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Estudo de Caso Bruno Atuação do Psicólogo Comunitário

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Estudo de Caso “Bruno” – Atuação do Psicólogo Comunitário
Bruna Medeiros Freitas
Diane Karen Lopes Silva
Elaine Beatriz Schaidhauer
Haidy Suzana Seabra
Isabel Oliveira Da Luz
Lorena Dias De Menezes
Rafaela Lameira Da Silva
	O Centro de Referência de Assistência Social - CRAS é responsável pela disponibilização de serviços continuados de proteção social básica e de Assistência Social às famílias, grupos e indivíduos em condição de vulnerabilidade social. psicólogo que trabalha no CRAS tem sua atuação articulada a um plano de trabalho elaborado em conjunto com a equipe interdisciplinar; participando de todos os serviços, benefícios, programas e projetos realizados pela unidade. 
Suas atividades devem estar direcionadas à atenção e prevenção a situação de risco, objetivando intervir nas situações de vulnerabilidade através do fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários e através do desenvolvimento de potencialidades e aquisições pessoais e coletivas. Implicando diretamente na promoção e favorecimento do desenvolvimento da autonomia dos indivíduos, oportunizando o empoderamento destes, dos grupos e das comunidades.
	Caso: “Em um CRAS de uma cidade do interior um adolescente de 15 anos, aqui chamado de Bruno, reside com a avó paterna, Francisca, de 69 anos numa casa que também serve como bar. Algumas pessoas da comunidade relatam que o local também serve como ponto de prostituição. Francisca é analfabeta e faz uso de bebidas alcóolicas. O pai de Bruno, Flávio, filho da senhora Francisca, mora em Goiânia. A mãe de Bruno, Vanessa, é casada, mora no município, mas não quer cuidar dele. Ela relatava que a avó não a deixou cuidar de Bruno quando ele era pequeno e que prefere não se envolver. O adolescente não está frequentando a escola a algumas semanas, porque alega não ter tempo, pois está trabalhando. Ele nega uso de bebidas alcóolicas. Francisca diz que nunca viu Bruno escrever nada, e acha que o neto não sabe muita coisa. Ela contou que ele está trabalhando na fazenda de um senhor. Por conta disso, Bruno deixa de ir a escola para ir trabalhar. Bruno foi convidado para se inscrever no curso de Bovinocultura de \leite, que será desenvolvido gratuitamente pela Prefeitura, com oferecimento de bolsa de estudos. Francisca ficou responsável de tirar cópias de RG e CPF de Bruno, mas não o fez e ele perdeu a vaga.”
Problema
Foi constatado que o adolescente não está frequentando a escola, sente que há uma descaso da parte de sua família quanto a ele, os pais não o ajudam financeiramente nem se fazem presentes na vida do garoto. Este também vive em situação de risco, vulnerabilidade, pois a casa da avó também serve como bar e ponto de prostituição.
Dados conhecidos
Bruno tem 15 anos, seu pai mora em Goiânica, sua mãe mora no município, mas não quer cuidar dele. Ele mora com a avó, Francisca, 69 anos que é omissa com questões escolares, ela diz nunca ver o menino escrever nada, acha que ele não sabe muita coisa. A casa dela funciona como bar e , segundo relatos, também é um ponto de prostituição.
O rapaz trabalha e deixou de ir a escola. Teve a oportunidade de fazer um curso de bovinocultura – relacionado a produção de leite - mas perdeu a vaga porque sua avó não tirou a cópia dos documentos necessários para que ele se matriculasse.
Sabe-se que a família está diante de problemas financeiros, pois se fez necessário que o garoto trabalhasse, o que é considerado trabalho infantil, já que ele é menor. Existe a possibilidade da localização da escola em relação a casa e o trabalho ser muito distante, o que facilitaria para que o garoto deixasse de frequentar.
Relatório do problema
É necessário descobrir ou entender o porquê de o adolescente não estar frequentando a escola. Se é por problema financeiros, pois precisa trabalhar para auxiliar nas despesas da casa ou se é por questão de localidade ou mobilidade, podendo a escola se situar longe da casa ou local de trabalho do mesmo. Precisa-se identificar também se possui meios de transporte para chegar ao local da escola e ao trabalho.
Há possibilidade de que o garoto esteja tendo desmotivação por baixo rendimento escolar e falta de incentivo dentro de casa para os estudos. O possível sentimento de rejeição e abandono por parte dos pais pode também estar desmotivando o rapaz. E outro fator que pode estar influenciando o problema também é a condição de analfabetismo da avó e o descaso da família em relação a sua vida escolar.
Objetivos de Aprendizagem
Qual o papel do psicólogo do CRAS?
Como o CRAS pode ajudar com problemas escolares e familiares?
Quais profissionais podem estar envolvidos para ajudar a solucionar o problema?
Como se dá o diálogo CRAS x ESCOLA?
Como os determinantes sociais interferem na vida escolar de um adolescente que trabalha?
Possíveis Ações
A primeira ação que pode ser feita é a busca por nova fonte de geração de renda, o que já auxiliaria da questão financeira e diminuiria a situação de vulnerabilidade que o menino se encontra. Esta nova geração de renda iria substituir aos poucos o atual comércio que funciona na residência da avó.
A inserção de Bruno em projetos sociais de iniciação no mercado de trabalho, que estejam diretamente relacionados com a escola, sendo os estudos um pré-requisito para a manutenção do indivíduo no projeto, seria uma ação que viria de encontro com a questão da ausência de Bruno na escola. Ter essa relação escola x trabalho vai ser saudável para ele, pois será um incentivo externo para que ele melhore na escola.
Buscar atividades sociais de dia a dia para tirar a avó da ociosidade também é uma opção, pois para que ela diminua o uso de bebidas alcoólicas, seria bastante efetivo. Desta forma ela se afastaria cada vez mais do bar, estaria envolvida com outros ciclos de amizades, poderia inclusive aprender, com as oficinas oferecidas pelo CAPS, novas formas de geração de renda provenientes do artesanato, por exemplo.
Gerar situação de contato do menino com os pais, havendo assim novas oportunidades de geração de vínculo entre eles. Os pais têm papel social fundamental na vida do filho. Essa ação afetaria diretamente na autoestima do rapaz, em seu senso de segurança e a sensação de ser acolhido pela sua família viria com o tempo.
Trabalhar a saúde mental dos indivíduos envolvidos é o objetivo de todo o processo para que haja melhoria nas condições de vida dessa família, onde o empoderamento é peça fundamental para auxiliar nesse processo. A participação ativa deles se faz necessária para que todo este projeto tenha algum sentido.
PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO
Veredictos E Soluções
Diante do que foi discutido e analisado sobre o caso de Bruno foram levantadas algumas possíveis intervenções dentro das possibilidades do psicólogo e equipe do CRAS em uma perspectiva comunitária. O primeiro passo seria inserir Bruno em um acompanhamento psicossocial para um processo de acolhida e entrevista, buscando assim conhecer melhor a realidade vivida pelo adolescente para além do que foi apresentado no caso. 
É importante que de início haja um registro de informações, para avaliação da possibilidade de inserir Bruno e a avó no Cadastro Único do Bolsa Família. Facilitando assim o acesso aos demais benefícios oferecidos pelo CRAS, os quais podem atender a situação deles. Como o maior problema identificado no caso, foi a inassiduidade do adolescente na escola, por conta do excesso de trabalho e a consequente falta de tempo para estudar. 
Sabendo que o mesmo se encontra em situação de vulnerabilidade social, devido a situação do local onde mora, sendo que a casa funciona como bar e possível local de prostituição, foi-se proposto novas formas de renda para a família. No caso de sua avó - Francisca, 69 - a proposta seria buscar atividades sociais de dia a dia para tirá-la da ociosidade, para que diminua o uso de bebidas alcóolicas. 
Essas atividades podem ligar-se aos trabalhos desenvolvidos pelo CRAS como cursos e oficinas que deem a ela oportunidade de trabalhar com outros meios que não coloquem o netoem situação de vulnerabilidade e auxilie na renda familiar, como por exemplo curso de artesanato, culinária ou corte e costura.
Dentro dessa perspectiva, surge uma oportunidade para geração de renda a família de Bruno, através de incentivo em programas socioambientais, voltado para reciclagem solidária, que consiste na separação de materiais recicláveis com a comunidade. 
A reciclagem além de contribuir para geração de renda, influencia ainda nas questões ambientais, pois diminui a exploração excessiva dos recursos naturais, através do reaproveitamento de materiais que já foram utilizados. Somado a isso, oportuniza ainda aos envolvidos perceberem que os recursos naturais são finitos e que precisam de uma postura que vise a sua preservação, em prol da própria vida. (BENEFÍCIOS E DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DA RECICLAGEM, 2015)
Já no caso de Bruno como o mesmo está afastado da escola, provavelmente por estar trabalhando, para ajudar na renda familiar propõe-se sua inclusão em um programa social educativo, como o Projovem Adolescente, que tem como objetivo complementar a Proteção Social Básica à Família criando meios que garantam a convivência familiar e comunitária e condições para a (re)inserção e permanência do adolescente no sistema educacional. (UFF, 2008) 
Ou ainda auxiliar que procure o programa Jovem Aprendiz, cujo objetivo é valorizar o aspecto educacional brasileiro incluindo jovens de 14 a 24 anos que estejam estudando, sendo que a condição básica é que os interessados possuam boas notas e frequência assídua dentro da sala de aula. Dessa forma ele poderá auxiliar na renda familiar e continuar estudando, sendo que ambos programas o incentivam a estudar.
O PAIF é o principal serviço da proteção social básica que desenvolve o trabalho social com famílias. Tem como um de seus objetivos promover o acesso a benefícios, programas de transferência de renda e serviços socioassistenciais, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de assistência social. 
No caso de Bruno e sua família se enquadram nesta política, por se encontrarem em situação de vulnerabilidade, uma família monoparental, chefiada pela avó que não dispõe de recursos financeiros para assegurar uma melhor qualidade de vida para seu neto.
O bolsa família também é uma possibilidade, segundo o site do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, o benefício têm três eixos que são: complemento da renda (alívio mais imediato da pobreza), acesso a direitos (acesso à educação, saúde e assistência social) e articulação com outras ações. É um programa que não depende unicamente da condicionalidade do beneficiário, mas parte do princípio da integralidade do poder público para garantir o real acesso às ofertas e qualidades dos serviços.
Um dos programas em articulação com o bolsa família é o Programa Mais Educação que garante educação por um período mais amplo para as crianças e adolescente, promovendo conhecimento em áreas básicas, mas também incentivando outras como música, esporte, artes, mídia etc. Através desses eixos é possível que Bruno e sua avó consigam diminuir suas contingências emergenciais, visando sua matrícula e frequência escolar evitando o abandono e garantindo renda extra. 
Os benefícios emergenciais e ou eventuais são direitos do cidadão assegurados pelo Art. 22 da Lei nº 8.742 de 1993, alterada pela lei nº 12.435 de 2011. O Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) afirma que estes benefícios são provisórios e de caráter suplementar em virtude de morte, calamidade pública e vulnerabilidade temporária, que é onde entra a situação de Bruno.
Como já foi citado, ele está em um contexto de vulnerabilidade quanto a sua moradia e cabe estes benefícios a fim de auxiliar na situação da família para que a atual fonte de renda seja estudada a fim de retirar o menino desta situação. o benefício viria como colchão, enxoval e cesta básica, o que já assegura boa parte dos custos da família.
BIBLIOGRAFIA
Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas. Referências Técnicas para atuação do/a psicólogo/a no CRAS/SUAS. 2008. Disponível em: <http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/artes-graficas/arquivos/2008-CREPOP-CRAS-SUAS.pdf>. Acesso em: 23 nov. 2016.
Secretaria da Educação do Paraná. ProJovem Urbano. Disponível em: <http://www.educacao.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=134>. Acesso em: 23 nov. 2016.
Secretaria de Desenvolvimento Social. ProJovem. Disponível em: <http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/portal.php/federais_projovem>. Acesso em: 23 nov. 2016.
Prefeitura do Município de Itatiba. Serviços e Programas de Proteção Social Básica ofertados nos CRAS e Centros Comunitários. Disponível em: <http://www.itatiba.sp.gov.br/Acao-Social-Trabalho-e-Renda/servicos-e-programas-de-protecao-social-basica-ofertados-nos-cras-e-centros-comunitarios.html>. Acesso em: 23 nov. 2016.
Pronatec 2015. O que é o jovem aprendiz. Disponível em: <http://www.pronatec2015.com/o-que-e-o-jovem-aprendiz/> Acesso em 29 nov. 2016.
UFF. Projovem adolescente - 15 a 17 anos. 2008. Disponivel em: <http://www.uff.br/ejatrabalhadores/arquivos-agosto-2008/projovem-adolescente.htm> Acesso em: 29 nov. 2016.
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF. 2015. Disponível em: <http://mds.gov.br/acesso-a-informacao/perguntas-frequentes/assistencia-social/psb-protecao-social-basica/projetos-psb/servico-de-protecao-e-atendimento-integral-a-familia-2013-paif>. Acesso em: 29 nov. 2016.
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Acesso à educação e saúde. 2015. Disponível em: <http://mds.gov.br/assuntos/bolsa-familia/o-que-e/acesso-a-educacao-e-saude>. Acesso em: 29 nov. 2016.
BENEFÍCIOS E DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DA RECICLAGEM: UM ESTUDO DE CASO NO CENTRO MINEIRO DE REFERÊNCIA EM RESÍDUOS (CMRR). Belo Horizonte: Revista Pensar Gestão e Administração,, v. 3, n. 2, jan. 2015. Disponível em: <http://revistapensar.com.br/administracao/pasta_upload/artigos/a104.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2016.
MENDONÇA, Adrianny gomes de et al. O BENEFÍCIO EVENTUAL CESTA BÁSICA NA VIDA DOS USUÁRIOS DO CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) DO BAIRRO PADRE ZÉ. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/enex/trabalhos/3CCHLADSSPROBEX2013593.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2016.

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