Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1a Questão Em fins do século XIX e início do século XX, teóricos como Sílvio Romero, Nina Rodrigues e Euclides da Cunha, estudaram a sociedade brasileira e construíram um discurso que possibilitou o surgimento de teorias raciais científicas que desvalorizavam/inferiorizavam negros e mestiços. Qual foi a forma de pensamento existente que fundamentou tais teorias. O funcionalismo. O Iluminismo. O Idealismo. O Evolucionismo. O Relativismo. Explicação: O darwinismo social acredita na premissa da existência de sociedades superiores às outras e que, nessa condição, as que se sobressaem física e intelectualmente devem e acabam por se tornar as governantes, enquanto as outras - menos aptas - deixariam de existir porque não eram capazes de acompanhar a linha evolutiva da sociedade; entrariam em extinção acompanhando o princípio de seleção natural da Teoria da Evolução. Gabarito Coment. 2a Questão Na década de 1950, a UNESCO patrocinou um conjunto de pesquisas sobre as relações raciais no Brasil e concluiu que: Por ser uma sociedade mestiça, no Brasil não há discriminação econômica; No Brasil há oportunidades iguais para brancos, negros e mestiços; Por ser uma sociedade mestiça, no Brasil não há discriminação racial; No Brasil não há discriminação racial, apenas econômica; No Brasil, a discriminação racial está associada à discriminação econômica. Explicação: A relação do Brasil além de ter a questão da "cor da pele", por isso racial, tem econômica associando negro e pobreza como pares constantes na discriminação no Brasil. Parte dos estudos patrocinados pelo Projeto UNESCO comprovou a inexistência da Democracia Racial no Brasil. No entanto, os trabalhos feitos na década de 1970 realizaram importante critica a tais estudos, ao mostrar que os fatores econômicos que protagonizavam as análises não eram suficientes para responder as razões que levariam à discriminação racial no Brasil. Dito de outra forma, os estudos que se iniciaram na década de 1970 afirmavam que a raça (como construção social) era, sim, um fator de distinção na sociedade brasileira; o pertencimento a determinada classe não dava conta de explicar o racismo no Brasil. A aparente harmonia racial no Brasil fazia do país uma espécie de "laboratório vivo". De tal modo, os objetivos do Projeto UNESCO era determinar os fatores econômicos, sociais, políticos, culturais e psicológicos que favoreciam ou não a existência de relações harmoniosas entre raças e grupos étnicos. Para tanto, jovens cientistas sociais brasileiros e estrangeiros se incumbiram de analisar a significativa mobilidade e integração do negro na sociedade brasileira (GUIMARÃES, 2004). 3a Questão De acordo com Oracy Nogueira: A "cor branca facilita a ascensão social, porém, não a garante, por si mesma; de outro lado, a cor escura implica antes numa preterição social que numa exclusão incondicional de seu portador." (NOGUEIRA, 1988). Ou seja, segundo o autor: A cor da pele e o desempenho socioeconômico dos indivíduos não estão relacionados; A cor da pele e o desempenho socioeconômico dos indivíduos estão em desacordo; A cor da pele influencia o desempenho socioeconômico dos indivíduos; A cor da pele não influencia o desempenho socioeconômico dos indivíduos; A cor da pele só influencia o desempenho socioeconômico de indivíduos que tenham entre 18 e 24 anos. Explicação: Grosso modo, as conclusões de Oracy Nogueira apontavam que negros e mestiços compunham a grande maioria da população que exercia atividades subalternas, enquanto os brancos ocupavam lugar de destaque. De acordo com o próprio autor: "cor branca facilita a ascensão social, porém, não a garante, por si mesma; de outro lado, a cor escura implica antes numa preterição social que numa exclusão incondicional de seu portador " (NOGUEIRA, 1998). Observa-se, então, que, segundo as pesquisas de Oracy Nogueira, a cor da pele tinha forte inuência no desempenho socioeconômico dos indivíduos. 4a Questão Sabe ¿se que a sociedade brasileira foi edificada sobre o preconceito racial, o qual tem trazido muitas exclusões sociais e muitas lutas sociais. Desse modo, ao longo da constituição do povo brasileiro houve um pensamento paradigmal definido como democracia social, elaborado por: Florestan Fernandes Darcy Ribeiro Roberto da Matta Castro Alves Gilberto Freyre Explicação: A Democracia Racial foi elaborada pelo Giberto Freyre, a partir do seu livro Casa Grande e Senzala. Tal cocneito partia do princípio das diferentes raças conviverem harmoniosamente por ter a misceganação como base da formação do povo brasileiro. 5a Questão (Enem PPL) A população negra teve que enfrentar sozinha o desafio da ascensão social, e frequentemente procurou fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a música e a dança. Esporte, sobretudo o futebol, música, sobretudo o samba, e dança, sobretudo o carnaval, foram os principais canais de ascensão social dos negros até recentemente. A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade efetiva. Essa igualdade era afirmada nas leis, mas negada na prática. Ainda hoje, apesar das leis, aos privilégios e arrogâncias de poucos correspondem o desfavorecimento e a humilhação de muitos. CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. (adaptado) Em relação ao argumento de que no Brasil existe uma democracia racial, o autor demonstra que esse mito camuflou formas de exclusão em relação aos afrodescendentes. esse modelo de democracia foi possibilitado pela miscigenação. essa ideologia equipara a nação a outros países modernos. essa dinâmica política depende da participação ativa de todas as etnias. essa peculiaridade nacional garantiu mobilidade social aos negros. Explicação: O autor do texto refuta a ideia de que existia uma democracia racial. Ele assinala que coube à população negra e mestiça buscar alternativas de ascensão, através do samba, do futebol, ou seja, em áreas bem específicas. Desta forma, a suposta harmonia nas relações escravos e senhores era inexistente e camufla a verdade da exclusão perpetuada. 6a Questão O Brasil se constituiu sobre o mito da democracia racial principalmente depois da publicação de Casa grande e senzala de Gilberto Freyre. Sobre este conceito podemos afirmar que: I - Pouco ajudou a melhorar a situação dos negros no Brasil ao forjar a ideia de uma convivência pacífica entre senhores e escravos. II - O mito da democracia defendia a tese de que os senhores não destratavam seus escravos e os escravos eram submissos ao seu senhor. III - A mestiçagem era uma prova cabal de que houve uma interação positiva entre senhores e escravos. Apenas I e III estão corretas. Apenas I está correta. Todas estão corretas. Apenas II e III estão corretas. Apenas I e II estão corretas. Explicação: O mito da democracia racial, embora seja um marco para a Sociologia nacional, pouco auxiliou na melhoria da situação da população negra no Brasil. Ao indicar que a convivência entre negros escravos e colonizadores era harmônica, ele estabelece dois padrões: o do escravo submisso e o do senhor complacente. 7a Questão Parte dos estudos patrocinados pelo Projeto UNESCO comprovou a inexistência da Democracia Racial no Brasil. No entanto, os trabalhos feitos na década de 1970 realizaramimportante critica a tais estudos, ao mostrar que os fatores econômicos que protagonizavam as análises não eram suficientes para responder as razões que levariam à discriminação racial no Brasil.diante disso, temos duas grandes cocnepções sobre o precocneito, entre elas a que influencio o Projeto de pesquisa da UNESCO FOI: abolicionismo democracia racial preconceito de marca preconceito de origem a desconstrução do monopólio de Gilberto Freyre e Arthur Ramos Explicação: Antônio Sérgio Guimarães pontuou duas grandes contribuições deste Projeto para os estudos das questões raciais no Brasil: a desconstrução do monopólio de Gilberto Freyre e Arthur Ramos, cuja autoridade analítica passou a ser dividida com outras correntes das ciências sociais como Donald Pierson e Florestan Fernandes. 8a Questão Observe as assertivas abaixo e indique aqueles que se referem ao mito da democracia racial. I - O mito da democracia racial é uma maneira de entender que somos uma sociedade hierarquizada, ou seja, possuímos os dominadores e os dominados. II - Para Gilberto Freyre, as relações entre brancos e negros sempre foram íntimas, carregadas de afeições, ainda que às vezes violentas e brutais. III - A teoria desenvolvida por Freyre atribui uma visão romantizada da realidade, tornando invisíveis várias formas de violência praticadas por brancos europeus em relação aos negros. Apenas I está correta. Apenas III está correta. Todas estão corretas. Apenas II está correta. Apenas I e II estão corretas. Explicação: O mito da democracia racial estabelece uma sociedade hierarquizada onde existem senhores e escravos. Apesar disso, segundo esta teses, as relações entre eles eram harmoniosas, íntimas, mesmo que ocorressem atos de violência de tempos em tempos. Desta forma, podemos dizer que a visão de Gilberto Freyre era romantizada, fantasiosa e escondia os atos brutais dos quais os escravos foram vítimas.
Compartilhar