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Botânica das criptógamas 
Unidade III – Questão 2 
 
 
 
Resposta correta: alternativa D. 
 
Introdução teórica – Aspectos da evolução foliar. 
As plantas vasculares surgiram no período Siluriano, há cerca de 400 milhões de 
anos. O registro fóssil indica que as primeiras dessas plantas possuíam caules 
ramificados sem folhas. Estruturas semelhantes a folhas evoluíram 
posteriormente nesse grupo vegetal em pelo menos duas ocasiões diferentes, 
resultando nos micrófilos e megáfilos encontrados nas plantas atuais. As folhas 
micrófilas são típicas das licófitas (licopódios e seus parentes) e as folhas 
megáfilas, das eufilófitas (samambaias, gimnospermas e angiospermas). Os 
micrófilos são tipos de folhas pequenas e raramente possuem mais de um feixe 
vascular. Acredita-se que esse tipo de folha teve sua origem evolutiva como 
esporângios estéreis (figura 1A). Por sua vez, os megáfilos, folhas maiores e 
mais complexas, devem ter surgido do achatamento de um sistema de 
ramificação caulinar, acompanhado pelo desenvolvimento de tecido 
fotossintetizante (figura 1B). Os primeiros megáfilos, surgidos no período 
Devoniano, não eram folhas muito grandes. Foi somente no período Carbonífero, 
após 50 milhões de anos transcorridos desde esse surgimento, que os grandes 
megáfilos tornaram-se comuns. Muitos pesquisadores surpreendem-se com o 
fato de ter se passado tanto tempo desde a origem dos primeiros megáfilos de 
pequeno porte até o estabelecimento de megáfilos maiores e, portanto, mais 
capazes de realizar fotossíntese. Explicações para essa relativa demora têm sido 
elaboradas por algumas teorias. 
 
 
 
 
Análise das alternativas: 
 
A – Alternativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Não faz sentido supor que o aparecimento de insetos e 
pássaros tenha servido como pressão seletiva para o aumento de tamanho das 
folhas. Esses animais certamente exerceram pressões seletivas sobre a 
evolução de flores e frutos, uma vez que são importantes organismos 
polinizadores e dispersores de sementes. 
 
B – Alternativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Os fotossistemas I e II são grupos moleculares existentes na 
membrana do tilacoide e são impulsionados pela luz. Esses fotossistemas 
consistem basicamente de moléculas de clorofila e pigmentos acessórios. O 
fotossistema I usa energia da luz pra reduzir NADP+ a NADPH + H+, enquanto o 
fotossistema II usa energia da luz para oxidar moléculas de água, gerando 
elétrons, prótons H+ e O2. Esses dois fotossistemas agem conjuntamente para 
que ocorram as reações de transporte não cíclico de elétrons da água para o 
NADP+ durante a fotossíntese. Sendo assim, o aparecimento evolutivo do 
fotossistema II representou um importante avanço bioquímico para o processo 
fotossintético, e não uma pressão seletiva que tenha resultado no aumento da 
área foliar. O termo “pressão seletiva” refere-se a desafios ambientais que 
dirigem o processo de seleção natural e adaptação das espécies e o 
fotossistema II certamente não pode ser assim considerado. 
 
 
C – Alternativa correta. 
JUSTIFICATIVA. A redução da concentração de CO2 atmosférico pode ser 
considerada uma pressão seletiva para as plantas, uma vez que esse gás é 
essencial para a realização da fotossíntese. Nas folhas o CO2 é captado pelos 
estômatos que se encontram distribuídos pela superfície. Se imaginarmos um 
período em que tenha havido uma queda considerável da disponibilidade de 
CO2, os vegetais que apresentassem folhas de superfície mais ampla seriam 
naturalmente selecionados, pois uma superfície mais ampla implicaria uma maior 
quantidade de estômatos captadores de CO2. Conforme mencionado no 
enunciado da questão, houve de fato um aumento na quantidade de estômatos 
nas folhas há 340 milhões de anos. O mais interessante é que também no 
mesmo período, houve de fato uma queda nas taxas atmosféricas de CO2. 
Estudos paleontológicos revelaram essa simultaneidade entre a menor 
disponibilidade de gás carbônico e o aumento da superfície foliar nas plantas 
vasculares, sugerindo a interdependência evolutiva desses dois eventos (figura 
2). 
 
 
 
 
D – Alternativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O Pleistoceno, juntamente com o Holoceno, é uma época do 
período geológico atual, o Quaternário. Foi realmente uma época marcada por 
glaciações periódicas, como descreve a alternativa. No entanto, essa glaciação 
não pode ter se constituído em pressão seletiva que resultou no aumento da 
superfície das folhas das plantas vasculares, pois esses dois eventos são 
separados no tempo geológico por vários milhões de anos. Enquanto o aumento 
da superfície foliar data de 340 milhões de anos, as glaciações pleistocênicas 
tiveram início há somente 1,8 milhões de anos. Vale lembrar que o Pleistoceno 
 
foi a época de surgimento dos humanos modernos, um dos eventos mais 
recentes da história de nosso planeta. 
 
E – Alternativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. A luz solar que incide sobre a superfície das folhas é um 
elemento essencial para realização da fotossíntese. Plantas de folhas mais 
largas são mais eficientes na captação de luz solar. Porém, o aumento da 
incidência de radiação solar não pode ser considerado uma pressão seletiva que 
teria levado a um aumento da superfície foliar, pois, como já discutido 
anteriormente, “pressão seletiva” é um desafio imposto pelo ambiente. Um 
aumento da incidência de radiação solar definitivamente não seria uma 
dificuldade que direcionaria o processo adaptativo em questão, e sim uma 
facilidade que, por não induzir a ocorrência de seleção natural, permitiria a 
sobrevivência não só de plantas de folhas largas, mas também daquelas de 
folhas estreitas. A afirmação estaria correta se mencionasse uma possível 
redução da incidência de radiação solar.

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