Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade III HISTORIOGRAFIA DO BRASIL Profa. Sonia Bercito O Brasil na década de 1930 Críticas ao Estado Liberal (anos 1920). Revolução de 1930: Getúlio Vargas. Autoritarismo corporativista. Estado forte: modernização conservadora. O Estado Novo, a produção intelectual e historiográfica dos anos 1930 e 1940 Projeto político e ideológico do Estado Novo/Estado nacional. Nacionalismo: o Estado constrói a nação. Autoritarismo. Oliveira Viana: um dos principais teóricos; visão teórico- interpretativa racista e aristocratizante; “raças primitivas”; “indivíduos inferiores” e “superiores”, “branqueamento”; ideias eugênicas. O Estado Novo, a produção intelectual e historiográfica dos anos 1930 e 1940 Corporativismo. Democracia social. Colaboração entre as classes. Tradição x moderno. O Estado Novo, a produção intelectual e historiográfica dos anos 1930 e 1940 O “homem novo”: trabalhador eficiente, saudável, produtivo e disciplinado. A proximidade entre intelectuais e o regime: a cultura nacional. A “cultura histórica”: nacionalidade estabilizada, construir a história do povo brasileiro. A criação do SPHAN: a identidade e a memória da nação. O “pensamento radical” no contexto do final do Estado Novo Ressurgimento das dissidências. Plataforma da nova geração. 1. Congresso Brasileiro de Escritores (São Paulo, 1945). Interatividade Durante o Estado Novo, dava-se especial destaque: a) À cultura histórica, como lastro da nacionalidade. b) Ao moderno, como indicativo dos avanços econômicos e sociais. c) Ao patrimônio histórico, como valorização do passado da nação. d) À cultura popular, como fundamento da cultura brasileira. e) Todas as alternativas anteriores estão corretas. A História na universidade 1934 – FFLC-USP. “Missão Francesa” – Fernand Braudel, Lévi-Strauss, Pierre Monbeig, Roger Bastide etc. “Modelo” de Universidade: instrumental conceitual e metodológico/critérios acadêmicos e científicos. Profissionalização. Novas ferramentas para estudo do passado brasileiro. Década de 1950 Cenário reformista. Nacionalismo. “Desenvolvimento nacional” (Revolução Burguesa). Emergência de novos temas. Nacionalismo: corrente de pensamento de maior influência Nação – constituída. Possibilidade de desenvolvimento independente do Brasil = industrialização com burguesia e capitais nacionais. Condições para o desenvolvimento de uma cultura “autenticamente nacional”. Matrizes teóricas CEPAL = dualismo/capitalismo dependente. ISEB = desenvolvimento industrial nacional = aliança entre as classes. Alguns autores: Celso Furtado, Nelson Werneck Sodré, Hélio Jaguaribe, Roland Corbisier, Raymundo Faoro, Caio Prado Jr., Florestan Fernandes. Matrizes teóricas (1950-1960) CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina, ONU – 1948). Nacionalismo/planejamento econômico. Teoria dualista: Economia dos países subdesenvolvidos – dois setores opostos – rural (atrasado) e urbano (dinâmico, moderno). Razões do subdesenvolvimento – dependência dos países periféricos com o centro do sistema capitalista. Centro-Periferia – duas faces da mesma moeda. Influência em pensadores e economistas: Comunistas – justificativa para luta imperialista/nacionalista. Fundamentação para convicções industrialistas e de intervenção do Estado na economia. ISEB – Instituto Superior de Estudos Brasileiros Política: aliança entre as classes/desenvolvimento industrial/ Revolução Burguesa. Cultura: povo colonial ou dependente – cultura dependente/ necessidade de superação do subdesenvolvimento e da situação cultural dependente como forma de afirmação nacional. Temas principais Nacionalismo. Desenvolvimentismo. Planificação. Nacional-popular. Revolução Burguesa. Revolução Brasileira. Interatividade Nas décadas de 1950 entrando pela de 1960, em meio a discussões sobre o nacional-desenvolvimentismo, um tema se destacou na historiografia brasileira: a) A Revolução Burguesa. b) O corporativismo. c) O determinismo racial. d) A internacionalização da economia. e) A democracia social. Papel do intelectual e da cultura (décadas de 1950/1960) Intelectuais: veem-se como inteligentzia com seu papel específico nas mudanças políticas (ideólogos do ISEB, CPC) e na liderança da transformação social. Necessidade de mostrar ao povo sua face real, ensiná-lo, aprender com ele, “conscientizá-lo”. Artistas (cinema, teatro, artes plásticas): compartilham a mesma visão de intelectual engajado como vanguarda. Concepção de cultura como instrumento de transformação social, conscientizador: intelectualidade – vanguarda dessa transformação. Década de 1960 (aprofundamento das discussões) Debate sobre cultura popular e seu papel na cultura nacional. Novas angulações no debate sobre cultura e prática política. Cultura popular: caminho para a consciência social. Fortalecimento da visão do intelectual como vanguarda (líder da mudança social/conscientizador das massas). Predominância do pensamento de esquerda. Década de 1960 (aprofundamento das discussões) Cultura nacional – discussão de temas relacionados à dependência cultural/indústria cultural/cultura de massas; defesa da cultura nacional: ação política. Nacional x Imperialismo cultural. Cultura do povo e pelo povo (na ótica da conscientização). Cultura popular (revolucionária) x Cultura de elite (reacionária). Nacional verdadeiro – cultura popular (povo = classe trabalhadora) x imperialismo cultural. Arte: forma de participação política. Ações e manifestações culturais – CPC – UNE; programas de alfabetização; teatro (Arena, Oficina), Cinema Novo. Historiografia nas décadas de 1960 e 1970 Predomínio do materialismo histórico. Preocupação com a identificação da luta de classes, com a Revolução Burguesa. Categorias exploradas pelos historiadores: ruptura ou continuidade/revolução ou conciliação. Década de 1970 Contexto político deu relevo à historiografia marxista. Produção historiográfica recebeu o impacto dos “Annales”, do estruturalismo, da linguística. Década de 1980 Impacto da vertente marxista da história social inglesa (Thompson, Cristopher Hill, Hobsbawn). O olhar historiográfico se encaminha para novos agentes sociais (minorias). “Nova História” amplia seu espaço de influência. Interatividade Se a historiografia brasileira nas décadas de 1960 e 1970 foi marcada pelo materialismo histórico na escolha dos temas, a ênfase foi dada: a) Às continuidades que perpassaram os diferentes períodos históricos. b) Às rupturas políticas e às resistências sociais. c) À pluralidade e à diversidade regional. d) Aos aspectos culturais. e) À passagem da Monarquia para a República. A historiografia na década de 1990 Cresce a renovação de temas, enfoques, influências metodológicas e teóricas pelo diálogo com a produção da história no exterior. Diversificação de temas, fontes, aumento do espaço para fontes iconográficas. Aumento do enfoque antropológico, da preocupação com o cotidiano, com as mentalidades, entrada da micro-história, valorização da história cultural. Mercado editorial. Caminhos recentes Predomínio de uma produção acadêmica. Profissionalização. Ampliação dos programas de pós-graduação. Limites colocados pelos programas de pós-graduação. Investigações de caráter monográfico. Pesquisa empírica exaustiva. Base documental e monográfica; massa crítica. Históriaregional. Impasses Pouca tradição de trabalhos coletivos. Mercado editorial se abre para temas comerciais. Concentração do mercado editorial no sudeste. Predomínio crescente de técnicas e procedimentos profissionais como postura metodológica. Dificuldades para a profissionalização. Arquivos: má conservação\esforços de digitalização. Caminhos recentes História – pluralidade. Substituição da história da nação por outras abordagens. Impõe-se a diversidade à unidade, às explicações abrangentes/unificadoras. Explicações estruturais cedem espaço a temas mais circunscritos, monográficos. Valorização do indivíduo como agente histórico. Crise dos paradigmas – história pós-moderna. Estatuto do conhecimento histórico. Valorização da história como narrativa. Caminhos recentes História das mentalidades. História cultural. História da historiografia. História da vida privada e do cotidiano. História das mulheres e de gênero. História do corpo. Caminhos recentes História econômica. História operária. História do urbanismo. História oral. Nova história política. História do tempo presente. História da alimentação. E ainda ... Interatividade Qual das alternativas abaixo não se refere às características das tendências historiográficas recentes? a) Pluralidade. b) Diferentes agentes sociais. c) Vencidos e vencedores. d) Documentos como testemunho da verdade dos fatos. e) Diversidade de métodos e fontes. ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar