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Universidade de Brasília Faculdade de Ceilândia – FCE/ UnB Curso de Farmácia ACREDITAÇÃO DE LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLINICAS E GARANTIA DA QUALIDADE NO LABORATÓRIO CLÍNICO. Discente: Marisa Nascimento Saliba Rebouças Matrícula: 16/0137322 Docente: Eduardo Antonio Ferreira Disciplina: Introdução a Análises Clínicas Turma: A Brasília - DF 23 de setembro de 2018 Universidade de Brasília Faculdade de Ceilândia – FCE/ UnB Curso de Farmácia 1. INTRODUÇÃO Segundo o Inmetro, a acreditação é um reconhecimento formal de que o laboratório sob este processo é competente para desenvolver suas atribuições e atividades por atender os parâmetros de avaliação previamente definidos. “O termo acreditar significar dar crédito, crer, ter como verdadeiro, dar ou estabelecer crédito” (© DICQ Sistema Nacional de Acreditação), logo, acreditação é a validação da qualidade, no caso a ser discutido, do laboratório clínico. A Coordenação geral de Acreditação do Inmetro (Cgcre) é responsável por conceder, ou não, a acreditação após o cumprimento das etapas de sua solicitação por parte dos interessados, de análise crítica da solicitação, de formação de equipe de avaliação para o processo de acreditação, de análise da documentação, de avaliação inicial das instalações, de decisão e de formalização da acreditação, conforme o fluxograma 1. Mais especificamente, a Dicla (Divisão de Acreditação de Laboratórios) é a parte responsável pelos processos referentes aos laboratórios clínicos, de acordo com os requisitos da ABNT NBR ISO 15189. Fluxograma 1- Processo de Acreditação. Fonte: Inmetro© A finalidade e consequência da acreditação é a garantia de qualidade. Garantia de qualidade nos laboratórios está ligada ao controle das fases pré-analítica, analítica e pós- analítica na realização de exames na instituição para, assim, ser possível identificar possíveis erros, minimizar seus acontecimentos e consertá-los de forma a reduzir os danos de forma mais rápida possível. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Acreditação de laboratórios de Análises Clínicas Para o início do processo de acreditação, o laboratório interessado deve, de maneira voluntária, expressar essa vontade por meio da solicitação de um login e uma senha para Universidade de Brasília Faculdade de Ceilândia – FCE/ UnB Curso de Farmácia acessar o sistema orquestra junto ao e-mail Dicla, porém, antes disso, o laboratório deve ter um sistema de gestão definido em seu Manual da Qualidade e apresentar um formulário específico com informações sobre as atividades de ensaios de proficiência em que tenha participado para confirmar sua competência em realizar suas atividades. Com o login e senha do sistema orquestra em mãos, o laboratório deverá preencher um formulário eletrônico da solicitação para prosseguir. A documentação exigida não é enviada de forma eletrônica, deve ser anexada em CD ou pen drive e enviada ao endereço informado. Após essa etapa, a solicitação seguirá para a análise crítica que consiste em avaliar se a própria Cgcre têm os recursos necessários para prosseguir com a acreditação solicitada. Havendo recursos para início imediato da acreditação, há a formação da equipe da Dicla composta por profissionais capacitados para a avaliação dos laboratórios do solicitante. Eles prosseguirão para a análise de toda a documentação enviada. Em caso de documentos que não estejam de acordo com o estabelecido pela Cgcre, eles deverão registrar em relatórios que serão enviados por e-mail ao solicitante para que ele tome as medidas corretivas. O não cumprimento dos requisitos não impede a visita dos profissionais ao estabelecimento. O próximo passo é a avaliação inicial que engloba a visita da equipe aos laboratórios que foram solicitados a acreditação e nas instalações associadas a ele. Nessa visita avalia- se, também, os equipamentos, instrumentos e produtos presentes no laboratório para verificar se estão de acordo com o determinado pela Cgcre. Feito isso, haverá a tomada de decisão sobre a acreditação e, com base nessa decisão, a formalização, feitos pela Cgcre. Após a concessão dela, a primeira manutenção deve acontecer em 12 meses e as outras em 24 meses, a fim de verificar se o local continuar cumprindo os critérios de acreditação. Há um sistema nacional de acreditação (DICQ) patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) que funciona do mesmo jeito que o descrito a cima, porém pode haver uma auditoria técnica opcional, feita pelos auditores da Comissão de Inspeção, antes da auditoria definitiva e, em caso de concessão da acreditação por parte desse sistema, ela é válida por 3 anos. 2.2 Controle de qualidade no laboratório clínico A garantia de qualidade nos laboratórios de análises clínicas está relacionada ao controle das fases pré-analítica, analítica e pós-analítica da realização de exames. A fase pré-analítica compreende na coleta dos materiais para a análise e seu encaminhamento para a análise laboratorial. A fase analítica, refere-se à análise das amostras recebidas dos postos de coleta ou do próprio laboratório e a pós-analítica está relacionada com a execução do laudo e a entrega dos resultados aos pacientes. Todas as fases possuem critérios, determinados pela RDC Universidade de Brasília Faculdade de Ceilândia – FCE/ UnB Curso de Farmácia 302, de 2005, da ANVISA, a serem cumpridos para que a rastreabilidade, estabilidade, integridade e o correto diagnóstico sejam preservados. A padronização dos processos é um fator importante para a qualidade, tendo em vista a reprodução igualitária pelos os funcionários da empresa. Com isso, é possível estabelecer medidas de rastreabilidade que auxiliam da detecção de falhas no processo que induzem a erros de diagnóstico, por exemplo, e torna-se mais fácil identificá-los e consertá-los 3. CONCLUSÃO Diante do exposto, infere-se que a acreditação e a garantida de qualidade são conceitos e ações que não se separam tendo em vista que o bom funcionamento do laboratório de análises clínicas, consequentemente, gera uma garantia da qualidade. O processo de acreditação realizado tanto pela Cgcre quanto pela DICQ e os requisitos exigidos induzem ao laboratório solicitante a ter um maior cuidado com a qualidade de seus serviços. Além disso, torna-se importante o controle da qualidade para preservar a saúde dos paciente e profissionais que analisam as amostras, a integridade e estabilidade delas e para criar um sistema de rastreabilidade eficiente que permita encontrar possíveis falhas com rapidez para que possam ser sanadas. 4. REFERÊNCIAS [1] BRASIL, Ministério da Saúde. ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada nº 302, de 13 de outubro de 2005. Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Publicada em DOU nº 198, de 14 de outubro de 2005. [2] INMETRO. Acreditação de Laboratórios Clínicos. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/acre_lab_ac.asp Acesso: 20/09/18 [3] INMETRO. O que é acreditação. Disponível em: http://inmetro.gov.br/credenciamento/oqe_acre.asp Acesso: 22/09/18 [4] INMETRO. Sobre Acreditação de Laboratórios. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/sobre_lab.asp Acesso: 22/09/18 [5] © DICQ Sistema Nacional de Acreditação. O que é acreditação. Disponível em: http://acreditacao.org.br/acreditacao/ Acesso: 22/09/18 [6] CHAVES, Carla D. Controle de qualidade no laboratório de análises clínicas. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial. Vol.46, no.5;Rio de Janeiro - Editorial. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442010000500002 Acesso: 22/09/18 [7] DICQ-SBAC. Acreditação do Sistema de Qualidade do Laboratório Clínico pelo Sistema DICQ-SBAC. Disponível em: http://acreditacao.org.br/acreditacao-do-sistema- de-qualidade-do-laboratorio-clinico-pelo-sistema-dicq-sbac/ Acesso: 22/09/18
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