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Profa. Ana Belavenuto UNIDADE I Economia e Sustentabilidade Unidade I Sob o enfoque econômico. Unidade II Sob o enfoque ambiental. Economia e Sustentabilidade Indissociável. Trabalho: base do sustento familiar. Organização social: deveres e obrigações. Ausência da propriedade privada. Direito hereditário. Homem e natureza Expansão do comércio. Formação de mercados. Surgimento de uma nova classe social: mercadores capitalistas. Mercado e lucro substituem os costumes e a tradição. Sinais de mudança Formação dos Estados-Nação. Desestruturação da organização social. Propriedade privada dos meios de produção. Inovação no método de produção e o uso da maquinaria. Arcabouço legal para proteção da propriedade e dos contratos. Classes sociais: trabalhadores e capitalistas. Organização social: Capitalismo. A mudança Migração do homem do campo. Venda da força de trabalho. Assalariamento da força de trabalho. Formação das cidades no sistema capitalista Característica: Propriedade privada; Livre iniciativa; Indústria; Assalariamento da mão de obra; Economia de mercado. Sistema capitalista Mercantilismo (XV-XVIII): superávit comercial e regulação do mercado. Fonte de riqueza: comércio. Fisiocracia (XVIII): laissez-faire (deixe que faça) e laissez-passer (deixe que passe). Fonte de riqueza: agricultura. Teorias explicativas do fenômeno A natureza humana é pautada pelo individualismo. O comportamento humano é motivado pela busca do prazer. O egoísmo, a avareza e o desejo de bem-estar formam as bases do comportamento humano. Teorias explicativas do comportamento humano Trabalho gera riqueza ao transformar os recursos da natureza. O homem tem propensão às trocas. Excedente é trocado no mercado. Produção de bens e serviços promovem o bem-estar. O mercado regula preços por meio das forças de oferta e demanda. Moeda – intermediário de troca. Mercado tende ao equilíbrio. Liberalismo econômico Fonte da formação de riqueza: produtividade do trabalho. O aumento da produtividade é resultado da divisão do trabalho. Crescimento econômico é resultado do aumento da produtividade e da acumulação de capital (lucros). No longo prazo – retornos decrescentes do uso da terra e pressão populacional – impõe limites ao crescimento econômico. Isso conduziria a economia a um estado estacionário com uma população constante vivendo em nível de subsistência. Liberalismo econômico O progresso técnico (mudanças tecnológicas) é visto como alternativa ao estado estacionário. Permite produzir mais com menos recursos. E atender às necessidades materiais da população. Outro ponto de vista Princípio da formação de riqueza: trocas. Consumo de mercadorias – fonte de prazer e de utilidade. Autointeresse – conduz o indivíduo a maximizar utilidade. Ação individual – conduz ao bem-estar de todos. Unidades produtivas – desejam maximizar lucro e minimizar custos, operando com a maior eficiência possível, dado determinado nível de progresso técnico. Neoliberalismo econômico Homem econômico racional. Oferta e demanda são forças contrárias. Introdução do instrumental matemático. Sistema tende ao equilíbrio. Teoria do bem-estar: melhoria das condições materiais. Neoliberalismo econômico Século XIX – produção em escala industrial implantada em vários países. Produção voltada para a troca no mercado. Mercado – ambiente onde ocorre a compra e venda de mercadorias. Mercadoria – tudo o que é produzido para trocar no mercado. A ordem na produção e distribuição é confiada ao mercado. O mercado é autorregulável. Consolidação da economia de mercado De acordo com os clássicos, no longo prazo, o obstáculo ao crescimento econômico advém: a) Exclusivamente da queda da produtividade. b) Da queda da produtividade e da acumulação de capital (lucros). c) Da lei dos rendimentos crescentes da terra e da população. d) Retornos decrescentes da terra e pressão populacional. e) Dos limites impostos pelo progresso técnico. Interatividade Transformações significativas em todas as dimensões humanas. Concentração industrial - Trustes e cartéis. Primeira Guerra Mundial. Revolução soviética. Depressão dos anos 1930. Segunda Guerra Mundial. Elevado crescimento tecnológico. As mudanças do século XX O termo “global” aparece nos anos 1980. Mundo sem fronteiras. Empresas sem nacionalidade. Mundialização. Expressão das forças de mercado. Cadeias produtivas globais. Globalização Adoção de políticas para estimular o crescimento econômico. O crescimento econômico tornaria todos ricos. Chave para criar mais bens e garantir uma boa vida para a sociedade industrial. Bem-estar associado ao consumo de bens e serviços. Empresas passaram a utilizar fatores de produção local para uma oferta global. A ideologia do crescimento ilimitado Mesmo com as mudanças no mundo real a ciência econômica continua usando os modelos teóricos que se tornaram paradigmas na formação dos economistas. Diagrama do fluxo circular - visão do funcionamento do sistema econômico. Relação entre produção e consumo. Mostra como circulam produtos, insumos e dinheiro entre empresas e famílias. Como é formada a renda. Como são formados os preços. Como os economistas explicam a organização da economia Diagrama explicativo do funcionamento do sistema econômico Fonte: Mankiw, N.Gregory. Introdução à Economia.São Paulo:Cengage Learning,2009 EMPRESAS FAMÍLIAS MERCADO DE BENS E SERVIÇOS MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO DIAGRAMA DE FLUXO CIRCULAR Receitas Vendas de bens e serviços Despesa Compra de bens e Serviços Fatores de produção Salários, aluguéis e lucro Trabalho, terra e capital Renda Apresenta um sistema harmônico e em equilíbrio. A economia apresenta-se de forma isolada de um sistema maior que é a natureza. Nada entra e nada sai no processo de produção. Porém, o sistema não é harmônico e não usa continuamente os mesmos materiais. A crítica ao modelo do fluxo circular Quais os efeitos do crescimento econômico? Qual o ponto de degradação ambiental que a sociedade suporta? Qual o nível de poluição que a sociedade suporta? Quanto a sociedade está disposta a pagar para respirar um ar mais limpo? Os desafios do crescimento econômico Duas linhas metodológicas: 1 - Parte da matéria e da energia se perde de forma definitiva no processo de transformação, mas os investimentos em inovação tecnológica podem relativizar essa perda; 2 - A escassez é relativa, pois nada se perde e tudo se transforma no processo produtivo. Como a ciência econômica responde aos desafios do crescimento ilimitado Situações que impedem o funcionamento eficiente do mercado. Externalidades que podem ser negativas. Estado – pode corrigir as falhas de mercado. Bens públicos x bens privados. Bens públicos não são excludentes nem rivais. Bens privados são excludentes e rivais. Falhas de mercado Estado provedor de bens que são usados socialmente. Bens públicos x bens privados. Bens públicos não são excludentes nem rivais. Bens privados são excludentes e rivais. Como classificar o ar que respiramos? É um bem público ou privado? Para entender como o Estado se posiciona em relação aos bens disponíveis na natureza Produzir mais significa utilizar mais energia, minérios, madeiras, carvão, petróleo, ocupação do soloetc. Nesse processo se produz um custo ambiental que é repassado a todos. Produzir significa gerar resíduos que voltam à natureza. Crise ecológica Minamata (Japão-1972). Seveso (Itália-1976). Bophal (Índia-1984). Chernobyl (Ucrânia-1986). Exxon Valdez (Alasca-1989). Golfo do México (México-2008). Rompimento da barragem do Fundão (Mariana-Brasil – 2015). Desastres ambientais Raquel Carson (EUA-1962) – “Primavera Silenciosa”. Dana Meadows (1972): “Limites do Crescimento” (Clube de Roma). Relatório Brundtland (1988): “Nosso Futuro Comum” (Gro Harlem Brundtland). Estudos que influenciaram e mobilizaram comunidades Conferência das Nações Unidas (Estocolmo-1972). Natureza – coisas vivas e não vivas (recurso produtivo de propriedade comum). Recursos naturais – não são produtos da ação humana. Homem e natureza – identidade cultural. Meio ambiente – é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas. 1972 – criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Eventos que deram consistência ao tema Externalidades – poluição. Bens públicos x bens privados. Falhas de mercado – ineficiência alocativa de recursos produtivos (degradação ambiental). Aplicação da teoria econômica aos problemas ambientais No processo de produção gera-se custos ambientais que são repassados a todos os seres viventes no planeta. Um dos avanços teóricos foi o reconhecimento de que o processo produtivo promove: a) A Internalização da produção. b) Externalidades negativas. c) Externalidades positivas. d) Custos de produção. e) Benefício social. Interatividade Revisitando o modelo – modelo de balanço de materiais Natureza Mercado de Produtos Empresas • Ofertam bens e serviços; • Demandam recursos Famílias • Ofertam bens e serviços; • São fornecedoras de recursos Mercado de Fatores Resíduos de produção Resíduos de consumo Recuperação, reciclagem Reúso, reciclagem, recuperação Recursos naturais Fonte: Callan & thomas (2010:17) Figura 7 – Representação do modelo da atividade produtiva A escassez é relativa, pois nada se perde e tudo se transforma no processo produtivo. O sistema continua harmônico e em equilíbrio. O modelo do balanço de materiais Valorando os bens da natureza Valor de uso Valor de não uso VUD VUI VO VE Bens e serviços ambientais consumidos no momento presente Bens e serviços ambientais que são apropriados indiretamente no momento presente Bens e serviços ambientais cujos valores são atribuídos no presente para serem utilizados no futuro Valor não associado ao uso presente ou futuro e que reflete questões morais, culturais ou altruístas VERA = (VUD + VUI + VO + VE) Fonte: adaptado de Mota, Ronaldo Seroa. “Economia Ambiental”. Rio de Janeiro: FGV, 2006, P. 13 Contramovimento à análise dos economistas neoclássicos. Consideram que a crise ambiental é acelerada e crescente. Irreversível. Ameaçadora. Reforçadora das desigualdades sociais e entre nações. Causadora de impactos socioculturais. Economia Ecológica Atribuem à uma visão mecanicista da teoria econômica convencional. Bens e serviços da natureza se submetem à lógica do mercado. Tudo se resume a mercadorias. A natureza não é produzida para a venda no mercado. Ponderam que terra, trabalho e dinheiro não podem ser classificados como mercadorias. Não se deve deixar o destino do solo e das pessoas por conta do mercado. Economia Ecológica Ecologistas Ambientalistas Cidades transbordam externalidades Cidades: > acesso à educação e consciência ambiental; maior regulação. Curva de Kunetz Mercado- usurpador de recursos naturais Tudo o que é produzido pode ser reciclado Globalização – contrassenso da ideologia do progresso Difusão de progresso técnico Economias desenvolvidas exportam degradação Exportam tecnologia Homem faz parte da natureza Maximizador de utilidade (egoísta e individualista) Escassez absoluta Escassez relativa Confronto de ideias Fonte: Elaboração própria Exemplo: com a queima do carvão ou qualquer outro mineral, a soma total de energia mantém-se constante no globo terrestre, mas uma parte dessa energia se dissipa na forma de dióxido de carbono, enxofre e outros gases e não poderão ser recompostos ou utilizados. Nesse caso a escassez é absoluta. Escassez absoluta – Lei da entropia Reestruturação do padrão de consumo. Responsabilidade social das empresas. Visão holística. Ética da responsabilidade compartida. Equidade social. Harmonia na exploração ambiental com vistas à preservação para as gerações futuras. Desenvolvimento sustentável e não apenas crescimento. Proposituras teóricas dos ecologistas Crescimento econômico – aumento do produto interno bruto (PIB). Desenvolvimento econômico – visão holística, ou sistêmica. A melhoria do padrão de vida e da promoção do bem-estar só pode sustentar-se num ambiente que conserve os recursos da natureza. Desenvolvimento sustentável – deve ser avaliado a partir de três dimensões: Humana, ambiental e social. Desenvolvimento sustentável – o uso dos recursos no momento presente não deve impedir o atendimento das necessidades das gerações futuras. Crescimento e desenvolvimento sustentável Agenda 21 – Rio de Janeiro 1992 - Caráter normativo e multilateral. 1. Gestão dos recursos naturais. 2. Agricultura sustentável. 3. Cidades sustentáveis. 4. Infraestrutura e integração regional. 5. Redução das desigualdades sociais. 6. Ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável. Desafios para o desenvolvimento sustentável 8 objetivos. Cada objetivo tem suas metas. Erradicar a extrema pobreza e a fome no mundo; atingir o ensino básico universal; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade na infância; melhorar a saúde materna; combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças; garantir a sustentabilidade ambiental; estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento. Objetivos do Desenvolvimento do Milênio Permite avaliar a eficácia das políticas. Orienta-se que os países elaborem indicadores de sustentabilidade. Busca-se mudar o foco da análise de bem-estar da perspectiva exclusivamente econômica para o desenvolvimento das pessoas. Elabora-se o conceito de desenvolvimento humano. Indicadores de desenvolvimento sustentável tornam-se instrumentos para guiar a ação e subsidiar o acompanhamento do progresso rumo à sustentabilidade. Indicadores de sustentabilidade Organização das Nações Unidas (ONU). Coordena e organiza as conferências temáticas sobre os limites do crescimento e do futuro da humanidade. Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Tem investido na formulação de indicadores de monitoramento do progresso ambiental. O papel dos organismos internacionais IDH – Índice de Desenvolvimento Humano (Dimensão saúde, educação e renda) – varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor a posição no ranking. Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD). Índice de Desigualdade de Gênero (IDG). Índice de Pobreza Multidimensional (IPM). Indicadores ambientais. Indicadores da sustentabilidade Há uma relativa convergência no entendimento de que o mercado não consegue resolver sozinho o problema do custo ambiental, razão pela qual há a defesa da intervençãodo governo. Isso se deve ao seguinte entendimento: a) Ocorrência de desastres ambientais. b) Os bens públicos são rivais. c) Os bens públicos são excludentes. d) Existem falhas de mercado. e) O Estado é provedor nato de bens públicos. Interatividade Rio + 20 (2012). Deverão orientar as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional. 17 objetivos. Além dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio foram incluídos novos temas, como: mudança global do clima, desigualdade econômica, inovação, consumo sustentável, paz e justiça. PNUD Brasil (ONU). Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS Elegeu seis valores fundamentais que devem nortear a ação da humanidade: Liberdade; Igualdade; Solidariedade; Tolerância; Responsabilidade comum; Respeito pela natureza. Objetivos do Milênio O caso do ar; O caso da água; Resíduos industriais; Resíduos domiciliares. Desafios ambientais Informe do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) – criado em 1988.
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