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Ansiedade

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Emoção vivida por todos os indivíduos e que, em alguns momentos da vida, se torna mais presente. 
Apreensão difusa e vaga associada a sentimentos de incerteza e desesperança. 
 Experimentada de forma subjetiva e comunicada de forma interpessoal. 
Resposta emocional à apreensão. 
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Sensação de apreensão, intranquilidade, incerteza ou medo, decorrente de uma ameaça real ou imaginária, cuja origem não é conhecida.
Resposta emocional subjetiva ao estresse.
Estado de intranquilidade ou desconforto, sentido em grau variado.
Um grau mais intenso de ansiedade é um sinal que está havendo um desequilíbrio, uma desadaptação e perturbações psicológicas 
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A ansiedade é uma experiência universal.
Pode ser construtiva, e considerada normal.
Quando causa perturbação na vida diária, pode ser considerada patológica e, portanto, destrutiva.
Ocorre em variados graus: leve, moderada e grave.
É avaliada pelo comportamento do cliente e por suas expressões afetivas comunicadas.
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Alguns fatores etiológicos levam à ansiedade:
a) ameaças à integridade física.
b) ameaças ao conceito de si mesmo e autoestima.
Alguns aspectos individuais podem levar à ansiedade: idade, estado de saúde, predisposição genética, experiências difíceis vividas anteriormente, número de estressores, maturidade.
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1) Manifestação de sintomas físicos ou comportamentais. 
2) Comportamento de evitação (coisas e pessoas). 
3) Vulnerabilidade biológica: hiperatividade do SNA, desequilíbrio dos níveis de neurotransmissores. 
4) Menor tolerância ao estresse, uso maior dos mecanismos de defesa. 
Não há causa específica determinada. Pode-se falar de combinação de fatores genéticos, bioquímicos, neuroanatômicos e psicológicos.
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Níveis de ansiedade e seus efeitos (Peplau)
1) Ansiedade leve: está associada com a tensão da vida cotidiana. A pessoa está alerta e o campo da percepção aumentado, vê, ouve e aprende mais do que antes. Este tipo de ansiedade pode motivar a aprendizagem e produzir o crescimento e a criatividade.
2) Ansiedade moderada: a pessoa concentra-se apenas em suas preocupações imediatas. Envolve o estreitamento do campo da percepção já que a pessoa vê, escuta e aprende menos. Pode ser capaz de prestar atenção a algo específico, se solicitado.
 
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3) Ansiedade intensa: a pessoa tende a focalizar um detalhe específico e a não pensar em qualquer outra coisa. Redução significativa do campo da percepção. Todo comportamento é voltado para o alívio da ansiedade, e é muito difícil direcionar a atenção para outra área.
4) Ansiedade grave ou pânico: associada com perplexidade, temor e terror. Os detalhes parecem fora de proporção. Perda total de controle, incapacitando de fazer qualquer coisa. Perda da capacidade de se organizar. Percepções distorcidas da realidade.
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Respostas fisiológicas à ansiedade:
Cardiovasculares: taquicardia, hipertensão arterial, tonturas, lipotimia, hipotensão, bradicardia.
Respiratórias: taquipneia, dispneia, sensação de pressão no tórax, respiração superficial, sensação de sufocamento, engasgos.
Gastrointestinais: perda o apetite, repulsa pela comida, desconforto abdominal, náusea, gastralgia, diarreia.
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Neuromusculares: abalos palpebrais, insônia, tremores, rigidez, inquietação, andar a esmo, tensão facial, fraqueza nos MMII ou generalizada.
Trato urinário: micção frequente, pressão para urinar.
Cutâneas: sudorese localizada (palma da mão) ou generalizada, rubor facial, prurido, ondas de calor e frio, palidez facial.
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Respostas comportamentais à ansiedade:
Tensão física, hipervigilância, discurso acelerado, inquietação, inibição, fuga, esquiva, isolamento social, tendência a acidentes, reação de sobressalto.
Respostas afetivas à ansiedade:
Impaciência, desconforto, tensão, medo, pavor, torpor, culpa, vergonha
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Respostas cognitivas à ansiedade: 
Bloqueio do pensamento, diminuição da atenção e da concentração, esquecimento, julgamento errôneo, preocupação excessiva, diminuição do campo de percepção, redução da criatividade e produtividade, medo de morrer, perda da objetividade, medo de perder o controle do comportamento, imagens visuais assustadoras, pesadelos.
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1) Ansiedade generalizada: (TAG) (F 41.1)
Preocupação excessiva, crônica e abrangente, desproporcional ao estímulo, acompanhada por uma variedade de sintomas somáticos, que causam sofrimento significativo e comprometimento do desempenho social. Sintomas presentes por mais de 6 meses.
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Prevalência entre 4-6% da população. Predomínio no sexo feminino e alta taxa de comorbidade.
Pode iniciar em torno da segunda década de vida e é frequentemente relacionada a estresse ambiental constante.
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 Pânico: é uma reação de medo intenso relacionada geralmente ao perigo imaginário de morte iminente, descontrole ou desintegração.
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Ataques de ansiedade aguda e grave, recorrentes, os quais não estão restritos a qualquer situação ou circunstância. Principalmente o primeiro ataque é imprevisível e espontâneo. Duram menos de uma hora, quase sempre alguns minutos, atingindo o máximo de intensidade em dez minutos.
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Denomina-se quadro de síndrome do pânico quando as crises são recorrentes, com desenvolvimento de medo de ter novas crises, preocupação com as implicações da crise e sofrimento subjetivo significativo.
A impressão de “ficar louco” ou de ter um ataque cardíaco é uma característica do ataque de pânico.
Pode haver pânico com ou sem agorafobia. 
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Epidemiologia: A prevalência do transtorno de pânico é de 1,5 a 3% e para os ataques de pânico isolados de 3 a 4%.
O início do transtorno pode ocorrer em qualquer idade, mas, em média surge em torno dos 25 anos.
As mulheres são mais vulneráveis que os homens (2-3:1) 
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Resposta mais tardia a um evento ou situação estressante. Poderá ser de longa ou curta duração e começar de algumas semanas até seis meses depois do trauma. É comum haver embotamento emocional, afastamento social, sonhos frequentes com a situação causadora, diminuição do interesse para com o ambiente, diminuição do prazer ou sua abolição total (anedonia) e evitação de situações 					recordativas do trauma. 
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Com frequência há também uma hipervigilância e insônia, sintomas de sobressaltos exagerados, distúrbios do sono, culpa, pesadelos, raiva, ansiedade e depressão. Como complicação se pode encontrar, nestes casos, um abuso excessivo de bebidas alcoólicas.
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4) Síndromes Fóbicas
Caracterizam-se por medos intensos e irracionais por situações, objetos ou animais que não colocam a pessoa em perigo real e proporcional à intensidade de tal medo. As síndromes fóbicas mais importantes são: 
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a) Agorafobia: (F 40.0): medo e angústia relacionados a espaços amplos ou com muitas pessoas. Medo de estar em locais de onde seja difícil escapar ou de não ter auxílio rápido para sair. O medo é injustificado, associado à ideias catastróficas ou hipocondríacas.A prevalência é de 0,6 a 6%. Sem tratamento o transtorno pode se tornar crônico. Cerca de 75% das pessoas com agorafobia têm pânico.
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b) Fobias simples ou específica (F40.2): medo intenso, persistente, desproporcional ou irracional de objetos simples (seringa, sangue, facas, vidros quebrados) ou animais (barata, borboleta, lagartixa...). A exposição gera uma crise de angústia ou de pânico. Os indivíduos reconhecem o caráter irracional e desproporcional de seus medos.
c) Fobia social (F 40.1): medo intenso e persistente de situações sociais que envolvam expor-se ao contato interpessoal como ter que falar em público, dar um seminário, fazer uma palestra, comer em público, etc.
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Os transtornos obsessivos são caracterizados por ideias ou pensamentos persistentes, que surgem de forma recorrente, e são vivenciadas com angústia e como algo que “invade” a consciência. A pessoa pode reconhecer o caráter irracional, e até tentar neutralizá-los com
outros pensamentos.
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Nos transtornos compulsivos ocorre um impulso incontrolável e persistente a executar um ato de modo repetitivo ou ritualístico. Geralmente os transtornos obsessivos e compulsivos ocorrem juntos.
O TOC é uma doença crônica e de evolução variável. Pode surgir de forma abrupta, após algum evento desencadeante, ou ser insidiosa sem que esteja associada a algum evento estressor importante. A evolução pode ser com piora, estabilização dos sintomas ou apresentação sob forma de crises episódicas. 
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Os quadros podem se manifestar como:
1- Obsessão de contaminação.
2- A obsessão da dúvida seguida da compulsão para verificação. 
3- Pensamentos obsessivos invasivos de temática variável
4- Pensamento persistente de meticulosidade para executar tarefas do dia-a-dia
A prevalência do TOC é de 2 a 3 %, sendo ambos os sexos igualmente propensos na idade adulta. O início na infância é mais comum nos meninos. 
 
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Presença de sintomas físicos que sugerem uma condição médica geral não explicados por nenhum problema clínico, nem efeito de substâncias psicoativas ou outro transtorno mental. 
Tais sintomas causam sofrimento clinicamente significativo e/ou prejuízo no funcionamento social e ocupacional.
Os principais transtornos somatoformes são:
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1) Transtorno de somatização:
Múltiplas queixas somáticas recorrentes e clinicamente significativas que iniciam-se antes dos 30 anos e ocorrem por vários anos. Os critérios para diagnóstico são:
a) 4 sintomas dolorosos (cabeça, abdômen, costas, articulações, extremidades, tórax, reto, na menstruação, nas relações sexuais, durante a micção)
b) 2 sintomas gastrointestinais (náusea, inchaço, vômito, diarreia ou intolerância a alimentos)
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c) 1 sintoma sexual, que não dor (indiferença, disfunção erétil, irregularidades menstruais, sangramento menstrual excessivo, vômitos durante toda a gravidez)
d) 1 sintoma pseudoneurológico (prejuízo da coordenação e do equilíbrio, paralisia ou fraqueza localizada, dificuldade de deglutição, nó na garganta, afonia, retenção urinária, cegueira, surdez, convulsões, amnésia....)
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 2) Transtorno conversivo: presença de sintomas ou déficits afetando a função motora ou sensorial voluntária , que sugere uma condição neurológica.
São característicos os seguintes sintomas: prejuízo na coordenação ou equilíbrio, paralisia ou fraqueza localizada, afonia, dificuldade de deglutição, nó na garganta, perda da sensação de tato ou dor, diplopia, cegueira, surdez, alucinações, convulsões.
3) Transtorno doloroso: a dor é o foco predominante do quadro clínico. A pessoa recorre a vários atendimentos médicos e uso de medicações. Há perda da capacidade de 				exercer as atividades cotidianas.
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4) Hipocondria: preocupação com o medo ou a ideia de ter uma doença grave, com base em interpretações errôneas de sintomas ou funções corporais (batimentos cardíacos, sudorese, peristaltismo). A pessoa atribui sintomas (pequena irritação ou tosse ocasional) a uma doença grave, além de manifestar sensações somáticas vagas (coração cansado, veias doloridas) 
5) Transtorno dismórfico corporal: preocupação com defeito imaginário ou exagerado na aparência física.
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Clientes com transtorno de ansiedade são encontrados em todos os ambientes de atenção à saúde, hospitalares ou não.
Devem ser capazes de reconhecer os sintomas de ansiedade e encorajar os pacientes a encontrar melhores estratégias para enfrentá-los.
As ações de enfermagem devem ser apropriadas para a condição clínica específica e devem assegurar o 			atendimento das necessidades fisiológicas e 					psicossociais do cliente.

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