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Legislação Ambiental Brasileira

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Disciplina: Gerenciamento de Riscos Ambientais e Biossegurança
Aula 3: Legislação Ambiental
Apresentação
Nesta aula, abordaremos uma questão fundamental em nosso curso: A Legislação
Ambiental Brasileira. Veremos que a legislação em geral e os aspectos importantes
das normas legais relacionadas à Legislação Ambiental são importantes instrumentos
para a proteção do meio ambiente.
Notaremos que as normas legais são muito abrangentes, versando sobre os mais
diversos temas ambientais. E a literatura em geral trata de assuntos, na maioria das
vezes, muito específicos.
No entanto, um apanhado geral da legislação ambiental nos mostrará importantes
temas que são de fundamental importância na defesa do meio ambiente e na
preservação de biomas por meio de Unidades de Conservação em particular. Assim,
trataremos aqui dos aspectos históricos da nossa Legislação, até a sua situação atual,
aliás, considerada como uma das mais avançadas do Mundo.
Objetivos
Reconhecer a importância histórica da nossa Legislação Ambiental até o cenário
atual;
Descrever a Política Nacional do Meio Ambiente e os avanços que a mesma
proporcionou para a melhoria dos indicadores brasileiros;
Explicar questões relacionadas aos crimes ambientais e seus respectivos
enquadramentos e a relação entre os reais poluidores e os poluidores pagadores.
Evolução da Legislação Ambiental
no Brasil
 (Fonte: Quarta / Shutterstock)
Acertadamente, pode-se afirmar que a vontade de dominar a Natureza é tão
antiga quanto a existência do próprio Homem.
Não se pode negar que o paradigma do domínio sobre a Natureza, usando-a
indiscriminadamente, muitas vezes, predominou, mesmo que o interesse em
preservá-la e até em cultuá-la também tenha acompanhado o Homem desde
o princípio.
Felizmente, no Brasil, a preocupação em proteger a Natureza começou a
tomar forma no ordenamento jurídico, ainda antes do Código Civil de 1916,
ou seja, as Ordenações Filipinas (1595/1603) estabeleciam normas de
controle da exploração vegetal, além de disciplinar o uso do solo, da água de
rios, regulamentar a caça e pesca e tentar coibir o uso de fogo.
1896
Tanto a coroa portuguesa quanto o governo imperial empreenderam, dessa
forma, algumas iniciativas para proteger, gerir e, sobretudo, controlar a
exploração de determinados recursos naturais. Contudo, foi após a
proclamação da República, que se efetivou a criação do primeiro parque em
terras nacionais, ou seja, o Parque Estadual de São Paulo.
1911
Outro evento destacável foi, a publicação do Mapa Florestal do Brasil. Essa
obra, de Luís Felipe Gonzaga de Campos, foi o primeiro estudo — e mais
amplo — feito no país para descrever os diferentes biomas e seus estados de
conservação.
1916
No Código Civil de 1916, apesar da preocupação principal focar na proteção
da propriedade, aparecem os primeiros sinais de cuidados em relação ao Meio
Ambiente. 
 
Na Seção V, “Dos Direito de Vizinhança do Uso Nocivo da Propriedade”, em
seu art. 554, temos: 
 
(...) o proprietário, ou inquilino de um prédio tem o direito de impedir que o
mau uso da propriedade vizinha possa prejudicar a segurança, o sossego e a
saúde dos que o habitam. 
 
Um pouco mais explícito, mais ainda em relação à questão ambiental, temos o
art. 584 do mesmo Código Civil, que restringe: 
 
(...) são proibidas construções capazes de poluir, ou inutilizar para o uso
ordinário, a água de poço ou fonte alheia, a elas preexistente. 
 
Inclusive, cominando pena no art. 586: 
 
Todo aquele que violar as disposições dos art. 580 e seguintes é obrigado a
demolir as construções feitas, respondendo por perdas e danos.
1923
O Regulamento da Saúde Pública (Dec. nº. 16.300/23) previu a possibilidade
de impedir que as indústrias prejudicassem a saúde dos moradores de sua
vizinhança, possibilitando o afastamento das indústrias nocivas ou incômodas.
 
Leis específicas de tutela do Meio Ambiente
No decorrer do século passado, a medida em que o homem começou a
perceber a impossibilidade da renovação necessária dos recursos naturais —
até então, muitas vezes, considerados ilimitados —, passaram a surgir leis
específicas de tutela do Meio Ambiente.
Na década de 1930, surgiram as primeiras leis de proteção
ambiental, como:
✔ O Código Florestal (Dec. nº 23.793/34), substituído posteriormente pela
atual Lei Federal nº 4.771/65;
✔ O Código das Águas (Dec. nº 24.643/34);
✔ O Código de Caça e Pesca (Dec. nº 23.672/34);
✔ O Decreto de proteção aos animais (Dec. nº 24.645/34);
✔ O Dec. nº 25/37, que organizou a proteção ao Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional.
Porém, pode-se dizer que o marco fundador sobre a questão
Ambiental, deu-se na década de 1960, período em que foram
editadas importantes legislações sobre questões ambientais,
como:
✔ O Estatuto da Terra (Lei nº 4.504/64);
✔ O novo Código Florestal (Lei nº 4.771/65);
✔ A nova Lei de Proteção da Fauna (Lei nº 5.197/67);
✔ A Política Nacional do Saneamento Básico (Dec. nº 248/67);
✔ A criação do Conselho Nacional de Controle da Poluição Ambiental (Dec. nº
303/67).
Convém destacar aqui que, entre 1937 e 1964, foram criadas,
no Brasil, 49 unidades de conservação no âmbito Federal,
distribuídas da seguinte forma:
✔ 16 Parques Nacionais;
✔ 21 Florestas Protetoras (áreas particulares protegidas no Brasil, já previstas
no Código Florestal de 1934);
✔ 3 Florestas Nacionais;
✔ 9 Reservas Florestais.
 
Conferências das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
1972
Em Estocolmo/Suécia, foi realizada a Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente, evento primordial para o despertar de
muitas autoridades, sobretudo para as políticas referentes à questão
ambiental no mundo.

Saiba mais
A participação brasileira nessa Conferência foi muito importante, pois
desafiou nossas autoridades a intensificar o processo legislativo, na
busca da proteção e preservação do meio ambiente nacional.
Já no ano seguinte, por meio do Dec. nº 73.030/73, art. 1º, foi criada a
Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), “orientada para a
conservação do meio ambiente e uso racional dos recursos naturais”.
As competências outorgadas à SEMA lhe deram condições de administrar os
assuntos pertinentes ao meio ambiente de uma forma integrada, por vários
instrumentos, inclusive influenciando nas normas de financiamento e na
concessão de incentivos fiscais.
Década de 1980
Todavia, foi na década de 1980 que a legislação ambiental teve maior
impulso. O ordenamento jurídico, até então, tinha como objetivo a proteção
econômica/patrimonial e não a ambiental. 
 
Portanto, são quatro os marcos legislativos que passaram a orientar a tutela
jurídica do Meio Ambiente no Brasil e que tentaram/tentam mudar o histórico
descaso ambiental: 
 
A Lei Federal nº 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, conceituando Meio Ambiente e instituindo o Sistema Nacional
de Meio Ambiente;
 
Lei nº 7.347/85, que disciplina a Ação Civil Pública, um instrumento
processual de defesa do Meio Ambiente e dos demais interesses difusos e
coletivos;
 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que abriu
espaço para a participação/atuação da população na preservação e na
defesa ambiental, impondo à coletividade o dever de defender o meio
ambiente (art. 225, caput) e colocando como direito fundamental de
todos os cidadãos brasileiros a proteção ambiental determinada no art.
5º, LXXIII (Ação Popular);
 
A Lei nº. 9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
1992
O Brasil recepcionou a Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento, da qual participaram mais de 150 países.
Ficou conhecida como ECO 92 e foi considerada, até agora, uma das
conferências mais importantes, pois geriuvários documentos sobre o assunto,
dentre eles: A Convenção da Biodiversidade e a Agenda 21.
 
Mudanças com a Constituição Federal de 1988
Vale ressaltar que, antes da Constituição Federal de 1988,
a tutela jurídica sobre o Meio Ambiente restringia-se ao
âmbito infraconstitucional, ou melhor, o tema estava
abordado somente de forma indireta, mencionado em
normas hierarquicamente inferiores.
A Constituição de 1988 foi a primeira a tratar de forma destacada e direta a
questão em voga.
1824
Conforme Milaré, a Constituição do Império, de 1824, não fez qualquer
referência direta à matéria, apenas cuidou da proibição de indústrias
contrárias à saúde do cidadão (art. 179, n. 24).
1891
Já o Texto Republicano de 1891 atribuía competência legislativa à União
para legislar sobre as suas minas e terras (art. 34, n. 29).
1934
Contudo, houve um retrocesso na Constituição de 1934, que dispensou
proteção às belezas naturais, ao patrimônio histórico, artístico e cultural (arts.
10, III, e 148) e conferiu à União competência em matéria de riquezas do
subsolo, mineração, águas, florestas, caça, pesca e sua exploração (art. 5º,
XIX, j).
1937
A Carta de 1937 retomou a preocupação com a proteção dos monumentos
históricos, artísticos e naturais, bem como das paisagens e locais
especialmente dotados pela natureza (art. 134). 
 
Incluiu entre as matérias de competência da União legislar sobre minas,
águas, florestas, caça, pesca e sua exploração (art. 16, XIV) e cuidou ainda
da competência legislativa sobre subsolo, águas e florestas no art. 18, ‘a’ e ‘e’,
onde igualmente tratou da proteção das plantas e rebanhos contra moléstias e
agentes nocivos. 
 
Torna-se visível, dessa forma, o longo processo histórico necessário até a
nova 
Carta Magna.
1988
Portanto, a partir da Constituição Federal de 1988, o meio ambiente
passou a ser tido como um bem tutelado juridicamente. 
 
Para José Afonso da Silva, essa Constituição foi a primeira a tratar
deliberadamente da questão ambiental, trazendo inclusive, mecanismos para
sua proteção e controle, sendo tratada por alguns como Constituição Verde. 
 
A matéria é tratada em diversos títulos e capítulos. 
 
O Título VIII (Da Ordem Social), em seu Capítulo VI, no art. 225, caput, diz: 
 
(...) todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações. 
 
A Constituição tem 22 artigos <galeria/aula3/anexo/a03_10_01.pdf>
que, direta ou indiretamente, referem-se ao Meio Ambiente.
 
O bem ambiental
 (Fonte: wk1003mike / Shutterstock)
O Direito Constitucional brasileiro criou uma nova categoria de bem: o bem
ambiental. Portanto, um bem de uso comum de todo povo, e, ainda, um bem
essencial à sadia qualidade de vida.
Esse bem é caracterizado por não ter um proprietário definido, ou melhor, não
é interesse de um particular apenas, mas também não é um bem público,
exclusivo do Estado.
 
Crimes Ambientais
São considerados crimes ambientais as agressões ao meio ambiente e seus
componentes (flora, fauna, recursos naturais, patrimônio cultural) que
ultrapassam os limites estabelecidos por lei.
Ou ainda, a conduta que ignora normas ambientais legalmente estabelecidas,
mesmo que não sejam causados danos ao meio ambiente.

Exemplo
No primeiro caso, podemos citar uma empresa que gera emissões
atmosféricas.
De acordo com a legislação federal e estadual específica, há uma certa
quantidade de material particulado e outros componentes que podem ser
emitidos para a atmosfera.
Assim, se essas emissões (poluição) estiverem dentro do limite
estabelecido não serão consideradas como um crime ambiental.
No segundo caso, podemos considerar uma empresa ou atividade que
não gera poluição ou, ainda, que gera poluição, porém, dentro dos
limites estabelecidos por lei, mas que não possui licença ambiental.
Nesse caso, embora ela não cause danos ao meio ambiente, está
desobedecendo uma exigência da legislação ambiental e, por isso, está
cometendo um crime ambiental passível de punição por multa e/ou
detenção de um a seis meses.
Da mesma forma, pode ser considerado crime ambiental a omissão ou
sonegação de dados técnico-científicos durante um processo de
licenciamento ou autorização ambiental. Ou, ainda, a concessão por
funcionário público de autorização, permissão ou licença em desacordo
com as leis ambientais.
 (Fonte: Roman Mikhailiuk / Shutterstock)

Saiba mais
Tipos de Crimes Ambientais:
A Lei de Crimes Ambientais, ou Lei da Natureza (Lei Nº 9.605 de
13 de fevereiro de 1998)
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9605.htm> ,
classifica os crimes ambientais.
 
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA)
A PNMA vem disciplinada pela Lei nº 6.938, de
31 de agosto de, e foi recepcionada pela
Constituição Federal de 1988.
É a referência mais importante na proteção ambiental e dá efetividade ao
artigo Constitucional 225.
O Direito que está preceituado neste artigo é referente ao meio ambiente
equilibrado simultaneamente ao dever de responsabilidade, quando uma
atividade gerar dano ambiental.
Portanto, esse dispositivo Constitucional, regulador do meio ambiente,
determina o não uso indiscriminado de determinado bem, quando sua
utilização colocar em risco o equilíbrio ambiental.
A ação governamental objetiva a manutenção do equilíbrio ecológico, sendo
certo que o meio ambiente é um patrimônio público de uso coletivo e deve ser
necessariamente protegido.

Atenção
Por isso é que a preservação, a recuperação e a revitalização do meio
ambiente há de constituir uma preocupação do Poder Público e,
consequentemente, do Direito, porque ele forma a ambiência na qual se
move, desenvolve, atua e expande a vida humana.
O objetivo da PNMA é regulamentar as várias atividades que
envolvam o meio ambiente, para que haja preservação, melhoria
e recuperação da qualidade ambiental, tornando favorável a
vida, assegurando à população condições propícias para seu
desenvolvimento social e econômico.

Esses objetivos para serem atingidos devem ser
orientados por princípios, fundamentais na busca da
proteção ambiental, conforme descrito a seguir.
Dentre as regulações contidas na Lei n.º 6.938/81, em seu artigo 2º, temos
os princípios orientadores na busca do cumprimento de seus objetivos,
elencados em seus incisos que são os seguintes:
Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,
atendidos os seguintes princípios:
I – ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando
o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente
assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; 
II – racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; 
III – planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; 
IV – proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; 
V – controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente
poluidoras; 
VI – incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso
nacional e a proteção dos recursos ambientais; 
VII – recuperação de áreas degradadas; 
VIII – proteção de áreas ameaçadas de degradação; 
IX – educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do
meio ambiente.
SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente
SNVS - Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
SUASA - Sistema Único de Atençãoà Sanidade Agropecuária
SINMETRO - Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial
Já haviam sido estabelecidos princípios globais nas conferências de Estocolmo
1972 e na ECO 92, porém, na Política Nacional do Meio Ambiente, são
declarados princípios específicos e concernentes à realidade brasileira.
Para ampliar as regulações e a harmonização do alcance dos objetivos da
PNMA, o artigo 4º, da Lei n.º 6.938/81, determina que a Política Nacional do
Meio Ambiente visará:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; 
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à
qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de
normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; 
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas
para o uso racional de recursos ambientais; 
V - a difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de
dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública
sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio
ecológico; 
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; 
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou
indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de
recursos ambientais com fins econômicos.
Tendo em vista esses princípios e objetivos, para adequação aos processos
globais, foi necessária a criação de diversos órgãos relacionados ao Meio
Ambiente e edição de legislação a respeito.
Dentre os órgãos criados é fundamental mencionar o Sistema Nacional do
Meio Ambiente (SISNAMA), que estudaremos a partir de agora.
 
Criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA)
Conforme mencionado anteriormente, por meio da edição da Lei nº 6.938/81,
da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), foi criado o Sistema Nacional
do Meio Ambiente (SISNAMA).
O objetivo desse órgão é o estabelecimento de padrões que possibilitem o
desenvolvimento sustentável, utilizando mecanismos e instrumentos que
possam conferir maior proteção ao meio ambiente.
O SISNAMA é constituído por órgãos e entidades
da União, Estados, Distrito Federal e Municípios
e por Fundações instituídas pelo Poder Público,
responsáveis pela proteção e melhoria da
qualidade ambiental.
Esses órgãos estão elencados na Lei da Política Nacional do Meio
Ambiente <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm> ,
em seu artigo 6º e incisos.
A atuação desse conselho se fará por uma articulação coordenada dos órgãos
e entidades, colhendo informações dos setores interessados, incluindo-se a
opinião pública, para a formulação de uma posição comum ou de maioria.
O destino final dos órgãos é cumprir o princípio maior presente da
Constituição Federal e nas normas infraconstitucionais, nas diversas esferas
da Federação.
A atuação desse conselho se fará por uma articulação coordenada dos órgãos
e entidades, colhendo informações dos setores interessados, incluindo-se a
opinião pública, para a formulação de uma posição comum ou de maioria.
O destino final dos órgãos é cumprir o princípio maior presente da
Constituição Federal e nas normas infraconstitucionais, nas diversas esferas
da Federação.
O conjunto de instituições de diversos níveis do Poder Público que fazem parte
do SISNAMA está incumbido da proteção ao meio ambiente, constituindo a
grande estrutura institucional da gestão ambiental.
Por meio dessas instituições e dos institutos administrados pelo Poder Público,
procuram compatibilizar as ações humanas com exigências de ordem física,
biológica, social e outras, de modo que a qualidade de vida dos cidadãos seja
apropriada.
Dessa forma, procura estabelecer níveis de qualidade de elementos que
atendam às determinadas funções, com o propósito de serem recepcionados
pela sociedade.
Assim, a Política Nacional do Meio Ambiente instituiu o SISNAMA e delimitou
seus fins e mecanismos de aplicação, objetivando estabelecer padrões que
tornem possível o desenvolvimento sustentável por intermédio de
instrumentos que possam dar ao meio ambiente a maior proteção possível.

Saiba mais
Para que esses objetivos sejam alcançados, foi necessária a criação de
instrumentos que visem o seu cumprimento, frisando que não podem ser
confundidos com aqueles instrumentos materiais contidos na
Constituição Federal (artigo 225), mas devem compatibilizar-se com os
instrumentos processuais, legislativos ou administrativos.
Atividade
1. A Lei N.º 9.605, de 13 de fevereiro de 1998, refere-se:
 a) À Lei de Crimes Ambientais.
 b) Ao novo Código Florestal Brasileiro.
 c) Às Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde Ocupacional.
 d) Ao Protocolo de Kyoto.
 e) Ao Estatuto das Cidades.
2. Sobre a Agenda 21 podemos afirmar:
 a) A Agenda 21 corresponde aos instrumentos fundamentais do
Estatuto das Cidades e a política de uso e ocupação do solo urbano
Brasileiro.
 b) A Agenda 21 brasileira é um processo e instrumento de
planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável e que
tem como eixo central a sustentabilidade, compatibilizando a
conservação ambiental, a justiça social e o crescimento econômico.
 c) A Agenda 21 instituiu o SISNAMA e delimitou seus fins e
mecanismos de aplicação, objetivando estabelecer padrões que tornem
possível o desenvolvimento sustentável por intermédio de instrumentos
que possam dar ao meio ambiente a maior proteção possível.
 d) A Agenda 21 é formada por um conjunto de instituições de diversos
níveis do Poder Público, que estão incumbidos da proteção ao meio
ambiente e constituem a grande estrutura institucional da gestão
ambiental.
 e) Todas as afirmativas acima estão amplamente relacionadas à
Agenda 21.
3. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a
preservação, a melhoria e a recuperação da qualidade ambiental
propícia à vida, visando assegurar, no país, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os
seguintes princípios, EXCETO:
 a) Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,
considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser
necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo.
 b) A racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar.
 c) O planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais.
 d) A proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas
representativas.
 e) A PNMA é o próprio Estatuto das Cidades e deve ser implementado
apenas para Municípios com mais de 20.000 habitantes.
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado
Federal, 1988.
MILARÉ, E. Direito do Ambiente. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
SILVA, J. A da. Direito Ambiental Constitucional. 4. ed. São Paulo: Malheiros,
2004.
Próximos Passos
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – Portaria 3.214, de 08 de junho
de 1978;
Riscos ocupacionais abordados pelo PPRA – Físicos, Químicos e Biológicos;
Etapas estabelecidas pelo PPRA: Antecipação – Reconhecimento – Avaliação e
Controle;
Principais questões relacionadas à Higiene Ocupacional para o entendimento do
PPRA.
Explore mais
Leia o texto:
“Crimes Ambientais”. <https://www.portalsaofrancisco.com.br/meio-
ambiente/crimes-ambientais> ;
Depois, assista aos seguintes vídeos:
“Direito Ambiental em questão”.
<https://www.youtube.com/channel/UCjcHidyqaaxuanGVKcas1GQ>;
“Legislação Ambiental: Proteção ambiental, conceito e princípios
jurídicos”. <https://www.youtube.com/watch?v=4umNYztQwys> ;

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