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Portifolio Módula A fase I 2019 nota 100

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SIMÕES DUQUE, Dayane. RU 1312896
	EVARISTO FRANÇA, Fábio. RU 2144172
FRANCISCO SOARES, Joatan. RU 2146605
RODRIGUES MELO, Sálua. RU 2139873
Polo Ipatinga.
Roteiro de análise de livro didático
	Referência da publicação: 
D’ESCRAGNOLLE TAUNAY, Alfredo e MORAES, Dicamôr. História do Brasil. São Paulo: COMPANHIA EDITORA NACIONAL, 1958. 3º ano colegial.
	INTRODUÇÃO:
O presente livro, dos autores Alfredo D’escragnolle Taunay e Dicamôr Moraes, publicado pela Companhia Editora Nacional, em 1958, nos traz o recorte temporal, buscando um pouco da década dos anos 50, da consolidação da guerra fria, criação da Petrobras, fim do governo de Getúlio Vargas, início do período do governo de Juscelino Kubitchek; vivido entre 1956 a 1961, traçado pelo plano desenvolvimentista, fazer o país crescer 50 anos em 5 anos. E um de seus planos era o desenvolvimento industrial e tecnológico, o que necessitava de uma mão de obra qualificada, e para atender essa demanda de mão de obra foi preciso atrelar a educação com o desenvolvimento industrial, ou seja, a criação de cursos profissionalizantes tecnicistas. Esse foi também, um período de grande explosão cultural, o tão conhecido “Anos Dourados” Consolidava-se a chamada sociedade urbano-industrial, sustentada por uma política desenvolvimentista que se aprofundaria ao longo da década, e com ela um novo estilo de vida, difundido pelas revistas, pelo cinema - sobretudo norte-americano - e pela televisão, introduzida no país em 1950; As populares radionovelas, por exemplo, tinham como complemento propagandas de produtos de limpeza e toalete. Esses são alguns dos contextos históricos e sociais que o país se encontrava no momento da publicação do livro.
	ANÁLISE DO LIVRO ESCOLAR:
 O livro escolhido para a realização do trabalho foi História do Brasil para o terceiro ano colegial publicado pela Companhia Editora Nacional fundada em 1925 por Monteiro Lobato, voltada para a produção de livros didáticos. Não sabemos ao certo em que ano foi publicada a primeira edição, o livro analisado é a 5ª edição que foi publicada em 1958, não conseguimos verificar se houve e quais foram às mudanças que ocorreram de uma edição para outra; a bibliografia é apresentada em notas de rodapé. Os autores do livro são Alfredo D’Escragnolle Taunay e Dicamôr Moraes eles não tinham uma visão linear, apresentavam textos analíticos dos episódios apoiando-se em citações de outros autores, seguindo os princípios metodológicos da época.
Entretanto, no que se refere ao processo de alfabetização escolar, em específico, há divergência de concepção acerca de seus pontos positivos e negativos, uma vez o “ensino de primeiras letras” era (quase) todo baseado no uso de cartilhas escolares em métodos tradicionais e conservadores de alfabetização. Assim uma pessoa alfabetizada é aquela que denomina as “primeiras letras”, isto é, que possui as habilidades básicas ou iniciais do ler e escrever.
FERRAMENTAS PEDAGOGICAS:
Livro: História do Brasil.
Este livro conta com boxe de resumo;
O livro contém indicações bibliográficas;
Usavam-se de estatísticas da época como recursos didáticos;
O livro não contem atividades.
Obs.: O autor viveu grande parte daquilo que escreveu (resumo didático)
	CONCLUSÃO:
Ao analisarmos o livro didático História do Brasil de Alfredo D’escragnolle Taunay e Dicamôr Moraes, 1958, percebemos uma riqueza de detalhes pouco comum nos livros de História atuais. Ao enveredarmos por suas páginas descobrimos estatísticas e informações bem detalhadas, referências bibliográficas com nomes de grandes autores que fazem parte de uma elite intelectual nacional, como Gilberto Freyre e citações de seu livro “Casa Grande & Senzala”, Caio Prado Júnior: “Evolução Política do Brasil” e Sérgio Buarque de Holanda, abordados em cada tópico do livro. Este livro didático faz parte de uma série de reedições, da primeira a quinta edição para ser mais exato, onde foi adotado em escolas de renome nacional, como Colégio Pedro II (Rio de Janeiro) e Colégio São Luís (São Paulo), colégios que influenciaram as demais escolas particulares de todo Brasil, com suas diretrizes pedagógicas e atuando em conjunto com o Ministério da Educação e Cultura, ajudaram a formular programas, em conformidade com as portarias nº 966, de 02/10/1951 e 1045 de 14/12/1951.
As reformas e programas das portarias citados no texto, tem como características, os processos de regulação social, e frequentemente mobilizada como meio de usar a escola para mudar o modo como as pessoas pensam a si mesmas, a sociedade e a História. Procurando criar uma identidade nacional e um orgulho Patriótico, valores almejados para com a juventude intelectual daquela época.
Quanto ao trato das questões técnicas editoriais deste exemplar, percebemos a ausência de ilustrações, bem como a escassez de recursos didáticos, mas que nada empobrecem a obra, pois percebemos se tratar de um trabalho com características analíticas de cada assunto abordado, levando o aluno a aguçar suas análises e pensamento crítico em questão, com a opinião dos autores bem como as referências bibliográficas.

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