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Unidade III ESTUDOS REGIONAIS DO BRASIL (SE, S) Prof. Fernando Ribeiro Crescimento das cidades A era da globalização é a era das cidades. Elas ampliam sua importância e crescem de acordo com as condições gerais de produção no capitalismo global. Nesta fase, a produção se internacionaliza e cada cidade exercerá uma hierarquia de acordo com sua função na divisão geral da produção. Cidade globais são, neste sentido, aquelas que exercem o maior grau de influência econômica e são as sedes das grandes corporações industriais e financeiras. Exemplos: Nova Iorque (EUA), Londres (Inglaterra), Tóquio(Japão). Crescimento das cidades Cidade globais diferem de megacidades, caracterizadas segundo a dimensão demográfica do aglomerado urbano (no caso, cidades com mais de 10 milhões de habitantes). Exemplos: São Paulo (Brasil), Cidade do México, Xangai (China), Moscou (Rússia). Megacidades se formam, em geral, da expansão acelerada de núcleos menores até a consequente junção ou unificação da malha urbana, processo denominado de conurbação. O novo núcleo urbano unificado, agora maior, se integra dentro uma região urbana em constante intercâmbio de fluxos (pessoas, mercadorias, informações) com outros núcleos. Crescimento das cidades Tais relações entre cidades formam uma rede urbana interligada, cuja importância se realiza de acordo com o grau de especialização das atividades econômicas e pelo grau de influência que exercem sobre outras. Uma megalópole é, dessa forma, expressão de uma rede urbana de grande adensamento demográfico, polarizada por grandes metrópoles conurbadas. As cidades dessa rede apresentam forte integração econômica e as áreas agrícolas são altamente influenciadas pelo meio urbano, em geral, de produção intensiva, com alta mecanização. Crescimento das cidades Megalópoles são, portanto, o grau mais elevado de desenvolvimento urbano e apresentam uma escala regional. Principais exemplos são: Boston-Washington (Boswash), Toquio-Osaka (Tokkaido), Chigaco-Pittsburh (Chipitts). Crescimento das cidades – megalópole Boswash Fonte: Google Maps. Crescimento das cidades – megalópole Tokkaido Fonte: Google Maps. Interatividade Após a década de 50, verifica-se, no processo de urbanização de algumas regiões do mundo, a formação de megalópoles. Sobre esse tipo de região urbana, é incorreto afirmar que: a) está associado às características do processo de urbanização típico dos países desenvolvidos, sem condições de ocorrência nos países subdesenvolvidos. b) apresenta uma grande área de conurbação, cuja constituição é orientada pelos eixos de crescimento das principais cidades da região. c) ocorre em espaços onde se verificam fluxos intensos, decorrentes do dinamismo das atividades produtivas e de distribuição, entre outras. Interatividade d) foi identificado primeiramente nos EUA, mas atualmente é encontrado em outras áreas do mundo, notadamente em países da Europa e no Japão. e) o Brasil possui uma megalópole em formação, em área que engloba as regiões metropolitanas de Campinas, São Paulo, Baixada Santista e do Rio de Janeiro, bem como de aglomerados urbanos do vale do Paraíba. Megalópole brasileira Considera-se que há uma megalópole em formação no Brasil. Envolve a RM do Rio de Janeiro, o vale do Paraíba fluminense e paulista, a RM de São Paulo, Baixada Santista e Campinas. Concentra 23% da população brasileira e 60% de toda a produção industrial do país. Megalópole brasileira A concentração urbana nessa região pode ser sintetizada de acordo com um processo de formação territorial baseado nos períodos: 1) Fim do século XIX e começo do XX: cafeicultura. 2) Entre 1930 e 1980: industrialização, abertura de rodovias, urbanização. Neste momento se formam os principais aglomerados metropolitanos, a chamada metropolização (RJ e SP). Começa a se consolidar a chamada macrometrópole paulista, formada pelas RMs de São Paulo, Baixada Santista, Campinas, Sorocaba, entre outras, assim como a RM do Rio de Janeiro. Megalópole brasileira Fonte: Google Maps. Megalópole brasileira A macrometrópole paulista resulta de uma ampla integração econômica e social entre diferentes metrópoles. Região onde concentram-se capitais, pessoas e informações dentro de uma rede urbana de forte intercâmbio. Esta região e a RM do Rio de Janeiro são centros de irradiação dos fluxos globais no Brasil e eixos de influência cultural e econômica. Contudo, ambas não constituem ainda a megalópole brasileira, em função da inexistência de uma mancha urbana contínua e efetivamente integrada entre as duas regiões. Megalópole brasileira 3) A partir da década de 1980: desconcentração industrial e urbana, desmetropolização. Queda no crescimento metropolitano cede lugar ao crescimento das cidade médias. Fatores dessa mudança: intensificação dos problemas urbanos, alto custo de produção industrial, melhorias das infraestruturas das cidade médias. A formação da megalópole depende, portanto, da inserção das cidades do Vale do Paraíba no complexo urbano-industrial da macrometrópole e da RM do Rio de Janeiro. Interatividade No Brasil, em decorrência do processo de urbanização, verificou-se uma intensa metropolização, da qual resultaram: a) cidades médias, que se industrializaram após a abertura econômica da década de 1990, como Campinas e Ouro Preto. b) metrópoles nacionais, sedes do poder econômico e político do país, como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. c) cidades mundiais, que receberam vultosos investimentos externos no início do século XXI, como Belo Horizonte e Rio de Janeiro. d) megacidades dispersas pelo país, graças ao retorno de imigrantes, como Manaus, Goiânia e Curitiba. e) metrópoles regionais, que constituem a primeira megalópole do país, como Fortaleza, Recife e Salvador. O espaço paulista – relevo Apresenta quatro compartimentos caracterizados segundo a forma e o tipo de rocha. 1. Planície litorânea: estreita, formada por sedimentação flúvio-marinha. 2. Planalto Atlântico: constituído por rochas cristalinas, apresenta forma que associa serras escarpadas até as leves ondulações do relevo de mares de morros. 3. Depressão Periférica Paulista: sedimentar, levemente mais rebaixada que o Planalto Atlântico. O espaço paulista – relevo 4. Planalto Arenito-Basáltico: alterna rochas sedimentares (arenitos) com derrames vulcânicos (basaltos). Apresenta as maiores altitudes do estado. Fonte: Ab’Saber. NA. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo O espaço paulista – clima Predomina 3 padrões climáticos fundamentais: 1) Tropical Continental: verão chuvoso e inverno seco, com menor amplitude térmica anual. Ocorre no litoral e no oeste paulista. 2) Tropical de Altitude: verão chuvoso e inverno seco, com maior amplitude térmica anual. Ocorre nas regiões serranas, no leste e no centro do estado. 3) Subtropical: chuvas regulares ao longo do ano, com grande amplitude térmica. Predomina no Sul, próximo da faixa litorânea. O espaço paulista – clima Fonte: Slideshare, Climas do Brasil. O espaço paulista – vegetação No litoral, predominam vegetações sob influência do ecossistema marinho: Mangues e Restingas. No entanto, em todo o estado, o clima tropical favorecerá o surgimento de vegetação higrófila, perenifóliae densa. Trata-se do domínio da Mata Atlântica. Ela apresentará diferenças de acordo com o nível de umidade e com o relevo: a) encostas e Planalto Atlântico: floresta exuberante, com espécies perenes, densa; b) domínios de interior: floresta de menor desenvolvimento, espécie semidecíduas. O espaço paulista – vegetação Manguezal. Fonte: Portal do Ministério do Meio Ambiente. O espaço paulista – vegetação Restinga. Fonte: Portal do Ministério do Meio Ambiente. O espaço paulista – vegetação Mata Atlântica. Fonte: Portal SOS Mata Atlântica. O espaço paulista – hidrografia Hidrografia composta por rios da bacia do Paraná (Tietê, Paranapanema, Grande) e da bacia do Atlântico Sudeste (Paraíba do Sul, Ribeira do Iguape). Rios perenes e com drenagem exorreica. Rios que funcionam como importantes hidrovias de carga (Tietê-Paraná) e cujo potencial hidráulico possibilita a produção de energia. Principais usinas: Ilha Solteira, Barra Bonita. O espaço paulista – hidrografia Fonte: IBGE. Interatividade As enchentes e a degradação dos mananciais constituem parte dos problemas relativos à água na Grande São Paulo. Entre as causas seguintes, assinale a única falsa. a) A impermeabilização urbana faz subir o nível médio dos lençóis freáticos. b) Os rios Tietê, Pinheiros e a represa Billings são utilizados para o despejo de esgotos domésticos. c) A bacia hidrográfica do Alto Tietê apresenta relevante impermeabilização. d) Há uma intensa urbanização em antigas planícies de inundação fluvial. e) Há urbanização em áreas incluídas na lei de Proteção aos Mananciais. O espaço paulista – urbanização e economia A rede urbana paulista se configura em dois eixos principais: a) Eixo Leste: formado pela macrometrópole paulista, área de intensa urbanização cujo núcleo aponta para a RM de São Paulo e outros subnúcleos menores. Concentra 73% da população e é responsável por 83% do PIB do estado. Fonte: Emplasa, 2012. O espaço paulista – urbanização e economia Fonte: Emplasa, 2012. O espaço paulista – urbanização e economia b) Eixos Central e Oeste: formado por aglomerados urbanos compostos por cidades médias em franco crescimento, em função da interiorização da urbanização. Exemplos: Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Araraquara, Araçatuba, Bauru e Presidente Prudente. O espaço paulista – urbanização e economia RM de São Paulo: 39 municípios, apresenta serviços com alta diversificação e especialização. Centro político do estado, é também o núcleo gerencial e administrativo de grandes empresas que atuam no país. Fonte: Emplasa, 2012. O espaço paulista – urbanização e economia O estado de São Paulo é responsável por 32% da riqueza nacional, em que: 69% provém do setor de serviços, 29% do setor industrial e 2% da agropecuária. Sua participação vem caindo em relação aos outros estados da federação, conforme novas atividades se interiorizam. Na agropecuária, destacam-se dois sistemas principais: a) agroindústria de exportação, praticada no Meio-Oeste e Oeste: carne bovina, cana-de-açúcar, café e laranja. O espaço paulista – urbanização e economia b) policultura voltada ao mercado interno, praticada nos Vales do Paraíba e Ribeira, no entorno das grandes metrópoles, Serra da Mantiqueira: horticultura, frutas, avicultura, pecuária leiteira. A indústria mais diversificada do país, fortemente vinculada aos mercados nacionais e, em alguns setores, ao mercados globais. O estado consolida sua matrizes tradicionais e modernas, além de desenvolver o setor de alta tecnologia. As principais regiões industrias do Estado são: O espaço paulista – urbanização e economia a) RM de São Paulo: automobilísticas (Grande ABC), química, autopeças, diversos setores tradicionais, como vestuários e alimentos. b) Vale do Paraíba: aeroespacial, automobilística, têxtil e química. c) RM de Campinas e Piracicaba: informática, petroquímica e de biotecnologia. Interatividade Observando o mapa e os dados, pode-se afirmar que: a) o fato de o município principal ter mais da metade da população da região metropolitana deve-se ao fato de ele possuir também mais da metade do território. Fonte: Emplasa Interatividade b) as maiores densidades demográficas se encontram nas áreas que mais se afastam do município principal. c) a maior concentração populacional no município de São Paulo deve-se à sua condição de centro geométrico da região metropolitana. d) nas estatísticas internacionais, quando se afirma São Paulo como uma das maiores metrópoles do mundo, não se está referindo apenas ao município principal. e) a região metropolitana de São Paulo é a mais densamente povoada do Brasil, em razão de ser composta por vários municípios. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Crescimento das cidades Crescimento das cidades Crescimento das cidades Crescimento das cidades Crescimento das cidades – megalópole Boswash Crescimento das cidades – megalópole Tokkaido Interatividade Interatividade Resposta Resposta Megalópole brasileira Megalópole brasileira Megalópole brasileira Megalópole brasileira Megalópole brasileira Interatividade Resposta O espaço paulista – relevo O espaço paulista – relevo O espaço paulista – clima O espaço paulista – clima O espaço paulista – vegetação O espaço paulista – vegetação O espaço paulista – vegetação O espaço paulista – vegetação O espaço paulista – hidrografia O espaço paulista – hidrografia Interatividade Resposta O espaço paulista – urbanização e economia O espaço paulista – urbanização e economia O espaço paulista – urbanização e economia O espaço paulista – urbanização e economia O espaço paulista – urbanização e economia O espaço paulista – urbanização e economia O espaço paulista – urbanização e economia Interatividade Interatividade Resposta Resposta Slide Number 42
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