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caso concreto 2 em pdf

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Discente: Camila Paes Burger 
Matricula: 20190265508-7 
 
HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0256 
Título 
Caso Concreto 2 
Descrição 
O Foral de Olinda de 1537 é o documento histórico mais antigo relativo à cidade e elevou o 
povoado de Olinda à condição de Vila, estabelecendo seu patrimônio público, bem como um 
plano de ocupação territorial. Foi produzido pelo primeiro capitão donatário de Pernambuco 
(Duarte Coelho) aos povoadores e moradores, cedendo o direito de uso da terra, mas sem 
transferir sua propriedade. Ainda hoje a Prefeitura Municipal se utiliza do documento para 
fundamentar a cobrança de foro anual e também de laudêmio. Inconformado, José, morador 
em terreno passível de cobrança, afirma que no Brasil não se reconhece um documento com 
quase cinco séculos de existência, além do que os forais não possuem força jurídica. 
Diante da informação acima, pesquise e responda: 
a) o que é uma Carta Foral? 
R: O foral ou carta de foral era o diploma concedido pelo rei, ou por um senhorio laico ou 
eclesiástico, à determinada terra, contendo normas que disciplinam as relações dos povoadores 
e destes com a entidade outorgante. Constitui a espécie mais significativa das chamadas cartas 
de privilégio. No Brasil, o foral ou carta foral fixava os direitos e deveres dos donatários, relativos 
a exploração das terras. 
 
b) Com que fundamento o Município de Olinda continua cobrando o foro anual e 
laudêmio? 
R: O Foral de Olinda confere à povoação o título de Vila e estabelece o seu patrimônio público. 
Entretanto, não possui a forma dos forais manuelinos e afasta-se dos modelos textuais 
existentes, apresentado-se como uma carta de doação por não possuir no seu conteúdo a 
definição dos limites do Termo da Vila, as normas judiciais e penais e a carga fiscal imposta aos 
moradores. A Carta Foral de Olinda, se encontra em todo o seu gozo, em face de preencher 
todos os preceitos exigidos por Lei. A Prefeitura de Olinda, na qualidade senhorial, ou seja, 
proprietária e administradora do patrimônio da antiga Vila são asseguradas pelo direito à 
propriedade, pela irretroatividade das leis e pelos três alicerces jurídicos básicos: Ato jurídico 
perfeito, direito adquirido e a coisa julgada. Ou seja, é uma doação pura e simples, sem qualquer 
restrição e nenhum ato inequívoco o derrogou, nem tampouco se processou a anexação aos 
bens da União, pela via expropriatória.

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