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terapeutica resumo

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@STUDIESABOUTENFER 
RESUMO COMPLETO + QUESTÕES DE CONCURSOS, 
RESDIÊNCIAS E UNIVERSIDADES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2019 
FARMACOLOGIA 
@STUDIESABOUTENFER 
 
 @STUDIESABOUTENFER 
 
 
 
FÁRMACO OU PRINCÍPIO ATIVO: É uma 
substância química que modifica a função 
celular. É utilizada para tratar e curar 
doenças ou para aliviar sintomas de uma 
patologia específica. 
DROGA: Toda substância que modifica a 
função celular, porém que não apresenta 
uma ação terapêutica. Normalmente é uma 
substância ilícita e causa vício. 
REMÉDIO: Qualquer substância de origem 
animal, vegetal ou mineral, mas também 
pode ser um procedimento, fé ou crença 
usada para tratar ou curar. São usados com 
intenção benéfica, porém não foi 
desenvolvido em laboratório, por isso pode 
ser qualquer substância, mesmo que seja 
desconhecida. 
MEDICAMENTO: Mistura do fármaco com 
outras substâncias (excipiente ou veículo) 
que dão forma ao medicamento 
(comprimido, xarope e etc.…). 
Exemplo: no comprimido tem o fármaco 
(princípio ativo) e o excipiente (amido, 
lactose, goma, etc.…) e juntos eles 
compõem o produto. 
EXCIPIENTE: Qualquer substancia sólida 
adicionada ao fármaco para dar forma ao 
medicamento (comprimido, cápsula, 
drágea). Não produz efeito nas células (ou 
seja, é uma substância inerte). Pode ser 
farinha de amido, goma, gelatina, etc. 
VEÍCULO: Qualquer substancia líquida 
adicionada ao fármaco para dar forma ao 
medicamento (como de injeção, xarope, 
suspenção, solução). Assim como o 
excipiente não produz efeito nas células 
(substância inerte). Normalmente é agua ou 
soro fisiológico. 
PLACEBO: Medicamento que não contém 
princípio ativo, ou seja, não possui a 
substancia com ação terapêutica, porem os 
pacientes relatam melhora ao utilizá-lo. A 
melhora apresentada pode ser chamada 
de efeito placebo. 
DOSE SUBÓTIMA: dose (quantidade ou 
volume) que não é suficiente (pouca dose) 
para aliviar os sintomas. 
DOSE TERAPÊUTICA: dose (quantidade ou 
volume) conhecida do medicamento que 
produz o alívio dos sintomas. 
DOSE TÓXICA: dose conhecida do 
medicamento que não busca o alívio dos 
sintomas, mas sim produz um efeito tóxico. 
JANELA TERAPÊUTICA: diferença de efeito 
que está entre a dose terapêutica a dose 
tóxica. 
POTENCIA: capacidade do fármaco de 
produzir um efeito terapêutico. Depende da 
administração, da farmacocinética, da 
farmacodinâmica, etc. 
MEIA-VIDA (ou T ½): tempo em que 50% do 
fármaco encontra-se na corrente 
sanguínea. A t1/2 define a posologia (de 
quanto em quanto tempo o medicamento 
deve ser usado. Ex: de 4 em 4 horas = T ½ de 
4 horas. 
BIODISPONIBILIDADE: fármaco disponível no 
sangue para produzir efeito nas células. 
FARMACOCINÉTICA: representa o 
movimento que o fármaco faz por todas as 
partes do corpo. 
FARMACODINÂMICA: representa a forma 
como o fármaco age nas células para 
produzir o efeito terapêutico. 
CLASSE TERAPÊUTICA: grupo de fármacos 
usados para tratar uma doença específica. 
 
GLOSSÁRIO 
 
 @STUDIESABOUTENFER 
 
O QUE É REFERÊNCIA, GENÉRICO OU SIMILIAR? 
 
O MEDICAMENTO REFERÊNCIA é o 
primeiro medicamento produzido com 
aquela formulação, é feito por uma indústria 
que pesquisou a estrutura química do 
fármaco (princípio ativo) e fez os testes em 
células, animais de laboratório e em 
humanos para fazer o medicamento. Estas 
etapas de pesquisa devem durar no mínimo 
10 anos antes do lançamento do 
medicamento, e são muito custosas para a 
indústria farmacêutica. Por isso está indústria 
tem o direito de vender o medicamento 
exclusivamente por 10 anos, antes que o 
medicamento genérico ou similar seja 
lançado. Normalmente é um medicamento 
caro, visto o custo benefício de produzi-lo. 
EX: O medicamento Tegretol (utilizado para 
crises de epilepsia/convulsões) é um 
medicamento referência, produzido pelo 
laboratório Novartis. 
 
 
O MEDICAMENTO SIMILAR é 
produzido por outras indústrias e podem 
produzir sem que o mesmo seja genérico, 
porém as leis não são rígidas para a 
fabricação do medicamento e o controle 
de qualidade nem sempre é tão eficiente 
quanto o genérico. 
O MEDICAMENTO GENÉRICO é 
lançado após 10 anos de comercialização 
do medicamento referência (quando 
ocorre a queda da patente) e outras 
industrias podem produzir o medicamento 
genérico, porém devem manter os padrões 
considerados essenciais para a fabricação 
do medicamento: 
- Fármaco deve ser o original, e não ter 
alterações na sua fórmula; 
- Dose tem que ser igual; 
- Padrões de controle de qualidade do 
excipiente ou veículo deve ser igual aos 
utilizados na fabricação do medicamento 
referência; 
- Testes de bioequivalência (testes da dose 
do fármaco no sangue, meia-vida iguais, 
farmacocinéticas e farmacodinâmica 
iguais, etc.) 
EX: O medicamento carbamazepina 
(utilizado para crises de epilpsia/convulsões) 
é um medicamento genérico e produzido 
pela EMS. 
 
 
 
NOME COMERCIAL 
NOME DA FÓRMULA 
(FÁRMACO/PRINCIPIO ATIVO) 
 
 @STUDIESABOUTENFER 
 
FORMAS FARMACÊUTICAS (OU FF) 
A FF é a representa a forma como o fármaco foi colocado para ser comercializado como 
medicamentos, como se fossem em comprimido, soluções, dentre outros. 
 FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS: 
COMO FUNCIONA? O QUE FORMA? 
NA FF SOLIDA ESTÁ O EXCIPIENTE + fármaco FORMA SUBSTÂNCIAS 
SÓLIDAS 
 
Exemplo: Na bula de qualquer medicamento tem as informações de composição, no caso de 
Ritalina (medicamento referência) a sua apresentação de 10 mg é em comprimidos e contém 
os seguintes excipientes: 
 
 
 QUAIS SÃO ELAS? 
1 - Comprimido 
2 - Cápsula 
3 - Cápsula gelatinosa 
4 - Pastilha 
5 - Drágea 
6 - Supositório 
7 – Óvulo 
 FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS: 
COMO FUNCIONA? O QUE FORMA? 
NA FF LÍQUIDA ESTÁ PRESENTE VEÍCULO + fármaco FORMA SUBSTÂNCIAS 
LÍQUIDAS 
 
 
 
NOME COMERCIAL NOME DA FÓRMULA 
(FÁRMACO/PRINCIPIO ATIVO) 
EXCIPIENTES (INGREDIENTES) UTILIZADOS JUNTO AO PRÍNCIPIO 
ATIVO (FÁRMACO) PARA FORMAR O MEDICAMENTO. 
NOME COMERCIAL NOME DA FÓRMULA 
(FÁRMACO/PRINCIPIO ATIVO) 
1 
2 
3 4 
5 
6 
7 
 
 @STUDIESABOUTENFER 
 
 QUAIS SÃO ELAS? 
1 – Xarope 
2 – Colutório 
3 – Colírio 
4 – Solução / Injeção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os comprimidos normalmente possuem amido como excipiente. Alguns 
comprimidos são mais moles, pois o fármaco deve ser liberado no estomago e 
outros são mais duros, pois só podem liberar o fármaco no intestino delgado. As 
drágeas e as cápsulas são mais moles, normalmente liberando o fármaco ainda 
no estômago. 
 
 A pastilha de uso oral deve ser mastigada e liberar o fármaco na garganta, 
portanto, parte da ação será local e parte será sistêmica (porque vai engolir e 
ser absorvido pelo sangue). Já o supositório de uso retal libera o fármaco que 
agirá parte no local (reto) e parte sistêmica porque é absorvido pelos capilares 
sanguíneos. Os óvulos de uso vaginal são de ação local (colo do utero) e 
sistêmica porque cai na corrente sanguínea. 
 
 
EXCIPIENTES (INGREDIENTES) UTILIZADOS JUNTO AO PRÍNCIPIO ATIVO 
(FÁRMACO) PARA FORMAR O MEDICAMENTO, PORÉM NESSE CASO O 
EXCIPIENTES PODERIA SER CHAMADO DE VEÍCULO 
 
 
 
4 
1 2 
3 
4 
Pode parecer que todas são soluções, 
porém cada uma tem uma diferença 
na fórmula que a fazem exclusivas 
(sendo a Via de Administração uma 
dessas diferenças) 
curiosidades 
 
 @STUDIESABOUTENFER 
 
COMO O MEDICAMENTO (FÁRMACO) VAI ENTRAR NO SEU ORGANISMO? 
VIA ORAL: O fármaco é introduzido no trato 
digestório pela boca, esôfago, estomago e 
intestino delgado. Depois disso o fármaco é 
absorvidopara a corrente sanguínea para 
iniciar a farmacocinética. Os fármacos 
podem ser liberados ainda no estomago 
(formas farmacêuticas liquidas e solidas mais 
moles (drágea e cápsula) ou só será liberado 
no intestino delgado (formas farmacêuticas 
duras como o comprimido). 
 VANTAGENS: é uma via de 
administração prática, acessível e 
econômica. 
 DESVANTAGENS: não pode ser usada 
em pacientes inconscientes, com 
vomito ou diarreia e via mais lenta 
para o fármaco atingir o sangue. 
SUBLINGUAL: Forma farmacêutica será 
introduzida na boca, mantendo-se debaixo 
da língua (sublingual). Nesta região existem 
vários capilares sanguíneos onde o fármaco 
será liberado e penetrara rapidamente nestes 
vasos. 
 VANTAGENS: econômica, rápida. 
 DESVANTAGENS: sabor e textura 
ruim ao paciente, paciente não 
pode engolir a forma 
farmacêutica. 
VAGINAL: forma farmacêutica será 
introduzida na região da vagina, fármaco 
agirá localmente, porém parte será liberada 
e atingirá a corrente sanguínea. 
 VANTAGENS: útil para ação local 
e sistêmica. 
 DESVANTAGENS: incômoda. 
RETAL: forma farmacêutica será introduzida no 
reto e liberará o fármaco que atingira a 
corrente sanguínea rapidamente. 
 
OCULAR: forma farmacêutica será 
introduzida nos olhos, fármaco agira 
localmente e atingira os capilares 
sanguíneos desta região agindo 
sistemicamente também. 
 VANTAGENS: útil para ação local e 
sistêmica. 
NASAL: forma farmacêutica será 
introduzida no nariz, fármaco agira 
localmente e atingira os capilares 
sanguíneos desta região agindo 
sistemicamente também. 
 VANTAGENS: útil para ação local e 
sistêmica. 
CUTÂNEA: forma farmacêutica será 
introduzida na pele, fármaco agira 
localmente e uma porcentagem pequena 
atingira os capilares sanguíneos desta 
região para agir sistemicamente. 
 VANTAGENS: útil para ação local e 
sistêmica. 
PARENTERAIS: forma farmacêutica líquida 
será introduzida com agulha e seringa nos 
tecidos e farmaco atingirá a corrente 
sanguínea agindo apenas sistemicamente. 
Na via intravenosa (iv) o farmaco será 
introduzido direto na corrente sanguínea. 
 VANTAGENS: rápida, precisa e não 
depende de colaboração do 
paciente. 
 DESVANTAGENS: dolorida, irritativa 
para os tecidos e perigosa em doses 
erradas. 
 VANTAGENS: rápida. 
 DESVANTAGENS: incômoda 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 @STUDIESABOUTENFER 
 
Assim que o fármaco entra no organismo, ele precisa fazer movimentos (ou resumindo: andar 
pelo seu corpo) para fazer o seu efeito. A farmacocinética representa o movimento realizado 
pelo fármaco no corpo. Ela é dividida em 4 Etapas. 
1) ABSORÇÃO 
2) DISTRIBUIÇÃO 
3) METABOLIZAÇÃO OU BIOTRANSFORMAÇÃO 
4) EXCREÇÃO. 
A forma farmacêutica e a via de administração não fazem parte da farmacocinética, porém 
interferem diretamente nela, pois a forma em que farmacêutica e a via de administração 
depositam o fármaco em um local e permitirá a absorção, que é a primeira etapa da 
farmacocinética. 
 
→ 1ª ETAPA DA FARMACOCINÉTINA: ABSORÇÃO. 
Nesta etapa da farmacocinética representa o fármaco cruzando os tecidos e atingindo a 
corrente sanguínea. Esta etapa ocorre em cada tecido onde o fármaco foi administrado sendo 
as vias parenterais intramuscular e subcutânea, a via sublingual e a via retal as mais rápidas em 
atingir a corrente sanguínea. A via oral é a via mais lenta em ser absorvida. 
Este gráfico representa a velocidade em que os fármacos atingem a corrente sanguínea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) INTRAVENOSO 
A via mais rápida de todas é a intravenosa (IV), pois o fármaco é administrado 
diretamente na corrente sanguínea sistêmica (veia) e assim o fármaco não precisa fazer 
esforço para cruzar nenhum tecido, pois a agulha cruza a parede do vaso e coloca o 
fármaco diretamente no sangue. Por isso se diz que a via I.V. é a única onde não ocorre 
absorção, pois o fármaco já e administrado direto no sangue. 
 
B) INTRAMUSCULAR 
A segunda via mais rápida é a intramuscular (IM), pois o fármaco e administrado no 
musculo, cruza as paredes das células e chega até os vasos sanguíneos. 
 
FARMACOCINÉTICA 
TEMPO 
VELOCIDADE 
 
 @STUDIESABOUTENFER 
C) SUBCUTÂNEO 
A terceira via mais rápida das parenterais é a subcutânea sendo que o fármaco é 
administrado no tecido adiposo, cruza tecidos e atinge a corrente sanguínea. Aqui 
podemos colocar também as vias retal e sublingual, tão rápidas quanto a subcutânea. 
 
D) ORAL 
A quarta via, a mais lenta, representa a via oral onde o fármaco deve cruzar muitos 
tecidos e só depois chega na corrente sanguínea. 
 
Após cruzar diversos tecidos o fármaco atinge a corrente sanguínea e inicia a primeira etapa da 
farmacocinética. Todas as vias de administração apresentam a absorção, exceto a via 
parenteral IV, pois o fármaco não necessita cruzar nenhum tecido, ele é administrado direto na 
corrente sanguínea. 
Além de diversas vias de administração, que podem ser mais rápidas do que a via oral, como a 
via retal e a via sublingual. 
 O Motivo da via sublingual e via retal serem mais rápidas é porque elas chegam na corrente 
sanguínea mais rápido pelas capilares que estão no tecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VELOCIDADE 
TEMPO E) VIA SUBLINGUAL/RETAL 
 
 @STUDIESABOUTENFER 
VIA SUBLINGUAL 
VIA ORAL 
VIA RETAL 
VIA DE ENTRADA ABSORÇÃO CHEGADA AO SANGUE 
FÍGADO 
 
A VIA ORAL E O EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM NA FARMACOCINÉTICA! 
 
É basicamente, a metabolização do fármaco (princípio ativo) pelo fígado e pela microbiota 
intestinal, antes que o fármaco cegue a circulação sistêmica. Pois, todos os fármacos são ácidos 
ou básicos. 
PARA LEMBRAR: pH ácido são números menores do que 7, pH neutros são números iguais à 7 e 
básicos são números maiores do que 7. 
 
 
O QUE O pH TEM A VER COM OS FÁRMACOS? 
Os fármacos podem ser ativados ou desativados dependendo da sua formulação (se for ácido 
ou básico) no nosso organismo. Porém, eles podem ser facilmente absorvidos se tiverem o mesmo 
pH. 
Por exemplo: Fármacos que são ácidos tem melhor ação no estômago, pois é mais fácil de ser 
absorvidos, já que o estômago tem o pH ácido. Enquanto fármacos que são básicos e/ou 
alcalinos tem uma absorção melhor no intestino delgado, pois o intestino delgado tem o pH 
básico. 
A regra é que pH iguais facilitam a absorção do fármaco na via oral, porque não deixam o 
fármaco ionizado (sem carga elétrica) e o deixam lipossolúveis (de fácil absorção). 
MAS O QUE É O EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM E PORQUE OCORRE NA ADMINISTRALÃO VIA ORAL? 
Normalmente, em qualquer outra via de administração o efeito de primeira passagem só ocorre 
na fase de metabolização, menos na vida oral. Pois, anatomicamente o fármaco é carregado 
pelos capilares do estômago e intestino delgado para o sistema hepático, passando pelo fígado. 
Ou seja, nessa passagem ele pode ter contato com enzinar que inativam uma parte, perdendo 
metade (ou mais) da dose completa. A parte inativa é excretada pelo trato urinário e a parte 
que continua ativa do fármaco vai para a corrente sanguínea para fazer as outras etapas da 
farmacocinética. O efeito de primeiro passagem, também pode ser chamado de matebolismo 
de primeira passagem. 
O médico resolve esse problema prescrevendo uma dose maior aos pacientes. 
PORÉM, é basicamente da forma a baixo que acontece o efeito: 
 
 
 
 
 
 
 
pH básico > 7 
pH neutro = 7 
pH ácido < 7 
MUCOSA 
ORAL 
MUCOSA 
GÁSTRICA 
MUCOSA 
INTESTINAL 
MUCOSA 
RETAL 
 
 @STUDIESABOUTENFER 
→ 2ª ETAPA DA FARMACOCINÉTINA: DISTRIBUIÇÃO. 
Nessa etapa o fármaco faz seu movimento pela corrente sanguínea, chegando aos órgãos. Ele 
chega nosórgãos mais vascularizados e só após isso, nos menos vascularizados. 
ORGÃOS MAIS VASCULIZADOS ORGÃOS MENOS VASCULIZADOS 
CORAÇÃO ARTICULAÇÕES 
CÉREBRO OSSOS 
FÍGADO TECIDOS ADIPOSOS. 
RINS 
 
Porém, quando o fármaco chega aos órgãos, ele pode se “grudar” nos tecidos e ficando em 
reservatório, e normalmente a concentração de reserva é maior do que a concentração livre 
no sangue. 
 
QUAIS SÃO OS RESERVATÓRIOS DO FÁRMACO? 
 PROTEÍNAS PLASMÁTICAS: 
Albumina: É a primeira opção de reserva dos fármacos. É uma proteína produzida pelo fígado e 
tem funções importantes, uma delas é manter constante o nível de líquido nos vasos sanguíneos. 
Pois, há fármacos que são extremamente atraídos por essa proteína. É localizada no sangue e 
os fármacos se grudam nela e criam um reservatório para liberação controlada. 
Por exemplo: os medicamentos liberam metade da sua dose assim que absorvidos na corrente 
sanguínea e a outra metade se junta à albumina, que a libera controladamente o restante do 
fármaco. 
Essa proteína pode ser diminuída com algumas doenças como septicemia (cirrose) e hepatite 
aguda ou crônica ou em idosos, diabetes, inflamações, gravidez, dentre outras opções; 
Quando há aumento de albumina, pode significar que tenha desidratação, sarcoidose, 
tromboangéite ou a doença do hambúrguer. 
α1-glicoproteína: alguns fármacos básicos ou alcalinos podem se ligar nestas proteínas no 
sangue ficando aderida a RESERVATÓRIO. Porém, os níveis destas proteínas está aumentado na 
inflamação aguda. 
 OUTROS TECIDOS: 
TECIDO ADIPOSO: Os anestésicos, benzodiazepínicos, hormônios lipossolúveis ficam aderidos 
neste tecido. 
TECIDO MUSCULAR: O antipsicótico haloperidol (Haldol) fica aderido neste tecido. 
 
O fármaco aderido na proteína forma um complexo fármaco+proteína, que caminham 
juntos na corrente sanguínea, mas ao chegar nos rins não ocorre a filtração. Pois, um rim funcional 
não faz a filtração de proteína. E desta forma o fármaco fica por mais tempo na corrente 
sanguínea, aumento o tempo de meia-via (t½ ) e determinando a posologia. 
 
 Ex: 4h em 4h, t1/2 de 4h; 8h em 8h, t1/2 de 8h; 12 em 12h, t1/2 de 12h. 
ALBUMINA 
FÁRMACO 
 
 @STUDIESABOUTENFER 
O fármaco chega 
ao fígado através 
da corrente 
sanguínea no 
fígado. 
Essa tabela mostra como é a porcentagem de ligação de alguns medicamentos 
conhecidos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ 3ª ETAPA DA FARMACOCINÉTINA: METABOLIZAÇÃO: 
Essa etapa é a transformação do fármaco, onde ele irá alterar a sua estrutura. É a etapa em 
que ele passa pelo fígado, que ocorre também no efeito de primeira passagem quando a dose 
do fármaco é via oral. 
Nessa etapa o fármaco pode ser ativo ou desativado. O que significa que ele pode fazer o seu 
efeito no metabolismo ou poderá ser excretado do corpo humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fármaco transformado para ativo ou inativo volta para o sangue, se ele for inativo será 
excretado e se for ativado, irá fazer o seu efeito nas células. 
 
PARA ENTENDER MELHOR A ENZIMA 450 (OU EM ALGUNS CASOS CYP 450) 
Essa enzima 450 transformou o fármaco de aspirina para ácido salicílico na fase 1, que fez a 
mudança do fármaco e o deixado ativo, para que possa agir nas células. Porém, há na segunda 
fase uma mudança do fármaco para glicuronídeo, deixando inativo para ser excretado. 
 
pa 
 MEDICAMENTO LIGAÇÃO 
Fenilbutazona (Butafenil®) 99% 
Wafarin (Marevan®) 97% 
Hidralazina (Apresolina®) 87% 
Fenobarbital (Gardenal®) 51% 
Estreptomicina 30% 
Digoxina (Lanoxin®) 25% 
Acetaminofeno (Paracetamol®) 0% 
Na maioria das 
vezes o fármaco 
pode estar dividido 
entre se ligar a um 
reservatório e ficar 
livre no sangue. Mas, 
não excluí a 
hipótese de ficar 
completamente 
ligado a um 
reservatório. 
O tempo de meia-
vida vai variar de 
acordo com a 
porcentagem de 
ligamento dos 
fármacos, quando 
mais ligado a um 
reservatório, maior é 
o seu tempo de 
meia vida.

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