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O filme Justiça de Maria Augusta Ramos, mostra a realidade do sistema carcerário brasileiro, além do andamento de alguns processos criminais. Mostra que grande parte dos presos tem origem de favelas, sempre envolvididos com drogas e não tem a menor perspectiva de vida, pois vive à margem do sistema.
Durante todo o filme, são mostradas histórias de pessoas que estão sendo julgadas ou detidas. Em primeiro momento aparece um homem negro, deficiente físico, acusado por roubo durante o carnaval. O mesmo, nega todas as acusações e conta com ajuda de uma defensora pública, já que afirma não ter condições para pagar advogado, tinha dificuldade para locomover-se dentro da cela. Ele se arrastava no chão para fazer suas necessidades, o juiz disse que não podia fazer nada, porque tais fatos não eram da competência de juiz, mas sim de médico, o que é inaceitavel pois com o poder que exerce um juiz poderia tomar providencias.
Em segundo momento, aparece um rapaz chamado Carlos Eduardo, que se envolveu em um acidente com carro roubado, anteriormente já havia sido preso por assalto. Numa conversa com a defensora, a mãe de Carlos, diz que o rapaz estava sofrendo ameaças por parte dos policias, e apesar dos roubos cometidos por Carlos, ele não seria preso caso pagasse o valor estipulado pela policia, Carlos não pagou e foi o dia em que foi preso. Ele foi julgado e condenado a três anos de prisão. O relato da mãe de Carlos é preocupante, pois envolvem agentes da justiça, o que deveriam contribuir para o bem- estar social, mas estão tomados pela corrupção, agredindo cidadões e contribuindo para o fortalecimento do crime.
Em terceiro momento, temos a história de Alan e Paulo, dois jovens de 18 anos envolvidos com o tráfico de drogas. Alan afirma que não portava armas e nem drogas no momento da prisão, estava apenas soltando pipa, porém o juiz considerou isso, como sendo um aviso de que os policiais estavam na favela, os meneninos diseram ainda, que os policiais os teriam levado para um local isolado onde foram agredidos. Em um dos relatos da irmã de Alan deixou claro que a sua vizinha teria mais medo da represália dos policiais do que medo dos traficantes. E isso é mais uma demonstração de que a atuação dos policiais pode servir mais para reprimir a população, do que para ajudá-la. A tia de Alan também foi ouvida e contou que o menino sofria de asma crônica e, por isso, era atrofiado, disse que ele havia recebido assistência psicológica, devido aos seus problemas familiares e uso de maconha. Alan foi julgado e condenado em serviços para a comunidade. E provavelmente cairá no mesmo erro, pois não lhe foi dado opção de seguir um caminho melhor e ter uma vida mais digna.
Paulo que havia tentado roubar um celular numa igreja, e ja tinha respondido a cinco processos pela prática de roubo, e, certamente seria condenado por mais esse crime. E mais uma vez, a figura da defensora estava lá para dar assistência jurídica.
O grande problema que o sistema carcerário brasileiro enfrenta, são as celas sujas, lotadas, sem as mínimas condições de vida. Pessoas que, muitas vezes, entram no crime por falta de opção, pois se não morrem de fome, presos, que não possuem uma gravidade tão alta ao ponto de levar a audiência, os defensores públicos acabam sendo sobrecarregados, pois a demanda é muito grande, sendo agravada por pequenos delitos que poderiam ser resolvidos de outra forma, um pouco mais simples.
Situações caóticas social do Rio de Janeiro foi retratada, policiais nas ruas, crianças pedindo esmolas nos sinais, ônibus queimados, uma situação que é ocasionada por exclusão social, tráfico de drogas, violência urbana. Portanto, os direitos humanos devem ser lembrados, visando sempre a melhoria das condições de vida da população.

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