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TRABALHO SOBRE O LIVRO O PRINCIPE DE MAQUIAVEL - ciencia politica

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Prévia do material em texto

FACULDADE PITÁGORAS DE TEIXEIRA DE FREITAS 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
MIQUÉIAS SOUZA ARAÚJO VILAS BOAS 
 
 
O PENSAMENTO DE NICOLAU MAQUIAVEL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA 
O PENSAMENTO POLITICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEIXEIRA DE FREITAS 
2015 
 
 
MIQUÉIAS SOUZA ARAÚJO VILAS BOAS 
 
 
 
 
 
 
 
O PENSAMENTO DE NICOLAU MAQUIAVEL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA 
O PENSAMENTO POLITICO 
 
Trabalho apresentado Curso de Direito da 
Faculdade Pitágoras de Teixeira de Freitas como 
requisito parcial para Avaliação na disciplina 
Ciência Política. 
 
Orientador: Professor José ArchângeloDepizzol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEIXEIRA DE FREITAS 
2015 
 
 
 
SUMÁRIO 
ITENS CONTEÚDO PÁGINA 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 
2 CONTEXTO SOCIAL E POLÍTICO ..................................................... 4 
3 GLOSSÁRIO ............................................................................................. 5 
4 IDEIAS CENTRAIS DE MAQUIAVEL ................................................ 7 
4.1 O ESTADO FORTE ................................................................................... 7 
4.2 VIRTÚ E FORTUNA ................................................................................. 7 
4.3 AS CRUELDADES BEM PRATICADAS E MAL PRATICADAS......... 8 
4.4 DO APOIO POPULAR E DO APOIO DOS PODEROSOS....................... 8 
4.5 CARACTERISTICA DO PARECER SER DO PRÍNCIPE........................ 10 
4.6 DO AMOR E DO TEMOR AO PRÍNCIPE................................................ 10 
4.7 VERACIDADE E HONRA DO PRÍNCIPE: DESVANTAGENS............. 11 
4.8 O LEÃO E A RAPOSA: QUALIDADES DO PRÍNCIPE.......................... 12 
4.9 OS MINISTROS QUE RODEIAM O PRÍNCIPE...................................... 12 
5 CONSIDERAÇÕES E CRÍTICAS FINAIS............................................ 13 
 REFERÊNCIAS......................................................................................... 14 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem como intuito principal e essencial, salientar como tema central o 
contexto político e social nos tempos de Maquiavel, abordando a forma como vivia a 
sociedade e, também, como se configurava a política daquela época e que, juntos, 
influenciaram no pensamento de Maquiavel exposto em seu livro O Príncipe. Devido a isso, a 
vida e as obras de Maquiavel estão expostas neste documento, para mostrar as características 
essenciais do seu pensamento. 
Dentre os vários questionamentos que se podem levantar sobre Maquiavel uma 
questão será enfocada com mais intensidade, ou seja, procura-se responder à seguinte questão 
fundamental: qual a contribuição do pensamento político de Maquiavel para a constituição 
da ideia de estado moderno? 
Todo o material foi analisado com o objetivo enunciar a forma em que o pensamento 
Maquiaveliano ainda se concentra no pensamento político contemporâneo. A Ética Politica 
que é iniciada por Maquiavel, ainda é predominante contemporaneamente podendo-se 
perceber a conduta desta ética quando se analisa o comportamento do cenário politico atual. 
Portanto, torna-se necessário o conhecimento das ideias centrais de Maquiavel 
influenciado pela realidade em que ele viveu diretamente em um momento de desordem e 
desunião na Itália. 
Para a composição deste documento, foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica 
para descrever a vida e obra do Nicolau Maquiavel, utilizando como base, o livro O Príncipe, 
que por consequência fez com que chamasse a atenção e a busca por interpretações dos vários 
estudiosos no decorrer do tempo. Dentre os vários que analisaram o trabalho e pensamento de 
Maquiavel, existe um estudioso de Oxford chamado Isaiah Berlin que se fundamentando na 
obra O Príncipe diz o seguinte “A obra abre uma chaga no seio da humanidade e esta chaga 
ainda estar a sangrar”. 
Sendo assim, utilizando como alicerce sua principal obra e enfocando em outras fontes 
ligadas diretamente ao pensamento Renascentista e na Ética Politica de Maquiavel, revelam-
se então, quais foram os subsídios que levaram a um pensamento que uma parte dele é 
predominante até hoje. 
Este estudo mostra a lógica diferenciada que a Ética Política possui em relação à Ética 
Cristã que era o pensamento da Igreja no qual dominava praticamente o mundo e por 
consequência o pensamento da Ética Cristã certamente possuía a razão até então. 
4 
 
2CONTEXTO SOCIAL E POLÍTICO 
 
 
Maquiavel segundo os estudiosos viveu no período de 1496 a 1527. Ele viveu no 
período do Renascimento, uma época em que surgiram novas ideias em várias áreas como 
politica, social, filosófica e etc. Maquiavel foi um dos principiantes que trouxe algo novo que 
quebra com o pensamento antigo dos gregos, romanos e medievais. Na Grécia antiga, os 
principais pensadores defendiam a ideia de que o governante deveria ser um homem virtuoso 
e altruísta, que não roubasse que não mentisse e etc. estas virtudes vinham de uma lei natural 
em que o governante deveria refletir para poder assim pratica-las. Este pensamento na Idade 
Média que era dominado pela Igreja Cristã, era predominante, porém o governante 
administrava de acordo com os princípios divinos. 
Portanto, o pensamento dos antigos era a do dever ser, o governante deve ser virtuoso, 
deve se basear nos princípios cristãos para administrar a sociedade. Maquiavel veio com um 
pensamento realista, onde ele mostra que a teoria do dever ser era boa, entretanto na prática 
não era bem assim que estava acontecendo. 
Destacando a realidade daquela época, a Itália era um território cheio de Cidades-
Estado, de regiões independentes que constantemente entravam em guerra entre si, vários 
conflitos entre as Cidades-Estado. 
As Cidades-Estado tinham como força militar a presença dos Mercenários para 
defenderem essas regiões, oque deixava essas tais cidades em condições de vulnerabilidade, 
pois esses mercenários eram ambiciosos, em palavras sucintas e claras, eles defendiam a 
quem pagasse mais, em um trecho do livro O Príncipe, Maquiavel (1532, p. 61) declara sua 
opinião em relação a milícias mercenárias: 
Se alguém baseia o seu Estado em milícias mercenárias, nunca estará estável e 
seguro, porque são desunidas, ambiciosas, sem disciplina e infiéis; corajosas entre 
amigos e vil entre inimigos; não temam a Deus, nem dão fé aos homens; adia-se a 
ruina somente adiando-se o ataque; na paz, o Estado é espoliado por elas, na guerra 
pelos inimigos. (MAQUIAVEL 1532, p. 61). 
É neste contexto em que Maquiavel estava inserido que escreve umas das suas obras 
que chamam a atenção dos estudiosos até hoje, que é o livro anteriormente citado, que foi 
escrito em seu exílio para mostrar como um príncipe (governante) deve agir para ter um bom 
governo e conseguir se manter no poder. 
 
 
5 
 
3 GLOSSÁRIO 
 
Estas fontes foram tiradas dos sites: Dicionário Informal e Dicionário Português, e de 
um Minidicionário Compacto da Língua Portuguesa. 
 
Abjeto: Ignóbil; Desprezível; Baixo. 
Advir: Suceder; sobrevir. 
Aliciado:atrair para si com propostas enganosas, seduzir, induzir a ato. (Por:Miguel Lucas, 
Site: Dicionário informal). 
Benquisto: Pessoa querida, admirada. (Por Mauro Silas Pereira, Site: Dicionário informal) 
Efeminado: Amaricado. 
Espoliar: Desapossar por violência ou por fraude. 
Estirpe:1° definição: Parte da planta que se desenvolve na terra. (Raiz) 2° definição: 
Relacionada com a árvore genealógica. (Origem)(Por Site: Dicionário informal). 
Expugnar: Tomar pelas armas;debelar; vencer. 
Fomentar: Estimular; excitar; animar; facilitar. 
Indubitável: Que não restam dúvidas. (Por: Thomas Alves, Site: Dicionário informal). 
Entretiver:brincar; distrair; divertir; galhofar; recrear (Por Site: Dicionárioportuguês). 
Ínfimo: O mais baixo; o último. 
Insigne: Notável; eminente; emérito. 
Intento: Desígnio; propósito; atento; aplicado. 
Magnânimo: Quem tem grandeza de alma; generoso. 
Mitigar: Aliviar; acalmar. 
Ócio: Descanso; preguiça. 
Parricídio: Assassinato do próprio pai, mãe ou outro ascendente. 
Periclitar: Correr em perigo. 
Preceptor: O que ministra preceitos ou normas. 
Predecessores: Antecessor, Ancestral, uma pessoa que antecedeu a outra. 
Propicio: Adequado, Aplicável. 
Pusilânime: Que tem fraqueza de animo; covarde. 
Supracitado: Mencionado acima; mencionado anteriormente. (Por: Cristina, Site: Dicionário 
informal). 
Suscitar: Provocar; originar; sugerir. 
Tíbio: Morno; indolente. 
6 
 
Tolher: Embaraçar, opor-se; ficar imóvel. (Antôn.: Permitir, tolerar.) 
Urdir: Dispor, tramar (fios de tila, tecido etc.); Intrigar. 
 
 
7 
 
4 IDEIAS CENTRAIS DE MAQUIAVEL 
 
4.1 O ESTADO FORTE 
 
Maquiavel inserido em uma Itália desestruturada possui o desejo de muitos italianos, 
que era a de um Estado unificado, sendo ele o primeiro a utilizar a palavra Estado, com a 
concepção conhecida atualmente. Ele entra na realidade em que ele vive e distingue a politica 
e a moral. A ideia defendida por ele era que o governante deve buscar a ordem social e 
politica pelas suas ações práticas e que para isso requer o uso da força física, ou seja, 
ocasionalmente, o governante, o príncipe na maneira que ele fala, deverá realizar ações que 
não estão de acordo com pensamento cristão de ser bom sempre. Porém, essas atitudes que no 
olhar moral não são bem aceitas, serão usadas de acordo com a necessidade, ou seja, 
Maquiavel não defende que governante deva ser de natureza má, mas que se utilize de ações 
moralmente ruins para a manutenção do poder. 
O uso da força física, que é necessária pra manter a ordem, advém por meio do Estado 
e com o poder politico centralizado que como consequência garantirá a soberania do Estado. 
E para que isso ocorresse, Maquiavel se torna defensor da instituição das tropas nacionais, 
que teriam a finalidade defender o Estado que é o contrário das tropas mercenárias já que 
estas possuem a características de defenderam quem pagar mais. 
Para Maquiavel era necessário, pela situação da Itália, que houvesse um príncipe que 
reduzisse as condições no qual era de um território cheio de cidades-estado frágeis devido às 
inúmeras disputas entre elas. Maquiavel (1532, p. ) defendia o Estado unificado e que um 
príncipe (governante), deveria utilizar os modos necessários para conseguir este objetivo uma 
vez que “[...] na Itália era hora de honrar um novo príncipe e se existe a matéria bruta que 
daria oportunidade a um príncipe prudente e valoroso de introduzir uma nova ordem que 
trouxesse honra a ele e benefícios para o povo” (MAQUIAVEL, 1532, p. ). 
 
4.2 VIRTU E FORTUNA 
 
Com a perspectiva de um Estado unificado e forte, Maquiavel destaca no livro O 
Príncipe, quais são as características para um governante ideal. Dentre elas destaca-se a Virtu 
e a Fortuna. Virtu para Maquiavel se tratava nada mais do que as próprias virtudes do 
governante. No livro ele destaca de qualidade notável, alguns que se tornaram príncipes por 
virtude própria e não pela sorte, que são Moisés, Ciro, Rômulo e Teseu. 
8 
 
Entretanto, Maquiavel não define se as características pessoais do governaste são boas 
ou ruins, mas que o príncipe virtuoso é aquele que age bem ou mal de acordo com a 
necessidade. Vale ressaltar que Maquiavel não está falando das virtudes em que os antigos 
definiam ser o ideal, mas sim as virtudes próprias da pessoa líder, ou seja, do príncipe. 
A Fortuna no qual Maquiavel destaca, não está relacionada às riquezas do príncipe, 
mas sim das sortes, ou as oportunidades que aparecem ao governante. A hereditariedade é 
posta por ele como a maneira mais fácil e mais simples de se tornar um governante, pois 
quando seu pai que é rei morre ou filho adquire o poder. Para Farias Neto “Fortuna 
significaria as coisas inevitáveis que acontecem aos seres humanos, não sendo possível saber 
a quem ela vai fazer bens ou males”. (FARIAS NETO, 2011, p.238). 
O individuo que se utiliza da estratégia, dos próprios recursos e se prepara com suas 
próprias armas para conquistar um determinado território e se torna governante, este meio 
para conseguir tal objetivo seria devido a Virtu do governante. 
O governante ideal é aquele que consegue unir, aliar ou juntar a Virtu e Fortuna. 
Sendo que para Maquiavel a Virtu é a principal característica e a Fortuna viria como uma 
característica secundária, mas com as virtudes próprias e quando aparecer às oportunidades o 
príncipe saiba se posicionar escolhendo o melhor para a manutenção do poder político. 
 
4.3 AS CRUELDADES BEM PRATICADAS E MAL PRATICADAS 
 
Maquiavel explicita em seu livro umas das coisas que o príncipe deve considerar no 
exercício do seu governo e que no qual se torna importante para a idealização de um 
governante na mente de Maquiavel. Trata-se das crueldades, tanto asbem exercidas quanto às 
mal praticadas. A crueldade bem praticada deveria ser aquelas feita toda de uma só vez, por 
que somente desta maneira a população esqueceria rapidamente dos acontecimentos ruins. 
Obviamente, as crueldades mal praticadas seria o contrário, são as desumanidades que o 
governante precisaria fazer, entretanto ele o faz aos poucos. Quantos as bondades subentende-
se que deve seguir o rumo oposto das crueldades, as bem exercidas sendo feito aos poucos e a 
mal praticada sendo feito em um curto espaço de tempo. 
Estas ações no qual Maquiavel demonstra certa preocupação e chama atenção para que 
o governante saiba discernir o momento certo da prática de tais ações citadas. O objetivo é 
assegurar a satisfação dos súditos e os mantenham unidos para com o governo, sendo que 
desta forma interfere diretamente com a manutenção do poder do Príncipe. 
 
9 
 
4.4 DO APOIO POPULAR E DO APOIO DOS PODEROSOS 
 
Vejamos um outro lado, quando um cidadão comum não por maldade ou outra 
violência intolerável, mas pelo favor de concidadãos, torna-se príncipe de sua pátria. 
E o que se pode chamar de principado civil. Para conquista-lo não é necessário todo 
valor com sorte. Digo que se chega a este principado graças ao favor do povo ou dos 
nobres.(MAQUIAVEL, 1532, p.49). 
Observa-se que em neste trecho destacado no livro O Príncipe, Maquiavel enfoca a 
participação politica de duas classes muito comum em sua época, mas que ainda não deixa de 
ser uma realidade presenciada no decorrer do tempo em diferentes culturas e épocas. Em um 
capitulo de seu livro, Maquiavel mostra quais seriam as possíveis ou reais consequências com 
o apoio popular ou do apoio dos nobres, e como o governante deve se posicionar com as 
alianças feitas por ele. 
A origem de um príncipe, e como ele foi erguido ao poder, são motivados por 
situações em que cada uma destas classes se utiliza por necessidade de defesa ou por 
satisfação própria. Quando os grandes, ou seja, os nobres se veem em desvantagem para com 
o povo, fazem com que aumentem o prestigio de um entre eles, e transformam-no em um 
príncipe. Pelo lado do povo, é desfrutado do mesmo método e da mesma motivação dos 
grandes, só que favorecendo a si mesmos resultando assim no surgimento entre eles de um 
que administrará a sociedade e como objetivo terá de defender a população. 
Entretanto, Maquiavel ressalta que aquele que chega ao podercom o auxilio dos 
grandes dificilmente terá sucesso na manutenção do seu poder diferentemente do que chega 
ao poder com a ajuda do povo.Segue-se, na tabela abaixo,três comparações sobre qual seriam 
os resultados entre o apoio dos nobres e dos súditos em que Maquiavel destaca. 
 
 
 
 
10 
 
 Nobres População 
 
 
Relação com Honestidade 
Para Maquiavel não se pode, 
com honestidade, ou seja, 
com decência, agradar os 
nobres, pois estes querem 
oprimir. 
Os fins do povo que são mais 
honestos do que os dos 
nobres, possibilita que 
assimo príncipe agrade a 
população, porque ao 
contrário dos nobres o povo 
não quer ser oprimido. 
 
Inimizades 
O Príncipe poderá se 
proteger dos nobres porque 
estes estão em menor 
quantidade. 
Pelo contrário, o povo está 
em maioria que 
consequentemente 
impossibilita que o príncipe 
se defenda. 
 
 
Necessidade de convívio 
Não precisa dos nobres, 
podendo fazer e desfazer, 
qualquer dia, tirar e dar 
prestígio, como melhor lhe 
parecer. 
O Príncipe necessita, ainda, 
viver sempre com aquele 
mesmo povo. 
 
Todas estas ações que foram propostas, não querem desconsiderar aos nobres e nem 
colocar em total prestigio o povo.Apesar de que, Maquiavel diz que é melhor e necessário 
obter a amizade do povo. O intuito na verdade como já foi dito, era guiar tal pessoa para ser 
um governante forte, que saiba administrar a sua cidade e os elementos formadores dela, o 
povo. É neste pensamento que sobressai a ideia Renascentista de olhar para a realidade, 
aceitar o que realmente acontece, e assim quem governa seja racional e pratique o bem 
comum e a justiça. 
 
4.5 CARACTERISTICA DO PARECER SER DO PRÍNCIPE 
 
Das inúmeras virtudes próprias que Maquiavel destaca que o governante deve ter ou 
deixa-lo a mostra, para poder concretizar ações de ser amado ou ser temido e não ser odiado, 
que logo em seguida será enunciada em um tópico a parte, e para assim continuar no poder. 
Esta Virtu que o governante necessita ter é a do Parecer Ser. Parecer ser bondoso, 
altruísta, religioso. Desta maneira o príncipe não incorporará a fama de miserável o tornando 
odiado pelo povo. Maquiavel cita o exemplo do papa Júlio II, que usou a fama de generoso 
para ascender ao papado, porém não mantendo esta índole para poder preparar a guerra. 
 
4.6 DO AMOR E DO TEMOR AO PRÍNCIPE 
 
11 
 
Como foi ciado anteriormente, Maquiavel utiliza um meio que é a Virtu do parecer 
ser, para Ser amado ou Ser Temido. 
A qualidade do príncipe de ser amado não é passível a todos. Maquiavel observando 
esta realidade ressalta que se o governante não consegue ser amado ele precisa ser temido, 
pois sendo ele temido, o povo não se rebela contra ele. Portanto, o príncipe deve tentar ser 
amado pelo maior número possível de pessoas, é neste momento que se encaixa a ideiada 
característica do parecer ser para conseguir conquistar a empatia do povo, não conseguindo 
ser amado é necessário que ele seja temido, mas nunca deve ser odiado. O governante tem 
deter a virtude de saber os limites até onde ele pode atuar, procedendo com prudência, 
mantendo o equilíbrio e possuir humanidade. 
Entretanto, para Maquiavel é preferível ser temido a ser amado.Pois o homem possui a 
natureza de ser mentiroso e traiçoeiro, por que quando os tratam de maneira bondosa, todos 
eles estão ao dispor de quem os ajudou. Mas quando necessitam ou falta-lhes algo, eles se 
revoltam. 
O vinculo que o temor tem, é mantido pelo medo de sofrer qualquer punição, o que o 
torna interminável, mas sempre fugindo do ódio. 
 Neste ponto é que surgem duvidas a respeito de Maquiavel por doutrinar o príncipe a 
seguir estes ditames, o confundindo como uma pessoa má. No entanto, Maquiavel em seu 
contexto está preocupado em idealizar um governante que seja condizente com a realidade 
daquela época. Logo, é enfatizado mais uma vez, que estas tais atitudes de parecer ser e ser 
temido torna-se utilizado de acordo com a necessidade, ou seja, ocasionalmente. 
Para este tópico escrito em seu livro sobre ser temido, Maquiavel considera o exemplo 
de César Bórgia, filho do papa Alexandre, sendo aquele considerado cruel. Só que apesar da 
crueldade, ele havia restaurado a Romanha, tornando-a pacifica. Sendo assim ele mostra que o 
governante não deve se preocupar com a fama de cruel e sim manter os súditos unidos e fiéis. 
 
4.7 VERACIDADE E HONRA DO PRÍNCIPE: DESVANTAGENS 
 
“Não quero deixar de mencionar um exemplo atual. Alexandre VI nunca fez outra 
coisa, nunca pensou em outra coisa fora enganar os homens e sempre encontrou quem lhe 
permitisse fazê-lo” (MAQUIAVEL, 1532, p. 88). Esta parte que está em um capítulo da obra 
de Maquiavel, retrata a atitude de um governante que enganava os seus súditos e que estes 
enganos deram certo. 
12 
 
O que Maquiavel quer deixar claro, é que o príncipe que não possui as qualidades que 
o tornam amável deve aparentar ser como foi falado anteriormente, mas a forma com que isso 
se concretize, são enganar com as palavras, voltando a trazer à tonaque isso só se realiza 
quando necessário. Em seu livro, ele diz que “o príncipe deve tomar cuidado com o que sai da 
boca”(MAQUIAVEL, 1532, p.89). 
Portanto deve-se, tirar a ideia de que Maquiavel surgiu com esse principio 
simplesmente porque ele é uma pessoa má, muito pelo contrário, ele analisou os fatos que 
ocorreram no passado para se chegar a esta conclusão. Isso, devido a sua característica de 
pragmatista, onde se opõe ao intelectualismo e se firmar na prática, e na verdade. Segundo 
Maquiavel, vários príncipes alcançaram grandes objetivos sem a veracidade da palavra. 
Resumindo, o governante por necessidade, não deveria possuir veracidade em suas 
palavras, para se mostrar uma coisa que ele não seja e consiga por meio disso, se manter no 
poder. 
 
4.8 O LEÃO E A RAPOSA: QUALIDADES DO PRÍNCIPE 
 
Umas das características ou Virtu que príncipe ideal possui, é de saber como agir 
como homem e quando agir como animal. No livro, ele usa as figuras do leão e da raposa para 
explicar o agir animal. Ambos os animais possuem diferentes características que os 
distinguem e que Maquiavel correlaciona com a natureza do príncipe. 
O leão é um ser impulsivo que se utiliza da força para ser temido. A raposa, já tem a 
esperteza, e a astúcia que facilita na fuga de armadilhas. O príncipe deve escolher esses dois 
animais para que em algumas situações se encontre encurralado usando a esperteza e às vezes 
a força saia e se tranquilize. 
 
4.9 OS MINISTROS QUE RODEIAM O PRÍNCIPE 
 
A prudência do príncipe é colocada à prova em uma importante missão. A escolha dos 
seus secretários. Se estes são capazes e possuem respeito à subordinação que tem com 
príncipe, mostra que de fato que o príncipe é uma pessoa sábia e que sabe discernir por si 
próprio, quais são as melhores pessoas que te possam acompanhar. 
Maquiavel revela que pelas escolhas pode-se perceber se o príncipe possui certa 
sabedoria ou se sua percepção é ruim e inútil. Dessa forma, pode-se prever se o governante 
obterá sucesso em assuntos internos, isso irá depender exclusivamente das escolhas feitas. 
13 
 
5CONSIDERAÇÕES E CRÍTICAS FINAIS 
 
Percebe-se que pela sua obra, Maquiavel deixa a mostra seu entendimento e suas 
características de um homem realista, pragmatista e empirista. Existem outras obras que 
deixam mais claras sua opinião em respeito de como a politica se baseando por meio da 
realidade tornaria mais fácil o dever do governante quando ele conhece a real condição de 
onde ele está administrando. 
Há quem diga pelo livro O Príncipe,Maquiavel defendia a Republica,outros o 
Absolutismo. Porém deve se entender que este livro é um manual para solucionar um 
problema que estava ao seu redor e que o afetou diretamente. O pensamento Renascentista 
como já foi falado, trouxe algo novo diferentemente do que era na época. A Ética Cristã 
envolvia e interferia na sociedade e no sistema politico. Maquiavel sendo um dos grandes 
Renascentistas resgatou conquistas antigas e anteriores ao pensamento cristão, para com essas 
ideias resultar na união da Itália. 
Maquiavel não chegou a ver Itália unida, mas deixou um conjunto valioso de ideias 
que revolucionou o entendimento politico e contribuiu na visão no que se tratava do tema 
politica. Estas contribuições idealiza um Estado forte por meio de um governante forte que 
teria a capacidade de conquistar o poder e mantê-lo. 
Maquiavel propôs olhar ao redor e ver realmente o que acontecia na sociedade, que de 
certa forma entrava em contradição com o pensamento antigo. A contribuição do pensamento 
político de Maquiavel para a constituição da ideia de estado moderno foi de trazer a tona à 
realidade pelo empirismo e a coerência por meio da prática de governar. Além de valorizar o 
papel do governante, ele valoriza a participação politica da sociedade, que por ser um dos 
elementos essenciais do Estado interfere diretamente na constituição de um Estado Forte. 
Sendo assim, tira a ideia de que a qualidade de Maquiavel tem haver com uma conduta 
ruim, mas sim a de um pensador que estava preocupado em constituir um Estado poderoso e 
unido, com um governante que fosse completamente capaz de exercer este dever. 
Pensamento este que apesar de um determinado tempo esquecido, fez com que 
Maquiavel se tornasse um importante pensador neste mundo de pensadores. 
 
 
14 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ALVES, Thomas. Indubitável.http://www.dicionarioinformal.com.br/indubit%C3%A1vel/ 
Acesso em: 27.05.2015. 
 
CRISTINA. Supracitado. http://www.dicionarioinformal.com.br/supracitado/Acesso em: 
27.05.2015. 
 
CULTURA BRASIL. Maquiavel Vida e Obras. Disponível em: 
http://www.culturabrasil.pro.br/zip/maquiavel.pdf Acesso em: 05.06.2015. 
 
DICIONÁRIO INFORMAL.Estirpe. http://www.dicionarioinformal.com.br/estirpe/Acesso 
em: 27.05.2015. 
 
DICIONÁRIO PORTUGUÊS.Entretiver. http://dicionarioportugues.org/pt/entretiverAcesso 
em: 27.05.2015. 
 
LUCAS, Miguel. Aliciado. http://www.dicionarioinformal.com.br/aliciado/Acesso em: 
27.05.2015. 
 
PEREIRA, Mauro Silas.Benquisto. http://www.dicionarioinformal.com.br/benquisto/ Acesso 
em: 27.05.2015. 
 
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Tradução Maria Lucia Cumo. Rio de Janeiro. ed Paz e 
Terra, 1996. 
 
________. Minidicionário compacto da língua portuguesa. São Paulo, ed. DCL 2005.

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