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ESTUDOS DEMOGRÁFICOS ( CENSO, IDH, GINI, PEA, MIGRAÇÕES) - Unidade II

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Unidade II
5 ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO
5.1 Estrutura da população
Em 1980, data do 9° censo demográfico realizado no Brasil, havia um predomínio da população 
jovem, devido às elevadas taxas de natalidade. No entanto, o perfil etário da população brasileira tem 
apresentado significativas mudanças.
A taxa de natalidade brasileira, que já foi muito elevada, está sendo reduzida de maneira significativa 
nos últimos anos, o que vai refletir de maneira imediata na construção da pirâmide etária brasileira e, 
consequentemente, em sua observação.
A grande mudança no perfil demográfico brasileiro começa na década de 1950, quando há uma 
grande queda na taxa de mortalidade devido à melhoria das condições de vida da população. Essa 
melhoria acontece graças à vacinação, ao desenvolvimento de medicamentos como antibióticos e sulfas, 
ao aumento do acesso à água potável e ao saneamento básico. A partir da década de 1960, começa a 
ocorrer também a queda nas taxas de natalidade, como reflexo da diminuição da taxa de fecundidade 
(número de filhos por mulher em idade reprodutiva).
O Brasil era considerado um país subdesenvolvido jovem e, como tal, apresentou, até a 
década de 1980, a pirâmide etária típica de países nessa situação, ou seja, base larga e ápice 
estreito, indicando o predomínio de jovens e a pouca participação dos idosos no total da 
população. Contudo, a partir de 1990, houve uma mudança desse quadro, pois a população 
adulta passou a ser preodominante em relação à população jovem. Logo, a base da pirâmide 
sofreu um estreitamento.
Esse fenômeno ocorreu porque o Brasil passou a ser um país urbano‑industrial e, nestas condições, 
as taxas de natalidade são mais baixas em função do elevado custo de criação do indivíduo no meio 
urbano, entre outros fatores.
Nota‑se que as regiões de maior dinamismo econômico são justamente aquelas que apresentam 
maiores proporções de adultos, indicando fatores como menores taxas de natalidade ou mesmo a forte 
migração interna para essas áreas, pois a maior parte dos migrantes já são adultos e do sexo masculino.
5.2 Estrutura da população por gênero
Em relação à população brasileira, há um certo equilíbrio entre a população masculina e a 
feminina. Entretanto, de 1980 a 2006, aumentou a diferença de 50,3% da população feminina para 
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51,3%, tendo como fator principal o aumento da mortalidade de jovens do sexo masculino com 
idades entre 15 e 24 anos, resultante do aumento da violência nos últimos anos. A região Norte é a 
única com maioria masculina, pois é a área de atração populacional para os setores da mineração 
e da expansão da fronteira agropecuária, que empregam maior percentual de pessoas do sexo 
masculino. Já a região Sudeste, onde o setor de serviços é mais dinâmico, atrai grande contingente 
de população feminina, daí o seu maior percentual. Existem 95,9 homens para cada 100 mulheres, 
ou seja, existem mais 3,9 milhões de mulheres a mais que homens no Brasil. Em 2000, para cada 
100 mulheres, havia 96,9 homens. A população brasileira era composta por 97.342.162 mulheres e 
93.390.532 homens, em 2010.
No mesmo ano, os municípios com maior proporção de homens foram: Balbinos (SP), Pracinha (SP) e 
Lavínia (SP). Já entre os de maior proporção de mulheres em 2010 se destacam: Santos (SP), Recife (PE) 
e São Caetano do Sul (SP).
A expectativa de vida do brasileiro vem crescendo, o que reflete na melhoria geral das condições de 
vida e saúde no Brasil. O brasileiro atinge 74,5 anos de esperança de vida ao nascer. Entre 2000 e 2013, 
esse número cresceu 4,2 anos, com uma situação mais favorável para as mulheres.
 Saiba mais
Para saber mais sobre expectativa de vida, acesse:
CARDOSO, C. Expectativa de vida dos brasileiros sobe para 74,9 anos, diz IBGE. 
G1, Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2014. Disponível em: <http://g1.globo.
com/ciencia‑e‑saude/noticia/2014/12/expectativa‑de‑vida‑dos‑ 
brasileiros‑sobe‑para‑749‑anos‑diz‑ibge.html>. Acesso em: 2 dez. 2015.
As maiores expectativas de vida foram registradas em Santa Catarina (77,7 anos) e no Distrito Federal 
(77 anos). E a menor foi do Maranhão (69,4 anos).
5.3 Pirâmides etárias
Você sabe o que são, em Geografia, as pirâmides etárias ou de idades?
As pirâmides etárias são gráficos que retratam os sexos (o lado esquerdo da pirâmide representa 
as pessoas do sexo masculino, e o direito, as do sexo feminino) e principalmente as faixas de idade. A 
base da pirâmide representa a população jovem, a parte intermediária, os adultos, e o ápice ou topo 
representa os idosos.
Nos países jovens, a base dessa pirâmide é mais larga e o topo bem estreito, o que indica elevada 
proporção de jovens e reduzido número de idosos.
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As pirâmides de países subdesenvolvidos apresentam base larga, indicando grande número 
de jovens devido à alta natalidade, e ápice estreito, indicando o pequeno número de idosos e a 
baixa expectativa de vida. Um bom exemplo de pirâmide de país subdesenvolvido era a pirâmide 
do Brasil na década de 1970, que corresponde, na atualidade, a uma situação semelhante à da 
pirâmide da Bolívia.
Homens (%) Mulheres (%)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 99 8 7 6 5 4 3 2 1 0
> 85
Ano 2000
Ano 1950
Ano 2000
Ano 1950
80‑84
75‑79
70‑74
65‑69
60‑64
55‑59
50‑54
45‑49
40‑44
35‑39
30‑34
25‑29
20‑24
15‑19
10‑14
5‑9
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Bolívia
Figura 12 
A pirâmide etária brasileira vem apresentando mudanças significativas típicas de um país em situação 
final de transição demográfica. Até o início da década de 1980, a população brasileira caracterizava‑se 
por ser basicamente constituída por jovens, em consequência dos altos níveis de fecundidade e 
natalidade. A base da pirâmide etária mantinha‑se larga. A partir da década de 1980, porém, a situação 
alterou‑se: a base começou a estreitar‑se, o que continua até o momento com um estreitamento ainda 
maior, demonstrando o menor peso dos jovens no contingente total. Observe esses dois momentos 
representados nos gráficos a seguir.
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Homens Mulheres
1980 1991
Milhões
15 10 5 0 5 10 15
1996
80 anos e mais
75 a 79 anos
70 a 74 anos
65 a 69 anos
60 a 64 anos
55 a 59 anos
50 a 54 anos
45 a 49 anos
40 a 44 anos
35 a 39 anos
30 a 34 anos
25 a 29 anos
20 a 24 anos
15 a 19 anos
10 a 14 anos
5 a 9 anos
0 a 4 anos
População residente total, por sexo e grupos de idade - 1980/1996
Figura 13 
Homens Mulheres
2000 2010
Milhões
12 10 8 6 4 2 0 2 4 6 8 10 12
2020
80 anos e mais
75 a 79 anos
70 a 74 anos
65 a 69 anos
60 a 64 anos
55 a 59 anos
50 a 54 anos
45 a 49 anos
40 a 44 anos
35 a 39 anos
30 a 34 anos
25 a 29 anos
20 a 24 anos
15 a 19 anos
10 a 14 anos
5 a 9 anos
0 a 4 anos
Projeção preliminar da população - 2000/2020
Figura 14 
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A análise da sequência de nossa pirâmide mostra o aumento do número de idosos. Logo, a redução 
das taxas de mortalidade e o consequente crescimento do número de adultos e idosos significam 
aumento da expectativa de vida.
O Brasil e a Argentina são países que se assemelham em sua estrutura etária, pois ambos apresentam 
redução da basee ampliação do corpo e topo de suas pirâmides, caracterizando uma situação de etapa 
final do processo de “transição demográfica”.
Homens (%) Mulheres (%)
0 1 2 3 4 5 6 77 6 5 4 3 2 1 0
> 85
Ano 2000
Ano 1950
Ano 2000
Ano 1950
80‑84
75‑79
70‑74
65‑69
60‑64
55‑59
50‑54
45‑49
40‑44
35‑39
30‑34
25‑29
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Argentina
Figura 15 
De acordo com os dados representados nas pirâmides do Brasil e da Argentina, podemos observar o 
crescimento percentual de idosos enquanto o percentual de crianças sofre redução. Entre os municípios, o 
que tinha maior percentual de homens era Balbinos (SP). A cidade que tinha maior percentual de mulheres 
era Santos (SP). Em 2010, ainda existiam 23.760 brasileiros com mais de 100 anos, e a Bahia é o estado a 
contar com mais brasileiros centenários (3.525), seguida por São Paulo (3.146) e Minas Gerais (2.597).
A análise da composição da população brasileira, por sexo e idade, dos anos 1990, de 2013 e da projeção 
para 2050 permite afirmar que estamos vivendo um período denominado “janela demográfica” ou “bônus 
demográfico”. O número de pessoas em idade ativa (dos 15 aos 65 anos) é suficiente para sustentar o 
contingente de crianças e idosos. No futuro, pode ocorrer um desequilíbrio devido ao aumento de idosos.
A pirâmide etária, em 2050, mostrará um enorme contingente de idosos, uma redução do número de 
adultos, que era da ordem de 68% em 2013, para aproximadamente 64% em 2050, e um contingente 
reduzido do número de jovens. Observa‑se que esse envelhecimento da população exigirá do governo 
medidas como a adoção de políticas de apoio à população idosa. O sistema de previdência social 
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ESTUDOS DEMOGRÁFICOS (CENSO, IDH, GINI, PEA, MIGRAÇÕES)
deverá procurar recursos para sustentar uma população aposentada cada vez maior. O Estado deverá 
construir um sistema de saúde com hospitais para dar atendimento geriátrico adequado à população 
idosa. Para tanto, será necessária a formação de médicos, enfermeiros, cuidadores. Quanto aos idosos, 
deverão ser oferecidos cursos especiais para a terceira idade, não só como terapia, mas para possível 
reaproveitamento ativo dessa população.
 Saiba mais
Para saber mais sobre o tema idoso, leia:
BOSI, E. Memória & sociedade: lembrança de velhos. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1994.
BOSI, E. O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. São 
Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
As pirâmides do Canadá e EUA são típicas de países desenvolvidos, apresentando base estreita resultante 
da pequena participação de jovens em face das reduzidas taxas de natalidade. O corpo côncavo indica 
maior participação de adultos, enquanto o topo elevado e largo representa considerável participação 
de idosos em consequência da elevada expectativa de vida. Assim, os dois países completaram a fase da 
transição demográfica, na qual a tendência ao crescimento zero ou negativo começa a ser evidenciada.
A) 
Homens (%) Mulheres (%)
0 1 2 3 4 5 6 77 6 5 4 3 2 1 0
> 85
Ano 2000
Ano 1950
Ano 2000
Ano 1950
80‑84
75‑79
70‑74
65‑69
60‑64
55‑59
50‑54
45‑49
40‑44
35‑39
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Canadá
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B) 
Homens (%) Mulheres (%)
0 1 2 3 4 5 6 77 6 5 4 3 2 1 0
> 85
Ano 2000
Ano 1950
Ano 2000
Ano 1950
80‑84
75‑79
70‑74
65‑69
60‑64
55‑59
50‑54
45‑49
40‑44
35‑39
30‑34
25‑29
20‑24
15‑19
10‑14
5‑9
0‑4
EUA
Figura 16 
Um tema bastante debatido atualmente é relativo ao envelhecimento da população, pois o que 
está em jogo são os procedimentos para com esse grupo etário e sua qualidade de vida. Sabe‑se que a 
sociedade está vivendo mais, contudo, o mais importante é viver melhor.
Em celebração aos 50 anos da Unicamp e ao Dia do Idoso, a saber, 1º de outubro de 2015, realizou‑se 
um evento para celebrar o Dia da Pessoa Idosa.
Foram apresentadas no evento propostas para serem implementadas com a população idosa para 
desenvolver sua capacidade cognitiva, funcional e emocional. Uma das propostas foi apresentada 
através da pesquisa feita pelo Prof. Dr. Adriano Pasqualotti, da UFPF‑RS, intitulada Efeitos do uso 
das tecnologias de informação e comunicação nos índices de capacidade funcional e cognitiva em 
pessoas idosas. De acordo com o apresentado, as tecnologias contribuem para combater a exclusão, 
tornando‑se um espaço de socialização, influenciam no senso de comunidade e redefinem a experiência 
do envelhecimento com a ideia de compartilhamento. A pesquisa foi realizada tendo como ferramenta 
o uso do videogame, com finalidades práticas. Segundo constatado, esse exercício melhora as funções 
neuropsicológicas, através do desempenho ou treinamento virtual.
Foram apontados pelo professor fatores que podem ser avaliados através dos jogos virtuais, entre eles:
• melhoria do aprendizado;
• ganho físico;
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• melhoria da atenção;
• ganho na aprendizagem;
• medição do esforço (Escala Borg);
• desencadeamento de sentimentos;
• diferenciação entre o individual e o coletivo;
• interação social;
• ativação da memória.
Devemos ter presente que o envelhecimento em maior número de habitantes está ocorrendo em termos 
mundiais. No Brasil, não é diferente. Nosso país já apresenta um número considerável de pessoas com mais 
de 60 anos, o que os transforma em potenciais consumidores sob o ponto de vista comercial e de turismo. Os 
rendimentos auferidos por essa população equivale ao PIB da Irlanda, cerca de 402,3 bilhões de dólares. Em 
termos percentuais, o Data Popular, com projeções do IBGE apontadas pelo professor Gilberto Cavicchiut, da 
ESPM, em 2015 seria distribuído por classe econômica em faixas de acordo com a renda, assim teríamos 17,8% 
de idosos de alta renda, 70,4% como a nova classe média e 11,8% de baixa renda. O professor aponta ainda 
alguns erros que são cometidos no atendimento ao idoso no comércio varejista, o que afeta a realização ou 
não da venda, uma vez que esse público apresenta certas exigências diferenciadas dos demais consumidores 
e uma atenção especial que lhes permita identificar‑se com os produtos e os atendentes.
6 ESTRUTURA DA POPULAÇÃO POR ATIVIDADE ECONÔMICA E A PEA
6.1 Desemprego e emprego
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Emprego é a função e a condição das pessoas que trabalham em qualquer tipo de atividade econômica. 
Por desemprego se entende a condição ou situação de pessoas que estejam, por determinado prazo, sem 
realizar trabalho em qualquer tipo de atividade econômica.
O desemprego é um problema que existe em todos os países e se acentua com as crises econômicas, 
com a automação, a informatização e a robotização, além da concorrência gerada pela especialização. No 
Brasil, a preocupação com a falta de dados concretos sobre o desemprego é grande, isto porque enquanto 
o IBGE divulga uma taxa de 12%, a Fundação Seade/Dieese fala em 18% na região metropolitana da 
Grande São Paulo, além do índice elevado em várias partes do Brasil. O desemprego causa diversos 
problemas para o Estado, além do próprio desempregado, para com sua família e a sociedade.
Tipos de desemprego:
• desemprego estrutural: explica‑se pelo excesso de mão de obra empregada na agricultura e pela 
insuficiência dos equipamentos ou políticas que levariam à geração de empregos;
• desemprego tecnológico:é causado pela substituição do homem pela máquina e é representado 
pela maior procura de técnicos e especialistas e pela queda, em maior proporção, da procura por 
trabalhadores sem especialização;
• desemprego conjuntural: também conhecido como desemprego cíclico, característico de 
depressão, quando os bancos retraem os créditos e o poder de compra dos assalariados cai em 
consequência da elevação de preços;
• desemprego friccional: motivado pela mudança de emprego ou atividade dos indivíduos. É o tipo 
de desemprego de menor significação econômica;
• desemprego temporário: forma de subemprego comum nas regiões agrícolas, motivado pelo 
caráter sazonal do trabalho em certos setores agrícolas, ou do setor terciário, ligado a serviços.
História e desemprego
Desde a primeira Revolução Industrial, diversas mudanças nas relações de trabalho causaram 
desemprego, afetando toda a sociedade. Na primeira Revolução Industrial, ocorrida no final do século 
XVIII, o trabalho do artesão foi substituído por máquinas a vapor, o que passou a exigir que o trabalhador 
se habituasse à sua nova atividade, separada em pequenos setores. Durante essa adaptação, a procura 
por empregos era muito grande, o que fazia com que o operário recebesse um salário cada vez menor.
Na segunda Revolução Industrial, ocorrida em meados do século XIX, substituiu‑se o carvão das 
máquinas a vapor por petróleo e surgiu a eletricidade. Novas máquinas tomaram mais vagas da 
população, já que uma máquina pode ser operada por um número menor de pessoas.
A terceira Revolução Industrial produziu e ainda produz grandes impactos na economia mundial e 
na geração de empregos, pois surgiram novas tecnologias e equipamentos que necessitam apenas de um 
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ESTUDOS DEMOGRÁFICOS (CENSO, IDH, GINI, PEA, MIGRAÇÕES)
especialista que as programe. Além disso, essa não é uma característica apenas de países desenvolvidos. 
No mundo globalizado no qual vivemos, a disseminação de novas tecnologias ocorre com muito mais 
facilidade e em um tempo menor.
Sendo assim, o capital é, em sua maioria, concentrado nas mãos de grandes empresas, impedindo 
um giro que aumentaria as possibilidades da atual economia.
A maior urbanização e a inserção das pessoas nos trabalhos urbanos apresenta um descompasso. A 
exigência para os serviços e atividades ligadas a eles passou a ser maior, mas as atividades nem sempre 
são compatíveis com a disponibilidade ou a especialidade da mão de obra, o que acaba gerando a 
hipertrofia do setor, uma vez que o terciário apresenta, em termos de oferta de empregos ou serviços, 
os qualificados, os não especializados, os formais e os informais.
 Observação
A economia informal consiste em um conjunto de atividades econômicas 
desempenhadas sem registro oficial – sem registro em carteira de trabalho, 
sem notas fiscais ou contrato de trabalho, ou seja, à margem da legalidade da 
legislação trabalhista. O camelô, o ambulante e o cuidador de carro (flanelinha) 
são apenas alguns exemplos do exercício “informal” de trabalho. Apenas 8,8% 
das empresas informais desenvolvem suas atividades em vias públicas. Assim, 
temos a seguinte distribuição: 27,3% em casa, 20,3% em lojas e oficinas 
e 27,5% na casa do cliente (domiciliar). Os principais setores nos quais o 
trabalho informal está envolvido são: comércio e reparos (32,9%), construção 
civil (17,5%), indústria de transformação (15,8%) e transporte (8%).
6.2 População economicamente ativa (PEA)
A população economicamente ativa (PEA) é aquela com idade igual ou superior a 10 anos e em 
exercício de funções remuneradas, englobando tanto a população ocupada quanto a temporariamente 
não ocupada. À medida em que crescem a urbanização e o desenvolvimento econômico do País, cresce 
também o percentual da PEA. A população economicamente ativa atua no mercado de trabalho. Mas 
você sabe qual é a definição de trabalho?
A palavra trabalho deriva do termo latino tripalium e se refere a um instrumento feito com três 
paus afilados, ao qual algumas vezes adicionava‑se uma ponta de ferro. Os agricultores usavam esse 
instrumento para golpear e triturar as espigas de milho e o trigo.
O trabalho está associado à dureza, à fadiga, e em diversas culturas é considerado um castigo. Ao 
mesmo tempo, é uma realização exclusiva do ser humano, determinado também pela sua criatividade.
Na antiga Grécia, a ênfase era dada à razão, às reflexões, e havia um certo desprezo pelo trabalho; o 
que se cultuava era o ócio dos filósofos.
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Ao contrário do que ocorre nos tempos modernos, a instituição da 
escravidão na antiguidade, não foi uma forma de obter mão de obra 
barata, nem instrumento de exploração para fins de lucro, mas sim a 
tentativa de excluir o labor das condições de vida humana. [...] Tudo o 
que os homens tinham em comum com as formas de vida animal era 
considerado inumano. Essa era também, por sinal, a razão da teoria grega, 
tão mal interpretada, da natureza inumana do escravo. Aristóteles, que 
sustentou tão explicitamente a sua teoria para depois, no leito de morte, 
alforriar seus escravos, talvez não fosse tão incoerente como tendem a 
pensar os modernos. Não negava que os escravos pudessem ser humanos; 
negava somente o emprego da palavra homem para designar membros da 
espécie humana totalmente sujeitos à necessidade. E a verdade é que o 
emprego da palavra animal no conceito de animal laborans, ao contrário 
do outro uso, muito discutível, da mesma palavra na expressão animal 
rationale, é inteiramente justificado. O animal laborans é realmente apenas 
uma das espécies animais que vivem na Terra – na melhor das hipóteses a 
mais desenvolvida (ARENDT, 2005, p. 14).
 Saiba mais
Para saber mais sobre a cientista política e sua obra assista ao filme:
HANNAH Arendt . Dir. Margarethe Von Trotta. Alemanha; França: 2013. 
113 min.
Na Idade Média, o trabalho adquire nova dimensão, agora sob a forma de servidão, onde estaria 
implícita a noção de fidelidade ao senhor.
No Renascimento, o trabalho foi glorificado, com nova concepção e até com a dimensão 
tecnocientífica.
A partir daí, diversos autores passaram a descrever o trabalho. Calvino, para quem o homem 
se salva por meio de uma moral rígida da simplicidade do trabalho e da honestidade. Adam 
Smith e Ricardo, que identificavam o trabalho geral, fosse ele agrícola ou industrial. Karl Marx, 
que elaborou a teoria da mais‑valia e identificou o trabalho não só como uma fonte de valor 
econômico, mas também de caráter social, e ainda gerou muita polêmica ao falar sobre o modo 
de produção, a alienação do trabalho relacionado à propriedade privada e o fetichismo da 
mercadoria, representado pelo distanciamento do homem em relação ao que produz. Hegel, que 
atribuiu ao trabalho uma importância capital, um processo pelo qual o homem toma consciência 
de si mesmo e no qual essa consciência se desenvolve quando o homem se encontra com os 
demais no processo de criação do mundo.
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ESTUDOS DEMOGRÁFICOS (CENSO, IDH, GINI, PEA, MIGRAÇÕES)
Assim, questionamos: o trabalho é uma exploração ou libertação?
Trabalhar é preciso, mas como enfrentar as crises sucessivas que ocorrem no universo do mundo globalizado?
No caso do Brasil, como estamos organizados em termos de trabalho?
No Brasil, a população ativa cresceu de 32% em 1970 para 48% em 2010. De acordo com os dados 
do Anuário Estatístico do Brasil (IBGE, 2006), a população economicamente ativa em 2012 era formada 
por 96 milhões de habitantes, dos quais 56,5% constituídos pelapopulação masculina e 43,5% pela 
população feminina.
Na década de 1970, a participação feminina restringia‑se a cerca de 28%. Atualmente, entretanto, 
cresce a participação da população feminina na composição da PEA, tendo como causas a intensificação 
do processo de urbanização, o aumento de escolaridade, a redução das taxas de fecundidade e o 
crescimento da participação como chefe de família. Além disso, com a intensificação do processo de 
globalização, as empresas procuram reduzir custos de produção, aumentando a contratação da mão de 
obra feminina que, apesar de ter alcançado graus de capacitação profissional tão elevados quanto o da 
população masculina, continua a receber salários inferiores mesmo exercendo funções idênticas às dos 
homens (discriminação de gênero).
 Lembrete
População economicamente ativa (PEA) corresponde às pessoas 
que tenham mais de 10 anos de idade e que desempenhem atividades 
remuneradas, incluindo aquelas que se encontram efetivamente empregadas 
e que estão à procura de emprego (desempregadas).
População inativa corresponde aos aposentados, aos impossibilitados 
de trabalhar por invalidez, aos estudantes, às crianças e às donas de casa.
População ocupada é aquela que se encontra atuante no mercado 
de trabalho.
Também devemos destacar os três setores da sociedade:
• primeiro setor: o poder do governo, resultado do voto popular;
• segundo setor: livre iniciativa, opera no mercado;
• terceiro setor: instituições que atuam com preocupações e práticas sociais (ONGs, instituições 
religiosas, clubes, entidades beneficentes, organizações de voluntariado).
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Unidade II
6.2.1 Participação da PEA por setor de atividade econômica
A divisão da PEA por setor de atividade econômica sofreu grande modificação da década de 1950 
até hoje, tendo em vista o processo de urbanização e industrialização.
Segundo um critério hoje universalmente aceito, agrupamos as atividades humanas em três 
classes principais, assim denominadas: setor primário – agricultura, pecuária, silvicultura e pesca; setor 
secundário – indústria de transformação; setor terciário – comércio, serviços e profissões liberais.
Entre as regiões brasileiras, a Norte e a Nordeste são as que apresentam maiores concentrações da 
população ativa no setor primário, enquanto a Sudeste e a Sul são as regiões de menores concentrações 
da população nesse setor.
Na década de 1970, o crescimento do setor secundário foi maior, uma vez que o País atravessou uma 
fase de grande desenvolvimento industrial associado ao “Milagre Brasileiro”, mas posteriormente tal 
situação mudou. A população ativa utilizada no setor secundário concentra‑se fortemente no Sudeste, 
já que a grande maioria da nossa indústria de transformação encontra‑se nessa região. Nos últimos 
anos, entretanto, o setor secundário vem perdendo efetivos em função do processo de automação e da 
ampliação do setor serviços e profissionais liberais.
Convém lembrar que não podemos confundir o termo setor terciário da economia com o termo 
terceiro setor, que está associado à divisão da sociedade em três setores.
6.3 Terciarização da economia
O grande aumento do terciário ocorre por razão do desenvolvimento do País, juntamente com a 
urbanização, uma vez que a população passou a exigir mais atividades de serviços.
Trata‑se da terciarização das atividades econômicas provocada pela hipertrofia do setor de serviços, 
capaz de absorver tanto a mão de obra de alta qualificação profissional (profissões liberais – advogados, 
médicos, escritores engenheiros, entre outros) como também a mão de obra de baixa qualificação 
(diaristas, domésticas, garis, serventes de pedreiro, camelôs, sacoleiros, cambistas, “flanelinhas” etc.), 
em grande parte constituindo o setor da economia informal, que não se beneficia de seus direitos e 
garantias, como registro em carteira de trabalho e descanso semanal e férias remunerados. Assim, nem 
sempre o setor terciário formal é capaz de empregar um grande número de trabalhadores, fazendo 
surgir nos últimos anos um setor informal cada vez maior. Esse setor da economia informal inclui tanto 
atividades lícitas quanto ilícitas (como o contrabando, o narcotráfico, a exploração do lenocínio e jogos 
ilegais), que também remuneram parte da população desempregada.
A região de maior participação das mulheres na população economicamente ativa é a Sudeste, pois 
trata‑se da região onde a prestação de serviços é mais expressiva e a população feminina destaca‑se 
principalmente em trabalho associado às atividades sociais, como saúde, educação, assistência social e 
atendente de telemarketing. Além disso, cresce a sua participação nos setores de comércio e serviços 
públicos em geral, nos quais a participação feminina chega a superar a masculina.
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ESTUDOS DEMOGRÁFICOS (CENSO, IDH, GINI, PEA, MIGRAÇÕES)
Tabela 4 
PEA – IBGE
Masculina Feminina
50.326.000 (57,33%) 37.460.000 (42,6%)
Rural Urbana Rural Urbana
11% 46% 7% 36%
Total – 87.787.000
Fonte: IBGE (2013a).
Temos observado, nas últimas décadas, uma importante transferência da população economicamente 
ativa do setor primário para o setor terciário. Esse fenômeno se explica pela importante urbanização verificada 
nas últimas décadas, principalmente no Sudeste, somada às transformações ocorridas na zona rural.
O desemprego no mundo
A crise econômica que assolou o mundo em 2008 ainda mantém seus reflexos na taxa de desemprego. 
Previa‑se que, com o ritmo da economia global, o nível do emprego só voltaria ao patamar pré‑crise em 2015, 
nos países ricos. A boa notícia é que, no Brasil, a recuperação do mercado de trabalho já ocorreu, pois o País 
atingiu a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica, em 2002: 6,7%.
O desemprego acentuou os deslocamentos humanos, chamados migrações. Os deslocamentos de 
pessoas pelo planeta pressupõem várias causas, por exemplo: religiosas, políticas, naturais, ideológicas, 
psicológicas, bélicas e econômicas. Cerca de 2% da população mundial emigrou de sua terra natal para 
viver como imigrante em outro país.
Veja o mapa a seguir, onde estão representados fluxos migratórios.
Áreas de emigração
Áreas de imigração
Figura 18 
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Unidade II
Com a Nova Ordem Mundial, a economia globalizada e as diferenças que se evidenciam entre os 
países ricos e pobres, os movimentos migratórios se acentuaram, partindo geralmente de áreas pobres 
da América Latina, Ásia e África em direção aos países ricos, como Canadá, EUA, Japão, Austrália e os 
da Europa Ocidental, em busca de trabalho e melhor qualidade de vida. Como exemplo de fluxo de 
imigrantes qualificados, podemos citar os indianos e paquistaneses, que se dirigem ao Vale do Silício 
(EUA) e aos países da Europa Ocidental em busca de trabalho, seguridade social e qualidade de vida.
Principais fluxos migratórios no final do século XX e início do século XXI
Principais regiões de 
destino de imigrantes
Principais regiões de 
saída de imigrantes
Principais fluxos
Figura 19 
Sweatshops: uma realidade em expansão
A expressão “sweatshops” (fábricas de suor) indica uma situação de exploração extrema dos 
trabalhadores submetidos a um salário abaixo do mínimo necessário à sobrevivência, além de total 
ausência de garantias trabalhistas. Há exploração de crianças, de imigrantes ilegais, condições de 
trabalho insalubres e perigosas e, ainda, ameaças, abusos físicos, psicológicos e sexuais.
Os trabalhadores em El Salvador, país centro‑americano, por exemplo, envolvidosna produção de 
tênis que, nos Estados Unidos, apresentam um alto preço, ganham centavos de dólares por cada um 
dos pares produzidos. Na China, a exploração da jornada de trabalho chega a provocar uma doença cuja 
causa é a exaustão, denominada guolaosi, que pode até levar à morte súbita. Contudo, ao contrário do 
que se poderia esperar, as sweathops não são uma realidade exclusiva da produção econômica apenas 
em países do Sul; elas ocorrem também em países do Leste europeu e até mesmo nos Estados Unidos, 
que exploram mão de obra imigrante geralmente ilegal. Aproximadamente dois terços dos imigrantes 
que trabalham na confecção de roupas não recebem o salário mínimo garantido pela lei.
Tais condições trabalhistas denotam a exploração do modelo capitalista, mas também podem ser 
observadas em outros modelos de produção, como na China, o chamado socialismo de mercado.
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ESTUDOS DEMOGRÁFICOS (CENSO, IDH, GINI, PEA, MIGRAÇÕES)
 Resumo
Nesta unidade foram abordados temas relativos à estrutura etária da 
população, com a análise das pirâmides etárias em termos comparativos e 
cronológicos. Foram apresentados também os dados relativos à distribuição 
por gênero e por atividades econômicas.
Comparamos os índices da população economicamente ativa (PEA) e a inativa, 
a terciarização da economia e os indicadores de emprego e de desemprego.
Definimos também o conceito de trabalho. Comparamos os IDHs, 
Índices de Desenvolvimento Humano do Brasil, sua evolução e critérios 
adotados e alguns exemplos de países, com os respectivos níveis, bem como 
a avaliação por estados brasileiros.
Contatou‑se a movimentação horizontal da população por meio dos 
movimentos migratórios, que podem ser internos e externos.
 Exercícios
Questão 1. Observe as duas pirâmides etárias a seguir:
0‑1
1500 500
Habitantes (em milhões)
Homens Mulheres
Gr
up
os
 d
e 
id
ad
e
5001000 0 1000 1500
20‑24
40‑44
60‑64
5‑9
25‑29
45‑49
65‑69
10‑14
30‑34
50‑54
70‑74
80‑84
15‑19
35‑39
55‑59
75‑79
85+
Figura ‑ Pirâmide estária A
Fonte: Organização das Nações Unidas e Wikimedia Commons. 
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Unidade II
0‑1
1500 500
Habitantes (em milhões)
Homens Mulheres
Gr
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os
 d
e 
id
ad
e
5001000 0 1000 1500
20‑24
40‑44
60‑64
5‑9
25‑29
45‑49
65‑69
10‑14
30‑34
50‑54
70‑74
80‑84
15‑19
35‑39
55‑59
75‑79
85‑89
90‑94
95‑99
100+
Figura ‑ Pirâmide estária B
Fonte: Organização das Nações Unidas e Wikimedia Commons. 
A diferença entre as duas informações é que:
A) a primeira é característica de países da Europa central, enquanto a segunda é predominante em 
países da América Anglo‑saxônica.
B) a primeira é mais comum em países em desenvolvimento, como o Brasil, enquanto a segunda é 
exclusiva de países com elevada densidade demográfica, como a China.
C) a primeira faz referência a países pouco urbanizados e subdesenvolvidos, e a segunda é proveniente 
de países industrializados centrais.
D) a primeira destaca o envelhecimento rápido da população, e a segunda, uma maior estabilidade 
demográfica.
E) a primeira está relacionada com as elevadas taxas de mortalidade infantil, enquanto a segunda 
está associada a uma baixa expectativa de vida.
Resposta correta: alternativa C.
Análise da questão
A primeira pirâmide, com população predominantemente jovem, indica a existência de altos índices 
de natalidade e mortalidade, algo típico de países subdesenvolvidos. A segunda apresenta os índices de 
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ESTUDOS DEMOGRÁFICOS (CENSO, IDH, GINI, PEA, MIGRAÇÕES)
natalidade menores e um envelhecimento da população em função da elevação do tempo de vida dos 
habitantes, algo mais comum em países desenvolvidos ou centrais. A primeira é, assim, uma referência a 
países poucos urbanizados, e a segunda refere‑se a regiões altamente industrializadas de países centrais. 
Questão 2. (PUC/RJ, 2010) 
Há diversas interpretações sobre as melhorias das condições de vida frente a alguns dados 
populacionais. Todavia, a conclusão adequada para o indicador demográfico apresentado na charge é a 
de que ele:
A) atrapalha as políticas sociais de Estado por ser um dado estatístico.
B) desconsidera as condições ambientais em que as pessoas vivem.
C) sugere, apenas, melhorias nas condições de vida devido à imprecisão dos dados.
D) oculta os interesses particulares de agentes econômicos internacionais.
E) reduz a mobilização social contra os problemas de saúde dos mais pobres.
Resolução desta questão plataforma.

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