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a relação das redes sociais com a saúde mental

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A relação das redes sociais com a saúde mental
Aline Paes Leme
Bruno Morais
Deyfesson Bruno
RESUMO
Buscamos com o presente artigo promover uma breve explanação sobre a relação das redes sociais com a saúde mental. Fizemos um levantamento de referências bibliográficas e uma pequena pesquisa com alunos da Universidade Potiguar (UnP), com a proposta de levantar dados que pudessem nortear quantitativamente o impacto da relação das redes sociais com a saúde mental, para assim fazer uma análise sob a teorização psicanalítica, compreendendo a Virtualização (segundo Lévy), a Auto-Imagem (a partir do Narcisismo de Freud) e explorando como as redes sociais podem alterar as ações, motivações, saúde mental e cotidiano das pessoas. 
PALAVRAS-CHAVE: Redes Sociais. Saúde mental. Relação.
ABSTRACT
We seek to provide a brief explanation of the relationship between social networks and mental health. We did a survey of bibliographical references and a small research with the students of the University Potiguar (UnP), with a proposal of data collection guide the quantitative impact of social networks with a mental health, to do an analysis under a psychoanalytic view, Virtualization (according to Lévy), an Auto-Image (from Freud's Narcissism) and exploring how social networks, such as changes, motivations, mental health and daily life of people.
KEY WORDS: Social Networks. Search for the beauty pattern. Internet.
¹ Docente orientador – Universidade Potiguar (UnP).
1 INTRODUÇÃO
Para entender a procedência deste termo tão utilizado, buscamos através do Wikipédia², a história do surgimento da rede social – internet. “A internet surgiu a partir de pesquisas militares no auge da Guerra Fria. Na década de 1960 (1969), quando dois blocos ideológicos e politicamente antagônicos exerciam enorme controle e influência no mundo, qualquer mecanismo, qualquer inovação, qualquer ferramenta nova poderia contribuir nessa disputa liderada pela União Soviética e pelos Estados Unidos.” 
"Rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que compartilham valores e objetivos comuns. Uma das fundamentais características na definição das redes é a sua abertura, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes. "Redes não são, portanto, apenas uma outra forma de estrutura, mas quase uma não estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de se fazer e desfazer rapidamente.”
As mídias sociais são utilizadas como modo de comunicação e "informação", e estas, por sua vez podem exercer importante influência sobre a insatisfação corporal pela pressão da busca pelo padrão de beleza imposto através delas. A ONG inglesa Girlguiding fez uma pesquisa com mais de mil meninas, entre 11 e 21 anos e foi demonstrado que uma em cada três jovens relatou que sua maior preocupação online era comparar a sua vida com a de outras pessoas através das redes sociais e alegaram que se preocupam com a forma como tal hábito está afetando seu bem-estar. 
Redes sociais, segundo Martelete (2001, p.72), representam “[...] um conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados”. A intensidade com que os jovens se conectam à internet é crescente diariamente. O uso de redes sociais pode causar algum malefício para a saúde mental, principalmente quando há maior exposição á elas. Essas novas mídias, reforçam o narcisismo e os padrões de beleza vigentes, podendo até prejudicar a imagem corporal (IC). O psicólogo Roberto Alves Banaco, membro da Sociedade Brasileira de Psicologia, afirma que há muitos números de casos de distúrbios de personalidade decorrentes a ruptura do eu interior do eu exterior: a imagem que alguém projeta não condiz com quem ela seja de verdade. 
Buscamos neste estudo um aprofundamento teórico á partir do conceito de "Virtualização" proposto por Pierre Lévy no livro "O que é virtual?". É um livro atual, traduzido de primeira edição francesa datada de 1995, na qual o autor reflete sobre este tema contemporâneo que afeta a cultura moderna. "Poderíamos pensar na virtualidade como algo além da desrealização – alteração da sensação a respeito de si próprio -, ela é muito mais uma mutação da identidade. Se a virtualidade é a externalização dos conteúdos mentais para uma plataforma cibernética interacional, ela emite não só imagens, mas uma paradoxal presença na ausência de um espaço material" (LÉVY, 1996). A virtualização ao passo que é uma mutação da identidade, permite que exploremos traços de nossa personalidade, assim como a criação de traços que são inexistentes na realidade offline, resultando assim a externalização de fenômenos sociais transportados para o virtual: discursos de ódio, pervessões, violência. Nesse campo que podemos metaforizar com um hipotético campo onírico estruturado como a consciência, as limitações impostas pela sociedade parecem não ter efeito.
O interpessoal nesse espaço, conforme é intermediado pela virtualidade e não pelo real, cria uma enorme quantidade de amigos, mas um distanciamento de relações reais; Inúmeros benefícios: criação de eventos, ativismos virtuais de impacto social, transmissão de conhecimento, interação com pessoas de diferentes culturas e estilos, debates, ofertas, mas também consequências, como vínculos efêmeros não permanentes, exibicionismo, sintomas sociais graves e o narcisismo patológico que surge através de atividades compulsivas, como o postar frequente de fotos, atualizações de status, músicas, textos e até check-in da localização atual (DORNELLES, 2004), em outras palavras, é a altíssima exposição de si, que já não é o mesmo “si”, mas um outro si, pela transformação própria da identidade na virtualidade, causada pela compulsividade de compartilhar na rede. 
 ²Sabe-se que esta fonte não é academicamente confiável, mas pelo fato de este trabalho tratar justamente da própria internet, optamos por ele.
2 OBJETIVO
Visaram-se os seguintes objetivos neste estudo: Identificar as influências da utilização das redes sociais. Identificar as redes sociais mais utilizadas pelo os respondentes; verificar a percepção dos respondentes acerca dos benefícios ou prejuízos que o uso de redes sociais provoca; Analisar o impacto na saúde mental das pessoas através do uso das redes sociais; Analisar a qualidade dos relacionamentos vivenciados nas redes sociais e a busca pelo padrão de beleza. Distinguir o impacto da relação das redes sociais com a saúde mental, a Virtualidade (segundo Lévy), auto-imagem (a partir do Narcisismo de Freud); Desmistificar onde essa relação deixa de ser saudável e onde se torna patológico, explorando como um fenômeno social de uma produção contemporânea.
3 METODOLOGIA
O presente trabalho se baseará em uma seleção de textos de revisões bibliográficas existentes sobre o tema proposto e na abordagem quantitativa. Para isto, utilizou-se um questionário estruturado como método da coleta de dados. Os sujeitos entrevistados deste trabalho serão alunos da Universidade Potiguar (UnP).
De acordo com Fonseca (2002, p.20), os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. 
Análise de cunho temática
4 DESENVOLVIMENTO
4.2 RESULTADOS DE PESQUISA
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
https://pt.wikipedia.org/wiki/História_da_Internet - Acesso em 27/04/2018.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social - Acesso em 27/04/2018.
MARTELETO, Regina Maria. Análise de redes sociais: aplicação nos estudos de transferência da informação. Ciência da Informação, Brasília, v. 30, n. 1, p. 71-81, jan./abr. 2001.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC 2002. Apostila.
BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e Simulação. Rio de Janeiro: Vozes, 1983.
FREUD,S. Sobre o Narcisismo: Uma Introdução. Rio de Janeiro: Imago, 1914.
LÉVY, Pierre. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996.

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