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Profa. Neusa Meirelles
UNIDADE II
Fundamentos
da Ciência Política
 A Idade Antiga abrange o período delimitado entre o aparecimento da escrita e o 
ano 476 da Era Cristã, quando se deu o fim do Império Romano do Ocidente.
 No Ocidente, marcado pela Grécia e Roma, as características originárias foram 
mudadas de forma lenta, porém marcante, desde o surgimento das Cidades-
Estado gregas até os atuais Estados do mundo ocidental.
 A antiga Grécia é considerada como o berço do 
pensamento sistemático sobre a política, ou sobre uma 
ciência da política, variando em objetivos e métodos.
A Antiguidade Clássica
 A “era de ouro” da Grécia, foi sob a liderança de Atenas, estendendo-se do século 
IV a.C. ao VI a.C., mas o auge se deu no século V a.C., sobretudo o período do 
governo de Péricles (444 a.C. a 429 a.C.) marcado pelo florescer da literatura, 
arquitetura, ciência e, acima de tudo, da filosofia.
 Um tema central ao debate político na Atenas do século V, e que se projeta para 
depois, chegando aos dias atuais, reside na discussão sobre a base do 
poder político.
O surgimento do pensamento político na Grécia Antiga
 Para os gregos, política abrangia todos os fatos relacionados ao estado, tanto as 
instituições como as atividades. Para eles, o governante não era considerado 
divino nem indicado pelos deuses, mas sendo eleito pelos cidadãos.
 Na Grécia, não havia um só Estado grego, mas várias Cidades-Estados (polis, em 
grego), sendo a maior parte constituída como república.
O sentido de política para os gregos do período clássico
 No final do século VI a.C., em Atenas, Sólon legislador, instituíra várias mudanças 
na legislação, tornando o sistema político mais democrático: com controle popular 
sobre os tribunais, suspensão da prisão por dívida, etc. O legislador visava justiça 
(equilíbrio) nas relações entre ricos e pobres, mas o conflito de caráter econômico 
permaneceu, ou até foi acirrado, colocando as famílias tradicionais e ricas da 
aristocracia em oposição aos comerciantes, aos quais interessava o 
desenvolvimento naval e dinamização da economia.
 Conforme Baker (1978: 42) a vida da cidade-estado era 
fundamentada na consciência de pertencimento a uma 
cultura comum, e diz ele “os helenos estavam bastante 
conscientes da sua unidade”, e citando Heródoto (VIII, 
144), ele completa: “[Eles] Sabiam que tinham o mesmo 
sangue e a mesma língua, deuses e sacrifícios em 
comum, e costumes semelhantes”.
A vida na Cidade-estado
 O sentimento de pertencer a uma cidade-estado favorecia o conflito entre cidades, 
em especial entre os dois modelos de governo que ficaram na história: Atenas e 
Esparta: Atenas, comercial, democrática, mas cujas instituições políticas não eram 
estáveis, e Esparta, conservadora, politicamente estável, oligárquica e militar. Na 
primeira, a tradição registra como valores fundamentais, a temperança, equilíbrio, 
moderação e liberdade; na segunda, a coragem na guerra, disciplina e obediência.
A democracia em questão na Grécia Clássica
 O pensamento político grego focalizou a relação indivíduo como cidadão e cidade. 
Daí a importância das especulações sobre o Estado, leis, regimes e justiça 
formando a imagem de uma Atenas democrática; contudo, o “povo” que 
participava das discussões políticas era constituído apenas pelos homens naturais 
de Atenas com direitos de cidadania, excluídos os estrangeiros (depois incluídos, 
sob certas condições), mulheres e escravos.
A democracia em questão na Grécia Clássica
 A questão básica que atravessou a teoria política grega remetia à discussão sobre 
a distância entre o ideal (as ideias, o Estado ideal, a teoria) e a realidade prática 
das instituições e governos (as leis, as medidas de caráter prático, a política, 
o governo). 
 Essa discussão sobre a distância entre o ideal e a prática, a representação 
e a realidade, atormenta filósofos, juristas e cientistas sociais até hoje. 
 Ela se situa também na distância entre um princípio de 
legalidade, que por definição é estabilizador, e o fluxo 
das mudanças sociais e econômicas, que induzem 
novas circunstâncias e condições.
Questão central à teoria política grega
 Na medida em que a vida na cidade-estado se tornou mais complexa, o elo ético 
de pertencimento à polis tendeu a sofrer alteração. Assim também o sentido de 
pertença à cidade, do qual os oligarcas e aristocráticos se valiam, visto que eram 
cidadãos, passou a se contrapor à experiência vivida pelos homens comuns, 
mercadores e outros que, não pertencendo à cidade, nela viviam e dependiam 
de suas leis, normas e convenções vigentes. 
 Por isso os “novos tempos” propiciaram a prática 
dos sofistas, a difusão do hedonismo, individualismo, 
convencionalismo e o ceticismo, posturas que passaram 
a ser contrapostas aos valores morais que sustentavam 
as ideias da tradição política.
Os sofistas, personagens dos “novos tempos”
 Eles rechaçavam a ideia de uma verdade universal e os princípios abstratos de 
justiça. Um deles, Protágoras, dizia que “o homem é a medida de todas as coisas” 
e que cada indivíduo pode definir e estabelecer, de acordo com suas crenças e 
desejos, o que é direito.
 As leis e as políticas de uma cidade grega provinham da discussão entre os 
cidadãos conceitualmente iguais na Ágora, a praça de mercado, que também 
servia, em geral, de arena política, e não do palácio de um déspota. 
 Os sofistas sustentaram a razão individual como fonte de 
todo conhecimento e destruíram velhos dogmas, 
preparando o caminho para as doutrinas de Platão 
e Aristóteles.
Os sofistas
 No mundo aristocrático, o costume e a lei costumeira têm a força do Direito, são 
normas imperativas cuja transgressão implica castigo. Com o passar do tempo, à 
medida em que se perdia a memória da origem de um uso, o costume e as leis 
não escritas passaram a ser considerados naturais.
 Os sofistas entendiam que a moral, a justiça, a religião, a política eram convenção, 
portanto, poderiam ser ensinadas, mas isso seria impossível se fossem inatas, 
ou naturais.
Ainda os sofistas
Sobre o regime democrático ateniense, é correto afirmar que:
a) Era baseado na eleição de representantes para as Assembleias Legislativas, 
que se reuniam uma vez por ano na Ágora e deliberavam sobre os mais 
variados assuntos.
b) Apenas os homens livres eram considerados cidadãos e participavam 
diretamente das decisões tomadas na Cidade-Estado.
c) Os estrangeiros e as mulheres maiores de 21 anos 
podiam participar livremente das decisões tomadas 
nas assembleias da Cidade-Estado.
Interatividade
d) Era erroneamente chamado de democrático, pois negava a existência de 
representantes eleitos pelo povo.
e) A inexistência de escravos em Atenas levava a uma participação quase total da 
população da Cidade-Estado na política.
Interatividade
 O fato de morar na mesma cidade não tornava seus habitantes igualmente 
cidadãos. Desse privilégio eram excluídos os escravos, os estrangeiros 
e as mulheres.
 Da mesma forma, nem todo homem livre, nascido na polis, podia participar da 
administração da justiça ou ser membro da assembleia governante.
Aspectos da “democracia” ateniense
 A intensificação do sistema escravista acentuava a divisão do trabalho, 
o artesanato e estimulava o comércio, a partir da necessidade de dar vazão 
aos produtos excedentes. 
 No século V a.C. teve início a guerra contra os persas e termina a campanha 
do Peloponeso, o despotismo persa e a luta entre a democracia de Atenas 
e a oligarquia de Esparta constituíram eventos que geraram estímulos 
para a pesquisa política.
 Os filósofos gregos dirigiram sua atenção, a partir do 
mundo natural, para o exame dos fatorespolíticos 
e sociais.
Outros aspectos da democracia ateniense
 As instituições e o pensamento político no Oriente antigo tinham, como 
característica marcante e geral, o caráter sacro e religioso do poder, sendo o 
soberano considerado divino e filho dos deuses.
 As instituições e o pensamento político no Ocidente antigo apresentaram 
características diferentes em relação ao Oriente antigo. O primordial governo 
monárquico e religioso foi substituído, gradativamente, por governos republicanos.
Pensamento político, Ocidente e Oriente
 A liberdade de pensamento permitiu o confronto entre ideias políticas distintas, e a 
busca pelo poder político, o que levou a uma luta entre a antiga camada social de 
proprietários aristocráticos e a nova, formada por comerciantes influenciados por 
ideias estrangeiras e com espírito predisposto à inovação. 
 Esse quadro preparava caminho para a demagogia, com o surgimento de uma 
série de mestres que aspiravam sensibilizar o espírito público, por meio da oratória 
e da arte da controvérsia.
 Os sofistas representaram tendência desagregadora na 
época: aspiravam proporcionar a instrução necessária 
para que os jovens pudessem seguir com êxito a carreira 
política, mas para eles a autoridade política se baseava 
na força, dado o caráter egoísta dos homens, 
e a desigualdade de suas capacidades.
Liberdade de pensamento e confronto político
 Não acreditavam na natureza social do homem, concebiam o Estado apoiado em 
um pacto de base individualista e artificial, logo a autoridade política era egoísta 
por natureza.
 Estabeleceram a separação entre o direito e a moral, sustentando que a lei, 
enquanto derivada da autoridade política, coagia e obrigava os homens, em muitos 
casos, a trabalharem abertamente, contra as normas da razão.
Síntese das ideias dos sofistas
Um aspecto importante da civilização grega da época residiu nos discursos proferidos 
para obter a aprovação da maioria, Tais pronunciamentos deveriam conter 
argumentos sólidos e persuasivos, induzindo alguns cidadãos a procurarem 
aperfeiçoar a habilidade de discursar. Isso favoreceu o surgimento de um grupo de 
filósofos que dominavam a arte da oratória. Esses filósofos ficaram conhecidos como: 
a) Maniqueístas.
b) Hedonistas.
c) Epicuristas.
d) Sofistas.
e) Platônicos.
Interatividade
 Platão (427-347 a.C.) é considerado um dos primeiros filósofos políticos 
que formulou a teoria de um Estado ideal abstrato.
 Ele realçou a educação como o princípio essencial ao sistema político, no âmbito 
dos governos; portanto a ordem política consistia uma necessidade para a 
realização da justiça no convívio social entre governados e governantes.
 Na ordem política, deveria haver cooperação entre as 
partes para a realização da justiça, de modo que cada 
parte cumpriria a sua atribuição para que 
o todo resultasse beneficiado da 
pertinente complementariedade.
O idealismo de Platão
 O pensamento político de Platão está centrado na justiça, pois ela é a virtude que 
mais integra o indivíduo ao Estado. A justiça é efetivada com o Estado 
e no Estado.
 A justiça estaria associada à ordem política, ao passo que a desordem política 
estaria associada à injustiça. Nesse sentido, Platão descreveu o que seria o 
Estado ideal e, consequentemente, justo.
 O Estado ético de Platão consiste no meio para promover 
a realização da felicidade geral, assim como alcançar a 
virtude maior do bem comum. A justiça não é objeto 
exclusivo do indivíduo, mas do Estado. 
O idealismo de Platão, a justiça
 Platão considerou impossível separar, de modo definitivo, ética e política. 
 Segundo ele, a dimensão ética do homem não pode ser separada da sua 
dimensão política. 
 Platão desenvolveu como pensador e pretenso estadista, baseado em 
conhecimento apurado e experiência observada, a concepção original de um 
Estado ideal.
O idealismo de Platão, a ética
 Platão enalteceu de forma ampla o pressuposto de que a virtude é o conhecimento 
e o vício existe em função da ignorância. 
 Em razão disso, ele afirmou que os males do Estado não cessarão para os seres 
humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos obtenha o poder, ou 
que os chefes das cidades, por uma divina graça, passem a filosofar 
de modo verdadeiro.
Platão, a virtude e o vício
 Segundo Platão, o Estado ideal deveria ser governado não por muitos 
(democracia), uma vez que a multidão não saberia governar, mas pelos filósofos 
(teocracia), pois eles contemplaram a verdade e estariam aptos a realizar essa 
verdade no âmbito da sociedade.
 A constituição de um Estado ideal, forte e perdurável exigiria uma equipe de 
homens disciplinados, prontos a atender aos desígnios do Estado. 
O idealismo de Platão, Estado ideal
 Nada que fosse alheio ao Estado deveria absorver a vontade e a ação, ou distrair 
o pensamento único desses homens devotados ao Estado. 
 Em razão disso, ficava proibido a eles o apego particular a famílias e bens 
temporais, que somente poderiam ser desfrutados em comum.
 O Estado devia significar, em alto nível, o que significa o ser humano 
em nível menor.
O idealismo de Platão, Estado ideal
 Platão reconheceu que essa era uma situação utópica, mas foi além, a ponto de 
sugerir que esses reis deveriam ser compelidos a assumir posições de poder de 
modo a evitar o conflito e a injustiça inerentes às outras formas de governo.
 O Estado ideal deveria ficar sob a responsabilidade da mais evoluída casta de 
governantes, imbuídos das melhores intenções e das melhores condições para 
governar segundo a ideia do bem comum.
Platão, Estado ideal e utopia
 Platão já havia demonstrado que, para ser bom, o Estado precisaria ser governado 
pelos virtuosos mas, enquanto outros valorizavam o dinheiro ou a honra acima de 
tudo, só os filósofos valorizavam o conhecimento e a sabedoria, portanto, 
a virtude. Logo só os interesses dos filósofos beneficiariam o Estado, 
portanto, os filósofos deveriam ser reis.
 Isso é o que os filósofos especialmente qualificados fariam para definir 
o que constitui a vida digna e leva a uma vida verdadeiramente virtuosa, 
em vez de uma simples imitação de exemplos individuais de virtude.
Platão, os reis filósofos
 Platão reconheceu que essa era uma situação utópica e prosseguiu dizendo: “ou 
aqueles agora chamados reis devem genuína e adequadamente filosofar”, 
sugerindo a urgência da educação da classe governante como proposta 
para suas práticas.
Platão, os reis filósofos
 Pelo idealismo de Platão, o Estado deve significar, em nível maior, o que significa 
o ser humano em nível menor.
 A sua obra “A República”, apresenta o Estado ideal de forma identificada com o 
ser humano, demonstrando, em última análise, que todos somos o Estado.
Platão e os reis filósofos, continuação
 A indistinção entre homens e mulheres é relevante no pensamento de Platão, pois 
todos deveriam participar da vida pública, tanto na esfera civil quanto na militar.
 A participação feminina nas classes superiores proporcionaria, segundo Platão, 
uma integração plena e uma perspectiva de unificação da cidade, superando 
eventuais contraposições entre homens e mulheres.
Platão, homens e mulheres
 No livro VII de “A República”, Platão ilustra o sua concepção sobre o processo de 
conhecimento com uma metáfora, o “mito da caverna”: em que pessoas estão 
acorrentadas nessa caverna desde a infância, e não podem ver a entrada, apenas 
enxergam o fundo, no qual são projetadas as sombras das coisas que passam às 
suas costas, onde há uma fogueira.
 Se um desses indivíduos conseguisse se soltar das 
correntes para contemplar a luz do dia, os verdadeiros 
objetos, ao regressar,relatando o que viu aos seus 
antigos companheiros, esses o tomariam por louco ou 
não acreditariam em suas palavras. 
Platão, epistemologia
 O ponto de vista epistemológico, no “mito da caverna”, Platão vislumbrou que o ser 
humano vive em contato permanente com dois tipos de realidade: a realidade 
inteligível e a realidade sensível.
 A realidade inteligível, ou mundo das ideias, é imutável e igual a si mesma. A 
realidade sensível, ou mundo empírico, significa todas as coisas que afetam os 
sentidos do ser humano, sendo realidades dependentes e mutáveis que 
expressam imagens das realidades inteligíveis. 
Platão, o “mito da caverna”
 Nessa concepção de Platão, conhecida por teoria das ideias ou teoria das formas, 
o mundo empírico (concreto), ou das imagens, percebido pelos sentidos é uma 
pálida manifestação do mundo das ideias.
 As formas ideais ou ideias, como Platão as chamava, existiam em uma esfera fora 
do mundo cotidiano, sendo acessíveis apenas por meio do raciocínio filosófico e 
de indagações. 
Platão, teoria das ideias
As principais obras de Platão são:
 “Críton” (399-387 a.C.)
 “A República” (380-360 a.C.) 
 “Político”, “As leis” (355-347 a.C.)
Platão, Obras
Para Platão, a filosofia tem um fim prático e é capaz de resolver os grandes 
problemas da vida. Assinale a alternativa correta:
a) A teoria das ideias não pode ser considerada uma chave de leitura aplicável a 
todo pensamento platônico.
b) Platão desenvolveu uma ética racionalista que não considerava a vontade 
elemento fundamental dentre os motivadores da ação.
Interatividade
c) Platão afirmou que o Estado ideal deveria ficar sob responsabilidade 
da mais evoluída casta de governantes, os filósofos.
d) Platão acreditava que o conhecimento do bem era suficiente para motivar a 
conduta de acordo com essa ideia (agir bem). 
e) Para Platão, a essência das coisas é dada a partir da análise de suas causas 
material e final. 
Interatividade
 Aristóteles (384-322 a.C.) foi discípulo de Platão e, embora adotasse algumas 
ideias dele, difere bastante do mestre pelo método e os pontos de vista que 
aparecem em seu sistema político.
 Aristóteles era prático, lógico e sistemático. Suas ideias são o resultado de um 
processo indutivo, partido do estudo científico e comparativo dos governos que 
existiam em seu tempo.
O realismo de Aristóteles
 Sua exposição, baseada na história e na observação, era clara e precisa, com 
poucas nuances alegóricas e poéticas.
 Aristóteles construiu a política como uma ciência independente, tirando a ética do 
campo da disciplina.
 Aristóteles estabeleceu que o fim último da ciência política é a busca do 
bem comum.
Aristóteles, traços gerais
 Aristóteles não traçou o perfil de um governo que servisse para todas as condições 
sociais, ele defendeu a tese de que as constituições devem ser adaptadas às 
necessidades de cada povo.
 Ao contrário de Platão, que considerava a moral como a ciência fundamental e da 
qual faz parte a política, Aristóteles considerava a política como a ciência mais 
importante, porque tinha como referência o Estado. 
Aristóteles, política e o Estado
 Para Aristóteles, a melhor forma de governo era aquela em que todos os 
indivíduos atuassem na vida política.
 Embora tenha tido forte sentido prático, Aristóteles sempre considerou que a 
política é uma ciência abstrata que busca o bem-estar total do homem.
Aristóteles, a Política
 Ele fez um estudo detalhado das complexas correntes que afetam a vida pública, 
dos métodos de governo e dos meios utilizados para aplicar as reformas políticas, 
de acordo com os diversos interesses em disputa e as circunstâncias variáveis de 
cada período.
 Aristóteles escreveu seu livro “Política” depois de ter feito um estudo detalhado dos 
governos mais importantes de seu tempo e das obras de pensadores que o 
precederam, principalmente as de Platão.
Aristóteles, a Política
 A “Política”, mais que um trabalho sistemático de filosofia política, é um tratado 
sobre a arte do governo, sugerindo medidas práticas para contornar 
problemas futuros.
 Aristóteles encontrou a origem do Estado nos esforços do homem para satisfazer 
seus desejos e necessidades individuais. 
 A sociedade entre o homem e a mulher para perpetuação da espécie, do senhor e 
do escravo para a produção de alimentos.
Aristóteles, a Política
 A Cidade-Estado, de acordo com Aristóteles, era uma forma perfeita de 
associação e como o homem por natureza é um animal político, somente pode 
alcançar seus fins essenciais através do Estado.
 O Estado existe, assim, para satisfazer as necessidades intelectuais e morais dos 
homens. A família ou comunidade doméstica, dentro do Estado, atende à 
satisfação das necessidades físicas da vida. 
Aristóteles, o Estado
 Segundo Aristóteles, o Estado se justifica de forma utilitária e, 
seguindo o mesmo raciocínio, a escravidão se torna perfeitamente legal e natural.
 Como os homens diferem em poder físico e capacidade intelectual, 
uns nasceram para senhores e outros para escravos.
 Os homens aptos para governar são aqueles dotados de altas condições 
espirituais; os que têm somente vigor físico e entendimento pouco cultivado 
não são aptos para dirigir, mas para cumprir ordens. 
Aristóteles, Estado e escravidão
 A escravidão dos prisioneiros de guerra sempre foi justificada porque o triunfo na 
batalha significava superioridade dos vencedores, mas isso não se aplica no caso 
de homens inteligentes sofrerem as desventuras da guerra.
 Aristóteles acreditava que a unidade do Estado poderia ser obtida através de uma 
organização adequada de diversos tipos individuais, e não pela submissão 
partidária, abolição da propriedade privada e dos laços familiares, 
como pensava Platão.
Aristóteles o Estado, a escravidão e a guerra
 Aristóteles definiu o Estado como uma organização coletiva de cidadãos e definiu 
cidadão como o indivíduo que tem direito de participar do governo.
 Ele acreditava que o traço característico da cidadania consistia na participação dos 
indivíduos nas assembleias, no exercício ativo dos direitos políticos.
Aristóteles, Estado e cidadania
 Aristóteles distinguiu claramente os termos Estado e governo. O Estado, para ele, 
estava integrado pelo corpo total dos cidadãos: o governo, por aqueles que 
ordenam e regulam a vida daqueles, ocupam os postos públicos e exercem 
o poder.
 O Estado ideal somente é possível partindo-se do pressuposto de que existia 
também uma sociedade ideal. Caso fosse possível encontrar homens 
proeminentes e extraordinários, a monarquia e a aristocracia seriam 
as melhores formas de governo.
Aristóteles, Estado e Governo
 Aristóteles sustentava que a finalidade do Estado se concentra no bem-estar da 
comunidade, e que o poder político tem que ser distribuído entre os cidadãos na 
medida em que contribuam para a realização do Estado.
 O povo, atuando politicamente como unidade, é preferível à atuação de qualquer 
de suas partes; logo, a autoridade deve residir, em última instância, no conjunto 
dos cidadãos.
Aristóteles, a finalidade do Estado e o povo
 Para ele, a política seria um desdobramento natural da ética.
 Enquanto a ética estaria orientada para a felicidade individual do ser humano, a 
política estaria orientada para a felicidade coletiva da polis, a Cidade-Estado da 
Grécia antiga.
 A política e a ética apareciam de forma integrada, assim como a constituição do 
Estado como princípio máximo de uma congregação política, expressando sua 
ordem e sua estrutura de conduta. 
Aristóteles, ética e política
 A ética consistia na ciência das condutas, imprecisa visto que está focadaem 
aspectos que são passíveis de modificação.
 A ética não ficaria definida por aquilo que o ser humano é de modo essencial e 
imutável. A ética ficaria definida por ações repetidas, disposições obtidas, 
paradigmas apreendidos e hábitos que oportunizam as virtudes e os vícios 
do ser humano.
 A virtude está associada ao meio-termo, e o vício ao 
excesso ou à falta pertinente de alguma conduta.
Aristóteles, ética, virtude e meio-termo
 Aristóteles evidenciou três regimes políticos e três formas de governo.
 Os regimes políticos como monarquia, governo de um indivíduo a favor de todos; 
a oligarquia, o governo de alguns poucos; e a democracia, o governo de todos.
 As formas de governo: a tirania é a monarquia corrupta; a aristocracia, governo de 
alguns em favor de todos; a politeia é o governo por muitos em favor de todos.
Aristóteles, regimes políticos
 Aristóteles trabalhou com Platão na Academia por 20 anos, porém em 335 a.C. 
criou o Liceu, escola rival. Ao lecionar lá, formalizou suas ideias sobre as ciências, 
a filosofia e a política. 
 As principais obras de Aristóteles são: “Ética a Nicômaco” e “Política Retórica” (350 
a.C.), dividida em 8 livros.
Aristóteles, Liceu e obras
Com base no que foi estudado sobre o pensamento político de Aristóteles, aponte a 
proposição correta:
a) A forma de vida mais adequada para o cidadão é aquela na qual todos os 
habitantes da cidade, indistintamente participam da vida política, governando e 
sendo governados.
b) O Estado nasce com o objetivo de proporcionar e gerar a relação entre 
dominados e dominantes. 
Interatividade
c) Aristóteles pensava na origem do Estado como um ato de mera convenção
sem vínculos com a natureza humana.
d) Para Aristóteles a família está presente no Estado, assim como na tese de que o 
Estado deriva da família.
e) Os escritos de Aristóteles tratam da teoria das formas e das ideias.
Interatividade
ATÉ A PRÓXIMA!

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