. Com relação a esse 
assunto, assinale a alternativa CORRETA. 
a) As ideias de Descartes enfatizam que a dúvida tem 
valor secundário sobre como conduzir bem sua 
razão. 
b) O pensamento cartesiano afirma que não devemos 
rejeitar como falso tudo aquilo do qual não 
podemos duvidar. 
c) O cartesianismo é um empirismo, ou seja, prioriza o
valor dos sentidos no âmbito do conhecimento. 
d) O pensamento de Descartes influenciou, 
efetivamente, o mundo cultural francês e retratou a 
significância do espírito crítico na investigação do 
conhecimento. 
e) O método racionalista prioriza a verdade da fé 
como critério da cientificidade. 
 
14. (Uel 2018) Leia o texto a seguir.
Vimos, assim, que a Alma pode sofrer grandes 
transformações e passar ora a uma maior perfeição, 
ora a uma menor, paixões estas que nos explicam as 
afecções de alegria e detristeza. Assim, por alegria, 
entenderei, no que vai seguir-se, a paixão pela qual a 
Alma passa a uma perfeição maior; por tristeza, ao 
contrário, a paixão pela qual a Alma passa a uma 
perfeição menor.
(ESPINOSA, B. Ética. Trad. Antonio Simões.
Lisboa: Relógio D’Água, 1992. p. 279).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
o problema da paixão e da afecção em Espinosa, 
assinale a alternativa correta. 
a) A tristeza é uma ação da alma, consistente na 
afecção causada por uma paixão, por meio da qual 
a alma visa a própria destruição. 
b) As transformações da alma, seja o aumento ou a 
diminuição de intensidade, fazem coexistir paixões 
contrárias. 
c) O aumento de perfeição, característico de afecção 
da alegria, vincula-se ao esforço da alma em 
perceber-se com mais clareza e distinção. 
d) Tristeza e alegria são denominadas paixões porque
resultam da ação de distintas dimensões da alma, 
responsáveis pela produção dessas afecções. 
e) Se uma coisa aumenta a potência de agir do corpo, 
a ideia dessa mesma coisa diminuirá a potência de 
pensar da nossa alma. 
 
15. (Unioeste 2018) O filósofo alemão 
Immanuel Kant formulou, na Crítica da Razão Pura, 
uma divisão do conhecimento e acesso da razão aos 
fenômenos. Fenômenos não são coisas; eles 
nomeiam aquilo que podemos conhecer das coisas, 
através das formas da sensibilidade (Espaço e 
Tempo) e das categorias do entendimento (tais como
Substância, Relação, Necessidade etc.). Assim, Kant 
afirma que o conhecimento humano é finito (limitado 
por suas formas e categorias). Como poderia haver, 
então, algum conhecimento universalmente válido? 
Ele afirma que tal conhecimento se formula num 
“juízo sintético a priori”. Juízos são afirmações; o 
adjetivo “sintéticos” significa que essas afirmações 
reúnem conceitos diferentes; “a priori”, por sua vez, 
indica aquilo que é obtido sem acesso à experiência 
dos fenômenos, antes deles e para que os fenômenos
possam ser reunidos em um conhecimento que tenha
unidade e sentido.
Com base nisso, indique a alternativa 
CORRETA. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
a) Para Kant, o conhecimento humano é diretamente 
dado pela experiência das coisas, acessíveis pelos 
sentidos (visão, audição, etc.). 
b) Juízos sintéticos a priori são afirmações de 
conhecimento cuja natureza é particular e que se 
altera caso a caso. 
c) Se a Metafísica é o conhecimento da essência das 
coisas elas mesmas, Kant é, na Crítica da Razão 
Pura, um defensor da Metafísica, e não um 
defensor da finitude do conhecimento. 
d) Para Kant, Espaço e Tempo são categorias do 
entendimento mediante as quais conhecemos os 
fenômenos. 
e) Juízos sintéticos a priori permitem organizar o 
conhecimento, dando a ele validade universal e 
unicidade. 
 
16. (Ufu 2018) De acordo com o pensamento 
do filósofo Immanuel Kant (1724-1804), os juízos a 
priori são todos analíticos e os juízos a posteriori são 
todos sintéticos.
Assinale a alternativa que define corretamente 
as noções de juízo analítico e juízo sintético. 
a) O juízo analítico é uma proposição que não pode 
ser pensada sem ser simultaneamente 
acompanhada de sua necessidade, já o juízo 
sintético não é uma proposição necessária. 
b) No juízo analítico, o sujeito está contido no 
conceito do predicado, mas, no juízo sintético, o 
predicado advém da experiência. 
c) No juízo analítico, o predicado pertence ao sujeito 
como algo que está contido nele, já no juízo 
sintético, o predicado está totalmente fora do 
conceito do sujeito. 
d) O juízo analítico é uma proposição necessária, já 
no juízo sintético, o predicado vai além do conceito 
do sujeito, acrescentando algo a esse. 
 
17. (Uel 2018) Leia o texto a seguir.
Rochedos audazes sobressaindo-se por assim 
dizer ameaçadores, nuvens carregadas acumulando-
se no céu, avançando com relâmpagos e estampidos, 
vulcões em sua inteira força destruidora, furacões 
com a devastação deixada para trás, o ilimitado 
oceano revolto, uma alta queda d’água de um rio 
poderoso etc. tornam nossa capacidade de 
resistência de uma pequenez insignificante em 
comparação com o seu poder. Mas o seu espetáculo 
só se torna tanto mais atraente quanto mais terrível 
ele é, contanto que, somente, nos encontremos em 
segurança; e de bom grado denominamos estes 
objetos sublimes, porque eles elevam a fortaleza da 
alma acima de seu nível médio e permitem descobrir 
em nós uma faculdade de resistência de espécie 
totalmente diversa, a qual encoraja a medir-nos com a
aparente onipotência da natureza.
(KANT, I. Crítica da Faculdade do Juízo. Trad.
Antonio Marques e Valério Rohden. Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 1995. p. 107.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
o juízo de gosto e o sublime na estética moderna, 
particularmente em Kant, assinale a alternativa 
correta. 
a) O conceito de beleza, resultante da atividade do 
entendimento, permite apreender o sentido dos 
eventos ameaçadores, protegendo o sujeito da 
destruição. 
b) Os elementos da natureza compõem o núcleo da teoria 
kantiana do juízo de gosto, constituindo, também, parte 
importante da sua concepção de gênio. 
c) Os eventos naturais de proporções ameaçadoras 
provocam nosso interesse quando nos situam na 
possibilidade iminente de sermos por eles 
destruídos. 
d) O sublime não está contido em nenhuma coisa da 
natureza, e sim em nosso ânimo, quando nos 
tornamos conscientes de nossa superioridade à 
natureza. 
e) A faculdade de resistência à dimensão 
ameaçadora e destruidora dos eventos naturais de 
grande magnitude é a faculdade produtora do belo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Para responder à(s) questão(ões), considere o 
texto abaixo.
O que singulariza o pessimismo de Machado de 
Assis é a sua posição antagônica em relação ao 
evolucionismo oitocentista, ao culto do progresso e da 
ciência. Frente às ingenuidades do cientificismo, o 
sarcasmo de Brás Cubas reabre a interrogação 
metafísica, a perplexidade radical ante a variedade do 
ser humano. Um artista como Machado levou mais a 
sério do que os arautos do evolucionismo cientificista 
o golpe que Darwin tinha desfechado contra as ilusões 
antropocêntricas da humanidade.
MERQUIOR, José Guilherme. De Anchieta a
Euclides.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1977, p. 171-172.
 
18. (Puccamp 2018) A interrogação metafísica 
fez parte das preocupações de diversos pensadores e
artistas durante o Renascimento.
Nesse período, observa-se a contestação de 
ideias como 
a) o antropocentrismo, que concebia o homem como 
o centro do universo, uma vez que os 
renascentistas passam a valorizar a ciência e a 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
natureza como os temas e eixos centrais do 
conhecimento humano. 
b) a beleza clássica, que postulava serem os padrões 
estéticos do classicismo aqueles a serem seguidos
nas artes plásticas, uma vez que os renascentistas 
passam a defender uma arte livre de regras e 
modelos. 
c) o universalismo, que afirmava a existência de leis 
universais que atuavam sobre a existência humana,
uma vez que os renascentistas eram avessos a 
dogmas e a admissão de regras dessa amplitude. 
d) o dogma eclesiástico, que determinava algumas 
verdades absolutas que não poderiam ser 
contestadas, uma vez que os renascentistas 
defendiam o racionalismo como meio de se 
produzir e aperfeiçoar o conhecimento. 
e) a escolástica, corrente do pensamento católico 
cultivada nas universidades, uma vez que os 
renascentistas questionavam a validade da fé, a 
existência de Deus e defendiam que a ciência era a 
única fonte de conhecimento real. 
 
19. (Upe-ssa 2 2017) O bom senso é a coisa do
mundo melhor partilhada, pois cada qual pensa estar 
tãobem provido dele que mesmo os que são mais 
difíceis de contentar em qualquer outra coisa, não 
costumam desejar tê-lo mais do que o têm. E não é 
verossímil que todos se enganem a tal respeito; mas 
isso antes testemunha que o poder de bem julgar e 
distinguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o 
que se denomina o bom senso ou a razão, é 
naturalmente igual em todos os homens.
DESCARTES, René. Discurso do Método, 1973,
p. 37.
Na perspectiva de René Descartes, 
a) o conhecimento filosófico prioriza a sensação, 
deixando à margem o valor da razão, isto é, o que 
vale é ter bom senso. 
b) o conhecimento filosófico é natural em todos os 
homens, mesmo sem fazerem uso do bom senso. 
c) o conhecimento filosófico salienta a importância 
capital de bem conduzir a própria razão para a 
aquisição da ciência. 
d) o conhecimento filosófico delimita a faculdade de 
julgar o absoluto, desprezando o valor do 
conhecimento. 
e) o conhecimento filosófico enfatiza que a essência 
do homem consiste nos sentidos, uma vez que o 
bom senso acentua o caráter relativo e particular 
da razão. 
 
20. (Unesp 2017) Todas as vezes que 
mantenho minha vontade dentro dos limites do meu 
conhecimento, de tal maneira que ela não formule 
juízo algum a não ser a respeito das coisas que lhe 
são claras e distintamente representadas pelo 
entendimento, não pode acontecer que eu me 
equivoque; pois toda concepção clara e distinta é, 
com certeza, alguma coisa de real e de positivo, e, 
assim, não pode se originar do nada, mas deve ter 
obrigatoriamente Deus como seu autor; Deus que, 
sendo perfeito, não pode ser causa de equívoco 
algum; e, por conseguinte, é necessário concluir que 
uma tal concepção ou um tal juízo é verdadeiro.
René Descartes. Vida e Obra. Os pensadores,
2000.
Sobre o racionalismo cartesiano, é correto 
afirmar que 
a) sua concepção sobre a existência de Deus exerceu 
grande influência na renovação religiosa da época. 
b) sua valorização da clareza e distinção do 
conhecimento científico baseou-se no 
irracionalismo. 
c) desenvolveu as bases racionais para a crítica do 
mecanicismo como método de conhecimento. 
d) formulou conceitos filosóficos fortemente 
contrários ao heliocentrismo defendido por Galileu. 
e) se tratou de um pensamento responsável pela 
fundamentação do método científico moderno. 
 
21. (Enem (Libras) 2017) Os filósofos 
concebem as emoções que se combatem entre si, em
nós, como vícios em que os homens caem por erro 
próprio; é por isso que se habituaram a ridicularizá-
los, deplorá-los, reprová-los ou, quando querem 
parecer mais morais, detestá-los. Concebem os 
homens, efetivamente, não tais como são, mas como 
eles próprios gostariam que fossem.
ESPINOSA, B. Tratado político. São Paulo: Abril
Cultural, 1973.
No trecho, Espinosa critica a herança filosófica 
no que diz respeito à idealização de uma 
a) estrutura da interpretação fenomenológica. 
b) natureza do comportamento humano. 
c) dicotomia do conhecimento prático. 
d) manifestação do caráter religioso. 
e) reprodução do saber tradicional. 
 
22. (Ufu 2017) Hume descreveu a confiança 
que o entendimento humano deposita na 
probabilidade dos resultados dos eventos observados
na natureza. Ele comparou essa convicção ao 
lançamento de dados, cujas faces são previamente 
conhecidas, porém, nas palavras do filósofo:
[...] verificando que maior número de faces 
aparece mais em um evento do que no outro, o 
espírito [o entendimento humano] converge com mais
frequência para ele e o encontra muitas vezes ao 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
considerar as várias possibilidades das quais 
depende o resultado definitivo.
HUME, D. Investigação acerca do entendimento
humano. Tradução de Anoar Aiex.
São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 93. Coleção
“Os Pensadores”.
Esse tipo de raciocínio, descrito por Hume, 
conduz o entendimento humano a uma situação 
distinta da certeza racional, uma espécie de “falha”, 
representada pelo(a) 
a) verdade da fantasia, que é superior à certeza 
racional. 
b) crença, que ocupa o lugar da certeza racional. 
c) sentido visual, que é mais verídico que a certeza 
sensível. 
d) ideia inata, que atua como o a priori da razão 
humana. 
 
23. (Uel 2017) Leia o texto a seguir.
Podemos definir uma causa como um objeto, 
seguido de outro, tal que todos os objetos 
semelhantes ao primeiro são seguidos por objetos 
semelhantes ao segundo. Ou, em outras palavras, tal 
que, se o primeiro objeto não existisse, o segundo 
jamais teria existido. O aparecimento de uma causa 
sempre conduz a mente, por uma transição habitual, à
ideia do efeito; disso também temos experiência.
Em conformidade com essa experiência, 
podemos, portanto, formular uma outra definição de 
causa e chamá-la um objeto seguido de outro, e cujo 
aparecimento sempre conduz o pensamento àquele 
outro. Mas, não temos ideia dessa conexão, nem 
sequer uma noção distinta do que é que desejamos 
saber quando tentamos concebê-las.
Adaptado de: HUME, D. Investigação sobre o
entendimento humano e sobre os princípios da moral.
Seção VII, 29. Trad. José Oscar de Almeida Marques.
São Paulo: UNESP, 2004. p. 115.
Com base no texto e nos conhecimentos 
acerca das noções de causa e efeito em David Hume, 
assinale a alternativa correta. 
a) As noções de causa e efeito fazem parte da 
realidade e por isso os fenômenos do mundo são 
explicados através da indicação da causa. 
b) A presença do efeito revela a causa nele envolvida, 
o que garante a explicação de determinado 
acontecimento. 
c) A causa e o efeito são noções que se baseiam na 
experiência e, por meio dela, são apreendidas. 
d) A causa e o efeito são conhecidos objetivamente 
pela mente e não por hábitos formados pela 
percepção do mundo. 
e) A causa e o efeito proporcionam, necessariamente,
explicações válidas sobre determinados fatos e 
acontecimentos. 
 
24. (Pucpr 2017) Na abertura do “Discurso 
sobre a Origem e os fundamentos da Desigualdade 
entre os Homens”, Rousseau, dirigindo-se aos 
soberanos, senhores de Genebra, diz considerar-se 
um felizardo. Por quê?
Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Por haver nascido entre vós e poder meditar sobre 
a igualdade que a natureza instalou entre os 
homens e sobre a desigualdade de que eles 
instituíram. 
b) Por haver nascido na floresta e haver vivido como 
um animal selvagem. 
c) Por perceber que na República de Genebra reinava 
uma igualdade natural e política entre os homens. 
d) Por crer que Deus é o autor da desigualdade entre 
os homens. 
e) Por acreditar que só os animais irracionais 
conseguem viver plenamente a igualdade entre 
eles. 
 
25. (Uel 2017) Leia os textos a seguir.
Exercita-te primeiro, caro amigo, e aprende o 
que é preciso conhecer para te iniciares na política; 
antes, não. Então, primeiro precisarás adquirir virtude, 
tu ou quem quer que se disponha a governar ou a 
administrar não só a sua pessoa e seus interesses 
particulares, como a cidade e as coisas a ela 
pertinentes. Assim, o que precisas alcançar não é o 
poder absoluto para fazeres o que bem entenderes 
contigo ou com a cidade, porém justiça e sabedoria.
PLATÃO, O primeiro Alcebíades. Trad. Carlos
Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2004. p. 281-285.
Esclarecimento é a saída do homem de sua 
menoridade, da qual ele próprio é culpado. A 
menoridade é a incapacidade de fazer uso do seu 
entendimento sem a direção de outro indivíduo... 
Sapere Aude! Tem coragem de fazer uso de teu 
próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento.
KANT, I. Resposta à pergunta: que é
‘Esclarecimento’ (‘Aufklärung’). Trad. Floriano de
Souza Fernandes, 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1985. p.
100-117.
Tendo em vista a compreensão kantiana do 
Esclarecimento (Aufklärung) para a constituição de 
uma compreensão tipicamente moderna do humano, 
assinalea alternativa correta. 
a) Fazer uso do próprio entendimento implica a 
destruição da tradição, na medida em que o poder 
da tradição impede a liberdade do pensamento. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
b) A superação da condição de menoridade resulta do
uso privado da razão, em que o indivíduo faz uso 
restrito do próprio entendimento. 
c) A saída da menoridade instaura uma situação 
duradoura, pois as verdadeiras conquistas do 
Esclarecimento se afiguram como irreversíveis. 
d) A menoridade é uma tendência decorrente da 
natureza humana, sendo, por esse motivo, 
superada no Esclarecimento, com muito esforço. 
e) A condição fundamental para o Esclarecimento é a 
liberdade, concebida como a possibilidade de se 
fazer uso público da razão. 
 
26. (Unioeste 2017) Na obra Fundamentação 
da Metafísica dos Costumes, Kant apresenta uma 
formulação do imperativo categórico: “Age apenas 
segundo uma máxima tal que possas ao mesmo 
tempo querer que ela se torne lei universal”.
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica
dos costumes. 
São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 129
Em relação ao pensamento de Kant, é 
CORRETO afirmar. 
a) O propósito do imperativo categórico é o de 
permitir que o indivíduo decida suas ações sem 
que tenha que se preocupar com os demais. 
b) O imperativo categórico tem por objetivo desfazer 
o conflito entre a providência divina, relacionada à 
cidade de Deus, e o espaço terreno. 
c) O imperativo categórico vincula a conduta moral a 
uma norma universal. 
d) Para Kant, não é possível que o indivíduo constitua 
um fim em si mesmo. Por isso mesmo, ele precisa 
espelhar-se na ação dos demais para a sua ação. 
e) O imperativo categórico corresponde à condição do
estado de natureza, que é anterior à instituição do 
Estado civil. 
 
27. (Ufu 2017) Leia a citação a seguir. 
A preguiça e a covardia são as causas pelas 
quais uma grande parte dos homens, depois que a 
natureza de há muito os libertou de uma direção 
estranha, continuem no entanto de bom grado 
menores durante toda a vida. São também as causas 
que explicam porque é tão fácil que os outros se 
constituam em tutores deles. 
KANT, I. Resposta à pergunta: que é
“Esclarecimento”? (Aufklarung). In: ______. Textos
seletos. Tradução de Raimundo Vier. 3. ed. Petrópolis:
Vozes, 2005, p. 64. 
A menoridade de que fala Kant é a condição 
daqueles que não fazem o uso da razão. Essa 
condição evidencia a ausência 
a) do idealismo necessário para a ampliação dos 
horizontes existenciais. 
b) da autonomia para fazer uso próprio da razão sem 
a tutela de outrem. 
c) da religião encarregada de fazer feliz o homem 
indigente de pensamento. 
d) da ignorância, pois quem se deixa guiar pelos 
outros acerta sempre. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto a seguir e responda à(s) 
questão(ões).
O tempo nada mais é que a forma da nossa 
intuição interna. Se a condição particular da nossa 
sensibilidade lhe for suprimida, desaparece também o
conceito de tempo, que não adere aos próprios 
objetos, mas apenas ao sujeito que os intui.
KANT, I. Crítica da razão pura. Trad. Valério
Rohden e Udo Baldur Moosburguer.
São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 47. Coleção
Os Pensadores. 
28. (Uel 2017) Com base nos conhecimentos 
sobre a concepção kantiana de tempo, assinale a 
alternativa correta. 
a) O tempo é uma condição a priori de todos os 
fenômenos em geral. 
b) O tempo é uma representação relativa subjacente 
às intuições. 
c) O tempo é um conceito discursivo, ou seja, um 
conceito universal. 
d) O tempo é um conceito empírico que pode ser 
abstraído de qualquer experiência. 
e) O tempo, concebido a partir da soma dos instantes,
é infinito. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
José de Alencar retratou o seu herói goitacá 
em prosa, a exemplo do que o escocês Walter Scott 
havia feito com os cavaleiros medievais na célebre 
novela Ivanhoé. Para evocar um mítico passado 
nacional, na falta dos briosos cavaleiros medievais de
Scott, o índio seria o modelo de que Alencar lançaria 
mão. (...) O índio entrara como tema na literatura 
universal por influência das ideias dos filósofos 
iluministas e especialmente, da obra de Jean-Jacques
Rousseau (...). As teses de Rousseau sobre o “bom 
selvagem”, por sua vez, bebiam na fonte das 
narrativas de viajantes do século XVI, os primeiros 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
europeus que haviam colocado os pés no chão 
americano. Foram esses viajantes os responsáveis 
pela propagação do juízo de que, do outro lado do 
oceano, existia um povo feliz, vivendo sem lei nem rei 
(...).
(NETO, Lira. O inimigo do Rei. Uma biografia de
José de Alencar. São Paulo: Globo, 2006. p. 166-167) 
29. (Puccamp 2017) Para o filósofo iluminista 
francês a que o texto de Lira Neto se refere, 
a) o governo democrático deveria sempre representar 
a maioria dos cidadãos, a qual opinaria sobre as 
questões sociais, enquanto os governantes 
deveriam consultar o povo sempre que necessário. 
b) o universo é governado por leis físicas e não 
submetido a interferências de cunho divino, sendo 
a universalidade da razão o único caminho que 
levaria ao conhecimento do mundo de forma 
coerente. 
c) os homens possuem a vida, a liberdade e a 
propriedade como direitos naturais e os governos 
teriam que respeitar esses direitos e, caso não o 
fizessem, caberia à sociedade civil o direito de 
rebelião. 
d) o espírito humano é uma ‘tábua rasa’ e todo 
conhecimento se faz com a própria capacidade 
intelectual do homem de se desenvolver mediante 
sua atividade e de exercício do pensamento. 
e) o Estado deveria garantir aos cidadãos a liberdade, 
por meio de uma divisão equilibrada dos poderes, 
quais sejam: o de fazer as leis, o de executar as 
resoluções públicas e o de julgar os crimes. 
 
30. (Unesp 2016) Os ídolos e noções falsas 
que ora ocupam o intelecto humano e nele se acham 
implantados não somente o obstruem a ponto de ser 
difícil o acesso da verdade, como, mesmo depois de 
superados, poderão ressurgir como obstáculo à 
própria instauração das ciências, a não ser que os 
homens, já precavidos contra eles, se cuidem o mais 
que possam. O homem se inclina a ter por verdade o 
que prefere. Em vista disso, rejeita as dificuldades, 
levado pela impaciência da investigação; rejeita os 
princípios da natureza, em favor da superstição; 
rejeita a luz da experiência, em favor da arrogância e 
do orgulho, evitando parecer se ocupar de coisas vis e
efêmeras; rejeita paradoxos, por respeito a opiniões 
vulgares. Enfim, inúmeras são as fórmulas pelas 
quais o sentimento, quase sempre 
imperceptivelmente, se insinua e afeta o intelecto.
(Francis Bacon. Novum Organum [publicado
originalmente em 1620],
1999. Adaptado.)
Na história da filosofia ocidental, o texto de 
Bacon preconiza 
a) um pensamento científico racional afastado de 
paixões e preconceitos. 
b) uma crítica à hegemonia do paradigma cartesiano 
no âmbito científico. 
c) a defesa do inatismo das ideias contra os 
pressupostos da filosofia empirista. 
d) a valorização romântica de aspectos sentimentais 
e intuitivos do pensamento. 
e) uma crítica de caráter ético voltada contra a frieza 
do trabalho científico. 
 
31. (Enem 2ª aplicação 2016) Pode-se admitir 
que a experiência passada dá somente uma 
informação direta e segura sobre determinados 
objetos em determinados períodos do tempo, dos 
quais ela teve conhecimento. Todavia, é esta a 
principal questão sobre a qual gostaria de insistir: por 
que esta experiência tem de ser estendida a tempos 
futuros e a outros objetos que, pelo que sabemos, 
unicamente são similares em aparência. O pão que 
outrora comi alimentou-me,isto é, um corpo dotado 
de tais qualidades sensíveis estava, a este tempo, 
dotado de tais poderes desconhecidos. Mas, segue-
se daí que este outro pão deve também alimentar-me 
como ocorreu na outra vez, e que qualidades 
sensíveis semelhantes devem sempre ser 
acompanhadas de poderes ocultos semelhantes? A 
consequência não parece de nenhum modo 
necessária.
HUME, D. Investigação acerca do entendimento
humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.
O problema descrito no texto tem como 
consequência a 
a) universabilidade do conjunto das proposições de 
observação. 
b) normatividade das teorias científicas que se valem 
da experiência. 
c) Dificuldade de se fundamentar as leis científicas 
em bases empíricas. 
d) inviabilidade de se considerar a experiência na 
construção da ciência. 
e) correspondência entre afirmações singulares e 
afirmações universais. 
 
32. (Enem PPL 2015) Após ter examinado 
cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim 
concluir e ter por constante que esta proposição, eu 
sou, eu existo, é necessariamente verdadeira todas as
vezes que a enuncio ou que a concebo em meu 
espírito.
DESCARTES, R. Meditações. Pensadores. São
Paulo: Abril Cultural, 1979.
A proposição “eu sou, eu existo” corresponde a 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
um dos momentos mais importantes na ruptura da 
filosofia do século XVII com os padrões da reflexão 
medieval, por 
a) estabelecer o ceticismo como opção legítima. 
b) utilizar silogismos linguísticos como prova 
ontológica. 
c) inaugurar a posição teórica conhecida como 
empirismo. 
d) estabelecer um princípio indubitável para o 
conhecimento. 
e) Questionar a relação entre a filosofia e o tema da 
existência de Deus. 
 
33. (Enem PPL 2015) A pura lealdade na 
amizade, embora até o presente não tenha existido 
nenhum amigo leal, é imposta a todo homem, 
essencialmente, pelo fato de tal dever estar implicado
como dever em geral, anteriormente a toda 
experiência, na ideia de uma razão que determina a 
vontade segundo princípios a priori.
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos
costumes. São Paulo: Barcarolla, 2009.
A passagem citada expõe um pensamento 
caracterizado pela 
a) eficácia prática da razão empírica. 
b) transvaloração dos valores judaico-cristãos. 
c) recusa em fundamentar a moral pela experiência. 
d) comparação da ética a uma ciência de rigor 
matemático. 
e) importância dos valores democráticos nas relações
de amizade. 
 
34. (Uema 2015) Fraqueza e covardia são as 
causas pelas quais a maioria das pessoas permanece
infantil mesmo tendo condição de libertar-se da tutela
mental alheia. Por isso, fica fácil para alguns exercer 
o papel de tutores, pois muitas pessoas, por 
comodismo, não desejam se tornar adultas. Se tenho 
um livro que pensa por mim; um sacerdote que dirige 
minha consciência moral; um médico que me 
prescreve receitas e, assim por diante, não necessito 
preocupar-me com minha vida. Se posso adquirir 
orientações, não necessito pensar pela minha cabeça:
transfiro ao outro esta penosa tarefa de pensar. 
Fonte: I. Kant, O que é a ilustração. In: F.
Weffort (org). Os clássicos da política, v. 2, 6 ed. São
Paulo: Saraiva, 2006. 
Esse fragmento compõe o livro de Kant que 
trata da importância da(o) 
a) juízo. 
b) razão. 
c) cultura. 
d) costume. 
e) experiência. 
 
35. (Enem 2014) A filosofia encontra-se escrita
neste grande livro que continuamente se abre perante
nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode 
compreender antes de entender a língua e conhecer 
os caracteres com os quais está escrito. Ele está 
escrito em língua matemática, os caracteres são 
triângulos, circunferências e outras figuras 
geométricas, sem cujos meios é impossível entender 
humanamente as palavras; sem eles, vagamos 
perdidos dentro de um obscuro labirinto.
GALILEI, G. “O ensaiador”. Os pensadores. São
Paulo: Abril Cultural, 1978.
No contexto da Revolução Científica do século 
XVII, assumir a posição de Galileu significava 
defender a 
a) continuidade do vínculo entre ciência e fé 
dominante na Idade Média. 
b) necessidade de o estudo linguístico ser 
acompanhado do exame matemático. 
c) oposição da nova física quantitativa aos 
pressupostos da filosofia escolástica. 
d) importância da independência da investigação 
científica pretendida pela Igreja. 
e) inadequação da matemática para elaborar uma 
explicação racional da natureza. 
 
36. (Enem PPL 2013) O contrário de um fato 
qualquer é sempre possível, pois, além de jamais 
implicar uma contradição, o espírito o concebe com a 
mesma facilidade e distinção como se ele estivesse 
em completo acordo com a realidade. Que o Sol não 
nascerá amanhã é tão inteligível e não implica mais 
contradição do que a afirmação de que ele nascerá. 
Podemos em vão, todavia, tentar demonstrar sua 
falsidade de maneira absolutamente precisa. Se ela 
fosse demonstrativamente falsa, implicaria uma 
contradição e o espírito nunca poderia concebê-la 
distintamente, assim como não pode conceber que
 seja diferente de 
HUME, D. Investigação acerca do entendimento
humano. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).
O filósofo escocês David Hume refere-se a 
fatos, ou seja, a eventos espaço-temporais, que 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
acontecem no mundo. Com relação ao conhecimento 
referente a tais eventos, Hume considera que os 
fenômenos 
a) acontecem de forma inquestionável, ao serem 
apreensíveis pela razão humana. 
b) ocorrem de maneira necessária, permitindo um 
saber próximo ao de estilo matemático. 
c) propiciam segurança ao observador, por se 
basearem em dados que os tornam incontestáveis.
d) devem ter seus resultados previstos por duas 
modalidades de provas, com conclusões idênticas. 
e) exigem previsões obtidas por raciocínio, distinto do
conhecimento baseado em cálculo abstrato. 
 
37. (Unioeste 2013) “A necessidade prática de 
agir segundo este princípio, isto é, o dever, não 
assenta em sentimentos, impulsos e inclinações, 
mas, sim, somente na relação dos seres racionais 
entre si, relação essa em que a vontade de um ser 
racional tem de ser considerada sempre e 
simultaneamente como legisladora, porque de outra 
forma não podia pensar-se como fim em si mesmo. A 
razão relaciona, pois, cada máxima da vontade 
concebida como legisladora universal com todas as 
outras vontades e com todas as ações para conosco 
mesmos, e isto não em virtude de qualquer outro 
móbil prático ou de qualquer vantagem futura, mas 
em virtude da ideia da dignidade de um ser racional 
que não obedece à outra lei senão àquela que ele 
mesmo simultaneamente dá a si mesmo. [...] O que se
relaciona com as inclinações e necessidades gerais 
do homem tem um preço venal [...], aquilo, porém, que 
constitui a condição só graças a qual qualquer coisa 
pode ser um fim em si mesma, não tem somente um 
valor relativo, isto é, um preço, mas um valor íntimo, 
isto é, dignidade”.
Kant.
Considerando o texto citado e o pensamento 
ético de Kant, seguem as afirmativas abaixo:
I. Para Kant, existe moral porque o ser humano e, em 
geral, todo o ser racional, fim em si mesmo e valor 
absoluto, não deve ser tomado simplesmente como
meio ou instrumento para o uso arbitrário de 
qualquer vontade.
II. Fim em si mesmo e valor absoluto, o ser humano é 
pessoa e tem dignidade, mas uma dignidade que é, 
apenas, relativamente valiosa, por se encontrar em 
dependência das condições psicossociais e 
político-econômicas nas quais vive.
III. A moralidade, única condição que pode fazer de 
um ser racional fim em si mesmo e valor absoluto, 
pelo princípio da autonomia da vontade, e a 
humanidade, enquanto capaz de moralidade, são 
as únicascoisas que têm dignidade.
IV. As pessoas têm dignidade porque são seres livres 
e autônomos, isto é, seres que se submetem às 
leis que se dão a si mesmos, atendendo 
imediatamente aos apelos de suas inclinações, 
sentimentos, impulsos e necessidades.
V. A autonomia da vontade é o fundamento da 
dignidade da natureza humana e de toda natureza 
racional e, por esta razão, a vontade não está 
simplesmente submetida à lei, mas submetida à lei 
por ser concebida como vontade legisladora 
universal, ou seja, se submete à lei na exata medida
em que ela é a autora da lei (moral).
Das afirmativas feitas acima 
a) somente a afirmação I está incorreta. 
b) somente a afirmação III está incorreta. 
c) as afirmações II e IV estão incorretas. 
d) as afirmações II e III estão incorretas. 
e) as afirmações II, III e V estão incorretas. 
 
38. (Uff 2012) Galileu Galilei é considerado um 
dos grandes nomes da história da ciência graças às 
suas revolucionárias observações astronômicas por 
meio do telescópio e aos seus estudos sobre 
a) a economia política. 
b) a composição da luz. 
c) a anatomia humana. 
d) o movimento dos corpos. 
e) a circulação do sangue. 
 
39. (Ufsj 2012) Sobre os ídolos preconizados 
por Francis Bacon, é CORRETO afirmar que: 
a) “A consequência imediata da ação dos ídolos é a 
inscrição do Homem num universo de massacre e 
sofrimento racional-indutivo, onde o conhecimento 
científico se distancia da filosofia, se deteriora e se 
amesquinha”. 
b) “Toda idolatria é forjada no hábito e na 
subjetividade humanos”. 
c) “Os ídolos invadem a mente humana e para 
derrogá-los, é necessário um esforço racional-
dedutivo de análise, como bem advertiu 
Aristóteles”. 
d) “Os ídolos da caverna são os homens enquanto 
indivíduos, pois cada um [...] tem uma caverna ou 
uma cova que intercepta e corrompe a luz da 
natureza”. 
 
40. (Uema 2012) Das alternativas abaixo, 
marque aquela que apresenta o sentido de cultura 
elaborado pelos humanistas no Renascimento do 
século XVI. 
a) Cultura é a valorização do trabalho, pois se acredita
que pelo trabalho o homem não só aprimora suas 
habilidades como também ganha dignidade. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
b) Cultura é o cultivo do espírito no sentido de seguir 
firmemente os ordenamentos de Deus aqui na terra
como necessário para a salvação da alma. 
c) Cultura é o cultivo do espírito, exprimindo a ação de
desenvolver a capacidade intelectual e de 
aprimorar as qualidades naturais dos homens. 
d) Cultura seria associada à prática do lazer, do 
cultivo às artes, à ciência e às letras. 
e) Cultura seria o fazer humano por meio do qual o 
homem produz bens materiais e se autoproduz. 
 
41. (Ufsj 2012) David Hume afirma que “a 
razão, em sentido estrito e filosófico, só pode 
influenciar nossa conduta de duas maneiras”, a saber:
a) “a razão por si só funda a moral humana e como tal
nela encontra respaldo para instaurar influências, 
além disso, reduz o campo de influência dogmática
sobre a conduta humana”. 
b) “ao reconhecer o estatuto racional que fundamenta
e legitima a paixão, a moral se estabelece como 
consequência dessa razão em si mesma, além de 
determinar o sujeito que age”. 
c) “despertando uma paixão ao nos informar sobre a 
existência de alguma coisa que é um objeto próprio
dessa paixão ou descobrindo a conexão de causas 
e efeitos de modo a nos dar meios de exercer uma 
paixão qualquer”. 
d) “razão e ação prática são princípios ativos 
fundamentais que conferem poderes aos corpos 
externos ou às ações racionais ou se fundam, 
exclusivamente, na intenção que é peculiar ao 
indivíduo”. 
 
42. (Ufsj 2012) “Algumas criaturas vivas, como
as abelhas e as formigas, que vivem socialmente 
umas com as outras [...] tendem para o benefício 
comum”. 
Para Thomas Hobbes, essa tendência não ocorre 
entre os homens porque 
a) esses insetos, dentro da sua irracionalidade 
natural, dão lições de conduta aos seres humanos; 
seja na tarefa diária, seja na politização paradoxal 
do modelo comunista difundido por Joseph Stalin e
Karl Marx. 
b) as abelhas e as formigas têm a peculiaridade de 
construir suas sociedades dentro de uma unidade 
dinâmica e circular, que poderia ser bem definida 
como um contrato social se elas fossem humanas.
Os seres humanos não atingiram tal estágio ainda. 
c) estes estão constantemente envolvidos numa 
competição pela honra e pela dignidade e se 
julgam uns mais sábios que outros para exercer o 
poder público, reformam e inovam, o que muitas 
vezes leva o país à desordem e à guerra civil. 
d) o motivo maior que guia a vida de tais criaturas é a 
engrenagem da soberania da vontade de criar, da 
vontade de poder, retomada por Nietzsche e pelo 
existencialismo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Texto I
O desenvolvimento não é um mecanismo cego 
que age por si. O padrão de progresso dominante 
descreve a trajetória da sociedade contemporânea 
em busca dos fins tidos como desejáveis, fins que os 
modelos de produção e de consumo expressam. É 
preciso, portanto, rediscutir os sentidos. Nos marcos 
do que se entende predominantemente por 
desenvolvimento, aceita-se rever as quantidades 
(menos energia, menos água, mais eficiência, mais 
tecnologia), mas pouco as qualidades: que 
desenvolvimento, para que e para quem?
(LEROY, Jean Pierre. Encruzilhadas do
Desenvolvimento. O Impacto sobre o meio ambiente.
Le Monde Diplomatique Brasil. jul. 2008, p.9.) 
43. (Uel 2012) Tendo como referência a 
relação entre desenvolvimento e progresso presente 
no texto, é correto afirmar que, em Kant, tal relação, 
contida no conceito de Aufklärung (Esclarecimento), 
expressa: 
a) A tematização do desenvolvimento sob a égide da 
lógica de produção capitalista. 
b) A segmentação do desenvolvimento 
tecnocientífico nas diversas especialidades. 
c) A ampliação do uso público da razão para que se 
desenvolvam sujeitos autônomos. 
d) O desenvolvimento que se alcança no âmbito 
técnico e material das sociedades. 
e) O desenvolvimento dos pressupostos científicos na
resolução dos problemas da filosofia prática. 
 
44. (Uel 2011) Leia o texto a seguir.
O pensamento moderno caracteriza-se pelo 
crescente abandono da ciência aristotélica. Um dos 
pensadores modernos desconfortáveis com a lógica 
dedutiva de Aristóteles – considerando que esta não 
permitia explicar o progresso do conhecimento 
científico – foi Francis Bacon. No livro Novum 
Organum, Bacon formulou o método indutivo como 
alternativa ao método lógico-dedutivo aristotélico.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
o pensamento de Bacon, é correto afirmar que o 
método indutivo consiste 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
a) na derivação de consequências lógicas com base 
no corpo de conhecimento de um dado período 
histórico. 
b) no estabelecimento de leis universais e 
necessárias com base nas formas válidas do 
silogismo tal como preservado pelos medievais. 
c) na postulação de leis universais com base em 
casos observados na experiência, os quais 
apresentam regularidade. 
d) na inferência de leis naturais baseadas no 
testemunho de autoridades científicas aceitas 
universalmente. 
e) na observação de casos particulares revelados pela
experiência, os quais impedem a necessidade e a 
universalidade no estabelecimento das leis 
naturais. 
 
45. (Ufu 2011) Na obra Discurso sobre o 
método, René Descartes propôs um novo método de 
investigação baseado em quatro regras 
fundamentais, inspiradas na geometria: evidência, 
análise, síntese, controle.
Assinale a alternativa que contenha 
corretamente a descrição das regras de análise e 
síntese. 
a) A regra da análise orienta aenumerar todos os 
elementos analisados; a regra da síntese orienta 
decompor o problema em seus elementos últimos, 
ou mais simples. 
b) A regra da análise orienta a decompor cada 
problema em seus elementos últimos ou mais 
simples; a regra da síntese orienta ir dos objetos 
mais simples aos mais complexos. 
c) A regra da análise orienta a remontar dos objetos 
mais simples até os mais complexos; a regra da 
síntese orienta prosseguir dos objetos mais 
complexos aos mais simples. 
d) A regra da síntese orienta a acolher como 
verdadeiro apenas aquilo que é evidente; a regra da
análise orienta descartar o que é evidente e só 
orientar-se, firmemente, pela opinião. 
 
46. (Uel 2011) O principal problema de 
Descartes pode ser formulado do seguinte modo: 
“Como poderemos garantir que o nosso 
conhecimento é absolutamente seguro?” Como o 
cético, ele parte da dúvida; mas, ao contrário do 
cético, não permanece nela. Na Meditação Terceira, 
Descartes afirma: “[...] engane-me quem puder, ainda 
assim jamais poderá fazer que eu nada seja enquanto
eu pensar que sou algo; ou que algum dia seja 
verdade eu não tenha jamais existido, sendo verdade 
agora que eu existo [...]”
(DESCARTES. René. “Meditações Metafísicas”.
Meditação Terceira, São Paulo: Nova Cultural, 1991. p.
182. Coleção Os Pensadores.)
Com base no enunciado e considerando o 
itinerário seguido por Descartes para fundamentar o 
conhecimento, é correto afirmar: 
a) Todas as coisas se equivalem, não podendo ser 
discerníveis pelos sentidos nem pela razão, já que 
ambos são falhos e limitados, portanto o 
conhecimento seguro detém-se nas opiniões que 
se apresentam certas e indubitáveis. 
b) O conhecimento seguro que resiste à dúvida 
apresenta-se como algo relativo, tanto ao sujeito 
como às próprias coisas que são percebidas de 
acordo com as circunstâncias em que ocorrem os 
fenômenos observados. 
c) Pela dúvida metódica, reconhece-se a contingência
do conhecimento, uma vez que somente as coisas 
percebidas por meio da experiência sensível 
possuem existência real. 
d) A dúvida manifesta a infinita confusão de opiniões 
que se pode observar no debate perpétuo e 
universal sobre o conhecimento das coisas, sendo 
a existência de Deus a única certeza que se pode 
alcançar. 
e) A condição necessária para alcançar o 
conhecimento seguro consiste em submetê-lo 
sistematicamente a todas as possibilidades de 
erro, de modo que ele resista à dúvida mais 
obstinada. 
 
47. (Unioeste 2011) Considerando-se as 
primeiras linhas das Meditações sobre a filosofia 
primeira de René Descartes:
“Há já algum tempo dei-me conta de que, desde
meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões
por verdadeiras e de que aquilo que depois eu fundei 
sobre princípios tão mal assegurados devia ser 
apenas muito duvidoso e incerto; de modo que era 
preciso tentar seriamente, uma vez em minha vida, 
desfazer-me de todas as opiniões que recebera até 
então em minha crença e começar tudo novamente 
desde os fundamentos, se eu quisesse estabelecer 
alguma coisa de firme e de constante nas ciências. 
(...) Agora, pois, que meu espírito está livre de todas 
as preocupações e que obtive um repouso seguro 
numa solidão tranquila, aplicar-me-ei seriamente e 
com liberdade a destruir em geral todas as minhas 
antigas opiniões”
É correto afirmar sobre a teoria do 
conhecimento cartesiana que 
a) Descartes não utiliza um método ou uma estratégia
para estabelecer algo de firme e certo no 
conhecimento, já que suas opiniões antigas eram 
incertas. 
b) Descartes considera que não é possível encontrar 
algo de firme e certo nas ciências, pois até então 
esse objetivo não foi atingido. 
c) Descartes, ao rejeitar o que a tradição filosófica 
considerou como conhecimento, busca 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
fundamentar nos sentidos uma base segura para 
as ciências. 
d) ao investigar uma base firme e indestrutível para o 
conhecimento, Descartes inicia rejeitando suas 
antigas opiniões e utiliza o método da dúvida até 
encontrar algo de firme e certo. 
e) Descartes necessitou de solidão para investigar as 
suas antigas opiniões e encontrar entre elas aquela
que seria o verdadeiro fundamento do 
conhecimento. 
 
48. (Ufsj 2011) John Locke é apontado como 
pioneiro do materialismo moderno. Sobre o 
“materialismo moderno”, é CORRETO afirmar que: 
a) “Deriva as ‘ideias’ de que se constitui o 
conhecimento diretamente das sensações que se 
marcaram na mente [...] não cabendo assim ao 
pensamento nada mais, [...] que combinar, 
comparar e analisar essas mesmas ideias”. 
b) “Todo o princípio do conhecimento material é 
sensorial, transponível, relativo e infinito”. 
c) “O valor da experiência sensível, como fator 
primário da elaboração cognitiva, está na 
possibilidade de conhecer a essência da natureza”. 
d) “O conhecimento deve ser introjetado a partir da 
experiência extrassensorial, peculiar a todo ser 
pensante”. 
 
49. (Ufsj 2011) A razão, para Hume, é: 
a) “a descoberta da verdade ou da falsidade. A 
verdade e a falsidade consistem no acordo e 
desacordo seja quanto à relação real de ideias, seja
quanto à existência e aos fatos reais”. 
b) “nossas propensões naturais e distinções morais 
implicam, necessariamente, uma razão inata”. 
c) “os concomitantes da ação induzem a uma 
concepção notória daquilo que se pode determinar 
como universo da razão”. 
d) “em sentido estrito e filosófico, a razão nos informa
sobre os critérios e conexões entre as paixões e 
desafetos humanos”. 
 
50. (Ufsj 2011) Sobre a origem da justiça, 
Hume afirma que: 
a) “O senso de justiça é derivado da virtude, que por 
sua vez move toda e qualquer mudança na esfera 
do comportamento humano”. 
b) “A justiça tira sua origem exclusivamente do 
egoísmo e da generosidade restrita aos Homens 
em conjunto com a escassez das provisões que a 
natureza ofereceu para suas necessidades”. 
c) “As impressões dão origem ao senso de justiça e 
são naturais à mente humana”. 
d) “A justiça tem sua origem nas regas naturais e 
buscam seu fim em interesses gerados pelas 
paixões mais profundas dos homens”. 
 
51. (Unioeste 2011) “A natureza fez os homens
tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do 
espírito que, embora por vezes se encontre um 
homem manifestamente mais forte de corpo, ou de 
espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, 
quando se considera tudo isto em conjunto, a 
diferença entre um e outro não é suficientemente 
considerável para que qualquer um possa com base 
nela reclamar qualquer benefício a que outro não 
possa também aspirar, tal como ele. (...) Desta 
igualdade quanto à capacidade deriva a igualdade 
quanto à esperança de atingirmos nossos fins. 
Portanto, se dois homens desejam a mesma coisa, ao
mesmo tempo (...) esforçam-se por se destruir ou 
subjugar um ao outro. (...) Com isto se torna 
manifesto que, durante o tempo em que os homens 
vivem sem um poder comum capaz de manter a 
todos em respeito, eles se encontram naquela 
condição a que se chama de guerra; e uma guerra que
é de todos os homens contra todos os homens”.
Hobbes.
Com base no texto citado, seguem as seguintes
afirmativas:
I. Os homens, por natureza, são absolutamente iguais,
tanto no exercício de suas capacidades físicas, 
quanto no exercício de suas faculdades espirituais.
II. Sendo os homens, por natureza, “tão iguais, quanto 
às faculdades do corpo e do espírito” é razoável 
que cada um ataque o outro, quer seja para destruí-
lo, quer seja para proteger-se de um possível 
ataque.
III. Na inexistência de um “poder comum” que 
“mantenha a todos em respeito”, a atitude mais 
racional é a de manter a paz e a concórdia na 
“esperança” de que todos e cada um atinjam seus 
fins.
IV. A condição dos homens que vivem sem um poder 
comum é de guerra generalizada, de todos contra 
todos.V. O homem, por natureza, vive em sociedade e nela 
desenvolve suas potencialidades, mantendo 
relações sociais harmônicas e pacíficas.
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas I está correta. 
b) Apenas II e III estão corretas. 
c) Apenas I e V estão corretas. 
d) Apenas II e IV estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
52. (Uenp 2011) “Porque as leis de natureza 
(como a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, 
ou, em resumo, fazer aos outros o que queremos que 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
nos façam) por si mesmas, na ausência do temor de 
algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são 
contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos 
fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a 
vingança e coisas semelhantes. E os pactos sem a 
espada não passam de palavras, sem força para dar 
qualquer segurança a ninguém. Portanto, apesar das 
leis de natureza (que cada um respeita quando tem 
vontade de respeitá-las e quando pode fazê-lo com 
segurança), se não for instituído um poder 
suficientemente grande para nossa segurança, cada 
um confiará, e poderá legitimamente confiar, apenas 
em sua própria força e capacidade, como proteção 
contra todos os outros.” 
MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou
matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e
civil. 
Sobre o pensamento de Hobbes, assinale a 
alternativa incorreta: 
a) O contrato social que dá origem ao Estado só é 
obedecido pela força e pelo temor. 
b) Os homens, na sua condição natural, observam 
apenas as suas paixões naturais. 
c) O contrato social que dá origem ao Estado pode 
ser desfeito quando o soberano desrespeita os 
direitos dos súditos e age de forma parcial, visando
a seus próprios interesses. 
d) A concepção de homem natural de Hobbes é 
marcada por um profundo pessimismo 
antropológico. 
e) A filosofia política hobbesiana é atomista. 
 
53. (Uenp 2011) “O homem nasce livre, e por 
toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor
dos demais, não deixa de ser mais escravo do que 
eles (...). A ordem social é um direito sagrado que 
serve de base a todos os outros. Tal direito [ordem 
social], no entanto, não se origina da natureza: funda-
se, portanto, em convenções.” 
ROUSSEAU, J.J. Contrato Social. Coleção Os
pensadores. São Paulo: Abril Cultural. 
Analise as afirmativas sobre o pensamento de 
Rousseau
I. O homem natural é bom, o isolamento propiciado 
pelo estado de natureza favorece o 
desenvolvimento e o exercício de qualidades 
positivas, como o amor de si mesmo e a piedade.
II. A ordem social é natural e deriva da natureza
gregária do ser humano.
III. O estado se origina com o objetivo de impedir que 
os homens retornem ao estado de guerra 
generalizado.
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é(são): 
a) apenas a I. 
b) apenas a II. 
c) apenas a III. 
d) apenas a IV. 
e) todas. 
 
54. (Uff 2011) José Bonifácio de Andrada e 
Silva, homem público e cientista respeitado na 
Europa, desempenhou papel decisivo no processo de 
emancipação do Brasil. De ideias avançadas, 
defendeu a extinção do escravismo, a valorização da 
pequena e da média propriedade, o uso racional dos 
recursos naturais e a tese pioneira da preservação do 
meio ambiente. Ele achava que a finalidade última da 
ciência é contribuir para o bem da humanidade de 
modo racional e eficiente.
As ideias que influenciaram diretamente a 
formação intelectual e política de José Bonifácio 
estão contidas no 
a) Naturalismo. 
b) Iluminismo. 
c) Renascimento. 
d) Socialismo. 
e) Jacobinismo. 
 
55. (Uema 2011) No texto Que é 
“Esclarecimento”? (1783), o que significa, conforme 
Kant, a saída do homem da menoridade da qual ele 
mesmo é culpado? 
a) O uso da razão crítica, exceto quando se tratar de 
doutrinas religiosas. 
b) A capacidade de aceitar passivamente a 
autoridade científica ou política. 
c) A liberdade para executar desejos e impulsos 
conforme a natureza instintiva do homem. 
d) A coragem de ser autônomo, rejeitando, portanto, 
qualquer condição tutelar. 
e) O alcance da idade apropriada para uso da 
racionalidade subjetiva. 
 
56. (Uema 2011) Kant, no texto Que é 
“Esclarecimento”? (1783), aborda os conceitos de uso
público e privado da razão. Entre as alternativas 
abaixo, a única que contém informação correta sobre 
o uso público da razão é: 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
a) Livre uso da razão desde que avalizada pela 
autoridade competente eclesiástica e política. 
b) Liberdade ilimitada do sábio usar a razão e 
autonomia para publicizar suas ideias com as 
melhores intenções. 
c) Uso que o professor faz de sua razão diante de sua
comunidade acadêmica ou outra qualquer. 
d) Discurso aberto sobre temáticas monitoradas por 
uma instituição que forma pessoas para o serviço 
militar. 
e) Abordagem de uma teoria determinada por um 
paradigma vigente, seja ele religioso, político ou 
científico. 
 
57. (Uema 2011) Na perspectiva do 
conhecimento, Immanuel Kant pretende superar a 
dicotomia racionalismo-empirismo. Entre as 
alternativas abaixo, a única que contém informações 
corretas sobre o criticismo kantiano é: 
a) A razão estabelece as condições de possibilidade 
do conhecimento; por isso independe da matéria 
do conhecimento. 
b) O conhecimento é constituído de matéria e forma. 
Para termos conhecimento das coisas, temos de 
organizá-las a partir da forma a priori do espaço e 
do tempo. 
c) O conhecimento é constituído de matéria, forma e 
pensamento. Para termos conhecimento das 
coisas temos de pensá-las a partir do tempo 
cronológico. 
d) A razão enquanto determinante nos 
conhecimentos fenomênicos e noumênicos 
(transcendentais) atesta a capacidade do ser 
humano. 
e) O homem conhece pela razão a realidade 
fenomênica porque Deus é quem afinal determina 
este processo. 
 
58. (Uel 2010) A obra de Galileu Galilei está 
indissoluvelmente ligada à revolução científica do 
século XVII, a qual implicou uma “mutação” 
intelectual radical, cujo produto e expressão mais 
genuína foi o desenvolvimento da ciência moderna no
pensamento ocidental. Neste sentido, destacam-se 
dois traços entrelaçados que caracterizam esta 
revolução inauguradora da modernidade científica: a 
dissolução da ideia greco-medieval do Cosmos e a 
geometrização do espaço e do movimento.
(KOYRÉ, A. Estudos Galilaicos. Lisboa: Dom
Quixote, 1986. pp. 13-20; KOYRÉ, A. Estudos de
História do Pensamento Científico. Brasília, Editora
UnB, 1982. pp. 152-154.).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
as características que marcam revolução científica no
pensamento de Galileu Galilei, assinale a alternativa 
correta. 
a) A dissolução do Cosmos representa a ruptura com 
a ideia do Universo como sistema imutável, 
heterogêneo, hierarquicamente ordenado, da física 
aristotélica. 
b) A crença na existência do Cosmos, na física 
aristotélica, se situa na concepção de um Universo 
aberto, indefinido e até infinito, unificado e 
governado pelas mesmas leis universais. 
c) Contrária à concepção tradicional de ciência de 
orientação aristotélica, a física galilaica distingue e 
opõe os dois mundos do Céu e da Terra e suas 
respectivas leis. 
d) A geometrização do espaço e do movimento, na 
física galilaica, aprimora a concepção matemática 
do Universo cósmico qualitativamente diferenciado
e concreto da física aristotélica. 
e) A física galilaica identifica o movimento a partir da 
concepção de uma totalidade cósmica, em cuja 
ordem cada coisa possui um lugar próprio 
conforme sua natureza. 
 
59. (Uel 2010) A ONU declarou 2009 o Ano 
Internacional da Astronomia pelos 400 anos do uso 
do telescópio nas investigaçõesastronômicas por 
Galileu Galilei. Essas investigações desencadearam 
descobertas e, por sua vez, uma nova maneira de 
compreender os fenômenos naturais. Além de suas 
descobertas, Galileu também contribuiu para a 
posteridade ao desenvolver o método experimental e 
a concepção de uma nova ciência física.
Com base nas contribuições metodológicas de 
Galileu Galilei, é correto afirmar: 
a) A experiência espontânea e imediata da percepção 
dos sentidos desempenha, a partir de Galileu, um 
papel metodológico, preponderante na nova 
ciência. 
b) A observação, a experimentação e a explicação 
dos fenômenos físicos da natureza desenvolvidos 
por Galileu aprimoram o método lógico-dedutivo da
filosofia aristotélica. 
c) A observação controlada dos fenômenos na forma 
de experimentação, segundo o método galileano, 
consiste em interrogar metodicamente a natureza 
na linguagem matemática. 
d) A verificação metodológica da verdade das leis 
científicas pelos experimentos aleatórios, 
defendida por Galileu, fundamenta-se na 
concepção finalista do Universo. 
e) O método galileano reafirma o princípio de 
autoridade das interpretações teológico-bíblicas na
definição do método para alcançar a verdade física.
 
60. (Ufpa 2010) Galileu, ao conceber a ciência, 
valoriza a experiência e se preocupa com a descrição 
quantificada dos fenômenos. Tal descrição torna-se 
possível, porque ele faz a distinção entre qualidades 
primárias e secundárias 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
(ARANHA, M. L.; MARTINS, M. H. P.
Filosofando. p. 179). 
De acordo com o exposto acima, é correto 
afirmar que 
a) somente as qualidades primárias devem ser 
levadas em consideração pelos cientistas. 
b) somente as qualidades secundárias são relevantes
para o conhecimento científico. 
c) as qualidades primárias não são suscetíveis de 
receberem tratamento matemático. 
d) somente as qualidades secundárias devem ser 
tratadas cientificamente por serem consideradas 
matematizáveis. 
e) nenhuma das qualidades dos corpos pode ser 
tratada quantitativamente. 
 
61. (Uff 2010) Segundo o filósofo inglês 
Francis Bacon (1561-1626), o ser humano tem o 
direito de dominar a natureza e as técnicas; as 
ciências são os meios para exercer esse poder.
Que processo histórico pode ser diretamente 
associado a essas ideias? 
a) Os ideais de retorno à vida natural. 
b) O bloqueio continental imposto à Europa por 
Napoleão Bonaparte. 
c) A Contrarreforma promovida pela Igreja Católica. 
d) O surgimento do estilo barroco nas artes. 
e) A Revolução Industrial. 
 
62. (Ufpa 2010) Segundo a tradição 
racionalista, a verdade não reside nas próprias coisas,
mas somente no juízo. De acordo com essa 
concepção de verdade, é lícito afirmar: 
a) As ideias são verdadeiras por coincidirem 
naturalmente com as coisas. 
b) A verdade reside na atribuição do predicado 
inerente ao sujeito do juízo. 
c) A verdade reside no ato de julgar, porque é isento 
de qualquer valor cognitivo. 
d) A apreensão do objeto é produto de um julgamento
exclusivamente ético. 
e) O sujeito do juízo não deve pertencer ao predicado, 
para se evitar um julgamento preconceituoso. 
 
63. (Uenp 2010) Uma preocupação comum 
dos filósofos modernos era com o método. Eles 
partiam de um senso comum teórico amplamente 
difundido na filosofia, o de que os homens só erravam
porque tomavam o caminho errado. Qualquer um que 
se utilizasse do método adequado teria condições de 
chegar ao conhecimento da verdade. Sobre o tema do
método é correto dizer que: 
a) Descartes era indutivista tendo em vista que seu 
método consistia em partir das informações 
obtidas pela experiência para a construção de 
verdades mais gerais, a partir de um processo de 
abstração. 
b) Bacon era racionalista e considerava que as 
verdades eram eternas e imutáveis, sendo que o 
seu conhecimento independe da experiência ou 
dos sentidos. Sua proposta metodológica se 
aproximava muito do platonismo tardio do final do 
renascimento. 
c) Spinoza era empirista, e seu método prescindia de 
qualquer interferência da razão, sendo que a 
verdade pode ser encontrada nos próprios objetos 
a partir da intervenção percuriente da experiência. 
d) Descartes no Discurso do Método desenvolve uma 
metodologia analítica. De acordo com o filósofo, 
era preciso que a partir de um critério de verdade, 
se partisse para a análise (decomposição) dos 
problemas, para poder solucioná-los, havendo 
necessidade de uma síntese (recomposição) e uma
revisão final do processo. 
e) J. Locke, como Descartes, era racionalista, e 
desvalorizava o papel da experiência na busca do 
conhecimento verdadeiro das causas e das 
essências das coisas. 
 
64. (Unioeste 2010) “Há já algum tempo dei-
me conta de que, desde meus primeiros anos, 
recebera muitas falsas opiniões por verdadeiras e de 
que aquilo que depois eu fundei sobre princípios tão 
mal assegurados devia ser apenas muito duvidoso e 
incerto; de modo que era preciso tentar seriamente, 
uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as 
opiniões que recebera até então em minha crença e 
começar tudo novamente desde os fundamentos, se 
eu quisesse estabelecer alguma coisa de firme e de 
constante nas ciências. […] Agora, pois, que meu 
espírito está livre de todas as preocupações e que 
obtive um repouso seguro numa solidão tranquila, 
aplicar-me-ei seriamente e com liberdade a destruir 
em geral todas as minhas antigas opiniões. Ora, não 
será necessário, para atingir esse propósito, provar 
que elas todas são falsas, o que talvez jamais 
realizasse até o fim; mas, visto que a razão já me 
persuade de que não devo menos cuidadosamente 
impedir-me de acreditar nas coisas que não são 
inteiramente certas e indubitáveis do que nas que nos
parecem ser manifestamente falsas, a menor razão 
de duvidar que eu nelas encontrar será suficiente para
me fazer rejeitá-las todas.” (Descartes)
A partir da filosofia cartesiana, seguem as 
seguintes afirmações:
I. A dúvida cartesiana é uma dúvida sobre os 
fundamentos do conhecimento, e seu objetivo é 
avaliar a possibilidade da conquista de algo 
evidente e verdadeiro.
II. A primeira certeza que conquistamos é a de que, 
embora nossos sentidos nos enganam às vezes, 
não é possível duvidar da existência das coisas que
nos rodeiam.
III. A dúvida, quando generalizada ao máximo, será 
autodestrutiva, uma vez que ela é um ato de 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Moderna
pensar e, portanto, requer como certa a existência 
de uma entidade que é sujeito desse ato
IV. Generalizar ao máximo a dúvida é uma atitude 
irracional e meramente negativa.
V. A dúvida cartesiana traz como resultado um fato 
determinante para toda a filosofia moderna: só 
temos acesso imediato às nossas percepções 
mentais, ao passo que o conhecimento de tudo o 
mais (o mundo, Deus, etc.) deve ser provado como 
possível, dada a distância que há entre nossos 
pensamentos e as demais coisas.
Das afirmações feitas acima 
a) apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. 
b) apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
c) apenas as afirmativas I, III e V estão corretas. 
d) apenas a afirmativa IV está incorreta. 
e) todas as afirmativas estão corretas. 
 
65. (Uel 2010) Observe a tira e leia o texto a 
seguir:
Mas há um enganador, não sei quem, 
sumamente poderoso, sumamente astucioso que, por
indústria, sempre me engana. Não há dúvida, 
portanto, de que eu, eu sou, também, se me engana: 
que me engane o quanto possa, nunca poderá fazer, 
porém, que eu nada seja, enquanto eu pensar que sou
algo. De sorte que, depois de ponderar e examinar 
cuidadosamente todas as coisas é preciso 
estabelecer, finalmente, que este enunciado

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