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BMF-1 29/03/2019 ANATOMIA DO MEMBRO SUPERIOR CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR Formado pelas escapulas e clavículas e unidas ao manúbrio do esterno, ligado as articulações esterno-clavicular (serve de ponto de inserção de alguns músculos) e a escapulo-torácica; Conecta as partes livres dos membros superiores ao esqueleto axial; Altamente móvel, mas sustentado e estabilizado pelos músculos que estão presos as costelas, esterno e vértebras. CLAVÍCULA Principal osso que conecta o esqueleto axial e apendicular, pela articulação esterno-clavicular; Osso longo curvado que conecta o membro superior ao tronco; Extremidade esternal (medial) grande e triangular no ponto onde se articula com o manúbrio do esterno na articulação esterno-clavicular; Extremidade acromial (lateral) plana onde ser articula com a acrômio na articulação acromioclavicular. Morfologia da clavícula: Face Superior Lisa Face Inferior Rugosa Inferior Túberculo conóide Sulco subclávio (clavicular) Linha trapezoide ESCÁPULA Osso triangular plano, osso par, chato e fino. Se situa na face póstero-lateral do tórax e esterno-se sobre a 2ª até a 7ª costela; Acrômia, forma a extremidade acromial da clavícula; Cavidade glenoidal articula-se com a cabeça do úmero; Face posterior convexa dividida irregularmente pela espinha da escápula em fossa supra e infra- espinal; Face costal côncava formando a fossa escapular. *LABIO GLENOIDAL: fibrocartilagem que aumenta a superfície de contato cavidade glenoidal da escapula com a cabeça do úmero (glenoumeral). Lábio gregonial: estrutura de fibrocartilagem que aumenta a superfície de contato entre a cabeça do úmero com a cavidade clenoide. COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO 20 músculos Alta mobilidade X estabilidade dinâmica Articulações Esternoclavicular (EC) – união do manúbrio do esterno. Acrômioclavicular (AC)- porção lateral distal da clavícula e a margem medial do acrômio. A articulação é estabilizada por ligamentos capsulares e extra capsulares. Glenoumeral- cabeça do úmero com cavidade umeroide Escápulotorácica - união da escapula com as costelas Estabilidade estática/passiva na articulação é dada pelos ligamentos, capsula articular e ossos. Estabilidade dinâmica/ativa na articulação é dada pelos músculos. CURIOSIDADE: A luxação acrômioclavicular (LAC) está intimamente associada aos esportes de contato ou aos acidentes veiculares. O mecanismo de trauma pode levar a luxação pura ou a luxações esternoclaviculares e fraturas associadas da clavícula e do acrômio. O trauma direto sobre o ombro ainda é a principal causa de LAC. Uma força direta aplicada contra o ombro produzida pelo contato ou pela queda do paciente sobre o braço em posição abduzida são causas de LAC. Essa cinética leva ao deslocamento medial e caudal do acrômio levando a lesão. Não ocorrendo fratura, primeiramente, a força pode ser suficiente para estiramento dos ligamentos acrômioclaviculares e ruptura dos ligamentos CC, o que resulta na queda aparente do ombro. Outro mecanismo associado com esta lesão, que leva ai deslocamento inferior da clavícula abaixo do coracóide, são os traumas severos na superfície superior da clavícula distal associada à abdução do braço. Lesões indiretas ocorrem através da transmissão de energia após a queda com a mão espalmada. A cinética do trauma leva a energia da mão, passando pelo antebraço e pela cabeça umeral até o processo acromial produzindo os mais diversos graus de lesão. “Puxões” do braço em direção caudal também levam a lesões da AAC, embora este mecanismo seja bastante incomum. Grau I: uma força leve no ombro produz pequeno estiramento das fibras ligamentares AC. Os ligamentos não sofrem ruptura e a articulação mantém sua estabilidade. Grau II: uma força moderada é o suficiente para ruptura dos ligamentos da articulação. A força porção distal da clavícula fica instável no plano horizontal (anteroposterior), mas a estabilidade vertical é preservada pelo ligamento CC intacto. Grau III: quando uma força severa atinge o ombro a completa LAC ocorre e o ligamento CC sofre ruptura completa. Variantes do tipo III são observadas com completa separação das superfícies articulares da clavícula distal e do acrômio. Crianças associam estas lesões a injurias tipo Salter-Harris I e II preservando a epífise óssea e a AAC na região acromial enquanto a metáfise da clavícula distal se desloca superiormente, o ligamento CC é preservado podendo, então, permitir manejo conservador da lesão. Grau IV: deslocamento posterior distal da clavícula sobre o músculo trapézio. Relativamente incomum, mas causa deformidade aparente na pele. Grau V: é uma versão severa da lesão grau III, onde a ruptura completa de todos os ligamentos leva a clavícula até o tecido subcutâneo se tornando aparente próxima à base do pescoço. Grau VI: é bastante raro e se apresenta com deslocamento caudal da clavícula. Ocorre, em geral, em politraumatizados severos com outras lesões associadas. ESTERNOCLAVICULAR Articulação sinovial, anterior e posterior, tipo selar Presente do disco articular Auxilia o movimento do úmero Ligamento Esternoclavicular anterior e posterior Costoclavicular – liga a costela com a clavícula Interclavicular – une as faces superiores das extremidades esternais das clavículas. Movimentos Elevação e depressão Protusão e retração Rotação ACRÔMIOCLAVICULAR Articulação sinovial Aumento a ADM (articulação de movimento) do úmero Localiza-se entre a extremidade acromial da clavícula e a margem medial do acrômio. Ligamentos Acromioclavicular anterior e posterior – estendem-se da extremidade acromial da clavícula ate o acrômio. Coracoclavicular (ligamentos da conóide e trapezoide) – une a clavicula ao processo corocoide da escapula. Coracoacromial: forte feixe triangular estendido entre o processo coracoide e o acrômio. IMPORTANTE: estabilização da cabeça do úmero na cavidade glenóide, pois evita a elevação da mesma nos movimentos de abdução acima de 90 graus. Movimentos Deslocamento posterior Deslocamento anterior Ruptura Total Rotação escapular Existem 3 tipos de acrômios, segundo Bigliani: (evolução/ calcificação ou variação anatômica) Reto Curvo Ganchoso *movimento de abdução do braço ocorre no plano da escapula (possui uma leve rotação – existindo uma folga para que não aja um fisgamento) GLENOUMERAL (ombro) Articulação sinovial Estabilidade: dependente da musculatura Lábio glenoidal: aumento e profundidade da cavidade glenóide Ângulo de inclinação do úmero: 130º a 150º Ligamentos Glenoumerais (superior, médio e inferior) – são robustos espessamente da capsula articular sobra a parte ventral da articulação. Coracoumeral Umeral transverso – estreita lâmina de fibras curtas e transversais que unem o tubérculo maior e o menor, mantendo o tendão longo do bíceps braquial no sulco intertubercular. Movimento Flexão/Extensão Abdução/ Adução Rotação (interna e externa) *Circundação (movimento em forma de cone no ar) *Sulco entre os tubérculos (Inter tubercular), passa um tendão entre os tubérculos *Tendão da cabeça longa do bíceps é um estabilizador anterior dinâmico/ático. Bíceps atua tanto no cotovelo quanto no ombro. Cabo longo do bíceps estabiliza anteriormente o movimento do ombro. * Abaixo do arco coracoacromial esta o espaço subacromial onde estão estruturas articulares (tendões, Bursas,...). * Existem três tipos de acrômios, sendo eles: Reto Curvo Ganchoso (pinçamento de estrutura): nesses casos, é interessante fortalecer o manguito rotador (rotação externa). OMBRO Os estabilizadores dinâmicos são: Musculo do manguito rotador e escapuloumerais O balanço entres eles, é responsável pela estabilidade de articulação do ombro. MÚSCULOS DO OMBRO: Deltóide: função de abdução do braço (musculo da vacina). Musculo mais superficial dos músculos intrínsecos do ombro. Supra-Espinhal (GMR) – abdução do braço. Infra-espinhal (GMR) – rotação lateraldo braço. Redondo Maior (GMR)- rotação medial, adução e extensão da articulação do ombro. Redondo Menor (GMR) – rotação lateral e adução do braço. * Grupo de Manguito Rotador (GMR) principais estabilizadores dos ossos; quanto fortalece o manguito, tais músculos deprime o espaço entre os ossos. E pelos seus respectivos tendões que levam os mesmos nomes dos músculos. DEFINIÇÃO: coleção de sinais/sintomas dolorosos do ombro, de natureza microtraumática e degenerativa, acompanhado ou não pela perda de forca e caracterizado por tendinite do manguito rotador; podendo haver ruptura parcial ou total de um ou mais tendões. Sendo movimento de impingimento subcromial. Infra espinhoso e Redondo menor faz a rotação externa do ombro subescapular realiza a rotação interna Supra espinhoso realiza abdução Espaco superacromial Manguito – deprime a cabeça do úmero. *Arco coracoacromial *Espaço Quadrangular e Espaço Triangular: os músculos redondos maior e menor juntamente com o úmero delimitam um espaço de formato triangular, o qual é subdividido pela cabeça longa do musculo tríceps braquial em espaços quadrangulares e triangulares. Quadrangular: encontramos as seguintes estruturas: artéria circunflexa posterior do úmero e nervo axial. Triangular: encontramos a seguinte estrutura: artéria circunflexa da escapula. CASO CLÍNICO – MANGUITO ROTADOR Descreva a anatomia óssea da articulação gleno umeral? Cavidade glenoide e cabeça do úmero. O que é o manguito rotador? Quais músculos e tendões o compõe? Corresponde ao conjunto de 4 principais estabilizadores do osso. Os músculos que o compõe são o Supra-espinhal, infra-espinhal, redondo maior e redondo menor. Defina síndrome do manguito rotador? Corresponde a coleção de sinais e sintomas dolorosas do ombro, de natureza microtraumatica e degenerativa, acompanhado ou não pela perda de forca e caráter. *tendão do musculo supra espinhal é mais cometido na síndrome do manguito rotador. Após a 5º década de vida há uma maior frequência. *Pinçamento de tendões do manguito localizados no espaço subacromial . Acromio Ganchoso. Tendão + acometido = musculo supraespinhal. QUESTÕES NORTEADORAS (02/04/2019) Identifique e nomear o osso do braço, seus acidentes ósseos e, seus músculos? Úmero: osso mais longo do membro superior. Articula-se com a cavidade glenóide da escápula na articulação do ombro, e inferiormente, com rádio e com a ulna, na articulação do cotovelo. Cabeça do úmero, Tubérculo maior, Tubérculo menor, Colo anatômico, Colo cirúrgico, Sulco intertubercular, tóclea, capítulo, epicôndilo medial, epicôndilo lateral, fossa coronoide, fossa radial, fossa do olecrano, sulco do nervo ulnar, tubérculo deltoidea e sulco do nervo radial. Rádio: osso lateral, mais curto dos ossos do antebraço. Articula-se proximamente com o úmero e na ulna e distalmente com a ulna e os ossos do carpo. Cabeça, Circunferência articular da cabeça do radio, Fóvea articular, Colo do radio, tubérculo radial, incisura ulnar do rádio, face articular carpal, processo estiloide, tubérculo dorsal e margem interóssea. Ulna: osso medial do antebraço, articula-se proximamente com o úmero e o rádio e distalmente apenas com o rádio. Olécrano, incisura troclear, processo coronóide, incisura radial da ulna, tuberculo ulnar, cabeça da ulna, processo estiloide, circunferência articular da cabeça da ulna e margem interóssea. Identificar as articulações e ligamentos do cotovelo? Consiste em uma articulação em sobramento, subdivididas em três, sendo umeroulnar (entre a tróclea e a incisura troclear da ulna), umerorradial (entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio) e radioulnar proximal (entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna). MEMBRO SUPERIOR - COTOVELO (03/04/2019) MÚSCULOS DO BRAÇO Bíceps braquial compartimento anterior Braquial flexores Coracobraquial supridos pelo nervo musculocutâneo Tríceps braquial Compartimento posterior Ancôneo extensor Suprido pelo nervo radial O musculo ancôneo é parcialmente fundido com o musculo tríceps braquial e é uma continuação desse musculo distalmente. *FLEXORES DO BRACO – nervo musculocutâneo *EXTENSORES DO BRAÇO – nervo radial *FLEXORES DO ANTEBRACO – nervo mediano, exceto flexor ulnar do carpo (nervo ulnar) * Principal tendão = cabeça longa do bíceps braquial principal função é a estabilização anterior do ombro, se insere no sulco intertubercular do ombro. *Braquiorradial: prono e supino BICEPS BRAQUIAL Origem Cabeça longa: tubérculo supraglenoidal. Cabeça curta: extremidade do processo coracoide. Inserção: tubérculo do radio e fáscia do antebraço Inervação: nervo musculocutâneo Ação principal: supina o antebraço e, quando nessa posição, flete o antebraço. É um musculo triarticular É o supinador principal do antebraço Ligamento transverso do úmero: mantem o tendão da cabeça longa no sulco intertubercular Aponeurose do musculo bíceps: parte do tendão do bíceps, atravessa a fossa cubital e funde-se à fáscia do antebraço, cobrindo os músculos flexores na face medial do antebraço. Cruza anteriormente a glandomeral evitando a luxação, biarticular *supino (flexão de cotovelo e ombro) *Aponeurose: membrana que cobre os flexores na fase medial do antebraço. BRAQUIAL Situa-se profundamente ao bíceps braquial Principal flexor do antebraço Inervação: Nervo musculocutâneo. Origem: terço médio do úmero. Inserção: tuberosidade da ulna. Ação: flexão de cotovelo, flexão do antebraço. CORACOBRAQUIAL Origem: extremidade do processo corocoide Inserção: terço médio da face medial do úmero. Inervação: nervo musculocutâneo. Principal ação: ajuda a fletir a aduzir o braço e flexão do braço. É um ponto de referência para a localizaçao de outras estruturas do braço Estabiliza a articulação do ombro Junto com o deltoide e a cabeça longa só tríceps, é capaz de resistir ao deslocamento da cabeça do úmero para baixo. TRICEPS BRAQUIAL Origem Cabeça Longa: tubérculo inflaglenoidal da escápula Cabeça medial: face posterior do úmero, inferior ao sulco do nervo radial Inserção: olecrano Inervação: nervo radial Principal ação: principal extensor do antebraço A cabeça longa ajuda na estabilidade da articulação do ombro aduzida, na extensão e adução do braço. No entanto, é a cabeça menos ativa. A cabeça medial é ativa em todas as velocidades e também na presença ou não de resistência. A cabeça curta/lateral é a mais forte, porem é recrutada para atividade principalmente contra resistência. ANCÔNEO Origem: epicôndilo lateral do úmero Inserção: face lateral do olecrano e parte superior da face posterior da ulna Inervação: nervo radial Ação principal: auxilia o tríceps na extensão do antebraço e estabiliza a articulação do cotovelo. DELTOIDE Origem: acrômio, clavícula e na espinha da escapula. Inserção Proximal: 1/3 lateral da borda anterior da clavícula, acrômio e espinha da escapula. Inserção Distal: tuberosidade deltoidea – úmero Inervação: nervo axilar (C5 e C6) Ação: abdução do braço, auxilia nos movimentos de flexão, extensão, rotação lateral e medial, flexão e extensão horizontal do braço. Estabilização da articulação do ombro. eleva a cabeça do úmero SERRATIL ANTERIOR ESTABILIZADOR DA ESCAPULA. Une a escapula à costela. Pode ocorrer uma lesão no musculo torácico longo ou na lesão na hipófise neural causando uma hipoativação causando escapula alada. Origem: ângulo da escápula Inervação: Nervo torácico longo (C5-C7) Ação Fixo na escapula: ação inspiratória. Fico na Costela: rotação superior, abdução e depressão da escapula e propulsão do ombro. FOSSA CUBITAL Limites Superiormente linha imaginaria que une os epicôndilos Medialmente pronador redondo Lateralmente braquiorradial Assoalho músculos supinador e braquial Teto fáscia do braço e antebraço, aponeurose domusculo bíceps, tecido subcutâneo e pele. Veia Basílica, Nervo Mediano, Artéria Braquial e Tendão do bíceps. ANTEBRAÇO Região anterior: 1ª camada Pronador redondo Flexor Radial do carpo Palmar longo Flexor ulnar do carpo 2ª camada Flexor superior dos dedos 3ª camada Flexor profundo dos dedos Flexor longo do polegar 4ª camada Pronador quadrado Supinador Região Posterior Camada Superior Extensor dos dedos Extensor do 5 dedo Extensor ulnar do carpo Camada Profunda Abdutor longo do polegar Extensor curto do polegar Extensor longo do polegar Extensor do 2 dedo (indicador) Região Lateral: Braquiorradial Extensor Radial longo do carpo Extendor Radial curto do carpo RETINÁCULOS É um tecido fibroso cuja função é estabilizar um tendão. Estrutura anatomica (fáscia ou aponevrose) que mantém ou sustém um órgão na sua localização normal. Facilitam o deslizamento de tendões que passam através de túneis fibrosos e ósseos. *do lado do dedão encontra-se o rádio; *do lado do mindinho encontra-se a ulna; BAINHAS Revestem os tendões aumentando a capacidade de deslizar sem atrito. TUNEIS Protegem os tendões CASO CLÍNICO RG, 28 anos, sexo masculino, natural de Campinas e jogador profissional de golfe. Procurou consultório ortopédico devido a dor na região interna do braço (cotovelo) após período intenso de treinamento para um campeonato. Apresenta restrita amplitude de movimento (ADM ) e dor durante os movimentos de flexão do punho. QP: Dor na região interna do cotovelo. HMA: Sente-se bem, no entanto refere dor durante os movimentos de flexão do punho e cotovelo. HMP: Há um mês refere dor na região interna do cotovelo durante um período intenso de treinamento para um campeonato. Exame físico: Dor a palpação na inserção dos músculos flexores do punho (epicôndilo medial). Quais são os ossos que compõem a articulação do cotovelo? Ulna, radio e Umero. Quais são as articulações que compõem o cotovelo? Umeroulnar, umerorradial e radioulnar proximal – diartrose trocoide/pivô. Quais são os músculos que realizam flexão de punho e qual sua origem? Flexores do punho (epicôndilo medial). Qual seria a principal causa para as dores na região interna do braço? Causada por movimentos repetitivos. CASO CLÍNICO (04/04/2019) Paciente THG, 9 anos de idade, masculino, sofreu queda da própria altura com o braço esquerdo e a mão espalmada no chão. Mecanismo de impacto provocando a lesão na região mais frágil, supracondílica. MSE com deformidade marcada ao nível de cotovelo, equimose na prega antecubital (Sinal de Kirmirsson), dor e limitação funcionam. Pulso radial distal ausente com a mão esquerda pálida e fria. Radiografia apresentava uma fratura supracondiliana tipo III de Gartland, descoaptada e com desvio póstero-lateral do fragmento distal. Qual o diagnostico nosológico? Traumatismo do MSE com fratura supra-condiliana do úmero, complicada por comprometimento vascular. Trata-se de uma situação de urgência médica/ Porque? A urgência do tratamento dessa condição traumatológica decorre da possibilidade de complicações vasculho-nervosas com a possibilidade de graves consequências para a viabilidade e funcionamento do membro superior. Devido o aparecimento do sinal de Kirmirsson, nota-se a perfusão do membro, podendo Quais as estruturas anatômicas passives de complicações? As possíveis estruturas anatômicas passiveis de complicações são as artérias braquial, radial e ulnar e seu comprometimento pode resultar em isquemias. Os nervos que acometem essa região são ulnar, mediano e radial, inervam territórios específicos e seu comprometimento causa peristesia, déficit funcional e inervação motora. Correlacione a classificação de Gartland e expetativa de evolução? A classificação de Gartland é feita de acordo com o deslocamento do osso perante ao desvio do osso. Sua evolução só classificada em três tipo, sendo tipo 1 a fratura sem desvio, tipo 2 há o deslocamento do osso e já o tipo 3 quando há deslocamento com cortical posterior lesado. O que é Contratura Isquêmica de Volkmann? Trata-se de uma contratura permanente de flexão da mão sobre o pulso, resultando em uma deformidade em forma de “garra” da mão e dos dedos. Sequela de fraturas distais do úmero por isquemia aguda dos músculos do antebraço devido a lesão/oclusão da artéria braquial. Cite e comente outro exame complementar útil ao diagnostico e conduta? Angiografi Redução da Fratura – Cruenta/Incruenta Fixação Óssea – Externa/Interna Imobilização Medicação Vasoplégica e Anti-coagulante Abordagem Vascular Cirúrgica Cite as possíveis condutas terapêuticas bem como suas justificativas. Redução Incruenta da Fratura – Manobra Manual Simples (Fechada) Redução Cruenta da Fratura – Instabilidade Extrema/ Fratura Exposta – Abordagem Aberta (cirurgia) Fixação Óssea da Fratura (Fechada) – Externa: Fios de Kirshner (semi-rígida) Fixação Óssea da Fratura (Fechada) – Externa: Fios de Kirshner (semi-rígida) Fixação Óssea da Fratura (aberta) – Fixação Interna Rígida: Placas e Parafusos (titânio) Imobilização do membro superior – posição anatômica Medicação Vasoplégica e Anticoagulante – Estimular circulação e evitar trombose. Abordagem Vascular Cirúrgica Equimose (extravasamento de sangue; mancha na pele, de coloração variável, produzida por extravasamento do sangue) Hematoma (tumor de sangue/ abaulamento) Isquemia: falta de sangue em determinados segmentos Punho – articulação Pulso – verificação radial da pulsação da artéria Trombose venosa profunda Supinação: posição de súplica Pronação Canais de inervação e vascularização dos ossos – Canais de Volkmann *ligamentos colateral medial e lateral e menisco medial são responsáveis pela *nervos ulnar, radial e mediana motora e sensitiva *artéria braquial relação com o terço distal do úmero, essa artéria se subdivide em artéria ulnar e radial. *osteosintese: coloca-se parafusos e fios em fraturas de ossos. ANATOMIA DA MÃO E DO PUNHO (10/04/19) Superficie Articulares Epífise distal do rádio Epífise distal da ulna Ossos do carpo As extremidades distais do radio e da ulna, juntamente com os ossos do carpo e a, base dos metacarpais, formam o esqueleto ósseo do punho, perfazendo um total de 15 estruturas ósseas. Circunferência articular muito parecida com a circunferência do radio Os ossos do carpo vão se articular apenas com o radio. Glenoidea antebraquial é a superficie articular que se articulara com o escafoide e o semilunar. Fibrocartilagem encontrada na em um disco de cartilagem que aumenta a superfície de contato entre o rádio e os carpais. O bíceps é inserido na tuberosidade do rádio. Processo estiloide do cunho e processo estiloide do radio são ossos diferentes. O movimento de promo e supino é realizado pelo musculo braquioradial tem origem na crista supra radial do úmero e se insere processo estiloide do rádio. A incisura ulnar é o ponto de contato com o radio. O rádio só vai se articular com o escafoide e o semiulnar. Quando se movimenta o punho, esse disco facilita o contato com outro osso da região do punho. Encontra-se firmemente aderidos as estruturas ósseas adjacentes por meio de estruturas fibrosas, formando o que se denomina complexo de fibrocartilagem triangular (CFCT), a qual possui terminações nervosas próprias que contribuem na propriocepção que contribuem na propriocepção e nos reflexos do punho. Nota-se que o CFCT funciona como um prolongamento da superfície articular do rádio. Receptores articulares fazem parte da articulação sinovial, informa ao cérebro a localizacao da articulação em relação ao espaço, sendo elas: GOLGI MAZONI, RUFFINI, PACINE e TNL. O carpo é composto por 8 ossos CURTOS divididos em duas fileiras: Fileira Proximal – 4 ossos Fileira Distal – 4 ossos *SINDROME DE DOWN a falange do 5 dedo é menor. * articulação entre as falanges denomina-seinterfalangiadas proximal, medial e distal. RETINACULO: São estruturas que servem como suporte para tendões, bainhas e nervos que cruzam a articulação do punho. tecido que concede essa fixação. Fixa as regiões abaixo dele. Circundução (todos os movimentos), abdução (desviando a mao para o radio),adução (desviando a mãos para a ulna), flexão e extensão – movimentos do punho BAINHA TENDÍNEAS: são estruturas que envolvem os tendões, que ao cruzarem a articulação do punho, formam pontes ou túneis entre as superfícies ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Facilitar o deslizamento entre essas estruturas. Proteger os tendões. Lubrificar os tendões para facilitar o seu deslizamento nas contrações musculares. TUNEIS DOS EXTENDORES: são seis tuneis formados por bainhas sinoviais que servem para diminuir o atrito entre os tendões e a compressão do reticulo dos extensores. 1º Túnel: abdutor do polegar e extensor curto do polegar 2ºtunel: extensor radial longo e curto do carpo 3ºtunel: extensor longo do polegar 4ºtubel:extensor dos dedos e do 2ºdedo 5ºtubel: extensor do 5ºdedo 6ºtunel: extensor ulnar do carpo. TENDINITE DE QUERVAIN: está relacionado principalmente a movimentos repetitivos. MUSCULOS DA MÃO Região Palmar Lateral (Tenar) Abdutor curto do polegar Inserção proximal: escafoide, trapézio e retináculo dos flexores. Inserção distal: falange proximal do polegar Inervação: nervo mediano (C8-T1) Ação: abdução e flexão do polegar Flexor curto do polegar Inserção proximal: trapézio, trapezoide, capitato e retinaculo dos flexores. Inserção distal: falange proximal do polegar Inervação: nervo mediano e nervo ulnar. Ação: flexão da MF do polegar Oponente do polegar Inserção proximal: trapézio e retináculo dos flexores Inserção distal: 1º metacarpal Inervação: nervo medial (C8 – T1) Ação: oposição (flexão + adução + pronação) Adutor do polegar Inserção medial: 2º e 3º metacarpal e capitato Inserção lateral: falange proximal do polegar Inervação: nervo ulnar (C8-T1) Acao: aducao do polegar Região Palmar Medial (Hipotenar) Palmar curto Abdutor do mínimo Flexor curto do mínimo Oponente do minimo Região Palmar Média Lumbricais Interósseos palmares Interósseos dorsais CASO CLÍNICO – SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO (18/04/2019) EJS, 40 anos, sexo feminino, gestante de 30 semanas, refere quadro de parestesia em sensação de formigamento intermitente na mão direita, acometendo parcialmente a região palmar. Ao exame físico observou-se dor na face anterior do punho com fraqueza e discreta hipertrofia muscular tenar, sem sinais ou história de traumatismo associado. Qual o diagnostico do caso em questão? Síndrome do Túnel do carpo. Quais os ossos da região do carpo? Escafoide, semiulnar, piramida, pisiforme, trapézio, trapezoide, capitato e hamato. Quais as estruturas que compõe o chamado túnel do carpo? Nervo mediano no canal do carpo, localizado entre a mão e o a antebraço. Tendões flexores que são revestidos pelo tecido sinovial. Sendo os tendões flexor profundo dos dedos, flexor superficial dos dedos e flexor longo do polegar. Qual o mecanismo envolvido na lesão nervosa? Lesão nervo mediano entre os tendões dos musculo flexor profundo dos dedos e musculo flexor superficial dos dedos. Quais as principais causas ou patologias associadas? L.E.R (lesão do esforço repetitivo), gerado por movimentos repetitivos como digitar ou tocar instrumentos musicais. Existem também causas traumáticas (quedas e fraturas), inflamatórias (artrite reumatoide), hormonais e medicamentosas. Tumores também estão entre as possíveis causas de síndrome. Quais os principais sinais e sintomas observados? Parestesia, uma sensação de formigamento, de dormência, e ocorre fundamentalmente na área de enervação do nervo mediano. A evolução da síndrome dificulta manipular estruturas pequenas e executar tarefas simples com pregar um botão, enfiar uma agulha, segurar uma xicara. Quais os principais tipos e tratamento O tratamento leva em contra o grau de comprometimento da doença. Se for leve, indica-se a colocação de uma órtese para imobilizar o pulso e o uso de anti-inflamatório não-hormonal. Se não houver melhora, aplica-se cortisona dentro do canal do carpo. Esgotamento as possibilidades e tratamento clínico, é indicado a cirurgia. *Gânglio: Acúmulo de corpo celular fora do sistema nervoso central Neuropraxia Axonotmese Neurotmese Com perda tecidual Sem perda tecidual Epineuro (tecido conjuntivo) se invagina para dentro do neurônio e separa em fascículos essas invaginaçoes denomina-se períneo e quando reveste cada axônio denomina-se endoneuro. *neuroma: quando o paciente é amputado, o axônio seccionado cresce e cria um botão axonal VASCULARIZAÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES (24/04/2019) Veias: levam o sangue venoso para o coração. Capilares: conecta artérias e veias. Artérias: levam o sangue bombeado pelo coração para todas as regiões do corpo, sangue rico em oxigênio. Artéria aorta: da origem as outras artérias do corpo, sendo a carótida (leva sangue do coração para a região do pescoço e da cabeça e se localiza anterior ao esternocleidomastoideo) e a artéria subclávia (da origem a a.axilar, que originara a a.braquial, dando origem a a.radial e ulnar). Artéria Braquial: continuação da artéria axial. Acompanhado pelo nervo mediano. Principais ramificações: A. braquial profunda A. nutrícia do úmero Aa. Colaterais lunares superiores Rede articular do cotovelo Aa. Colaterais lunares inferiores Ramos recorrentes A artéria braquial profunda será suprida pelo ancôneo e tríceps braquial no cotovelo e é inervado pelo nervo radial. Fossa cubital: artéria braquial, nervo musculo cutâneo que inerva o bíceps braquial e o braquial que fazem flexão com o cotovelo e veia braquial. NAV: nervo musculocutâneo, artéria braquial e veia braquial *ancôneo e tríceps braquial – estabilização do cotovelo. *SUPINIO – PARA CIMA PRONAÇÃ0 – BAIXO QUESTÕES NORTEADORAS. (BMF) Esquematizar e identificar todos os ossos do antebraço e seus acidentes ósseos? Citar o nome dos ossos do antebraço. que realizam flexão e extensão? Radio e Ulna, realizam ambos os motivimentos. Quais são os ossos carpais? Cite o nome de cada um deles? - Fileira Proxima: escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme; -Fileira Distal: trapézio, trapezoide, capitato e hamato. Descreva a formação e os conteúdos do túnel do carpo? Túnel do carpo é um canal formado por pequenos ossos situados no punho, que lhe servem de base, e um ligamento transverso, que compõe o teto do túnel. Por esse canal, passam o nervo mediano e nove tendões responsáveis pela flexão dos dedos. O nervo mediano que vem do antebraço e passa para a mão através desse canal estreito, enerva o polegar, as duas faces do indicador e do dedo médio e a face interna do quarto dedo. Descrever os ossos da mão e os dos dedos? Descreva o nome dos músculos do antebraço, mão? DEDO EM GATILHO (06/05/2019) Definição: tenossinovite estenosante que acomete a bainha dos tendões flexores dos dedos. Desproporção entre o conteúdo e o continente no túnel osteofibroso. Apresenta-se com encarceramento ou estalido doloroso do tendão flexor, que ocorre quando o paciente flexiona e estende o dedo. O dedo pode ser bloqueado em flexão. Mais comum: dificuldade para extensão. Patogênese: envolvimento da polia A1. Um nódulo sensível pode ser palpável no nível da cabeça do metacarpo na palma. 2 a 6 mais frequentes em mulheres. Pico incidência: 55-60 anos. Etiologia incerta: formação de nódulos nos tendões, alterações morfológicas nas polias, combinação dos dois, doenças autoimunes e doenças do colágeno. Diagnostico: Clínico Não é necessário exames de imagem. Tratamento Inicial: tratamento clínico (anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) orais e a imobilização podem ser experimentados por um período de 4 a 6 semanas iniciais. O tratamento começa com uma tentativa de injeção de corticosteroidesna bainha da tensão flexora). Cirúrgico: na falha do tratamento clínico (técnicas abertas ou percutâneas podem ser usadas para abrir uma incisão na polia A1, permitindo que os tendões flexores deslizem livremente) TENOSSINOVITE ESTENOSANTE DE QUERVAIN Corresponde a uma inflamação dos tendões que mexem o polegar (localizada no primeiro compartimento extensor do punho – passam atraves do primeiro compartimento dorsal do punho no processo estiloide radial), mais precisamente os tendões dos músculos abdutor longo e extensor curto do polegar (primeiro compartimento extesor). A principal causa é o uso excessivo do polegar e do punho, a doença pode se desenvolver sem razão conhecida (ex: uso de aparelhos celulares). Proliferação fibroblástica secundaria a uma repetição ou tensão sobre os tendões. Sendo o diagnostico fácil, na maioria das vezes não é necessário nenhum exame complementar. O tratamento pode envolver as seguintes abordagens: Repouso; Gelo, fisioterapia, meditação; Uso de órteses Infiltração local de corticoide; Cirurgia, em casos de extremos. Histórico: irritação na tensão e em seu revestimento sinovial (tenossinovite) com inflamação e hipertrofia, associado a um espessamento da bainha do tendão e notadamente pelo acúmulo de mucopolissacarídeos; degeneração mixoide. 6 a 10 vezes mais em mulheres. Pico de Incidência: 50 a 60 anos. Etiologias: trauma, força de fricção aumentada, variações anatômicas, microtraumas repetitivos e estados de hipervolemia. Dor, sensibilidade à palpação e edema localizados no lado radial do punho 1 a 2 cm proximais ao estiloide radial. A dor é exacerbada pelo desvio ulnar do punho quando se aperta o polegar na palma da mão (teste de Finkelstein). Sintomas: dor da face radial do punho, edema e crepitação local. Diagnostico: clínico – teste de Finkelstein. Tratamento: inicial é clínico (anti-inflamatorios não esteroidais (AINEs) orais e a imobilização podem ser experimentados por um período de 4 a 6 semanas inicialmente. A injeção de corticosteroide pode ser oferecida inicialmente em lugar de um em associação com AINEs e da imobilização). Cirúrgico: é aberta uma incisão longitudinal no primeiro compartimento dorsal, permitindo que os tendões extensores deslizem livremente.
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