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Ato jurídico perfeito e direito adquirido

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Ato Jurídico Perfeito e Direito Adquirido
Vivemos hoje em um Estado Democrático de Direito, um Estado que não possui apenas concepções formais, baseados na Legalidade, como também uma concepção substantiva, onde a população participa ativamente das decisões. Um Estado que visa às relações humanas, as garantias dos Direitos fundamentais, e, dando mais enfoque nesse meu trabalho, a segurança Jurídica. 
Um Estado democrático de Direito nos garante uma segurança jurídica, onde as leis são prospectivas, passam por um devido processo legal e mesmo mudando posteriormente, pois a sociedade muda, não venha a ferir um direito adquirido outrora. 
O ato jurídico perfeito e o direito adquirido estão presentes em nosso ordenamento jurídico, Artigo 5º da Constituição “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.” Mas afinal, o que é um ato jurídico perfeito e um direito adquirido?
Ato Jurídico Perfeito
O Ato Jurídico perfeito segundo o Código Civil, art. 81 “é todo ato lícito que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos” Seria o ato consumado, efetivado, segundo a lei vigente no tempo que se efetuou, aquele que possui todas as características requisitadas pela lei, todos os elementos necessários para a existência do ato. Já cumpriu todos os requisitos formais pleiteados. O ato jurídico perfeito deve ser analisado pela Forma, e estando em conformidade ele está apto para gerar os efeitos da Lei, pois, cumpriu todos os requisitos. É uma maneira que o Estado tem de garantir a segurança jurídica aqui supracitada, garantir uma harmonia nas relações jurídicas, impedindo as arbitrariedades de alguém que esteja no Poder. 
A sociedade muda, os fatos sociais mudam, e o Direito passa adequar-se a nova realidade, sendo assim, a norma há de mudar, e desse ponto podemos discorrer sobre o Direito Adquirido. 	
Direito Adquirido 
O direito adquirido é o direito que o titular pode exercer ou alguém pode exercer por ele. É o direito que já se incorporou ao patrimônio e a personalidade da pessoa, e mesmo que surja outra norma, outro fato posteriormente, não vai alterar o que lhe foi garantido. Ele continuará a gozar dos efeitos jurídicos mesmo que a norma venha a ser revogada por outra. Mesmo que o direito subjetivo não tenha sido exercido, posteriormente vindo uma nova lei que mude a existente, o indivíduo enquadrado nas condições na norma anterior, estará apto para exigir o seu direito de outrora, sendo este um “direito adquirido”. 
Posso citar como exemplo a aposentadoria: Kayan Xavier, Demitry Medvedeff e Andressa Laís, todos domiciliados em João Pessoa PB, possuem trinta anos de serviço, e tendo esses trinta anos eles passaram a ter Direito à aposentadoria segundo a lei vigente, entretanto, surgiu outra lei que aumentou o prazo para se aposentar, todavia eles já cumpriram o prazo necessário, e mesmo a lei mudando, ela não poderá ferir o direito adquirido. Eles terão sim direito a aposentadoria.
Em suma, o direito adquirido é aquele que mesmo o indivíduo não tendo o reclamado, ele já possui, e mesmo mudando a norma, ele não o perderá. A nova lei só impedirá que outras pessoas adquiram os mesmos direitos que a da vigência anterior, quem já adquiriu, continuará.

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