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Questões e Respostas Direito Penal II

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1) Cite os elementos que compõe o tipo objetivo dos tipos dolosos de ação:
O tipo objetivo parte do comportamento que não depende da vontade, o elemento objetivo olha para realidade e consegue perceber, a execução é um elemento objetivo.
Causação do resultado, teoria de equivalência dos antecedentes, teoria da adequação, a imputação do resultado, criação de risco não permitido, reabilitação do risco no resultado.
2) Cite e explique as duas teorias que servem para definir o conceito de nexo de causalidade. Em seguida diga qual das teorias foi adotada pelo código penal, indique o fundamento legal?
Teoria da equivalência - afirma que qualquer contribuição para o resultado deve ser considerada a causa mais precisamente causa é toda ação sem a qual o resultado não ocorrido. 
Teoria da adequação - afirma que causa é toda ação adequada a produção de um resultado, de acordo com o observador inteligente colocado antes do fato
O código penal brasileiro adotou a teoria da equivalência o artigo 13 caput.
O código brasileiro adotou a teoria da equivalência no art. 13 CAPUT
3) João, com o objetivo de proteger seu amigo da morte por um atropelamento de caminhão, o empurra para a calçada, sabendo que ele poderia quebrar o braço e assumindo esse risco João praticou o crime de lesão corporal? Se sim, de forma dolosa ou culposa, justifique.
Não porque sua conduta é atípica, porque embora tenha nexo de causalidade em criar a ação e o resultado de ação, não há imputação objetiva do resultado, porque a ação que reduz um risco pré existente não é juridicamente proibida.
4 - Explique a diferença entre dolo eventual e culpa consciente?
Dolo eventual é quando a intenção do agente se dirige a um resultado, aceitando porém, outro também previsto e consequente possível da sua conduta. Assume o risco de o produzir.
Culpa consciente é quando o agente prevê o resultado, mas espera que este não ocorrerá.
Tanto no dolo eventual quanto na culpa consciente o sujeito prevê o resultado como uma consequência possível. Só que no dolo eventual o agente se conforma com o resultado e na culpa consciente ele acredita que vai evitar.
5 - Explique o que significa erro de tipo. Indique que o fundamento legal e explique as consequências do erro evitável e do erro inevitável?
Erro de tipo é a falsa percepção da realidade sobre um elemento, que faz com que o sujeito não conheça as circunstâncias do fato em que, por consequência não entenda que está praticando uma conduta típica.
EX.: Mato alguém achando que é um espantalho.
EX.: Alguém disse que iria me matar, porém se arrepende e resolve me dar um presente, quando encontro essa pessoa e vejo que ela coloca a mão no bolso, acho que ela vai tirar uma arma e acabo matando ela antes.
Se o erro for inevitável não responde nem por dolo e nem por culpa.
Se o erro for evitável não é dolo, mas responde por culpa se tiver previsão legal.
EX.: Último dia de aula e todos resolver fazer um churrasco. Todos tem a bolsa igual e deixam na mesma sala. Uma pessoa acaba pegando a bolsa do outro, pois não cuidou pra saber qual era sua bolsa mesmo. O crime que essa pessoa cometeu foi erro de tipo, pois é evitável e a consequência é que está absolvido pois não teve previsão legal. 
6 - Explique a diferença entre erro de tipo e erro de proibição?
No erro de tipo o autor não sabe o que faz e se soubesse não o faria. Já no erro de proibição, o sujeito tem perfeita representação da realidade, sabe o que faz, mas não sabe que o faz é proibido.
No erro de proibição, se for inevitável, não há culpabilidade e se for evitável o sujeito responde por crime doloso mas com pena reduzida.
7 - Maria, sob influência do Estado que o puerperal, com a intenção de matar o próprio filho acabou de nascer, se dirige ao berço e, por engano, pega e mata o filho de uma outra mulher. Qual crime praticou Maria? Qual o instituto de direito penal deve ser aplicado para resolver este caso.
Infanticídio, muito embora a agente tenha incidido em um erro, o que deve ser considerado é que ela não só desejava a morte de seu filho como moldou sua conduta afim de atingir esse resultado e realmente acreditava que tinha conseguido. 
Neste caso embora a criança morta não tinha sido a dela, ela responderá como se tivesse conseguido o resultado pretendido, devendo ser considerado nesse momento a qualidade da vitima pretendida, ou seja, seu filho. Art. 73 do código Penal.
8 - Sob o tema da tentativa, explique a importância prática na distinção entre atos preparatórios e atos de execução.
Ato preparatório não é punível. Ato de execução é punível.
Exceção: Ex.: Se reunir com a turma para planejar colocar fogo no TRT. É crime, é punível. Pois mesmo sendo um ato preparatório, não deixa de ser um crime de formação de quadrilha.
9 - Explique as teorias que servem para determinar o conceito de dto de execução (inicio da tentativa). Em seguida, indique qual a teoria que mais se conforma ao principio da legalidade.
Teoria Objetiva: Não leva em consideração a vontade do agente e sim os aspectos objetivos.
Teoria Objetiva formal: Afirma que ocorre de execução quando o sujeito pratica a conduta proibida pela lei penal.
Teoria Objetiva Material: Afirma que o ato de execução punível é aquele que tende imediatamente a conduta proibida.
Teoria Subjetiva: Afirma que ocorre execução quando o sujeito pensa estar praticando um ato de execução, segundo o seu plano.
 Teoria Objetivo- Subjetiva: Ocorre o ato de execução quando o sujeito, de acordo com o seu plano, começa a praticar o crime. 
A teoria que mais se conforma ao principio da legalidade é a teoria Objetiva Subjetiva com a corrente minoritária. 
10 - Explique a diferença entre desistência voluntária e arrependimento eficaz. Em seguida, explique a consequência jurídica da aplicação desses institutos. 
A desistência voluntaria é uma tentativa inacabável, ocorre quando o sujeito inicia o ato de execução e voluntariamente desiste de prosseguir seus atos. E arrependimento eficaz é a tentativa acabada, ocorre quando o agente, terminou os atos de execução e por sua vontade praticou uma conduta que impediu a consumação do crime com a lesão do bem jurídico.

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