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Revisão prova AV II IED ESTACIO

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Introdução ao estudo de Direito – Paulo Nader
			(Revisão para prova)
O direito para Miguel Reali. 
O direito é a ciência da ordenação social que rega a conduta humana com base nos valores de justiça e segurança;
I-	Introdução ao Estudo de Direito (IED)
É a matéria de iniciação que fornece aos estudantes as noções fundamentais para compreensão do fenômeno jurídico. A disciplina não tempo por objetivo criar o saber, apenas recolher os saberes das disciplinas jurídicas. 
II-	Ciência do Direito
A ciência do direito é extraída de conhecimentos coordenados resultante dos estudos das normas jurídicas com a finalidade de aprender o significado delas. Seu papel é revelar o SER DO DIREITO (expostos nas leis e nos códigos). 
- Divisão da Ciência do Direito
a) Ciência Jurídica Teórica: Formula conceitos e princípios gerais do direito (Teoria Geral do direito)
b) Ciência do Direito Positivo: Dogmáticas Jurídica que trata do conteúdo das normas jurídicas, interpretando-os (leis, código, jurisprudência e costume, por exemplo).
III-	Métodos Jurídicos: série ordenada dos meios pelos quais se chega ao conhecimento profundo do conteúdo das normas jurídicas.
1.	Método Dedutivo: parte do geral para o particular (das normas gerais para os casos). 
2.	Método Indutivo: parte dos casos específicos para o geral
3.	Método Sociológico: se a investigação tiver por objetivo as raízes sociais ou efeitos sociais do direito;
4.	Método histórico: Se o jurista buscar investir o passado do direito
IV-	Técnica Jurídica: o conjunto de procedimentos destinados 	a tornar mais perfeita e eficaz a criação e aplicação do direito.
1.	Técnica de Formulação legislativa: fórmula de natureza normativa, impositiva, baseada nos fatos sociais. 
2. Presunção: baseado na verossimilhança, presume-se que o indivíduo está de boa-fé
	•	A presunção simples: Também denominado comum ou de homem, a presunção simples é feita pelo juiz, com base no senso comum, ao examinar a matéria de fato. Não estabelecidas em lei. Ocorre por exemplo em acidentes de trânsito, onde (no Brasil) não há lei determinando que o veículo traseiro é o culpado pela colisão, mas em que é feita esta presunção, impondo à outra parte a prova em contrário. As presunções homines não são admitidas nos casos em que a prova testemunhal é excluída por lei.
Presunção legal: é estabelecida por lei e se resume em: 
Absoluta (Peremptória): Esta espécie não admite prova em contrário. Se a parte interessada conseguir provas o contrário, tal fato não terá valor. 
Relativa: conhecida também como condicional. Caracteriza-se por admitir prova em contrário. A conclusão que a lei atribui a determinadas situações prevalece somente na ausência da prova em contrário.
 Mista ou Intermédia: A lei estabelece uma presunção, que, em início, não admite prova em contrário, salvo mediante um determinado tipo por ela previsto. 
3. Ficção: atribui realidade ao que não tem. Ex.: As embaixadas estrangeiras, por ficção, são tratadas como se estivessem no território de seus Estados para efeito de isenção de impostos. Exemplo: Os acessórios de um imóvel, são móveis por natureza, mas recebem o nome jurídico próprio dos imóveis.
4. Técnica de publicidade: Os acontecimentos da vida jurídica que, direta ou indiretamente, podem afetar o bem comum, deve contar com registro públicos, oferecendo condições de conhecimento e assegurando a conservação de atos da vida jurídica de interesse coletivo. Todo processo é público. 
5. Técnica de Forma: Visa dar certeza e segurança à relação jurídica. As formalidades exigidas pelo ordenamento jurídico têm a finalidade de proteger os interesses dos que participam na realização dos fatos jurídica, bem como manter organizados os assentamentos públicos, como o de registro das pessoas naturais e jurídicas e de imóveis. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.
6. Técnica de Conceituação: Formula conceitos extraídos das regras de direito ou da experiência jurídica. 
OBS.: CPC – Art.213 – Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou interessado a fim de se defender.
V- Sistema Jurídico 
Sistema Jurídico é a unificação lógica das normas e princípios jurídicos vigentes de um país. Cada país tem seu sistema jurídico. 
VI- Unificação das normas:
O jurista deve eliminar contradições entre normas e princípios, esclarecer hierarquia, formular conceitos, estabelecer classificações (o lugar da norma no sistema). 
VII- Sociedade e Direito 
Tríplice de objeto de estudo do Direito: 
a) Os conceitos gerais do Direito
b) A visão de conjunto do Direito
c) Os lineamentos da técnica jurídica 
VIII- Disciplinas Jurídicas Fundamentais 
Ciência do Direito - Também chamada Dogmática Jurídica, aborda o Direito vigente em determinada sociedade e as questões referentes à sua interpretação e aplicação. O seu papel é o de revelar o ser do direito, aquele que é obrigatório, que se acha posto à coletividade e que se localiza nas leis e nos códigos. 
Filosofia do Direito - Enquanto a Ciência do Direito se limita a descrever e sistematizar o Direito vigente, busca responder à pergunta Quid jus? (o que é o Direito?).Reflexão sobre o direito e seus postulados, com o objetivo de formular o conceito de jus e analisar as instituições jurídicas, levando em consideração o homem, a realidade objetiva e os valores de justiça e segurança. 
Sociologia do Direito: busca examinar o fenômeno jurídico do ponto de vista social, a fim de observar a adequação 	da ordem jurídica aos atos sociais, direito é um fato social (costumes). 
Teoria Geral do Direito: destinou-se a substituir a Filosofia do Direito. Apresenta conceitos úteis aos diferentes ramos do direito. Seu foco não é voltado para os valores e fatos que integram a norma jurídica, sua tarefa não é descrever os conteúdos das leis ou formular sua crítica e sim uma análise e conceituação dos elementos estruturais e permanentes do direito. 
História do Direito - a pesquisa e a análise dos institutos jurídicos do passado, o Direito vive impregnado de fatos históricos, que comandam o seu rumo, e a sua compreensão exige, muitas vezes, o conhecimento das condições sociais existentes à época em que foi elaborado.
 OBS.: Onde há sociedade, há direito. 
Direito Comparado: é o racionalismo na ciência jurídica, buscando a unificação do direito em um mundo dividido. Direito Comparado: é um ramo da ciência jurídica ocidental, não é normativo nem tem aplicações obrigatórias, mas, é útil para fundamentar decisões dos tribunais. O ordenamento jurídico é o objeto de estudo desta disciplina de diferentes Estados com o objetivo de revelar novas conquistas alcançadas em determinado ramo. E que podem orientar legisladores. Tal estudo não deve prender-se apenas às leis e aos códigos. A comparação de direitos de diferentes países, sociedades, civilizações ou de épocas diversas com o objetivo de descobrir seus princípios comuns, suas diferenças, e quando possível, propondo uniformizações de legislações. A disciplina do Direito Comparado tem por objeto de estudo comparativo de ordenamentos jurídicos de d
IX- Normas Sociais 
O homem, desde o seu nascimento até a sua morte, independentemente de sua vontade, e os grupos sociais, independentemente do seu poder, são controlados por normas sociais. Destinam-se a exercer o controle social, e se materializam em sanções, que vão desde a advertência até a pena de morte.
As Espécies de Normas que formam a Ordem Social 
1. Sancionadas – são aquelas reconhecidas e garantidas pelo poder público (normas jurídicas);
2. Independentes – independem do poder público, e são estabelecidas pelos costumes.
O Direito – é uma das normas sociais, acompanhadas de sanções organizadas, institucionalizadas, aplicadas pelo poder público. 
X- A dimensão sociológica do Direito – O direito como processo de adaptação social 
O homem deve atender às exigências de um condicionamento mensurável: submeter-se às leis da naturezae construir o seu mundo cultural. 
Esse condicionamento, imposto ao homem gera múltiplas necessidades, por ele atendidas mediante os processos de adaptação. Graças a esse mecanismo, o homem se torna forte, resistente, apto a enfrentar os rigores da natureza, capaz de viver em sociedade, desfrutar da justiça e segurança, de conquistar, enfim, o seu mundo cultural. Por dois processos distintos: interna e externamente. 
Adaptação Interna (Orgânica) – Aquela que não é exclusiva dos humanos e sim de todos os seres vivos. O tipo de adaptação que não está no nosso poder de controle. Não há como ter a intervenção do termo vontade. Exemplo: Órgãos do corpo que trabalham em processo ininterrupto de trabalho;
Adaptação externa (extra orgânica): Ao homem comete com esforço e inteligência, complementar a obra da natureza. O homem consciente de suas necessidades e carências elaboram novas condições de adaptação por ele benéficas. A própria vida em sociedade já faz parte de uma adaptação humana. Para o homem atingir a plenitude de seu ser além da convivência é necessária a participação na sociedade. 
Direito e Adaptação: A relação de sociedade e direito se apresentam em um duplo sentido de adaptação: de um lado, o ordenamento jurídico é organizado como o processo de adaptação social e para isto de ajustar-se as condições do meio, de outro o direito estabelecido cria a necessidade de do povo adaptar o seu comportamento aos novos padrões de convivência. 
Se todos os seres humanos seguissem os fundamentos do bem comum e não houvesse choque de interesses, o direito seria inócuo, impotente para realizar sua missão.
O Direito Natural é o conjunto de princípios inerentes à personalidade humana visando ao bem-estar do homem. É peculiar a todos os homens, ou sua própria condição ou essência: direito à vida, à liberdade... É o direito que adquirimos ao nascer e ninguém pode modificar, não é escrito, não é formulado pelo Estado e nem crido pela sociedade por isso não pode ser considerado um processo de adaptação social. 
Já o Direito Positivo, é aquele que o Estado impõe à coletividade, é que deve ser dado aos princípios fundamentais do Direito Natural por isso é considerado um processo de adaptação social. 
O direito não corresponde a uma necessidade individual e sim de uma carência de coletividade. Para o homem e a sociedade, o direito não constitui um fim, apenas um meio para tornar possível a convivência e o progresso social. O direito deve estar sempre se refazendo e se enquadra na realidade social. Os processos de adaptação devem-se renovar, pois somente assim o direito será um instrumento eficaz na garantia do equilíbrio e d harmonia social.
O Direito fixa limite à liberdade dos homens. 
O direito nasce da vida social, e transforma com a vida social e deve se adaptar à vida social.
O Direito não deve absorver todos os atos e manifestações humanas já que não é o único responsável pelos sucessos das relações sociais, há ainda a religião, a moral, as regras de trato social que zelam pela solidariedade entre os homens. 
O Direito não pretende aperfeiçoar o homem, esta meta pertence à moral, não pretende preparar o ser humano para a conquista de uma vida supraterrâneo, ligada a Deus, quem fica responsável por isso é a religião, não se preocupa em incentivar cortesia, o cavalheirismo ou as normas de etiqueta, quem faz isso são as regras de trato social. SE O DIREITO REGULAMENTASSE TODOS OS ATOS SOCIAIS, O HOMEM PERDERIA A INICITAIVA, A SUA LIBERDADE SERIA UTÓPICA E PASSARIA A VIVER COMO AUTOMÂTICO.
Segundo Pontes de Miranda: “O Direito é o processo de adaptação social, que consiste em se estabelecerem regras de conduta, cuja incidência é independente de adesão daqueles a que a incidência da regra jurídica possa interessar”.
 A adaptação das ações humanas ao Direito: 
A vida em sociedade pressupõe uma organização e implica na existência do direito. A sociedade cria o direito no propósito de formular as bases de justiça e de segurança. Assim, a vida social torna-se viável. O direito deve ser uma expressão da vontade social e, assim, a legislação e apenas similar os valores positivos que a sociedade estima e vive. 
Segundo Miguel Reali, o direito para livrar a sociedade da violência, usa a violência para reprimir a própria violência. 
O que é sociedade? É o grupamento humano devidamente organizado que coopera entre si para realizar um fim, que aprimores a vida em sociedade. Como ser humanos tem desejos diferentes, paixões diferentes, os interesses se chocam e assim há um estranhamento e a sociedade entra em desordem. E é aí que o direito entra, criando ordens para organizar a sociedade, lembrando que o direito só existe ao posso que existe uma sociedade, porém está só existe também onde há o direito, lembrando que ara haver uma sociedade é necessário haver uma organização. 
 Para que a sociedade seja organizada pelo direito, as regras devem estar de acordo com aquela realidade social PARA EU TODOS CUMPRAM. As regras do direito devem ser cumpridas. As leis devem ser baseadas na realidade social fundamentada por um ideal de justiça e de segurança. 
Primeiro o direito estuda a sociedade para promover leis com ideais de justiça e seguranças após essa adaptação são feitas as leis e em seguida a sociedade s adapta a essas leis do direito. Nesse caso, o direito e a sociedade se baseiam em uma dupla adaptação. 
XI- Sociedade e Direito – A Sociabilidade Humana 
É na sociedade, e não fora dela, que o homem encontra o complemento necessário ao desenvolvimento de suas faculdades, de todas as potências que carrega em si.
O Estado de Natureza 
O Estado de Natureza seria onde os homens teriam vivido em solidão, originariamente, isolados uns dos outros sem apoio na experiência e sem dignidade científica. 
Formas de Interação Social e a Ação do Direito
A interação social: processos de mútua influência, sob a força de variados interesses (formam relações interindividuais e intergrupais). Apresentam-se em forma de: 
Cooperação: As pessoas estão movidas por um mesmo objetivo e valor por isso conjuga o seu esforço. A interação se manifesta de maneira positiva e direta. 
Competição: Há uma disputa, uma concorrência, em que as partes procuram obter o que almejam uma visando à exclusão da outra. Indireta e negativa. 
Conflito: se apresenta com o impasse, como uma oposição de interesses – sendo. Direta e negativa.
O Solidarismo Social 
Léon Duguit inspirado nas teorias de Érmile Durkheim, o qual classificou a solidariedade social em “mecânica” e “orgânica”. Já Léon usou palavras diferentes para definir o que Durkheim definiu. Em “vez de “mecânica “por semelhança” e ao em vez de orgânica” por divisão do trabalho”. O primeiro para ele caracteriza-se pelo fato de que os membros do grupo social conjugam seus esforços em um mesmo trabalho. Quanto ao segundo, a atividade global da sociedade é racionalizada e dividida as tarefas por natureza do serviço. 
A Ação do Direito 
Ao separar o lícito do ilícito, segundo valores de convivência que a própria sociedade elege, o ordenamento jurídico torna possíveis os nexos de cooperação e disciplina a competição, estabelecendo as limitações necessárias ao equilíbrio e à justiça nas relações. Já o conflito se opera em duplo sentido. De um lado, preventivamente, ao evitar desinteligências quanto aos direitos que cada parte julga ser portadora e por outro lado, diante do conflito concreto, em que o Direito apresenta solução de acordo com a natureza o caso, seja para definir o titular do direito, determinar a restauração da situação anterior ou aplicar penalidades de diferentes tipos. 
A Mútua Dependência entre o Direito e a sociedade 
Fato Social: Existe uma mútua dependência entre direito e sociedade, o direito não tem existência em si própria, ele só existe se houver sociedade, a sociedade, é fonte criadora e área de atuação do Direito. Existindo em função da sociedade, o Direito deve ser estabelecido à sua imagem,conforme as suas peculiaridades, refletindo os fatos sociais, que significam, no entendimento de Émile Durkheim “maneiras de agira, de pensar e de sentir, exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem”. 
Fatos sociais são criações históricas do povo, que refletem os seus costumes, tradições, sentimentos e cultura A sua elaboração é lenta, imperceptível feita espontaneamente pela vida social. CADA POVO TEM A SUA HISTÓRIA E SEUS FATOS SOCIAIS. Os fatos sociais exercem importante influência, mas o condicionamento para criação das normas jurídicas não é absoluto. 
OBS.: É geral, coercitivo e sancionado – faz nascer o direito (jus ex factor oritur), quando não é espontâneo (costume). É qualquer forma de indução sobre os indivíduos, que é tida como uma coisa exterior a eles, tendo uma existência independente e estabelecida em toda a sociedade.
Exerce constrangimento social – exerce pressão sobre os seus destinatários – se transgredido pune o infrator com sanção prevista em lei – é construído tendo por base elementos da realidade social. É resultado de reflexão intelectual – do jurista, do juiz, do legislador, provocada por fatos sociais.
2- Relações Sociais e Relações Jurídicas
As relações sociais na maioria das vezes geram conflitos e ameaças à paz social, a partir daí tornam-se relações jurídicas – regidas por leis, costumes, jurisprudência, etc.)
A formação e a evolução do Direito não resultam da simples vontade do legislador, mas estão subordinas à realidade social subjacente, à presença de determinados fatores que influencias fortemente à própria sociedade. O Direito deve estar sempre adequado à realidade, refletindo as instituições e a vontade coletiva. Os fatores que influenciam a vida social, provocando-lhes mutações, vão produzir igual efeito no setor jurídico, determinando alterações no Direito Positivo. Há dois grupos de fatores jurídicos: Os naturais e os culturais. 
1. Princípios Metodológicos: O estudo dos fatores do Direito deve ser precedido pelo exame dos princípios metodológicos aplicáveis a matéria, evitando assim a falsa interpretação de resultados. Há uma divisão dos princípios metodológicos, em: 
a) Interferência das Causas: Os fenômenos sociais são sempre dotados da máxima complexidade pois não decorrem de um fator exclusivo e sum de uma pluralidade de fator
* OS FATORES SOCIAIS 
O Direito e os fatores de influência externos
 Conceito e características 
O Direito e a realidade se influencia, e cabe, ao Direito, acompanhar as diversas oscilações sociais, uma vez que é para a sociedade que o Direito serve e para a qual foi criado.
Assim, verifica-se a existência de certos fatores, sociais e jurídicos, que repercutem diretamente na esfera jurídica.
Esses fatores influenciam a sociedade e, em consequência, impõem mudanças efetivas no quadro de leis, de forma acelerada ou lentamente.
7 - O Direito e os fatores de influência externos
7.2 - Fatores Naturais X Culturais 
Os fatores de influência podem ser naturais e culturais.
Fatores naturais são aqueles que possuem relações com a natureza e seus vários aspectos, tais como, geográficos, demográficos e antropológicos.
Os fatores naturais geográficos relacionam-se ao clima, recursos naturais, território, fator demográfico e fator antropológico.
O clima é fator que influencia no crescimento da população, pois nas regiões de clima quente, o homem atinge seu pleno desenvolvimento de forma mais rápida. Assim, constitui fator de influência indireta, pois diante dessa constatação, o legislador poderá fixar regras de direito de família diferenciadas, obedecendo a peculiaridade de cada região.
Já os recursos naturais têm influência direta, por se tratarem de riquezas que devem ser administradas pelo Estado, na forma de tributos específicos para cada produto, afim de regular a exploração do homem na natureza.
O território, por sua vez, é de caráter indireto, pois influencia o homem no seu modo de vida, no que diz respeito à organização da sociedade, habitação e sua economia.
O fator demográfico, poderá influenciar diretamente no momento que o Estado criar leis para o controle ou incentivo à natalidade, pois é muito importante o equilíbrio entre o número de pessoas, espaço e alimentos para o bem estar social.
O fator antropológico poderá ser vislumbrado na relação do homem e seu desenvolvimento, ressaltando as características mais marcantes de cada população. Este será um fator de influencia indireta.
Os fatores culturais, por outro lado, são produções da própria sociedade, e são específicos de cada povo e sua localidade, podendo ser: econômicos, de cunho religioso, moral e educacional.
O fator econômico diz respeito ao montante de riquezas produzidas numa sociedade de forma a influenciar alguns ramos do Direito, que se relacionam diretamente a esse fator, como o direito tributário, comercial, reais (propriedade), obrigações dentre outros. É importante dizer que o Direito também influencia os processos de transformação na esfera econômica.
Quanto à religião, diferentemente de outros tempos, não se verifica mais aquele domínio que a Igreja exercia sobre o Direito. Atualmente, esta influencia de forma indireta, auxiliando na formação da sociedade e das consciências humanas, mas constitui um processo totalmente separado do Direito.
A moral, como já dito anteriormente, constitui um processo de adaptação humana, que auxilia na formação do próprio Direito. É certo que muitos valores da moral estão inseridos na ciência jurídica, e dessa, forma a moral exerce uma grande influência sobre o Direito.
A educação, processo pelo qual o ser humano atinge seu desenvolvimento intelectual pleno, é composto de inúmeras leis que disciplinam o conteúdo, a forma, níveis, disciplinas, enfim, todos os aspectos que devem ser verificados pelo Estado para um bom aperfeiçoamento intelectual.
Assim também haverá influência desse ramo no Direito e suas leis.
Há outras esferas que também podem influenciar ou determinar a criação de uma lei, como a política, na qual cada grupo político possui suastendências, objetivos e valores; a opinião pública, que exerce pressão sobre alguns setores sociais, e dessa forma influencia o Direito.
Há, ainda, os grupos organizados, que possuem idéias comuns e organizam-se para exercer maior pressão sobre o poder público e, por fim, as medidas de hostilidade também influenciam o Direito, vez que é uma forma de pressão mais agressiva, a fim de pressionar o poder público para que as suas metas sejam devidamente atendidas.
Finalmente é importante comentar a respeito da revolução e sua influência no Direito. A revolução desencadeia, no Direito, um processo de transformação rápido e abrangente.
Pode ser conceituada como movimento, oriundo de parcela da sociedade insatisfeita contra as instituições existentes, que visa, pela força, a mudança para um outro tipo de ideologia, previamente criada por esse grupo.
O objetivo da revolução é a criação de um novo Direito, baseado em novos pressupostos e valores, distinto daquele anteriormente existente.
Cumpre salientar que a Revolução é mais abrangente do que o "Golpe de Estado", vez que no último os objetivos não são tão abrangentes e o que se pretende é a tomada de poder de um grupo para outro, sem, contudo querer mudar todo o sistema
XVI- Natureza e Cultura
I- Definição de Direito 
1. Idealistas- O Conceito de Direito está em nós, devendo ser deduzido pela razão e não experimentalmente. 
2. Positivistas - O Conceito de Direito devem ser adquiridos indutivamente, através das generalizações dos dados fornecidos pela experiência jurídica. 
Direito Objetivo – Regra de conduta obrigatória;
Direito Subjetivo – Faculdade que tem a pessoa de agir para obter de outrem o que entende cabível;
Direito Positivo
Direito Natural
Simbologia do Direito- O mais conhecido é a balança, com dois pratos, colocados em mesmo nível o com fiel no meio. Os Gregos utilizavam a balança sem o fielno meio, na mão esquerda da Deusa Diké (Dice ou Astreia) e na sua mão direita uma espada (o conhecer do direito à força). Já os Romanos, utilizavam a balança, com os dois pratos e o fiel no meio, segura pelas mãos da Deusa lusitana, que tinha os olhos vendados – o direito existia quando o fiel estava totalmente vertical. 
II- Noções elementares do Direito
A) Natureza: Compreende tudo que existe independente da vontade e da atividade humana vigorando a casualidade, as regras das leis naturais. 
B) Valores: Tudo que afeta o ser humano, e que são valoradas de acordo com a maior ou menor necessidade. 
C) Cultura: Abrange tanto a ordem material como espiritual, o Direito, como produto cultural é resultado do processo valorativo. Os processos culturais se alteram continuamente na sociedade, e o Direito reage a essas alterações.
III- O Direito, cultura e natureza
 O Direito tem significações, decorrentes de fato sociais. O direito não é produto da natureza, a direito pertence ao mundo criado pelo homem. O Direito se encontra na área cultural, é objeto cultural, floresce com a Cultura, e com ela pode desaparecer.
IV- O Princípio dos vasos comunicantes
Não há fenômeno social que possa ser tratado isoladamente, quando o legislador introduz nova norma, ou altera a norma, haverá reflexos sociais. Cabe ao legislador ter pleno conhecimento do meio social no qual vive e legisla. O descuido na elaboração das leis, por pessoas culturalmente despreparadas, acarreta a intranquilidade social. 
A NORMA é, em geral, configurada ou estruturada em função dos comportamentos normalmente previsíveis do homem comum, de um tipo de homem dotado de tais ou quais qualidades que o tornam o destinatário razoável de um preceito de caráter genérico.
Em termos de concepção convencionalista da língua, o jurista utiliza o sentido informativo (quando utiliza a linguagem para descrever certo estado das coisas) e o diretivo (quando a língua é utilizada para dirigir o comportamento de alguém, induzindo-o a adotar uma ação). 
XVII- O Enfoque Teórico (Campo das Investigações) 
Zetética Jurídica e Dogmática Jurídica.
1. Zetética Jurídica: coloca o questionamento como posição fundamental, o que significa que qualquer paradigma pode ser investigado e indagado. Qualquer premissa tida como certa pela dogmática pode ser reavaliada, alterada e até desconstituída pelo ponto de vista zetético.
2. Dogmática Jurídica: determinados conceitos e fatos são apenas aceitos como dogmas. O enfoque dogmático revela o ato de opinar e ressalva algumas opiniões. As questões dogmáticas têm função diretiva explícita e são finitas. 
XVIII – O Pensamento Jurídico – O Positivismo e Jusnaturalismo 
Historicamente a distinção entre direito positivo e direito natural é muito antiga, porém é entre os pensadores gregos que aceitam o direito natural como expressão de exigências éticas e racionais, superiores às do direito positivo, que essa discussão torna-se objeto de estudos especiais, até se converter em teorias. Seguindo a história cronologicamente, em Roma, é relevante citar a obra de Cícero que faz apologia à lei natural, que não precisa ser promulgada pelo legislador para ter validade. É ela que ao contrário, confere legitimidade ética aos preceitos da lei positiva [2].
As duas correntes doutrinárias sustentam alguns conceitos definindo o direito como positivo e natural. Os juspositivistas defendem a tese de função diretiva, da norma posta como fonte única e primária do direito em que, o que é justo está escrito na lei concreta criada pelo Estado, desta feita seu sistema jurídico torna-se completo e autossuficiente. Para o os jusnaturalistas, o direito natural antecede as normas escritas pelo Estado, surge pela vontade divina ou ainda da razão, seu ideal de justiça nasce de um conjunto de valores e pretensões humanas legítimas e não outorgadas pelo Estado.
Esta forma bipartida de ver os dois conceitos antagônicos, onde apenas uma doutrina é a correta, apesar de ser clássica, é uma visão ortodoxa, pois é fácil constatar a sinergia entre elas. Primeiramente, o movimento constitucionalista que se consubstanciou na intenção de garantir direitos sociais e respeito às liberdades individuais, esses tidos como direitos naturais, foi uma forma de positivar nos ordenamentos jurídicos estatais os direitos naturais tornando-os instituídos nos textos constitucionais. Depois os movimentos políticos e militares, pautados pelo seu direito positivado, chegaram ao poder, como exemplo destes, o Nazismo que deu poder a Adolf Hitler e seus comandados para cometer um massacre genocida em nome da lei. Quando no julgamento histórico no Tribunal Militar Internacional na cidade Alemã, Nuremberg, os responsáveis por tais crimes recorreram ao argumento de cumprimento estrito da lei para se livrar das sanções, desta forma, tornou-se indispensável revisar o Direito de modo que este pudesse salvaguardar direitos da dignidade humana contra quaisquer absurdos que embora formais não tivessem valores éticos, então o direito positivo também perdeu sua força.
Enquanto os naturalistas se voltam contra o direito positivo afirmando que há um conjunto de princípios éticos que transcende a formalidade textual e que algo só é justo se corroborar com esses princípios, os positivistas separam o valor moral e o conteúdo ideário de justiça reconhecendo como válido apenas o que é criado pelo Estado.
Mister é realçar que o ideal de justo passa por transformações de acordo com a evolução social, política, intelectual e psíquica, sendo assim ambas doutrinas se vistas de um único prisma como verdade suprema, tornam-se insuficientes.
Mudam-se as doutrinas e regimes políticos e ainda assim vive o direito natural, pode-se contestar-lhe a existência como um direito distinto do positivo, mas não se nega o papel de que sua ideia continua a exercer um papel no desenvolvimento da experiência jurídica [3]. Por conseguinte, a existência do direito positivo é inegável, porém a formalidade que o institui muitas vezes é colocada em xeque.
Destarte, percebe-se que o Jusnaturalismo e Juspositivismo devem ser vistos, apesar de suas vertentes opostas, como um conjunto de conceitos que se complementam.
XIX – INSTRUMENTOS DE CONTROLE SOCIAL 
I. Considerações Prévias 
- O direito não é o único instrumento responsável pela harmonia na vida social. Além dele, ainda outros processos normativos que condicionam a vivência do homem na sociedade, há a Moral, a Religião, e as Regras de Trato Social. 
- A coação, força a serviço do Direito, é um dos seus elementos que inexistem na moral, na religião e nas regras de trato social. 
- Se os contatos sociais se fizessem somente sob a pressão dos mandamentos jurídicos, a sociabilidade não se desenvolveria naturalmente, seriam ásperos e menos agradáveis. 
- O conhecimento do campo de aplicação do Direito é lógico e necessário à tarefa de elaboração das normas jurídicas. O legislador deve esta cônscio da legítima faixa de ordenamento que é reservada ao direito, para não exorbitar, alcançando fenômenos sociais de outra natureza, específicos de outros instrumentos controladores da vida social. 
- Toda norma jurídica é uma limitação à liberdade individual e por isso o legislador deve regulamentar oagir humano dentro da estrita necessidade de realizar os fins que estão reservados ao Direito: segurança atravpes do princípio da justiça. 
* OBS.: Caso contrário o legislador tivesse campo aberto para dirigir inteiramente a vida humana, seria fazer do Direito um instrumento de opressão em vez de meio de libertação. Porém, se todo e qualquer comportamento ou atitude tivesse de seguir os parâmetros da lei, o homem seria um robot. 
II- Normas Éticas e Normas Técnicas. 
1. As Normas Éticas: determinam o agir social, o objetivo é especificar os comportamentos humanos permitidos, proibidos e obrigatórios, limitando as possibilidades de transformação que permitam a concretização dos valores sociais. As normas éticas determinam o agir sociale sua vivência já constitui um fim. 
2. As Normas Técnicas: indicam fórmulas do fazer e são apenas meios que irão capacitar o homem a atingir resultados. Esse tipo de norma, não constitui deveres, mas possui carácteres de imposição àqueles que desejam obter determinado fim. Indicam fórmulas do fazer e são apenas meios que irão capacitar o homem a atingir resultados. Não constituem deveres. Dizem respeito ao campo de investigação do conhecimento. 
III- Direito x Justiça 
1. Direito: É o veículo para condução da justiça. 
2. Justiça: Tem um carácter mais amplo. 
	-Justiça pode ser a equidade, o equilíbrio de condições entre as pessoas, mas é também a garantia da participação na distribuição do poder entre os indivíduos. 
1. Justiça pode ser definido como a equidade, o equilíbrio de condições entre as pessoas; mas é também a garantia de participação na distribuição do poder entre os indivíduos.
 2. Mas também pode ser garantia da possibilidade de convivência entre desiguais, tentando equiparar e padronizar respostas a problemas que se apresentam, forçosamente, na vida em sociedade.
3. Para Aristóteles: o termo justiça denota legalidade e igualdade. Assim, para ele, justo é tanto aquele que cumpre a lei quanto aquele realiza igualdade.
4. Para Hans Kelsen: a justiça não pertence à ciência jurídica por não ser jus positiva, mas sim pertence a moral. Considera a justiça uma característica possível, porém não necessária, de uma ordem social. 
5. Igualdade e Proporcionalidade: 
1. Justiça Comutativa: tem por critério a igualdade de tratamento jurídico. 
2. Justiça Distributiva: Tem por critério à proporcionalidade de pena ao delito, da indenização ao dano, do preço à coisa vendida. 
Para Chaim Perelman: Não existe igualdade entre todos, mas um tratamento proporcional a uma qualidade intrínseca, ao mérito do indivíduo. IGUALDE NÃO SIGNIFICA JUSTIÇA;
IV- O que é uma ordem justa?
Regular o comportamento dos homens contentando a todos a fim de gerar felicidade.
O anseio por justiça é o eterno anseio do homem por felicidade. A procura dessa felicidade é dentro da sociedade. Justiça é felicidade social, é a felicidade a garantia por uma ordem social. 
V- Acepção da palavra justiça
1. Subjetiva: ligada a moral. Exemplo: Maria é uma mulher justa. Os moralistas que utilizam tal conceito da palavra. A justiça para eles é uma virtude. 
2. Objetiva: jurídica. Exemplo: Justiça de uma lei ou de uma decisão. Os juristas é que usam a acepção dessa palavra. A justiça para eles é exigência da vida social.
Características essenciais da justiça: 
a) Alteridade: A justiça é uma virtude social, vez que regula relações entre pessoas (interação). Por isso se distingue das virtudes morais. 
b) Obrigatoriedade: porque é uma norma, imposta e deve ser cumprida ou exigida. 
c) Igualdade: é equivalência de quantidades. Isto vale para o conceito de justiça. “Todos são iguais perante a lei”. 
A Igualdade na Lei — constitui exigência destinada ao legislador que, no processo de sua formação, nela não poderá incluir fatores de discriminação, responsáveis pela ruptura da ordem isonômica (compreende-se o dever de aplicar o direito no caso concreto).
A Igualdade perante a Lei - pressupondo lei já elaborada, traduz imposição destinada aos demais poderes estatais, que, na aplicação da norma legal, não poderão subordiná-la a critérios que ensejem tratamento seletivo ou discriminatório (compreende-se o dever de aplicar o direito no caso concreto).
VI- DIREITO E RELIGIÃO
1. Religião
Por muito tempo, a religião exerceu um domínio absoluto sobre as coisas humanas. A falta do conhecimento científico era suprida pela fé, as crenças religiosas formulavam as explicações necessárias.
O Direito era considerado como expressão da vontade divina. Em seus oráculos, os sacerdotes recebiam de Deus as leis e os Códigos.
A classe sacerdotal possuía o monopólio do conhecimento jurídico; ficaram famosos os chamados: juízos de Deus (a crença de que Deus acompanhava e interferia nos julgamentos), as ordálias (que era aplicada quando as testemunhas eram acareadas).
Através de seu discurso jurídico, a Igreja legitimou-se como sendo a única instituição que interpretava a realidade, não aceitando outras visões
A laicização do Direito recebeu um grande impulso no século XVII, através de Hugo Grócio, que pretendeu desvincular de Deus a ideia do Direito Natural. 
O movimento de separação entre o Direito e a Religião cresceu ao longo do século XVIII especialmente na França antes da Revolução Francesa. 
O ilícito se confundia com o pecado. 
A ligação entre a religião cristã e o Estado, exerceu grande importância na vida civil de Roma e do mundo ocidental, razão pela qual o Direito Romano, foi fortemente influenciado pelo cristianismo.
2. Convergências e Peculiaridade entre o Direito e Religião.
I- Convergências: 
Tanto o Direito como a religião visam a conquista do bem. Enquanto a religião busca isso através de princípios e preceitos, afim de definir um caminho a ser percorrido pelo homem, estabelecendo uma escola de valores a serem cultivados para agir sobre o bem, o Direito busca o bem através da justiça. 
Os dois processos normativos possuem ativo elementos de intimidação de conotações diversas. A sanção jurídica atinge a liberdade ou o patrimônio enquanto a religiosa limita-se ao plano espiritual. 
II- Divergências 
Para o direito é necessário a existência de alteridade, já que todo homem social interage e interdepende do outro). Coisa que não é necessário pela religião 
Outra diferença é que o direito tem como meta a segurança, enquanto a religião parte da premissa que essa é inatingível se refere a questões transcendentais. 
III- A Influência da Religião nas Leis 
 Os Preâmbulos das Constituições brasileiras de 1824, 1934, 1946, 1967, a Emenda Constitucional de 1969, e a de 1988 fazem invocação à divindade, e textualizam: (exceção das Constituições de 1891 e 1937)
"Dom Pedro Primeiro, por graça de Deus..." (preâmbulo da Constituição Federal de 1824)
"Nós, os representantes do povo brasileiro, pondo a nossa confiança em Deus..." (preâmbulo da Constituição Federal de 1934); 
 "Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos, sob a proteção de Deus, ... " (preâmbulo da Constituição Federal de 1946); 
 "O Congresso Nacional, invocando a proteção de Deus, ..." (preâmbulo da Constituição Federal de 1967)
 " O Congresso Nacional, invocando a proteção de Deus, ..." (preâmbulo da Constituição Federal de 1969) 
 "...promulgamos, sob a proteção de Deus, ..." (preâmbulo da Constituição Federal de 1988);
VII – DIREITO E MORAL 
1. Generalidades
Direito e Moral são instrumentos de controle social que não se excluem mas se completam e mutualmente se influenciam. 
O Direito é grandemente influenciado pela Moral.
Conceito de MORAL: pode ser compreendida como um conjunto de práticas, de costumes, de usos, de padrões de conduta em determinado segmento social (conjunto de regras de convívio).
 O Dever Moral não é exigível por ninguém – reduz-se ao dever de consciência (tu deves).
 Regras Morais estão presentes no Direito – Penal (não matar, não furtar, respeitar os mortos). Família (alimentos). 
A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-viver. E independe das fronteiras geográficas, garantindo uma identidade entre pessoas que sequer se conhecem (moral comum). 
A Moral se preocupa pela vida interior das pessoas, como a consciência, julgando os atos exteriores apenas como meio de aferir a intencionalidade. 
O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As leis têm uma base territorial, elas valem apenas para aquela área geográfica. 
O Direito cuida das ações humanas em primeiro plano e, em função destas, quando necessário, investiga o animus do agente. 
2. Setores da Moral	
 A moral natural não resulta de uma convenção humana, consiste na ideia de bem captada diretamente nanatureza, não toma base pelo que há de peculiar em um povo e sim permanente ao gênero humano. 
A moral positiva: Se revela dentro de uma dimensão histórica, como a interpretação que o homem, de um determinado lugar época, faz em relação ao bem. 
A Moral Positiva tem três esferas distintas: 
a) Moral Autônoma: corresponde à noção de bem particular a cada consciência. O homem atua como legislador para a sua própria conduta. A consciência individual, que é o centro da moral autônoma. 
b) A Ética Superior dos Sistemas Religiosos: consiste nas noções fundamentais sobre o bem que as seitas religiosas consagram e transmitem a seus seguidores. A ética superior se revela heterônoma, isto é, os preceitos serão acatados não como vontade própria mas em obediência à crença em uma força superior, que o próprio sistema religioso procura expressar.
c) A Moral Social: constitui um conjunto predominante de princípios e de critérios que, em cada sociedade e em cada época, orienta a conduta dos indivíduos. Cada pessoa procura agir em conformidade com as exigências da Moral Social, na certeza de que seus atos serão julgados à luz desses princípios. Essa Assume caráter heterônomo e impões aos indivíduos uma norma de agir não elaborada por sua própria consciência
2. Convergência e Peculiaridades entre Direito e Moral 
I. Convergência
Ambos têm carácter prescritivoAmbos têm caráter prescritivo, vinculam e estabelecem obrigações numa forma objetiva (independente do consentimento subjetivo individual);
Ambos são elementos inextirpáveis da convivência (não há sociedade sem direito, nem sem moral).
II- Divergências 
O Direito é Bilateral (ao mesmo tempo que impõe um dever jurídico a alguám atribui um poder ou direito subjetivo a outrem). Já a moral é unilateral (apenas impõe deveres) 
O Direito é heterônomo (as regras jurídicas são impostas independentemente da vontade de seus destinatários), já a moral Autônoma (se refere a um querer espontâneo) 
OBS.: A moral social e Ética superior são heterônomas. 
O Direito é coercível (o dever jurídico deve ser cumprido sob pena de sofrer o devido efeitos das sanções, aplicados pelos órgãos especializados da sociedade). Já a moral é incoercível. 
O Direito elege valores de convivência, estabelecendo limites para criar um ambiente de ordem enquanto a moral visa o aperfeiçoamento do ser humano, estabelecendo	 deveres do homem em relação ao próximo. 
III- Normas Morais 
São aquelas atitudes e ações que o ser humano realiza, baseadas em preceitos que dizem respeito a ele mesmo. 
São frutos da educação, orientação recebida da família, do ambiente onde vive. 
São preceitos introjetados, interiorizados como o que deve orientar uma vida de bem. 
IV- Normas Jurídicas
São normas resultantes do Direito, da aplicação de leis, feitas com o intuito de regular a vida na sociedade. 
São resultado de uma coação externa. Independente de aceitá-las ou não, deve-se obedecê-las sob o risco da punição da autoridade. 
Por exemplo: Serviço militar é obrigatório, então, chegando aos 18 anos o jovem deve alistar-se, sob pena de sofrer sanções na sua vida civil se assim não o fizer. 
V- Teoria do Círculo e o Mínimo Ético
1. Teoria dos Círculos 
A) Teoria dos Círculos Concêntricos (Jeremy Bentham 1748-1832)
- Direito contido e subordinado a Moral
- A lei deve ser aplicada aos valores morais. Teoria dos Círculos Concêntricos (Jeremy Bentham), filosofo inglês - segundo a qual a ordem jurídica estaria incluída totalmente no campo da Moral. NOTA: o campo moral é mais amplo do que o do Direito e este se subordina à Moral.
 MORAL
Direito
B) A Teoria dos Círculos Secantes (Du Pasquier)
- Direito e Moral compartilham certas áreas, sendo estranhas em outras. Teoria dos Círculos Secantes do jurista francês Claude du Pasquier, segundo a qual Direito e Moral coexistem, não se separam, pois há um campo de competência comum onde há regras com qualidade jurídica e que têm caráter moral. Existem regras morais não jurídicas e regras jurídicas amorais e imorais. E regras comuns, que são ao mesmo tempo morais e jurídicas.
 DIREITO 
 DIREITO 
MORAL
C) Teoria Kelsiana 
- Pontos de vista positivos
- Só é válido o direito
- A norma é o único elemento essencial do Direito que validade não depende do conteúdo da moral. Teoria dos Círculos Independentes (Hans Kelsen) - A idéia de Direito não guarda relação alguma com a Moral. 
NOTA: Para o ilustre jurista, a norma é o único elemento essencial ao Direito, cuja validade não depende de conteúdos morais.
 MORAL
 DIREITO 
2. Mínimo Ético (Dellinek) 
-Observa que o direito deve conter o mínimo de preceitos morais para o bem que seja alcançado seja o bem estar da sociedade. Teoria do mínimo ético ( Georg Jellinek) - segundo a qual o Direito representa apenas o mínimo de Moral obrigatório para que a sociedade possa sobreviver. NOTA: Consiste na ideia de que o Direito representa o mínimo de preceitos morais necessários ao bem-estar da coletividade. O Direito estaria implantado, por inteiro, nos domínios da Moral, configurando, assim, a hipótese dos círculos concêntricos.
VIII- Moral e Ética 
1. Generalidades
A Ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade. 
A Ética tenta explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. Uma reflexão sobre a moral
A Moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade. 
A Moral é um conjunto de normas e valores que regulamentam o comportamento dos indivíduos em sociedade.
O controle social funciona segundo a ética social, que define pelos princípios e valores de conduta social, de onde vem as leis, cuja função é manter a conduta social dentro de padrões aceitos e praticados pela maioria. 
O Controle Social aplicado pelos mecanismos de controle social que podem ser institucionais (família, escola, governo e religião) ou espontâneos (associações, confrarias, clubes, ONGs, etc.)
1. Diferenças entre ética e moral 
A moral tem caráter prático imediato, restrito, histórico e relativo, e não tem preocupação ou compromisso com a norma. É temporal. 
Já a ética, tem caráter de reflexão filosófica, sobre a moral, de procurar justificar a moral. Seu objetivo é o que guia a ação, guiar e orientar racionalmente a vida humana, é normativa, pragmática e objetiva. É permanente.
Confundem o que seria “moral” e o que seria “ética”, mas há uma grande diferença entre ambas. Apenas para exemplificar essa diferença, algo pode ser moralmente correto para uma cultura, mas ser eticamente errado; ou ser moralmente errado para aquela cultura, mas ser eticamente correto. A coisa pode parecer um pouco confuso inicialmente, mas explicarei com mais detalhes.
A moral, ou moral tradicional, é aquilo que um povo acha correto ou errado. Ela é extremamente dependente da cultura do povo e tudo o que ela traz junto: religião e crenças em geral; a arte; os costumes e hábitos; entre outros. Assim, além da moral tradicional ser parte das tradições de um povo, ela também é influenciada por todas as demais tradições e é extremamente dogmática. Contudo, hoje, a moral tradicional pode variar dentro de um mesmo povo, devido à divulgação massiva de ideologias. Então, por exemplo, enquanto para parte dos brasileiros é “moralmente correto” comer carne, para outra parte (vegetarianos e veganos), isto é algo absolutamente “imoral”. Outro exemplo seria a questão econômica: enquanto que para parte de uma população não existe nada de errado no lucro, ele é “moralmente correto”, já que ele garante sua sobrevivência, para outros (comunistas/socialistas) não há nada mais “imoral” do que o ele. A ética, por outro lado, é a área que estuda os valores morais e princípios ideais do comportamento humano. Há certa divergência se essa área seria filosófica ou científica, mas pouco importapara este texto. A questão é que essa área estuda as ações humanas e tenta classificá-las como boas ou más, baseando-se principalmente numa questão básica: “essa ação prejudica outros seres humanos?” E, ao estudar tais atos, a ética os classifica como “morais” (bons) ou “imorais” (maus), embora essa “moral” não tenha qualquer relação com a moral tradicional.
XIX- Direito e Regras de Trato Social 
1. Aspectos Relevantes 
As regras de trato social também conhecida como Convencionalismo Sociais e Usos Sociais, são padrões de conduta social, elaboradas pela sociedade. São as regras de cortesia, etiqueta, protocolo, cerimonial, moda, linguagem, educação, decoro, companheirismo, amizade, etc.
Não cabe as regras de trato social os interesses de segurança do homem, apenas visam tornar o ambiente sob pressão da própria sociedade. Cabe ao direito os assuntos pertinentes à segurança. Diferente da Moral e da religião, as regras de trato social não buscam o aperfeiçoamento do homem.
As regras de trato social são regras que orientam o comportamento interindividual, projeta-se o campo de normatividade. A faixa de atuação desta incide nas maneiras de o homem se apresentar perante o seu semelhante, e o seu valor consiste no aprimoramento do nível das relações sociais. O papel do Convencionalismo Sociais e Usos Sociais é, propiciar um ambiente efetivo bem-estar aos membros da coletividade, favorecendo os processos de interação social, tornando agradável a convivência, mais amenas as disputas e o diálogo possível. 
2. Características das Regras de Trato Social 
 Aspecto Social: as regras possuem um significado sócia. Constitui sempre maneira de se apresentar perante o outro.
Exterioridade: Essas normas visam apenas à superficialidade, às aparências, ao exterior. 
Unilateralidade: Possuem uma conduta imperativa, impõem deveres e não atribuem poderes de exigir. 
Heteronomia: A sociedade cria essas regras de forma espontânea, natural, por considera-las úteis ao bem-estar, passa a impor o seu cumprimento, obrigando os indivíduos independentemente de suas vontades. 
Incoercibilidade: Por serem unilaterais e não sofrerem a intervenção do Estado, essas regras não são impostas coercitivamente. A partir do momento em que o Estado assume o controle de alguns desses preceitos, estes perdem o caráter de Trato Social e se transmutam em Direito. 
Sanção Difusa: a sanção que a regra de trato social oferece são difusas, incerta e consiste na reprovação, na censura, na crítica, rompimento de relações sociais e até expulsão do grupo. O constrangimento que as regras impõem é, muitas vezes, mais poderoso do que a própria coação do Direito.
Isonomia por classes e níveis de cultura: O seu caráter impositivo varia em função da classe social e nível de cultura. 
X- RESUMO 
	DIREITO
	MORAL
	REGRAS DE TRATO SOCIAL
	PRECEITOS RELIGIOSOS 
	Bilateral
	Unilateral
	Uniliterais
	Unilaterais
	Heterônomo
	Autônoma, com ressalvas a Ética Superior e à Moral Social
	Heterônomas
	Prevalentemente autônomas
	Exterior
	Interior
	Exteriores
	Interiores
	Coercível
	Incoercível
	Incoercíveis
	Incoercíveis
	Sanção Prefixada
	Sanção Difusa
	Sanção Difusa 
	Sanção Geralmente é prefixada

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