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UNIDADE DIDÁTICA II O SISTEMA TRIBUTÁRIO CONSTITUCIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1 S U M Á R I O 1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS 2. TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA a. Competência Comum b. Competência Privativa c. Competência Cumulativa d. Competência Especial e. Competência Residual f. Competência Extraordinária 2 UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS A doutrina elaborou algumas classificações para os tributos que auxiliam na compreensão de sua natureza jurídica. A 1ª classificação diz respeito a natureza do fato gerador, dividindo as espécies tributárias em tributos vinculados e tributos não-vinculados. Nos tributos vinculados o fato gerador é uma atividade contra- prestacional do Estado relativa ao contribuinte. O contribuinte pagará o tributo em razão da existência de uma atividade estatal específica a ele direcionada. São exemplos as taxas e contribuições de melhoria. 3 UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS Tributos não-vinculados são aqueles cujo fato gerador não se relaciona a nenhuma atividade específica do Estado direcionada ao contribuinte. É o caso dos impostos, como o IPVA, IPTU, IR e outros. O fato gerador dos tributos não-vinculados descreve algum fato econômico relevante pertinente ao sujeito passivo: a propriedade de um bem, a transmissão de um imóvel, a obtenção de renda. A cobrança do imposto baseia-se na manifestação de capacidade econômica do contribuinte e não na realização ou disponibilização de uma atividade estatal específica a ele direcionada. 4 UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS Uma segunda classificação doutrinária dos tributos considera o destino dado à receita da arrecadação tributária. Tributos de arrecadação vinculada são aqueles cuja receita de arrecadação está previamente destinada, ou seja, afetada a determinado órgão, fundo ou pensão. Os empréstimos compulsórios, por força de determinação constitucional, tem a aplicação do produto de sua arrecadação vinculada à despesa que fundamentou sua instituição (CF, art. 148,§ único). 5 UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS Tributos de arrecadação não vinculada são aqueles em que não existe previsão constitucional de vinculação do produto de sua arrecadação a um fundo, órgão ou despesa específica. No Brasil, a maioria das espécies tributárias possui natureza de arrecadação não vinculada, com é o caso dos impostos, das taxas e das contribuições de melhoria. No caso dos impostos, existe proibição constitucional expressa de que a lei estabeleça destinações específicas ao produto de sua arrecadação (CF, art. 167, IV). 6 UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS Para as demais espécies tributárias, que não sejam os impostos, não é vedado que a lei estabeleça destinação específica ao produto de sua arrecadação a algum fundo, órgão ou a uma despesa pública específica. Para que a lei estabeleça destinação específica ao produto da arrecadação de um tributo vinculado, essa destinação deverá guardar relação com a atividade estatal que constitua o fato gerador. Por fim, o STF entende que é totalmente ilegítima a vinculação legal do produto de arrecadação de taxas a entidades privadas, ou com personalidade jurídica de direito privado. 7 UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS A terceira classificação doutrinária divide os tributos de acordo com a finalidade preponderante, em fiscais e extrafiscais. Os tributos de natureza fiscal são aqueles que têm por finalidade preponderante arrecadar dinheiro, assegurando o ingresso de recursos aos cofres públicos, como o IR, IPTU e IPVA. Os tributos de natureza extrafiscal são os que têm finalidade principal diversa da simples obtenção de recursos. São exemplos o imposto de importação e o imposto de exportação. 8 UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS A quarta classificação doutrinária distingue tributos diretos de tributos indiretos, conforme o sujeito que suporta o ônus financeiro imposto pela lei tributária. Nos tributos diretos, o contribuinte eleito pela lei tributária é aquele que efetivamente suporta o ônus financeiro do tributo, não há repasse para outrem do ônus financeiro. Exemplos o IPVA, o ITR, o IPU e o IR. Nos tributos indiretos, o contribuinte eleito pela lei tributária (contribuinte de direito) é o que tem a obrigação de efetuar o pagamento do tributo, porém não é ele quem, efetivamente, suporta o ônus financeiro. É o que ocorre com o IPI e o ICMS. 9 UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS A quinta classificação doutrinária é a que divide os tributos em reais e pessoais. Os tributos reais são aqueles em que a lei tributária valoriza, objetivamente, a operação ou o bem envolvidos na relação jurídica tributária, desconsiderando as características pessoais do contribuinte. É o que ocorre com o IPVA, em que a lei tributária considera relevante para a imposição do tributo as características do bem (veículo automotor, ano, modelo), e não as condições pessoais do proprietário (se tem ou não renda disponível, qual o seu patrimônio total, etc). 10 UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS Os tributos pessoais são aqueles em que a lei tributária valoriza as características pessoais (individuais) do contribuinte, para o fim de determinar o alcance da imposição tributária. É o caso do imposto sobre grandes fortunas e do imposto de renda (IR) em que as características pessoais do contribuinte são levadas em conta para a determinação do imposto devido (como o número de dependentes do mesmo, despesas médicas realizadas, despesas efetuadas com instrução própria ou de seus dependentes, etc). 11 UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS Finalmente a sexta classificação dos tributos, que não é especificamente doutrinária é a determinada pelo CTN, sendo aplicável aos impostos, tendo em vista a sua base econômica de incidência: - Impostos sobre o Comércio Exterior: II e IE; - Impostos sobre o Patrimônio e a Renda: IR, ITR, IGF, IPVA, IPTU e ITCMD; - Impostos sobre a Produção e Circulação: IPI, ICMS, IOF e ISS; - Impostos Especiais: IEG 12 UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 13 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Não se deve confundir a competência para legislar concorrentemente sobre Direito Tributário (art. 24, I, da CF) com a competência tributária específica para instituir os diversos tributos prevista em diversos dispositivos da CF (art. 145, e outros). No âmbito da legislação concorrente a União deve estabelecer normas gerais sem excluir a competência suplementar dos Estados.Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender suas peculiaridades. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 14 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA A competência tributária é indelegável, intransferível e irrenunciável (art. 7° e 8° / CTN). A capacidade tributária ativa é delegável, sendo possível a transferência das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos a outras pessoas jurídicas de Direito Público, bem como as garantias e privilégios processuais da fazenda pública. O não exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a CF a tenha atribuído. UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 15 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Todos os entes políticos tributantes estão obrigados a observar as normas gerais de Direito Tributário, as quais estarão estabelecidas em leis complementares, conforme determina o art. 146, III da CF. A pessoa jurídica de direito público que detém capacidade tributária ativa poderá ocupar o polo ativo da relação jurídico-tributária, na condição de “sujeito ativo”, pois é titular do poder de exigir o tributo, conforme prescreve o art. 119 do CTN. UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 16 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA a. COMPETÊNCIA COMUM A competência comum indica que de modo comum, a União, os Estados, Municípios ou o DF poderão ser os sujeitos ativos das taxas ou contribuições, desde que realizem os fatos geradores de tais tributos. A competência comum se restringe aos tributos contra-prestacionais (taxas e contribuições de melhoria), como também, as contribuições previdenciárias dos servidores públicos. É atribuída a cada ente político para impor os mesmos tributos, guardando o vínculo entre o mesmo e o serviço ou a atividade prestada (art. 145, II e III e 149,§ 1º da CF). UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 17 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA b. COMPETÊNCIA PRIVATIVA É o poder que têm o entes federados para instituir os impostos que são enumerados exaustivamente na CF. A competência privativa da União é estabelecida pelo art. 153/CF. A competência privativa dos Estados é atribuída pelo art. 155 da CF. A competência privativa dos Municípios está disposta no art. 156 da CF. Alguns doutrinadores também incluem na competência privativa o poder para a criação de outros tributos, diversos dos impostos, tais como as contribuições sociais dos servidores públicos (art. 149,§ 1º da CF). UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 18 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA c. COMPETÊNCIA CUMULATIVA Também conhecida como competência múltipla, está prevista no art. 147 da CF e relaciona-se a instituição de impostos pela União, nos Territórios Federais e pelo DF, em seu território. Apesar do dispositivo se referir apenas aos impostos vale também para as outras espécies tributárias. Nos territórios, compete à União instituir os impostos federais e estaduais e, caso não haja divisão deste em municípios, caberá também os impostos municipais. Como o DF não é dividido em municípios, cabe a ele a instituição de impostos estaduais e municipais. UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 19 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA d. COMPETÊNCIA ESPECIAL Tal competência traduz-se no poder da União instituir empréstimos compulsórios (art. 148 da CF) e contribuições especiais (art. 149 da CF). Os empréstimos compulsórios são tributos autônomos, com cláu- sula de restituição, instituídos pela União, por lei complementar, sob três pressupostos fáticos: calamidade pública, guerra externa e investimento público de caráter urgente e relevante interesse social (art. 148, I e II, CF e art. 15, I e II do CTN). UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 20 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA d. COMPETÊNCIA ESPECIAL As contribuições especiais, de âmbito federal, constam do art. 149/CF, sendo assim denominadas de contribuições profissionais ou corporativas; contribuições interventivas ou CIDEs; e contribuições social-previdenciárias (art. 195 da CF). No art. 149, § 1°/CF, estão elencadas as contribuições sociais estaduais ou municipais, para os servidores públicos dos Estados, DF e Municípios. O art. 149-A da CF, estabelece uma contribuição municipal, de competência dos Municípios e DF, a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública (CIP ou COSIP). UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 21 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA e. COMPETÊNCIA RESIDUAL A competência residual ou remanescente encontra respaldo no art. 154, I (impostos) e no art. 195, § 4° (contribuições para a seguridade social). Refere-se ao poder de instituir tributo diverso daqueles já existentes. No caso dos impostos, apenas a União detém a competência residual, que somente poderá ser instituído, por lei complementar, desde que se obedeça a duas limitações: I – respeito ao princípio da não-cumulatividade; II – proibição de coincidência entre o seu fato gerador ou a sua base de cálculo com o fato gerador ou a base de cálculo de outros impostos. UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 22 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA e. COMPETÊNCIA RESIDUAL Quanto às contribuições para a seguridade social, o raciocínio é semelhante, de acordo como que prescreve o art. 195, § 4° da CF, devendo obedecer aos seguintes requisitos: I - instituído por lei complementar, pela União; II - respeito ao princípio da não-cumulatividade; III - proibição de coincidência entre o seu fato gerador ou a sua base de cálculo com o fato gerador ou a base de cálculo de outras contribuições. UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 23 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA f. COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA A competência extraordinária é o poder de instituição, pela União, mediante lei ordinária federal, do imposto extraordinário de guerra (IEG), conforme se depreende do art. 154, II da CF e o art. 76 do CTN. O IEG poderá ser criado na situação de beligerância, na qual se vir inserido o Brasil, com o intuito de gerar receitas extras à manutenção das Forças Armadas. O contexto é restritivo: guerra externa, iminente ou em realização, não pode ser guerra civil. UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 24 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA f. COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA Assim, uma situação de guerra poderá ensejar a criação do imposto extraordinário de guerra (154, II da CF) ou do empréstimo compulsório (148, I da CF), observadas às suas respectivas peculiaridades. O IEG surge por lei ordinária ou MP, não é restituível e não se vincula à despesa que o fundamentou (art. 167, IV/CF); o EC surge por lei complementar (MP não é possível), é restituível e tem receita afetada à despesa que o fundamentou (art. 148,§ único). UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIONACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 25 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA f. COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA O fato gerador do IEG, por óbvio, não poderá ser a guerra, sendo possível que o mesmo seja de qualquer imposto, estando, ou não, na competência da União. Trata-se de uma permissão expressa na CF para a bitributação e para o bis in idem. O IEG, sendo criado, terá exigência imediata, pois se trata de exceção à anterioridade e à noventena. Por fim, cabe ressaltar que o imposto tem caráter provisório, uma vez que, cessadas as causas de sua criação, o mesmo deve desaparecer, observado o prazo máximo de 5 anos estabelecido no art. 76 do CTN. UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 26 2. CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DENOMINAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTOS ENTIDADES POLÍTICAS PRIVATIVA Impostos (regra geral) Outros tributos União, Estados, Distrito Federal e Municípios COMUM Taxas e Contribuições de Melhoria Contribuições Previdenciárias União, Estados, Distrito Federal e Municípios CUMULATIVA Tributos em geral (art. 147/CF menciona impostos) União e Distrito Federal ESPECIAL Empréstimo Compulsório e Contribuições Especiais União RESIDUAL Impostos e Contribuições para Seguridade Social União EXTRAORDINÁRIA Imposto Extraordinário de Guerra União UD II – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
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