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Patologias em Instalações Prediais_final

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Brasília-DF. 
Patologias em instalações Prediais
Elaboração
Jordana Garrido Silva Saba
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
INTRODUÇÃO A PATOLOGIAS E SISTEMAS PREDIAIS ................................................................................. 9
CAPÍTULO 1
CONCEITOS DE PATOLOGIA .................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
CONCEITOS DE SISTEMAS PREDIAIS ......................................................................................... 12
UNIDADE II
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS ....................................................... 16
CAPÍTULO 1
INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS DE ÁGUA FRIA ............................................................... 17
CAPÍTULO 2
INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS DE ÁGUA QUENTE.......................................................... 22
CAPÍTULO 3
INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS DE ESGOTO ................................................................... 33
CAPÍTULO 4
INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS DE ÁGUAS PLUVIAIS ....................................................... 40
UNIDADE III
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .......................................................................... 48
CAPÍTULO 1
CONCEITOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ............................................................................... 48
CAPÍTULO 2
PRINCIPAIS PATOLOGIAS ........................................................................................................ 53
CAPÍTULO 3
SOLUÇÕES PARA PATOLOGIAS ............................................................................................... 65
UNIDADE IV
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES DE INCÊNDIO .................................................................... 66
CAPÍTULO 1
CONCEITOS BÁSICOS DE INSTALAÇÕES PREDIAIS DE INCÊNDIO .............................................. 66
CAPÍTULO 2
PRINCIPAIS PATOLOGIAS NAS INSTALAÇÕES PREDIAIS DE INCÊNDIO ........................................ 70
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 83
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para 
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
7
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
Para uma correta análise de patologias, primeiramente deve ser feita a identificação 
da patologia, em seguida buscar uma explicação para o ocorrido e por fim indicar a 
causa. De posse desse conhecimento é então possível apresentar a solução. A figura 1 
apresenta um fluxograma para análise de patologias.
Figura 1. Fluxograma para análise de patologias.
Identificar a patologia
Buscar explicação
Indicar a causa
Propor solução
Fonte: própria autora, 2017.
A partir desse contexto, neste caderno de estudos serão abordadas as patologias nos 
sistemas prediais, em especial nas instalações hidráulicas, elétricas e de incêndio. 
Na Unidade I são introduzidos os conceitos de patologias e de sistemas prediais. 
A Unidade II discute sobre instalações hidráulicas e suas patologias. A Unidade III 
trata sobre instalações elétricas e, por fim, a Unidade IV apresenta um estudo sobre 
instalações de combate a incêndio. 
Objetivos
 » Apresentar conceitos relativos a sistemas prediais e patologias.
 » Apresentar as principais patologias em instalações hidráulicas.
 » Apresentar as principais patologias em instalações elétricas.
 » Apresentar as principais patologias em instalações de incêndio.
 » Apresentar soluções e formas de evitar essas patologias. 
9
UNIDADE I
INTRODUÇÃO A 
PATOLOGIAS E 
SISTEMAS PREDIAIS
Nesta unidade serão apresentados os principais conceitos relacionados a patologias e a 
sistemas prediais (hidráulicos, elétricos e de incêndio). As definições apresentadas aqui 
servirão de base para a compreensão das próximas unidades. 
CAPÍTULO 1
Conceitos de patologia 
O termo patologia tem como origem a medicina, mas é aplicável também no contexto 
da engenharia. Sendo assim, é considerada uma patologia toda a ocorrência que 
influencia na vida útil da estrutura, ou que prejudique o funcionamento e a finalidade 
da edificação. 
Segundo Degussa (2008, apud GONÇALVES, 2015) o estudo das patologias dentro da 
engenharia tem como objetivo identificar os sintomas, os mecanismos, as causas e as 
origens desses defeitos. 
O conceito de patologia está diretamente ligado ao de vida útil, durabilidade e 
desempenho,uma vez que as patologias nos sistemas prediais causam um decaimento 
nesses três conceitos. Sendo assim, esses termos serão explicados detalhadamente. 
Vida útil
O termo ‘vida útil’ pode ser definido como o período em que a estrutura mantém 
seus índices mínimos de resistência e funcionalidade. Esses índices e a definição de 
funcionalidade é particular para cada material, edificação e sistema. 
Inevitavelmente durante a vida útil da estrutura ela estará sujeita ao decaimento de 
suas propriedades, devido à ação de intempéries, cargas, vibrações, impactos, calor, 
10
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A PATOLOGIAS E SISTEMAS PREDIAIS
entre outros. Contudo, erros nesses sistemas podem fazer com que seja acentuado esse 
decaimento das propriedades e, portanto, haja uma redução da vida útil. 
Durabilidade
Helene (2001, apud GONÇALVES, 2015) define durabilidade como o resultado da 
interação entre a estrutura, o ambiente e as condições de uso. Isso quer dizer que um 
sistema composto pelo mesmo material pode ter durabilidade diferente dependendo da 
forma que é utilizado e do quão exposto ao ambiente ele está. 
O conceito de exposição ao ambiente está muito relacionado com patologia, pois nos 
sistemas prediais é muito comum que haja uma redução na durabilidade dos materiais 
em função da exposição a intempéries ou de algum agente agressivo. 
Desempenho
O desempenho de um sistema está relacionado ao seu comportamento durante sua 
vida útil. O desempenho é uma medida que está diretamente ligada aos serviços 
desenvolvidos durante a etapa de projeto, construção e manutenção. Além disso, as 
patologias nos sistemas são a principal causa de um desempenho ruim do sistema 
(GONÇALVES, 2015). 
Quando o desempenho dos sistemas e de estruturas se tornam insatisfatórios, é preciso 
uma tomada de decisão sobre qual ação tomar. A figura 2 apresenta um fluxograma 
para análise de sistemas com desempenho insatisfatório. 
Figura 2. Fluxograma para análise de estruturas com desempenho insatisfatório. 
Sistema está 
com
desempenho 
satisfatório? 
SIM NÃO
Intervenções para extensão da vida útil
Limitação de 
utilização
ReforçoRecuperação Demolição
Fonte: adaptado de Golçalves, 2015.
11
INTRODUÇÃO A PATOLOGIAS E SISTEMAS PREDIAIS │ UNIDADE I
Manutenção
A manutenção nos sistemas prediais tem o objetivo de manter o funcionamento desses 
durante todo o tempo de vida útil, com segurança, qualidade e satisfação dos usuários. 
De outro ponto de vista, a manutenção pretende melhorar o funcionamento de elementos 
com incidências patológicas, e que por isso estão comprometendo o desempenho do 
sistema. 
Existem vários tipos de manutenção, sendo as principais a corretiva, preventiva e de 
melhoria. Na figura 3 são ilustrados os principais tipos de manutenção (corretiva, 
preventiva e de melhoria) e suas definições. 
Figura 3. Tipos de manutenção.
Manutenção
CORRETIVA
Efetuada após a falha. 
PREVENTIVA
Efetuada com a 
intenção de reduzir a 
probabilidade de falha. 
SISTEMÁTICA
Efetuada segundo 
programa estabelecido, 
tendo por base o tempo 
ou unidades de uso. 
CONDICIONADA
Subordinada a um tipo de 
acontecimento
predeterminado (medida, 
diagnóstico).
MELHORIA
Para implementar 
melhorias.
Fonte: adaptado de Macedo 2015.
12
CAPÍTULO 2
Conceitos de sistemas prediais
“Os sistemas prediais podem ser definidos como um conjunto de insumos e serviços que 
são necessários para o desenvolvimento das atividades em um edifício” (KALBUSCH; 
AGUIAR, 2014). Eles podem ser definidos também como sistemas físicos que são 
agregados a um edifício para permitir a execução das atividades dos usuários do edifício. 
Os principais sistemas prediais em uma edificação são citados na figura 4. 
Figura 4. Sistemas prediais em uma edificação.
S
is
te
m
as
 p
re
di
ai
s 
Água fria
Áque quente
Esgoto sanitário
Pluviais 
Proteção de descargas atmosféricas
Transporte mecanizado 
Telefonia
Comunicação interna e antena 
Gás
Proteção e combate a incêndio 
Fonte: própria autora, 2018. 
Para análise do desempenho de sistemas prediais, é necessária a verificação dos 
seguintes preceitos (KALBUSCH; AGUIAR, 2014): 
 » Identificação dos usuários da edificação, sejam eles ocupantes do edifício 
(moradores, prestadores de serviço, funcionários), não ocupantes 
(administradores, construtores, financiadores, vizinhos) ou usuários não 
humanos (plantas, animais, equipamentos e máquinas).
 » Identificação dos requisitos e das necessidades dos usuários, com relação 
a conforto, durabilidade, segurança, entre outros. 
13
INTRODUÇÃO A PATOLOGIAS E SISTEMAS PREDIAIS │ UNIDADE I
 » Identificação das condições a que o sistema estará exposto e como isso 
influenciará no seu desempenho. 
 » Determinação dos requisitos de desempenho do sistema, como 
temperatura da água, qualidade, potência instalada, entre outros. 
 » Determinação dos critérios de desempenho, ou seja, como serão feitas as 
ações no sistema para que não interfira nos requisitos. 
 » Estabelecimento dos métodos de avaliação, ou seja, de que forma esse 
sistema será testado para conferência de seu desempenho. 
Para melhor compreensão do que será abordado nesse caderno de estudos, serão 
definidos e apresentados os sistemas prediais hidráulicos, elétricos e de incêndio. 
Sistemas prediais hidráulicos 
Os sistemas prediais hidráulicos têm como objetivo o fornecimento de água em 
quantidade suficiente e com qualidade adequada aos usuários. O sistema compreende 
o conjunto das instalações de água fria, água quente, águas pluviais e esgoto. Na figura 
5 é ilustrado um exemplo de um projeto de sistema predial hidráulico. 
Figura 5. Projeto de um sistema predial hidráulico.
Fonte: Ribeiro Engenharia, 2018.
14
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A PATOLOGIAS E SISTEMAS PREDIAIS
Sistemas prediais elétricos 
Os sistemas prediais elétricos podem ser definidos como o conjunto de equipamentos 
e dispositivos que permitem o fornecimento de energia elétrica aos usuários de uma 
edificação. 
Com o desenvolvimento tecnológico e o incentivo ao consumo, as pessoas passaram a 
comprar mais aparelhos eletrônicos e utilizá-los com maior frequência. Em consequência 
disso, o uso da energia elétrica aumentou consideravelmente nos últimos anos. 
Essa mudança no consumo fez com que os sistemas prediais se adaptassem e passassem 
a exigir maior segurança. Nesse contexto, o conhecimento técnico e o seguimento das 
normas vigentes tornam-se extremamente relevantes para o desenvolvimento de um 
bom projeto elétrico. A figura 6 ilustra um projeto de um sistema predial elétrico, 
ilustrando o esquema físico e a representação de um interruptor de uma seção. 
Figura 6. Projeto de um sistema predial elétrico.
 
Fonte: Lima, 2012.
Sistemas prediais de incêndio 
Os sistemas prediais de incêndio são concebidos para que sejam evitados incêndios, ou 
que esses sinistros sejam extintos ou reduzidos até a chegada do Corpo de Bombeiros. 
Por outro lado, o sistema também deve oferecer meios para que a ação do Corpo de 
Bombeiros seja rápida e eficaz. 
Para que o projeto de sistema predial de incêndio tenha um bom funcionamento é 
necessário o conhecimento das normas e das leis vigentes sobre o assunto. Além disso, 
o conhecimento das patologias existentes é relevante para que elas sejam evitadas ou 
15
INTRODUÇÃO A PATOLOGIAS E SISTEMAS PREDIAIS │ UNIDADE I
solucionadas nas edificações. Para ilustrar, a figura 7 apresenta um projeto típico de um 
sistema predial de incêndio. 
Figura 7. Projeto de um sistema predial de incêndio.
Fonte: BRFIRE, 2018.
16
UNIDADE II
ESTUDO DE PATOLOGIAS 
EM INSTALAÇÕES 
PREDIAIS HIDRÁULICAS
Para iniciar o estudo de instalações prediais hidráulicas,é recomendado fazer uma 
consulta às seguintes normas: 
 » ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. 
Instalação Predial de Água Fria: NBR 5626. Rio de Janeiro: ABNT, 
1998. 
 » ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. 
Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário: NBR 8160. Rio de Janeiro: 
ABNT, 1999. 
 » ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. 
Sistemas Prediais de Águas Pluviais: NBR 10844. Rio de Janeiro: 
ABNT, 1989. 
 » ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Projeto 
e Execução de Instalações Prediais de Água Quente: NBR 7198. 
Rio de Janeiro: ABNT, 1993. 
As patologias em obras de instalações hidráulicas são decorrentes de diversos fatores, 
e em muitos casos ocorrem devido à pouca importância que é dada a essas estruturas, 
já que elas ficam ocultas. Devido a essa pouca importância dada, em muitos casos 
não são feitos projetos de instalações hidráulicas e a obra é feita baseada apenas na 
experiência. 
Além disso, podem ser citadas como causas das patologias em instalações hidráulicas: 
o uso de materiais com pouca qualidade, as especificações inadequadas, o uso de 
improvisações, a ausência de qualificação da mão de obra, economia, entre outros. 
De uma forma geral, as patologias em instalações hidráulicas estão ligadas ao surgimento 
de uma umidade ou de um fluxo de água não previsto. Os problemas de umidade nas 
edificações sempre geram grande desconforto e degradam a construção em um nível 
muito acentuado. Além disso, as soluções para esse tipo de patologia são onerosas. 
17
Essas patologias podem gerar diversos danos, tais como (SOUZA, 2008): 
 » danos funcionais à edificação; 
 » prejuízo á saúde dos usuários da edificação; 
 » danos em equipamentos e outros bens; 
 » prejuízos financeiros. 
CAPÍTULO 1
Instalações prediais hidráulicas de 
água fria
Os sistemas prediais de água fria estão presentes na maioria das edificações e são 
responsáveis pelo fornecimento de água para as pessoas. O bom funcionamento desse 
sistema tem influência direta na qualidade de vida dos usuários da edificação, afetando 
também no valor da estrutura em si. 
Apesar de já existirem normas e da extensa experiência na construção desses sistemas, 
ainda são encontradas diversas patologias nas edificações. A seguir, são tratadas as 
principais patologias associadas às instalações prediais de água fria. 
Rupturas em tubulações
O rompimento de tubulações causa sempre muito prejuízo financeiro, uma vez que, 
em muitos casos, para executar o reparo é necessária a remoção de estruturas sobre 
as tubulações. Além disso, o vazamento de água pode prejudicar outras regiões da 
edificação, por meio da geração de umidade não esperada. 
As rupturas podem ser causadas por diversos fatores externos, como: o tensionamento 
excessivo, desalinhamento da tubulação, vibrações, dilatação e contração térmica, 
recalque em terrenos, intemperes, golpe de aríete, má execução, entre outros. 
Nas figuras 8 e 9 são ilustrados exemplos de má execução, na qual a tubulação foi 
aquecida para gerar uma curvatura, ao invés de usar os dispositivos corretos para tal. 
18
UNIDADE II │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS
Figura 8. Má execução.
Fonte: Ramos, 2018.
Figura 9. Curvatura forçada em tubulação.
Fonte: Ramos, 2018.
A figura 10 ilustra um exemplo de rompimento de tubulações devido ao tensionamento 
radial excessivo. Já a figura 11 apresenta um rompimento por tensionamento em função 
de um desalinhamento e/ou recalque do solo. 
Figura 10. Rompimento por tensionamento excessivo em tubulação.
Fonte: Ramos, 2018.
19
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
Figura 11. Rompimento por tensionamento excessivo em tubulação.
Fonte: Ramos, 2018.
A figura 12 ilustra um rompimento por choque mecânico que se agravou em função de 
uma pressão excessiva. A figura 13 ilustra o rompimento de uma tubulação devido a um 
ataque químico, que se deformou e rompeu devido à pressão da água. É comum ocorrer 
nas tubulações enterradas em jardins. 
Figura 12. Rompimento por choque mecânico.
Fonte: Ramos, 2018.
Figura 13. Rompimento por ataque químico.
Fonte: Ramos, 2018.
20
UNIDADE II │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS
Contaminação da água 
Um bom sistema hidráulico deve garantir o fornecimento interrupto de água, bem 
como manter sua qualidade. Para que seja evitada a contaminação em reservatórios, a 
ABNT NBR 5626:1998 recomenda: 
 » Atenção na escolha dos materiais, geometria, dimensões e técnicas de 
instalação desses reservatórios. 
 » O reservatório deve ser estanque, com tampa que impeça a entrada de 
agentes externos, tais como poeira e insetos. 
 » Os reservatórios enterrados não devem ser apoiados diretamente no solo 
para evitar uma contaminação a partir do solo. 
Ruídos e vibrações 
Ruídos são gerados principalmente em prumadas coletivas de água e esgoto, onde 
há a transmissão das vibrações e dos ruídos pelas alvenarias e revestimentos. Para 
solucionar esse problema, podem ser adotados shafts com isolamento acústico, 
conexões e mangotes flexíveis que absorvam as vibrações, dimensionar o sistema para 
que a velocidade da água não seja maior que 3 m/s, entre outros. 
Presença de ar nas tubulações 
A presença de ar nas tubulações prejudica muito o funcionamento do sistema, podendo 
ocorrer o fenômeno conhecido como retrossifonagem. Segundo Tisutya (2006, apud 
VIEIRA, 2016), a presença de ar nas tubulações pode ser atribuída a diversos fatores, 
tais como: preenchimento e esvaziamento da tubulação; baixo nível do reservatório, 
fazendo com que se tenha vórtice na saída da tubulação; presença de pressão negativa 
em trechos da canalização; cavitação em motobombas. 
Para evitar esse tipo de patologia, é recomendado que o traçado das tubulações seja 
feito o mais retilíneo possível, evitando formar a configuração de sifão, como mostra a 
figura 14. 
21
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
Figura 14. Traçado que favorece a presença de ar nas tubulações. 
Fonte: Ramos, 2018.
Desacoplamento de juntas 
Os sistemas de tubulação são formados por juntas entre os tubos, ou dos tubos com 
conexões. As juntas podem ser soldáveis, roscáveis ou mecânicas. As principais 
patologias relacionadas a danos nessas juntas são manifestadas por manchas nas 
paredes (para tubulações embutidas) e pela presença de água e fluxo externo nas 
tubulações aparentes. 
Em geral, essas patologias estão relacionadas à má execução dessas ligações, à corrosão 
ou ao uso inadequado. A figura 15 ilustra uma ligação inadequada entre tubulações feita 
pelo aquecimento de um dos tubos para dilatação e encaixe no outro. 
Figura 15. Aquecimento de tubos.
Fonte: Ramos, 2018.
22
CAPÍTULO 2
Instalações prediais hidráulicas de 
água quente
As instalações prediais de água quente têm se tornado realidade na maioria das 
residências de padrão médio a alto. Há um tempo, instalações de água quente eram 
requeridas apenas em hospitais, hotéis, lavanderias, restaurantes, entre outros. Com 
essa ampliação do uso, é necessário que os engenheiros atentem-se para as possíveis 
patologias dessas instalações também em uso doméstico. 
As empresas de abastecimento não fornecem água quente. Por isso, para uso dentro da 
edificação é necessário o aquecimento até a temperatura desejada. Esse aquecimento 
pode ser feito de três formas (BOHN, 2018):
 » Individual: a água quente é produzida para o uso em apenas um aparelho 
ou para aparelhos do mesmo ambiente. Em geral, são os localizados no 
banheiro ou na área de serviço. 
 » Central privado: a água quente é produzida para uso em todos os 
aparelhos de uma residência, casa ou apartamento.» Central coletiva: a água quente é produzida para uso em todos os 
aparelhos da edificação, sendo situada no térreo ou no subsolo para 
facilitar a manutenção. Geralmente é utilizada em edifícios em que não é 
necessária a medição individual de consumo, como em hotéis, hospitais, 
indústrias, entre outros. 
Os sistemas prediais de água quente exigem materiais específicos para sua concepção, 
podendo ser: cobre (Figura 16), ferro galvanizado (Figura 17), policloreto de vinila 
clorado – CPVC (Figura 18). A opção deverá ser avaliada de acordo com custo, vida útil, 
limite de temperatura, condutividade térmica, coeficiente de dilatação e especialização 
da mão de obra. A tabela 1 apresenta um resumo das características desses materiais.
Tabela 1. Materiais utilizados em sistemas de água quente.
Cobre
 » Exige mão de obra especializada. 
 » Custo elevado. 
 » Vida útil longa. 
 » Alta condutividade térmica. 
 » Exige isolamento térmico. 
 » Alto coeficiente de dilatação. 
 » Juntas são soldadas com estanho e chumbo. 
23
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
Ferro
 » Custo elevado (menor que cobre). 
 » Pode ocorrer incrustações e corrosão. 
 » Alta condutividade térmica. 
 » Exige isolamento térmico. 
 » Alto coeficiente de dilatação. 
 » Juntas são rosqueadas. 
 » Exige mão de obra especializada. 
CPVC
 » Menor custo. 
 » Baixo coeficiente de dilatação. 
 » Baixa condutividade térmica. 
 » Dispensa isolamento térmico. 
 » Juntas são soldadas.
 » Necessita de instalação de uma termo-válvula. 
Fonte: adaptado de Bohn, 2018. 
Figura 16. Tubulação de cobre para água quente.
Fonte: Lix, 2018. 
Figura 17. Tubulação de ferro galvanizado para água quente.
Fonte: Casa dos Tubos, 2018. 
24
UNIDADE II │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS
Figura 18. Tubulação de CPVC para água quente.
Fonte: Amanco CPVC, 2018. 
Com essa diversidade de materiais oferecidos no mercado, é importante também o 
conhecimento das normas que regulamentam os projetos e as instalações hidráulicas, 
além do estabelecimento de requisitos mínimos. Na tabela 2 é ilustrada as normas 
brasileiras de tubos e conexões para sistemas hidráulicos prediais de água quente. 
Tabela 2. Normas brasileiras de tubos e conexões para sistemas hidráulicos prediais de água quente.
Material
Norma Brasileira de Requisitos 
Mínimos (tubos)
Normas Brasileiras de Projeto e Instalação
Cobre
ABNT BR 13206:2010
Tubo de cobre leve, médio e pesado, sem 
costura para condução de fluidos – Requisitos. 
ABNT NBR 7198:2003
Projeto e execução de instalações prediais de água quente. 
CPVC
ABNT NBR 15884-1:2010
Sistemas de tubulações plásticas para instalações 
prediais de água quente e fria – Policloreto de 
vinila clorado (CPVC) 
Parte 1: Tubos – Requisitos. 
ABNT NBR 7198:2003
Projeto e execução de instalações 
prediais de água quente. 
ABNT NBR 15884-3:2010
Sistemas de tubulações 
plásticas para instalações 
prediais de água quente e fria 
– Policloreto de vinila clorado 
(CPVC). 
Parte 3: Montagem, instalação, 
armazenamento e manuseio. 
25
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
Material
Norma Brasileira de Requisitos 
Mínimos (tubos)
Normas Brasileiras de Projeto e Instalação
PP-R
ABNT NBR 15813-1:2010
Sistemas de tubulações plásticas para instalações 
prediais de água quente e fria.
Parte 1: Tubos de polietileno copolímero random 
(PP-R) tipo 3 – Requisitos. 
ABNT NBR 7198:2003
Projeto e execução de instalações 
prediais de água quente. 
ABNT NBR 15813-3:2010
Sistemas de tubulações 
plásticas para instalações 
prediais de água quente e fria 
– Parte 1: Tubos e conexões 
de polietileno copolímero 
random (PP-R) tipo 3. Parte 
3: montagem, instalação, 
armazenamento e manuseio. 
PE-X
ABNT NBR 1599-1:2011 
Sistemas de tubulações plásticas para instalações 
prediais de água quente e fria – Polietileno 
reticulado (PE-X). 
Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio. 
ABNT NBR 7198:2003
Projeto e execução de instalações 
prediais de água quente.
ABNT NBR 15939-2:2011
Sistemas de tubulações 
plásticas para instalações 
prediais de água quente e fria – 
Polietileno reticulado (PE-X). 
Parte 2: procedimentos 
para projeto ABNT NBR 
15939-3:2011. Sistemas 
de tubulações plásticas para 
instalações prediais de água 
quente e fria – Polietileno 
reticulado (PE-X). 
Parte 3: Procedimentos para 
instalação. 
Fonte: IPT, 2014.
Na concepção dos sistemas de água quente, deve-se dar atenção a certas recomendações 
para se evitar patologias. Abaixo são apresentadas algumas delas: 
Suporte para tubulação de CPVC 
A norma que estabelece as diretrizes para esse material é a ABNT NBR 15884:2010 
– Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria – 
Policloreto de Vinila Clorado (CPVC). 
Para as tubulações de CPVC, por serem um tipo de plástico, devem ser instalados 
suportes para impedir deformações. Alguns fabricantes oferecem tabelas que 
relacionam o diâmetro nominal e a temperatura máxima da água para estabelecimento 
do espaçamento entre os suportes. A tabela 3 apresenta o espaçamento entre suportes 
na horizontal, em metros, a qual é reproduzida do manual de um fabricante. 
Tabela 3. Espaçamento horizontal entre suportes.
Espaçamento entre suportes – horizontal (metros)
Temperatura máxima da água
DN 20°C 38°C 60°C 80°C
½” 1,2 1,2 1,1 0,9
22 (3/4”) 1,5 1,4 1,2 0,9
26
UNIDADE II │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS
Espaçamento entre suportes – horizontal (metros)
Temperatura máxima da água
DN 20°C 38°C 60°C 80°C
28 (1”) 1,7 1,5 1,4 0,9
35 (1 ¼”) 1,8 1,6 1,5 1,2
42 (1 ½”) 2,0 1,8 1,7 1,2
54 (2”) 2,3 2,1 2,0 1,2
73 (2 ½”) 2,4 2,3 2,0 1,2
89 (3”) 2,4 2,4 2,1 1,2
114 2,7 2,7 2,3 1,4
Fonte: TIGRE, 2018. 
Isolamento térmico 
Os sistemas de água quente devem ser isolados contra a perda de calor para que o 
abastecimento seja feito na temperatura correta. Conforme dito, esse isolamento é 
exigido nas tubulações de cobre e de ferro galvanizado. Nas novas tubulações de CPVC 
os fabricantes já indicam no manual que não é necessário realizar o isolamento térmico 
devido à baixíssima condutividade térmica desses materiais. A figura 19 ilustra um 
gráfico de um fabricante que mostra que a perda de temperatura em tubulações de 20 
metros com uma vazão de 8 litros é de 0,7 ºC. 
Figura 19. Perda térmica em tubulações de CPVC sem isolamento.
Comprimento tubulação 
(°C)
46
45
44
43
42
41
40
0 10 20 30 40 50 60
(m)
8 litros/min 3 litros/min
Fonte: TIGRE, 2018.
Porém, cabe ressaltar que o fabricante recomenda o uso de isolamento térmico para 
tubulações em CPVC para casos especiais onde o aquecedor e o ponto de consumo 
estiverem a uma distância maior que 20 metros ao ar livre ou aparente e em situações 
onde a perda de calor seja inevitável, como a passagem da tubulação por câmaras de 
resfriamento. 
27
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
Os isolantes mais utilizados são: calhas de isopor; calhas de lã de vidro; calhas de 
cortiça; massa de amianto e cal; argamassa de areia, cal e verniculite. Cabe ressaltar 
que para as tubulações embutidas nunca deve ser usado isolamento de cimento, pois 
ele não permite dilatações térmicas. Já nas tubulações expostas a intempéries, deve ser 
usada uma lâmina de alumínio para impedir a entrada da água (BOHN, 2018). 
Dilatação 
Os efeitos da dilatação térmica devem ser lembrados durante a elaboração do projeto 
de água quente. A tubulação deve se movimentar livremente, sem aderência com a 
estrutura. Quando existem trechos muito longos e retilíneos,devem ser usados cavaletes, 
liras (Figura 20) ou juntas de expansão (Figura 21) que permitam o movimento de 
dilatação. 
Figura 20. Liras para dilatação térmica.
Fonte: TIGRE, 2018.
Figura 21. Juntas de expansão.
Fonte: TIGRE, 2018.
Sabendo da importância do uso de dispositivos que auxiliem a absorção dos 
efeitos da dilatação térmica, é interessante aprender a dimensioná-los. Aqui serão 
apresentadas as formas de dimensionamento de liras e de juntas de expansão, 
28
UNIDADE II │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS
de acordo com o manual de um fabricante. Cabe ressaltar que a metodologia e 
as fórmulas apresentadas nos exemplos podem variar de fabricante e, portanto, 
não é dispensada a leitura do manual da tubulação utilizada. 
Dimensionamento de liras 
Exemplo retirado do manual técnico TIGRE (2018). 
Calcular o comprimento da lira para um tubo de CPVC de 20 m de comprimento 
com um tubo de 22 mm de diâmetro para um aumento de temperatura de 25 
ºC para 70 ºC. 
Passo 1: calcular a expansão térmica (e) 
e = Lp ∙ C ∙ ∆T
Onde: 
Lp é o comprimento do tubo (m); 
C é o coeficiente de expansão térmica (m/m°C) que para o CPVC é de 
6,12 ∙10-5 /°C; e
∆T é a variação de temperatura (°C).
Sendo assim, tem-se: 
e = 20 ∙ (6,12 ∙ 10-5) ∙ (70-25)
e = 0,05508m
Passo 2: calcular o comprimento desenvolvido (L) 
3 E DE eL
S
⋅ ⋅ ⋅ =   
Onde: 
E é o módulo de elasticidade (Pa) (Tabela 4); 
DE é o diâmetro externo do tubo (mm); 
e é a expansão térmica; e 
S a tensão admissível (Pa) (Tabela 4). 
29
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
Tabela 4. Módulo de elasticidade e tensão admissível para CPVC.
Temperatura (°C) Módulo de Elasticidade (Pa) Tensão Admissível (Pa)
20 2982238410 14352920
30 2796931910 12564127
40 2611625410 10775333
50 2426318910 8986540
60 2241012409 7197746
70 2055705909 5408953
80 1870399409 3620159
Fonte: TIGRE, 2018. 
Sendo assim, tem-se: 
( ) ( ) ( )3 2055705909 0,022 0,05508L
5408953
L 1,38 m recomendado arredondar para1 , 40 por ser múltiplo de 5. 
⋅ ⋅ ⋅ 
=  
 
= →
Como a lira é composta por três segmentos de tubo e quatro joelhos 90°, tem-se 
(Figura 22):
2 segmentos de tubo: 
1,40 0,28 
5 5
= =
L m
1 segmento de tubo: 
2L (2 1,40) 0,56 m
5 5
⋅
= =
Figura 22. Lira dimensionada. 
Fonte: TIGRE, 2018.
30
UNIDADE II │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS
Dimensionamento das juntas de expansão – 
Exemplo 
Exemplo retirado do manual técnico TIGRE (2018). 
Dada uma instalação de água quente em um prédio abastecido por sistema 
central de aquecimento, localizado na parte inferior da construção, com altura 
de 43 m, calcular o número de juntas de expansão necessárias para absorver a 
dilatação da tubulação vertical, bem como o comprimento da posição inicial do 
pistão. Sabe-se que a temperatura ambiente durante a instalação é de 28 ºC e 
que a temperatura máxima e mínima que alcançará a água conduzida no interior 
do tubo é de, respectivamente, 68 ºC e 20 ºC. 
Passo 1: cálculo da dilatação térmica do CPVC. 
Para cálculo da variação de comprimento da tubulação em função da dilatação 
térmica do CPVC, utiliza-se a seguinte fórmula: 
e = 0,06 ∙ ∆T ∙ L
Onde: 
e é a expansão térmica (deslocamento axial em mm); 
ΔT é a diferença entre a maior e a menor temperatura da tubulação (ºC), ou seja, 
é a máxima temperatura fornecida pelo aquecedor e a mínima que a tubulação 
atingirá; 
L é o comprimento da tubulação (m). 
Sendo assim, tem-se: 
e = 0,06 ∙ (68°C-20°C) ∙ 43
e = 0,06 ∙ 48 ∙ 43
e = 123,84 mm
Passo 2: cálculo do número de juntas de expansão. 
Para calcular o número de juntas, deve-se utilizar a seguinte fórmula: 
eN 
90
=
31
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
Onde: 
N é o número de juntas de expansão; 
e é a expansão térmica (deslocamento axial em mm) e 
90 o comprimento máximo do pistão (mm). 
Sendo assim, tem-se: 
123,84N 
90
N 1 ,376 juntas arredondar para 2 juntas
=
= →
Passo 3: posição de montagem do pistão 
O cálculo da posição de montagem do pistão é necessário, pois dependendo 
da temperatura ambiente no momento da instalação, há uma variação do 
comprimento que o pistão deve ser estendido (Figura 23). Para isso, utiliza-se a 
seguinte fórmula: 
á
á í
90P 
T 
− ⋅
=
−
m x amb
m x m n
T T
T
Onde: 
P é a posição inicial de instalação do pistão da junta de expansão (mm); 
Tmáx é a temperatura máxima que a tubulação atingirá; 
Tamb é a temperatura ambiente durante a instalação; 
Tmin é a temperatura mínima que a tubulação atingirá. 
Figura 23. Posição inicial da instalação do pistão.
Fonte: TIGRE, 2018.
32
UNIDADE II │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS
Sendo assim, tem-se: 
68 28 90P
68 20
P 75 mm
− ⋅
=
−
=
Conclusão: para a situação apresentada, a dilatação térmica é de 123,84 mm. 
Serão necessárias 2 juntas de expansão e a posição de montagem do pistão é 
de 75 mm.
33
CAPÍTULO 3
Instalações prediais hidráulicas de 
esgoto
As instalações prediais de esgoto são muito importantes para o funcionamento de 
qualquer edificação. Segundo a ABNT NBR 8160:1999, um sistema predial de esgoto é 
definido como o conjunto de tubulações e outros dispositivos que coletam e transportam 
o esgoto sanitário, encaminham os gases para atmosfera e impedem o retorno desses 
para os ambientes domésticos. 
As patologias nesses sistemas podem gerar perdas significativas de água e contaminação 
do meio ambiente e/ou dos usuários pelo esgoto coletado. Além de que um sistema com 
mau funcionamento também não conduz e faz a deposição inadequada dos resíduos. 
É entendido como esgoto doméstico aqueles resíduos oriundos do uso da água para 
fins de higiene pessoal, limpeza, produção de alimentos e necessidade fisiológicas dos 
usuários. Eles podem ser classificados em (VIEIRA, 2016): 
 » Águas servidas: são as águas oriundas de aparelhos sanitários que 
são usados para higiene, produção de alimentos e limpeza, tais como: 
lavatórios, pias de cozinha, banheiras, bidês, tanques de lavar roupas, 
chuveiros, máquinas de lavar pratos. 
 » Águas imundas: já as águas imundas são aquelas oriundas dos vasos 
sanitários e mictórios. 
Cabe ressaltar que, conforme apresenta a ABNT NBR 8161:1999, o sistema predial de 
esgoto deve ser completamente independente do sistema predial de águas pluviais, 
inexistindo qualquer ligação entre eles. 
Para melhor compreender as patologias nesses sistemas, cabe lembrar algumas 
definições relacionadas ao sistema predial de esgoto e que estão presentes na ABNT 
NBR 8161:1999, apresentadas na tabela 5. 
Tabela 5. Componentes de um sistema predial de esgoto.
Componente Localização
Ramal de descarga É a tubulação que é ligada diretamente aos aparelhos sanitários.
Ramal de esgotos É a tubulação entre o desconector e a junção com o ramal de descarga do vaso sanitário (tubulação que sai da caixa sifonada). 
Tubo de queda É a tubulação que recebe os resíduos de cada pavimento e os encaminha até o solo. 
Subcoletor É a tubulação que se encontra entre o tubo de queda e a caixa de inspeção. 
Coletor predial É a tubulação entre o último subcoletor e o destino final (fossa séptica ou rede de esgotos). 
Fonte: adaptado de ABNT NBR 8160:1999.
34
UNIDADE II │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS
Compreendidos os componentes de um sistema predial de esgoto, agora são apresentadas 
as principais patologias. 
Mau cheiro
O mau cheiro em instalações de esgoto pode ter diversas causas, sendo elas: ausência 
ou sistema de ventilação inadequado; ausência ou desconectorimpróprio; ausência ou 
vedação inadequada na saída dos vasos sanitários; vedações não herméticas em caixas 
de passagem e caixas de gordura (VIEIRA, 2016). 
Fecho hídrico é a camada líquida, de nível constante, que existe nos desconectores 
com o objetivo de vedar a passagem de gases (Figura 24). Segundo Canido (2012, apud 
VIEIRA, 2016), alterações nos fechos hídricos de caixas sifonadas em apartamentos são 
as principais causas de odores nos ambientes sanitários.
Figura 24. Fechos hídricos em desconectores.
Fonte: Ambiente Legal, 2018.
As figuras 25 e 26 ilustram um sifão deformado, não apresentando fecho hídrico, e 
por isso, inadequado para a finalidade à qual foi projetado. Já a figura 27 mostra uma 
instalação completamente inadequada da caixa sifonada e do sifão. 
Figura 25. Sifão em posicionamento inadequado.
Fonte: Vieira et al., 2015. 
35
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
Figura 26. Sifão com posicionamento inadequado. 
Fonte: Ramos, 2018.
Figura 27. Instalação inadequada de caixa sifonada e sifão. 
Fonte: Ramos, 2018.
Canido (2012, apud VIEIRA, 2016) apresenta ainda, que para o caso de 
apartamentos com pavimentos sobrepostos, os ramais de descarga de pias de 
cozinha devem ser direcionados diretamente para tubos de quedas independentes, 
para evitar o mau cheiro. 
De acordo com o manual técnico TIGRE (2013, apud VIEIRA, 2016), o diagnóstico do 
mau cheiro nessas instalações pode ser feito a partir dos seguintes procedimentos: 
 » Observação do nível de líquido nas caixas sifonadas quando for acionada 
uma descarga em um vaso sanitário próximo.
 » Verificação do fecho hídrico.
 » Confirmação da existência de juntas elásticas ou de cera na saída dos 
vasos sanitários. 
36
UNIDADE II │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS
 » Verificação da existência de tampas e fechamentos herméticos em caixas 
de esgotos. 
 » Verificação da tubulação de ventilação, se ela permite a passagem do ar 
sem obstáculos. 
A figura 28 ilustra uma caixa de gordura com a tampa danificada e, por isso, causando 
mau cheiro no local. Para se evitar esse tipo de situação, é recomendado o uso de caixas 
plásticas que apresentem fechamento hermético, ou ainda que sejam feitas ações 
preventivas nessas estruturas. 
Figura 28. Tampa de concreto de caixa de gordura danificada.
Fonte: Vieira et al., 2015.
Retorno de esgotos
De acordo com Lara (2005, apud VIEIRA, 2016), para evitar retorno de esgotos antes 
das ligações nos tubos de queda, os tubos de ventilação nos ramais de esgoto que são 
conectados as caixas sifonadas devem ser unidos aos demais ramais de esgoto que saem 
dos vasos sanitários. Isso porque a ventilação garantirá que haja pressão atmosférica 
no interior da tubulação, impedindo o retorno para o banheiro. 
Outra medida de prevenção do retorno de esgotos é utilizar uma válvula de retenção de 
PVC (Figura 29) que possui portinholas que fecham automaticamente em caso de fluxo 
de resíduos no sentido contrário. 
37
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
Figura 29. Válvula de retenção.
Fonte: Amanco válvula, 2018.
Retorno de espuma
A figura 30 ilustra o retorno de espuma ocorrendo em uma caixa de gordura de 
concreto. Isso aconteceu devido à tampa estar danificada. Por isso, tanto para se evitar 
o mau cheiro quanto para evitar o retorno de espuma, recomenda-se o uso de caixas 
hermeticamente fechadas. 
Figura 30. Retorno de espuma.
Fonte: Vieira et al., 2016.
Ruído nas tubulações
As principais causas de ruídos nas tubulações são as turbulências (pelo excesso de 
velocidade do fluxo) e as cavitações, que podem ocorrer nas emendas, variações de 
seções, desvios, estrangulamentos, entre outros. 
Para solucionar esse problema, pode-se optar por retirar os tubos de contato com 
as paredes da edificação ou utilizar abraçadeiras de aço galvanizado e borrachas de 
perfil isolador (Figura 31) da maneira adequada (Figura 32). Pode-se ainda optar por 
38
UNIDADE II │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS
utilizar linhas específicas de PVC mineralizado e com espessura maior para isolamento 
acústico, entre outras opções. 
Figura 31. Abraçadeira de aço galvanizado e borrachas.
Fonte: TIGRE REDUX, 2018.
Figura 32. Uso das abraçadeiras.
Fonte: TIGRE REDUX, 2018.
O uso de abraçadeiras de forma inadequada pode causar danos às tubulações. Nas 
figuras 33, 34 e 35 são apresentadas tubulações com fixadores e abraçadeiras utilizadas 
de maneira completamente inadequada.
Figura 33. Abraçadeiras em região de joelho. 
Fonte: Ramos, 2018.
39
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
Figura 34. Fixador metálico.
Fonte: Ramos, 2018.
Figura 35. Fixadores de tubulação de esgoto a laje do edifício.
Fonte: Ramos, 2018.
Caixas de gordura, ralos sifonados e caixas de 
inspeção obstruídas
Esse tipo de patologia ocorre devido à falta de manutenção e limpeza periódica desses 
acessórios, permitindo o acúmulo de detrito no interior das caixas. O entupimento 
dessas estruturas pode levar ao transbordamento dos efluentes sanitários, causando 
desconforto aos usuários e risco ao bem-estar. 
40
CAPÍTULO 4
Instalações prediais hidráulicas de 
águas pluviais
As patologias relacionadas a águas pluviais nas edificações geralmente manifestam-se 
devido à presença de umidade ou infiltração no telhado. Esses problemas ocorrem em 
função de vazamentos no sistema de escoamento de água pluviais, tais como nas calhas 
e nos tubos de queda, bem como devido à percolação pelo próprio telhado (SOUZA, 
2008). Segundo Verçosa (1991), esse tipo de patologia é de fácil solução, tendo em vista 
a sua facilidade de localização.
Na tabela 6 são apresentados os principais tipos de vazamentos na rede pluvial no 
telhado, as causas e as formas de manifestações. Além disso, essas patologias são 
também categorizadas como sendo erro de projeto, execução ou manutenção. 
Tabela 6. Principais vazamentos na rede pluvial no telhado.
Locais de 
vazamento
Erros de ... Causas Manifestações
Calhas
Tubos de Queda 
(condutores) 
Algerozes
Projeto
 » Seção insuficiente para a vazão nas calhas e 
condutores. 
 » Manchas nos forros e paredes. 
 » Goteiras. 
 » Escorrimento de águas pelas 
paredes. 
 » Mofo. 
 » Vegetação nas calhas. 
Execução 
 » Soldas incompletas ou rompidas.
 » Pouco caimento para escoamento da água. 
 » Calhas sem apoio. 
 » Uniões inadequadas nos tubos de queda. 
 » Trespasses insuficientes em algerozes, rufos etc.
 » Fixação insuficiente das algerozes nas paredes.
Manutenção 
 » Degradação dos materiais utilizados (oxidação das 
calhas). 
 » Furos nas calhas e condutores. 
 » Entupimento por detritos (folhas, papel etc.). 
 » Amassamento das calhas. 
Materiais » Baixa qualidade. 
Fonte: Klein, 1999.
Tratando de soluções, caso seja identificado que a razão da patologia é devido a soldas 
incompletas ou danificadas, devem ser feitas novas soldas nos locais para garantir 
estanqueidade. Já se o vazamento ocorre na calha devido a pregos enferrujados, a 
solução é fazer a troca da peça. 
41
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
No caso se seção insuficiente, ou seja, o transbordo de água devido a uma seção inferior 
necessária para fazer a condução da água da chuva, faz-se necessária a troca da peça 
inteira por uma de maior seção. 
Outra patologia comum nas calhas é a presença de caimento invertido, formação de 
bacias de acumulações e um mau desenho das calhas, que geram o extravasamento da 
água em momentos de chuva. A solução desses problemas é o reposicionamento do 
sistema de calhas.A figura 36 ilustra um mau desenho da calha. 
Figura 36. Mau desenho da calha.
Fonte: Verçoza, 1991. 
O amassamento das calhas também pode gerar vazamentos, uma vez que isso pode 
alterar a seção da estrutura. Como solução, é aconselhado o uso de chapas finas de 
aço ou suportes que não permitam esse amassamento. A figura 37 ilustra um tipo de 
suporte para calhas pluviais com as pontas dobradas. 
Figura 37. Suporte para calhas pluviais com pontas dobradas.
Fonte: Amanco, 2018.
Os condutores (tubos pluviais) para as calhas são peças muito importantes para o 
bom funcionamento do sistema. A principal patologia relacionada aos condutores é o 
entupimento, que é decorrente de uma falta de manutenção do sistema. 
42
UNIDADE II │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS
Os tubos de queda, por sua vez, podem apresentar vazamentos, que em geral são em 
decorrência de furos, soldas inadequadas, rachaduras, trincamentos, entre outros. 
As soluções devem ser as mesmas aplicadas para o caso das calhas. 
Segundo Sousa (2008), também é comum o vazamento nas uniões de tubos de 
ponta-e-bolsa, que podem acontecer quando há um grande volume de água. Na figura 
38 é ilustrada essa situação. 
Figura 38. Vazamento nas uniões de tubos ponta-e-bolsa.
Fonte: Verçoza, 1991.
Verçoza (1991, apud SOUZA, 2008) ressalta ainda as patologias que podem surgir nos 
sistemas em função dos diferentes coeficientes de dilatação, uma vez que são feitos 
de diferentes materiais. Como é o caso dos sistemas de calhas, alvenaria e madeiras 
(telhado), conforme ilustrado na figura 39. Para que haja um bom funcionamento do 
sistema, recomenda-se que as calhas não sejam embutidas diretamente na alvenaria, 
mas fixadas de forma a terem livre dilatação. 
Figura 39. Funcionamento de sistema calha, alvenaria e madeira.
Fonte: Verçoza, 1991.
43
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
Até aqui foram tratadas as patologias relacionadas a instalações de águas pluviais, 
principalmente os vazamentos nos sistemas de coleta nos telhados. Contudo, outras 
patologias podem ocorrer devido à umidade e percolação de águas pluviais oriundas de 
inadequações na estrutura dos telhados.
A seguir, serão tratados os principais tipos de patologias nas estruturas de telhado. 
Caimento inadequado 
O caimento utilizado nos telhados é calculado baseado nos sistemas de fixações, 
encaixes, telha utilizadas, impermeabilidade, entre outros. Contudo, existem dois 
extremos que são desfavoráveis para um bom funcionamento da cobertura: caimento 
exagerado (Figura 40a) e caimento pequeno (Figura 40b). 
No caso de um caimento exagerado, nota-se que as telhas podem se soltar com a ação 
dos ventos. Por outro lado, no caso de um caimento pequeno, o vento faz com que a 
água penetre dentro do telhado, conforme indicado na seta na figura 40b. 
Figura 40. Caimento de telhas. 
Fonte: Verçoza, 1991. 
Qualidade das telhas e do madeiramento 
A qualidade das telhas e do madeiramento utilizado também pode contribuir para 
o aparecimento de vazamento. Isso porque telhas porosas, finas, tortas e fora 
do padrão requerido pela norma não geram uma estrutura com a estanqueidade 
necessária. Já nos madeiramentos com capacidade de suporte inferior à necessária 
para a estrutura podem surgir deformações que alteram o posicionamento das 
telhas, podendo gerar goteiras. 
44
UNIDADE II │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS
Verçoza (1991, apud SOUZA, 2008) apresenta algumas recomendações para um bom 
desempenho de telhados feitos de telhas de fibrocimento: instalar os parafusos na 
região elevada das ondas; adotar recobrimento no sentido lateral e no longitudinal; 
usar espuma plástica nos trespasses; cortar os cantos para emendas (Figura 41); 
entre outros. 
Figura 41. Corte dos cantos nas telhas de fibrocimento. Primeira (1) e última telha (4) não cortar; cortar telhas 
intermediárias (2) e (3). 
Fonte: BRASILIT, 2018. 
Klein (1999, apud SOUZA, 2008) apresenta uma tabela que resume os principais tipos 
de manifestações de vazamentos pelo telhado, separado pelo tipo de telhas e as causas. 
Tabela 7. Vazamentos pelo telhado.
Tipos de telhas Erros de... Causas Manifestações
De barro cozido. 
Tipo: francesa, colonial e planas.
Projeto
 » Caimento inadequado para o telhado: muito alto 
(telha escorrega); muito baixo (penetra água no 
transpasse). 
 » Dimensionamento incorreto da estrutura do telhado 
(flechas exageradas). 
 » Goteiras. 
 » Apodrecimento do madeiramento. 
 » Mofo na superfície inferior da 
telha. 
 » Fungo sobre a telha. 
 » Manchas de umidade. 
 » Eflorescência. 
 » Ruptura por congelamento. 
Execução
 » Madeiramento mal executado. 
 » Fixação inadequada das telhas. 
 » Falta de imunização contra cupim do madeiramento. 
 » Sistema de encaixes longitudinais e laterais 
inadequados. 
Materiais
 » Baixa qualidade das telhas: porosas, muito finas, 
empenadas, tamanhos variáveis. 
Manutenção
 » Caimento inadequado. 
 » Trespasses laterais e longitudinais insuficientes. 
 » Deformação lenta da telha produzindo a sua flexão. 
45
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
Tipos de telhas Erros de... Causas Manifestações
De fibrocimento: onduladas e 
calhetões.
Projeto
 » Caimento inadequado.
 » Trespasses laterais e longitudinais insuficientes. 
 » Deformação lenta da telha produzindo a sua flexão. 
 » Goteiras. 
 » Apodrecimento de madeiramento. 
 » Acúmulo de água por deformação 
lenta. 
 » Mofo na superfície inferior. 
 » Fungos sobre a telha. 
 » Fissura na telha. 
Execução
 » Fixação inadequada das telhas colocando mal 
o parafuso (na parte de baixo da onda) ou sem 
vedação nos furos de fixação. 
 » Trespasses inadequados. 
Materiais
 » Baixa qualidade: muito finas, grande deformação 
lenta. 
Manutenção
 » Telhas quebradas ou fissuradas. 
 » Telhas com fungos e mofo. 
Metálicas, onduladas e 
autoportantes.
Projeto
 » Caimento inadequado.
 » Trespasses inadequados.
 » Madeiramento mal dimensionado.
 » Amassamento. 
 » Corrosão. 
 » Gotejamento. 
 » Manchas. 
Execução
 » Pregos de fixação mal colocados e sem vedação.
 » Disposição errada das telhas.
 » Trespasses errados.
Materiais » Baixa qualidade, muito finos, pouco resistentes.
Manutenção
 » Sem pintura protetora.
 » Telhas com furos pela oxidação.
Fonte: Klein, 1999. 
Patologias nos sistemas prediais hidráulicos e 
sanitários em prédio da Unicamp
Após o estudo dos sistemas hidráulicos de água fria, água quente e de esgoto, 
neste saiba mais será apresentado o trabalho de Teixeira et al. (2011), em que são 
levantadas as patologias nos sistemas prediais hidráulicos e sanitários em prédio 
do ciclo básico da UNICAMP. 
Para desenvolvimento desse estudo, os autores aplicaram metodologias 
para avaliação da satisfação e conforto dos usuários, traçando o perfil desses 
e relacionando com o desempenho do sistema. Por meio da aplicação de 
questionários, os autores concluíram que o bebedouro é o aparelho que 
mais é usado dentro dos perguntados, apesar de que vários ressaltaram não 
confiar na água e nas condições de higiene desse aparelho. Em segundo 
lugar ficou o lavatório, e em terceiro o mictório. O resultado pode ser visto 
na figura 42. 
46
UNIDADE II │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS
Figura 42. Perfil de utilização dos aparelhos sanitários. 
Fonte: Teixeira et al., 2011.
Através dos questionários aplicados nos alunos, os autores concluíram também 
que o grau de satisfação dos usuários é baixo com relação à higiene, conforto, 
odor e projeto, sendo esses apontados como as maiores patologiasdo sistema. 
Na figura 43 são ilustrados os resultados dessa pesquisa. 
Figura 43. Perfil de utilização dos aparelhos sanitários. 
Fonte: Teixeira et al., 2011.
As patologias mais citadas na pesquisa por questionário para o sistema de 
águas pluviais foram: empoçamento do piso, transbordamento das calhas, 
gotejamento e ineficiência do sistema de drenagem. 
Já com relação à investigação técnica, constatou-se que no sistema de esgoto 
havia mictórios com vazamento, lavatórios entupidos, caixas sifonadas 
47
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS │ UNIDADE II
entupidas, bacias sanitárias com válvulas de descarga travadas. Essas patologias 
podem ser vistas na figura 44. 
Figura 44. Patologias no sistema de esgoto/sanitário (a) vazamento no mictório; (b) lavatório entupido; (c) caixa 
sifonada entupida; (d) bacia sanitária com válvula de descarga travada. 
Fonte: Teixeira et al., 2011.
No sistema de águas pluviais foram constatadas diversas patologias, conforme 
ilustrado na figura 45, em que o dreno da laje de cobertura de uma rampa 
possui declividade invertida e por isso gera um acúmulo de água na estrutura. 
Essa água parada iniciou um processo de lixiviação do concreto e de corrosão da 
armadura. 
Figura 45. Dreno da laje de cobertura com declividade invertida. 
Fonte: Teixeira et al., 2011.
48
UNIDADE III
ESTUDO DE PATOLOGIAS 
EM INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS
As instalações elétricas executadas no Brasil devem seguir os documentos normativos 
elaborados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Nessas normas, são 
recomendados desde o uso dos materiais a procedimentos de instalação e verificação da 
segurança do sistema. 
Nesta unidade serão abordados os principais conceitos em instalações elétricas 
necessários para compreensão do sistema, as patologias que esses podem apresentar, 
bem como as soluções propostas para cada caso. 
CAPÍTULO 1
Conceitos de instalações elétricas 
As instalações elétricas são divididas em quatro tipos: 
 » Alta tensão: aquelas em que a tensão nominal é menor que 36200 V e 
maior que 1000 V em CA (corrente alternada). 
 » Baixa tensão: aquelas em que a tensão nominal é igual ou inferior a 
1000 V em CA ou 1500 V em CC (corrente contínua). 
 » Extra baixa tensão: aquelas em que a tensão nominal é igual ou inferior 
a 50 V em CA ou 120 V em CC. 
Neste caderno de estudos é dado foco às patologias em instalações prediais, por isso, 
serão abordados conceitos relativos às instalações elétricas de baixa tensão. A norma 
que regulamenta esse tipo de instalação é a ABNT NBR 5410:2004, que é baseada na 
norma internacional IEC 60364 (COTRIM, 2009 apud FERRAZ, 2016). 
A energia é distribuída pelas empresas de forma monofásica, bifásica ou trifásica, ou 
seja, alimentação por uma, duas ou três fases, respectivamente. A escolha do tipo de 
49
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS │ UNIDADE III
alimentação está relacionada à carga instalada, em que até 11kW é monofásica, superior 
a 11kW e inferior a 22kW bifásica e até a 65 kW é do tipo trifásica (CEB, 2005 apud 
FERRAZ, 2016).
Um sistema de instalação elétrica é composto por diversos componentes, como 
dispositivos, acessórios, instrumentos, entre outros. Sendo assim, são apresentados os 
principais componentes utilizados em sistemas prediais. 
Condutores elétricos
Condutores elétricos são aqueles materiais que possuem a capacidade de conduzir 
energia elétrica. Os condutores de cobre são os utilizados em instalações residenciais e 
para indústria, além desse, existem outros tipos. 
A ABNT NBR 5410:2004 diz que todos os condutores, exceto casos específicos, devem 
ter isolação. Os materiais isolantes podem ser os chamados termoplásticos, que 
sofrem mudanças físicas reversíveis com a temperatura, ou os termofixos, que não 
se alteram em um grande intervalo de temperatura. Um exemplo de termoplástico 
é o polivinila (PVC), e de termofixo o polietileno reticulado (XLPE) e borracha 
etilenopropilênica (EPR). 
Figura 46. Condutor de cobre com isolação.
Fonte: Brasil Escola, 2018.
Cabe ressaltar que durante a condução de eletricidade durante períodos prolongados e 
mesmo para um funcionamento normal, é natural que haja um aumento da temperatura. 
Contudo, a ABNT NBR 5410:2004 apresenta quais devem ser as temperaturas 
máxima/limite para condutores com diversos tipos de isolação. A tabela 8 ilustra a 
reprodução da norma. 
50
UNIDADE III │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Tabela 8. Temperatura máxima e limite para condutores e tipos de isolação.
Tipo de isolação
Temperatura máxima 
para serviço contínuo 
(condutor) °C
Temperatura limite de 
sobrecarga (condutor) °C
Temperatura limite de 
curto-circuito (condutor) 
°C
Policloreto de vinila (PVC) até 300 
mm²
70 100 160
Policloreto de vinila (PVC) maior 
que 300 mm²
70 100 140
Borracha etileno-propileno (EPR) 90 130 250
Polietileno reticulado (XLPE) 90 130 250
Fonte: ABNT NBR 5410:2004.
A partir da tabela 8, considerando também a seção nominal necessária para o transporte 
da corrente de trabalho, características da edificação, formas de instalação e outros 
equipamentos necessários, é possível fazer o dimensionamento dos condutores. 
Eletrodutos
Os eletrodutos são responsáveis por proteger os condutores de esforços mecânicos e 
corrosão, além de diminuírem o risco de incêndio devido ao superaquecimento dos 
condutores. Os eletrodutos podem ser flexíveis ou rígidos, sendo eles feitos de PVC ou 
de metal. Na figura 47a é ilustrado um eletrodutoflexível e na figura 47b um rígido. 
Figura 47. Eletrodutos (a) flexível e (b) rígido. 
(a) (b)
Fonte: Leroy Merlin, 2018. 
Disjuntores 
Os disjuntores são dispositivos responsáveis pela proteção elétrica de um circuito e 
por executar manobras que permitem fazer o controle da abertura ou do fechamento 
do circuito. Existem dois tipos principais de disjuntores: termomagnético (DTM) e o 
diferencial residual (DDR). 
51
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Os disjuntores termomagnéticos são utilizados para proteção contra curto-circuitos e 
sobrecarga (Figura 48). Já o DDR faz a proteção de pessoas e animais contra choque 
elétrico, pois é feito o desligamento do circuito sempre que houver uma corrente de 
fuga superior ao valor nominal (Figura 49). 
Figura 48. Disjuntores termomagnéticos.
Fonte: Mundo da Elétrica, 2018.
Figura 49. Disjuntor diferencial residual.
Fonte: Mundo da Elétrica, 2018.
Quadro de distribuição 
Os quadros de distribuição são os locais nas instalações elétricas onde se instalam os 
dispositivos de proteção, manobra e comando. De forma resumida, é o local onde é 
concentrada toda a distribuição elétrica (ABNT NBR 5410:2004). 
Cabe ressaltar algumas das recomendações feitas pela norma para esse componente 
(ABNT NBR 5410:2004): 
 » A ligação do quadro de distribuição deve respeitar as instruções fornecidas 
pelo fabricante. 
52
UNIDADE III │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 » Deve ser respeitada a acessibilidade, identificação e independência dos 
componentes. 
 » O acesso aos componentes instalados não deve ser prejudicado pela 
inserção de novos. 
 » Todo o quadro deve ser devidamente identificado com placas, etiquetas 
e outros meios que permitam a identificação da função dos dispositivos. 
 » Deve ser previsto espaço no quadro de distribuição para instalações 
futuras. A quantidade de espaços destinados à reserva pode ser obtida 
na norma. 
Conhecidos os principais componentes de um sistema de instalação elétrica, serão 
abordadas no próximo capítulo as principais patologias existentes nesses sistemas 
prediais. 
53
CAPÍTULO 2
Principais patologias 
As patologias nossistemas elétricos podem estar relacionadas à concepção do projeto, 
má execução, ausência de manutenção e falta de atualização dos dispositivos. A seguir 
são apresentadas as principais patologias e os riscos associados. 
Condutores com isolação ressecada e 
quebradiça
Ferraz (2016) realizou um estudo em diversos apartamentos de um condomínio, 
identificando as patologias nos sistemas elétricos. Conforme é ilustrado na figura 50, 
nota-se os condutores com isolação ressecada e quebradiça, aparentemente em função 
do contato com agentes externos. Essa patologia tem como risco associado um possível 
curto-circuito e consequente dano à instalação. 
Figura 50. Condutores com isolação ressecada e quebradiça.
Fonte: Ferraz, 2016.
Condutores com emenda dentro do quadro 
elétrico
Conforme apresentado, nos quadros elétricos é concentrada toda a distribuição do 
sistema elétrico. Sendo assim, é muito importante que esse dispositivo seja feito 
com materiais de qualidade, e que assegurem a manutenção da condução elétrica 
sem riscos.
54
UNIDADE III │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Na figura 51 é ilustrada uma patologia devido à má execução dentro de um quadro 
elétrico. Cabe ressaltar que não é recomendada a execução de emendas dentro desses 
quadros, pois isso pode gerar sobrecargas e curto-circuito, prejudicando o sistema. 
Figura 51. Emendas dentro do quadro elétrico.
Fonte: Ferraz, 2016.
Condutores com cores fora do padrão
A ABNT NBR 5410:2004 normatiza cores para os condutores elétricos de acordo com 
as suas funções nas instalações de baixa tensão. Sendo assim, para o condutor neutro 
é indicada a cor azul claro, o fio de aterramento é padronizado na cor verde (ou verde e 
amarelo) e a para a fase é liberada qualquer cor, porém, em geral utilizam-se vermelho, 
branco ou preto.
Essa definição de cores é muito importante para garantir a qualidade e a segurança 
dos serviços de manutenção. Além disso, em um caso de emergência, até os próprios 
usuários da edificação conseguirão identificar de qual condutor se trata. 
Figura 52. Identificação dos condutores por cor.
Fonte: MAV Consultoria, 2018. 
55
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Condutores envelhecidos
É obvio que a qualidade dos condutores é essencial para um funcionamento seguro do 
sistema elétrico. Condutores envelhecidos geram alto risco de curto-circuito, deixando 
os usuários e os equipamentos vulneráveis. 
Figura 53. Condutores envelhecidos.
Fonte: Ferraz, 2016.
Temperatura alta nos condutores dentro dos 
quadros elétricos
Conforme apresentado, os condutores possuem faixas de temperatura de trabalho. 
Para avaliar se essa variável está no intervalo correto, pode ser usada a técnica da 
termografia, que permite a medição a distância da temperatura superficial de objetos. 
Ferraz (2016) realizou o teste de termografia em um quadro elétrico quando todas 
as cargas da edificação estudada estavam ligadas. Conforme ilustrado na figura 54, 
nota-se que a temperatura máxima captada pelo termovisor foi de 55 ºC, sendo que os 
condutores avaliados suportam até 70 ºC. 
Figura 54. Termografia em quadro elétrico.
Fonte: Ferraz, 2016.
56
UNIDADE III │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Segundo Ferraz (2016), temperaturas elevadas geram riscos de sobrecarga e da 
segurança do sistema. Apesar de a temperatura medida não estar próxima à máxima 
suportada pelos condutores, é importante ficar alerta com alterações em função do 
envelhecimento e das emendas nos condutores. 
Ausência de disjuntor geral
De acordo com o apresentado, os disjuntores são dispositivos responsáveis por proteger 
a instalação elétrica de curtos-circuitos e de sobrecargas. O disjuntor geral tem função 
ainda mais ampla, que é a de proteger os disjuntores parciais dos circuitos. 
A ausência de um disjuntor geral traz riscos aos dispositivos do sistema elétrico, pois, em 
caso de curtos-circuitos ou sobrecargas, os equipamentos terão apenas uma proteção. 
Figura 55. Exemplo de disjuntor geral.
Fonte: HABITISSIMO, 2018. 
Disjuntores de distribuição ultrapassados
Sabe-se a importância dos disjuntos para a proteção do sistema elétrico. Atualmente, 
as instalações prediais são projetadas para um uso muito maior de corrente elétrica do 
que há 50 anos. Nesse contexto, os disjuntores que eram utilizados nessa época não são 
suficientes para um uso maior de energia e podem trazer desconforto aos usuários por 
ficarem desarmando constantemente. 
Outro risco é de um incêndio elétrico, já que disjuntores ultrapassados podem 
não desarmar quando ficam sobrecarregados, entrando então em curto-circuito e 
aumentando a temperatura até pegar fogo. 
57
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Figura 56. Disjuntores antigos.
Fonte: CRASH Computer, 2018. 
Tomadas fora do padrão atual
No Brasil, após a criação do Padrão Brasileiro de Plugues e Tomadas, o mercado interno 
passou a fabricar apenas dois modelos de plugues e tomadas: os plugues com dois ou 
três pinos redondos e as tomadas de três orifícios de 4mm ou 4,8mm (INMETRO, 2018). 
Esse padrão foi criado para aumentar a segurança do povo brasileiro, uma vez que foi 
constatado que o choque elétrico era responsável por diversas internações e óbitos. 
Além disso, o choque elétrico é a terceira maior causa de morte infantil. 
Antes da criação dessa tomada e plugues-padrão, no Brasil existiam mais de 12 tipos 
(sendo um deles ilustrado na figura 57), o que fazia com que a população utilizasse 
de forma abrangente os adaptadores. Porém, em muitos casos, esses dispositivos não 
estavam preparados para a potência do equipamento utilizado, sendo uma ameaça ao 
usuário. 
Figura 57. Tomadas fora do padrão atual.
Fonte: Ferraz, 2016.
A nova configuração brasileira traz um pino de aterramento que evita que o usuário 
sofra um choque elétrico quando liga um equipamento em curto-circuito. Além disso, 
os plugues possuem uma melhor ligação com os terminais e um sistema que evita 
sobrecarga e aquecimento. 
58
UNIDADE III │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Já as novas tomadas possuem um formato em poço que evita que o usuário entre em 
contato direto com a corrente elétrica. A figura 58 ilustra o formato em poço das novas 
tomadas. 
Figura 58. Tomadas padrão brasileiro.
Fonte: INMETRO, 2018.
Uso de adaptador em tomada
Os aparelhos elétricos apresentam diversos valores de potência distintos, e por isso no 
atual padrão brasileiro de tomadas existem as de 4,8 mm, para amperagem de 10 a 20 
ampères, e as de 4 mm, para até 10 ampères. 
Sendo assim, entende-se que existe um alto risco em se conectar, através de um 
adaptador, um plugue de 20A em uma tomada de 10A. Pode acontecer uma sobrecarrega 
da tomada e, dessa forma, o derretimento dos fios. A figura 59 apresenta um exemplo 
de uso inadequado de adaptador em tomada. 
Figura 59. Uso de adaptador em tomada.
Fonte: Ferraz, 2016.
59
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Quadro elétrico obstruído
Conforme recomenda a norma, os quadros elétricos devem estar em locais totalmente 
livres para possibilitar a sua manutenção e operação. Na Figura 60 são ilustrados 
quadros elétricos dentro de armários na cozinha de residências. 
Figura 60. Quadro elétrico dentro de armário.
Fonte: Ferraz, 2016.
Quadro elétrico sem identificação dos circuitos
A identificação nos quadros elétricos é muito importante para as atividades de 
manutenção e operação do sistema elétrico. Em muitos casos, os quadros são complexos 
e podem levar a erros durante a utilização do dispositivo. 
Figura 61. Quadro elétrico com identificação dos circuitos.
Fonte: TOUCH, 2018.
Ausência do projeto elétrico e do diagrama unifilarda edificação
Durante a construção das edificações são feitos projetos hidráulicos, arquitetônicos, 
estruturais, de incêndio, elétrico, entre outros. Esses projetos devem ser requeridos 
pelos usuários para atividades de manutenção e para possíveis alterações na edificação. 
60
UNIDADE III │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
No caso do projeto elétrico, é interessante obter também em conjunto o diagrama 
unifilar (Figura 62), que indica o posicionamento e as características de todo o sistema 
sobre a planta da edificação. O desconhecimento de propriedades do sistema, bem 
como da localização dos dispositivos, pode gerar diversos transtornos aos usuários. 
Figura 62. Exemplo de diagrama unifilar.
Fonte: Lima, 2012. 
Barramentos oxidados
Uma patologia muito comum em sistemas elétricos sem manutenção e com má execução 
são os condutores oxidados. Esse tipo de patologia reduz a vida útil do sistema e causa 
uma perda na eficiência da condutividade. 
Figura 63. Barramento oxidado. 
Fonte: Ferraz, 2016.
61
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Ausência do terra na instalação do chuveiro
A norma ABNT NBR 5410:2008 recomenda que seja feita a instalação do aterramento 
em chuveiros para se evitar choques elétricos. 
Figura 64. Chuveiro sem aterramento.
Fonte: Ferraz, 2016.
Uso em excesso da extensão elétrica
O uso excessivo de extensão também é uma patologia da mesma forma que o uso de 
adaptadores de tomada. Todas as extensões possuem uma potência máxima de operação 
e devem ser respeitadas. 
Figura 65. Uso abusivo de extensão elétrica.
Fonte: Cemirim, 2018. 
62
UNIDADE III │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Tomada no padrão atual, porém, sem o pino de 
terra e/ou invertidas
Segundo a padronização apresentada pela norma, é recomendado que o plugue terra 
tenha sua posição central e superior, a fase à sua direita e o neutro à esquerda (para o 
caso monofásico). Por isso é recomendado que se mantenha essa configuração para se 
evitar erros de instalação, especialmente em tomadas duplas, conforme ilustrado na 
figura 66.
Figura 66. Tomadas invertidas do padrão atual brasileiro. 
Fonte: Ferraz, 2016.
Além disso, cabe ressaltar que com a mudança no padrão brasileiro de tomadas foi 
comum que muitas casas que não tinham o sistema de aterramento deixassem o pino 
terra desconectado. É recomendado por norma que haja um pino de terra para proteção 
dos equipamentos, conforme proposto pela nova configuração. 
Patologias em edificações residenciais de 
uma construtora de Porto Alegre
Rodrigues (2013) desenvolveu um trabalho de conclusão de curso analisando 
patologias em edificações de uma construtora em Porto Alegre. A autora concluiu 
que, a partir da análise de manifestações patológicas, 14% das reclamações feitas 
pelos usuários foram relativas às instalações elétricas. 
Segundo Rodrigues (2013), os principais defeitos nas instalações estudadas 
foram: 
 » interferência entre os sistemas elétricos e hidráulicos, em função de 
incompatibilidade entre projetos; 
63
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS │ UNIDADE III
 » quedas de luz e curtos-circuitos devido a infiltrações de água na rede 
elétrica;
 » defeitos em interruptores e tomadas; 
 » fios soltos;
 » projetos com fiação deficiente. 
Com relação a essas patologias, a autora apresenta a porcentagem relativa a cada 
um, conforme apresentado na figura 67. Uma interferência entre as instalações 
elétrica e hidráulica é ilustrada na figura 68. Na figura 69 é mostrada a presença 
de água na rede elétrica. 
Figura 67. Percentual das patologias encontradas.
31,57%
36,84%
3,15%
5,26% 10,53%
Interferência entre
elétrica/hidráulica
Isolamento
inadequado
Fiação deficiente
Fios soltos
Defeitos de
fabricação
Fonte: Rodrigues, 2013. 
Figura 68. Interferência entre as instalações elétrica e hidráulica.
Fonte: Rodrigues, 2013. 
64
UNIDADE III │ ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Figura 69. Presença de água na rede elétrica.
Fonte: Rodrigues, 2013. 
65
CAPÍTULO 3
Soluções para patologias 
A identificação das patologias, conforme feito no capitulo 2, é importante para que 
soluções e precauções sejam tomadas. Dessa forma, neste capítulo são apresentadas as 
soluções para as patologias citadas no capítulo anterior. 
Tabela 9. Patologias e propostas de soluções. 
Patologia Solução
Condutores com isolação ressecada e quebradiça.
Substituir todos os condutores elétricos na edificação por condutores novos, que sigam as 
recomendações da ANBT NBR 5410:2004.
Condutores com emenda dentro do quadro elétrico.
Substituir todos os condutores elétricos na edificação por condutores novos, que sigam as 
recomendações da ANBT NBR 5410:2004.
Condutores com cores fora do padrão.
Substituir todos os condutores elétricos na edificação por condutores novos, que sigam as 
recomendações da ANBT NBR 5410:2004.
Condutores envelhecidos.
Substituir todos os condutores elétricos na edificação por condutores novos, que sigam as 
recomendações da ANBT NBR 5410:2004.
Temperatura alta nos condutores dentro dos quadros 
elétricos.
Monitorar a temperatura dos quadros elétricos com frequência. Em caso de aproximação da 
temperatura máxima, o sistema deve ser reanalisado.
Ausência de disjuntor geral. Instalar disjuntor geral.
Disjuntores de distribuição ultrapassados. Substituir os disjuntores.
Tomadas fora do padrão atual. Substituir todas as tomadas para o padrão novo.
Uso de adaptador de tomada. Instalar mais pontos de tomada no padrão novo.
Quadro elétrico obstruído. Instalar quadro elétrico em outro local ou desobstruir o acesso a ele.
Quadro elétrico sem identificação dos circuitos. Identificar todos os circuitos.
Ausência de projetos elétricos e do diagrama unifilar 
da edificação.
Requerer ou realizar o projeto elétrico da edificação.
Barramentos oxidados. Substituir o barramento oxidado.
Ausência do terra na instalação do chuveiro. Instalar o sistema de aterramento.
Uso em excesso da extensão elétrica. Instalar novos pontos de tomada.
Tomada no padrão atual, porém, sem o pino de terra 
e/ou invertidas.
Readequar as tomadas ao recomendado pela norma e verificar as conexões.
Fonte: adaptado de Ferraz, 2016.
66
UNIDADE IV
ESTUDO DE 
PATOLOGIAS EM 
INSTALAÇÕES DE 
INCÊNDIO
Um bom sistema de incêndio preocupa-se tanto com o combate eficaz (segurança 
ativa) quanto com a criação de condições de evacuação de pessoas em caso de incêndio 
(segurança passiva).
Nesta unidade serão tratados os principais conceitos relacionados a instalações prediais 
de incêndio. Além disso, serão apresentadas as patologias que podem acontecer nesses 
sistemas, sendo elas, tendo como origem o projeto, má execução ou ausência de 
manutenção. 
CAPÍTULO 1
Conceitos básicos de instalações 
prediais de incêndio
Não há como começar a falar dos conceitos básicos de instalações prediais de incêndio e 
não definir o que é fogo. Quimicamente, o fogo pode ser definido como uma combustão 
gerada entre o combustível e o comburente (oxigênio do ar), na presença de uma fonte 
de calor. 
É muito comum, para fins didáticos, utilizar um triângulo equilátero (Figura 70) para 
ilustrar o desenvolvimento do fogo. Essa figura geométrica possui os três lados iguais, 
indicando que o combustível, o comburente e o calor possuem a mesma importância 
para produção e para a manutenção do fogo. Isso quer dizer que o fogo só existirá se 
esses três elementos se combinarem em proporções adequadas. 
67
ESTUDO DE PATOLOGIAS EM INSTALAÇÕES DE INCÊNDIO │ UNIDADE IV
Figura 70. Triângulo do fogo. 
Fonte: AREA SEG, 2018. 
A partir da compreensão do triângulo do fogo, compreende-se

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