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Economia Monetária - slides_I

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Unidade I
ECONOMIA MONETÁRIA
Prof. Maurício Manzalli
Objetivos da disciplina
 Compreender o papel que a moeda desempenha numa 
economia capitalista.
 Entender o impacto que a moeda causa em variáveis 
reais e nominais.
 Ter contato com as teorias explicativas da economia 
monetária.
Assuntos da Unidade I
 Funções e evolução da moeda.
 Evolução histórica da moeda e dos sistemas monetários.
 Da moeda aos meios de pagamento.
 Oferta de moeda.
Funções e evolução da moeda
Sociedades pré-capitalistas: 
 Trocas diretas, escambo.
 Mercados limitados.
 Dificuldades de comercialização.
Sociedades modernas:
 Monetizadas.
 Trocas indiretas.
 Necessidade de moeda como intermediador das trocas.
Funções e evolução da moeda
Moeda: o que vem a ser?
 Artigo utilizado para efetuar trocas.
 Ativo capaz de liquidar quaisquer compromissos 
contratuais à vista ou futuras.
 Deve ser entendida como uma mercadoria.
E qual seu valor?
 Nenhum: representam valor.
 Remete à noção de poder aquisitivo.
Funções e evolução da moeda
Características da moeda
 Ser aceita em qualquer situação.
 Curso forçado.
 Características econômicas: custo de estocagem e de 
transação negligenciáveis.
 Características físicas: indestrutibilidade, inalterabilidade, 
homogeneidade, divisibilidade, transferibilidade, 
manuseabilidade, transportabilidade, dificuldade 
de falsificação.
 Há que se considerar novas formas na sociedade moderna 
devido ao avanço da tecnologia da informação: dinheiro 
eletrônico.
Funções e evolução da moeda
Funções da moeda: clássicas
 Intermediário de trocas (meio de trocas; meio de pagamento).
 Unidade de conta.
 Reserva de valor.
Demais funções da moeda
 Função liberatória: capacidade de saldar dívidas.
 Padrão de pagamentos diferidos.
 Instrumento de poder: econômico, político e social.
Interatividade
Sobre as funções da moeda, indique a alternativa correta.
a) Se a moeda exerce a função de reserva de valor ela não pode 
ser unidade de conta.
b) A função intermediário de trocas somente foi utilizada à 
época do escambo.
c) A função unidade de conta é perdida em processos 
inflacionários elevados.
d) A reserva de valor é exercida em períodos de economia 
estável com pouco impacto inflacionário.
e) A função unidade de conta somente será exercida se a 
moeda for manuseável.
Evolução histórica da moeda e dos sistemas 
monetários
Quais formas a moeda assumiu ao longo dos tempos?
Moedas mercadorias
 Deveriam ser raras e de necessidade comum e geral.
 Apresentar valor de uso (utilidade) e valor de troca.
 Gado, fumo, azeite de oliva, escravos, sal, especiarias.
Que dificuldades apresentavam?
 Não reunir características econômicas e principalmente 
as físicas.
 Justaposição entre valor de uso e de troca: ora item de 
consumo ora instrumento de trabalho.
Evolução histórica da moeda e dos sistemas 
monetários
Quais formas a moeda assumiu ao longo dos tempos?
Moedas preciosas
 Metalismo, moedas metálicas.
 Cobre, bronze, ferro: abundância compromete a reserva 
de valor.
 Ouro, prata: apresentavam valor incorporado e carregam 
seu valor ao longo dos tempos.
Que dificuldades apresentavam?
 Manuseabilidade, transportabilidade, durabilidade, 
divisibilidade.
Evolução histórica da moeda e dos sistemas 
monetários
Quais formas a moeda assumiu ao longo dos tempos?
Moeda papel
 Favorecida pela multiplicação das trocas entre povos 
de uma mesma região e mesmo entre diferentes regiões.
 Surgimento das operações comerciais via crédito.
 Baseado em lastro metálico integral.
 Chamada de moeda representativa.
 Certificado de depósito com valor representativo.
 Necessidade de uso das Casas de Custódia.
Evolução histórica da moeda e dos sistemas 
monetários
Quais formas a moeda assumiu ao longo dos tempos?
Papel-moeda
 Moeda fiduciária.
 Base na garantia.
 Inexistência da necessidade de lastro metálico integral.
 Períodos diferentes para reconversão em metais preciosos.
 Emissão de papel moeda será exercida por particulares até 
que o governo chame para si tal responsabilidade.
Evolução histórica da moeda e dos sistemas 
monetários
Quais formas a moeda assumiu ao longo dos tempos?
Papel-moeda: características.
 Lastro era inferior a 100%.
 Menor garantia de conversibilidade: o volume de moeda 
representado nos papéis era maior do que o volume de ouro 
verdadeiramente existente na casa de custódia.
 Se todos os depositários tivessem necessidade de ao mesmo 
tempo efetuar a conversão dos papéis em ouro, o sistema 
quebraria.
 Como a emissão era efetuada por particulares, o sistema era 
frágil por naturalidade.
Evolução histórica da moeda e dos sistemas 
monetários
Quais formas a moeda assumiu ao longo dos tempos?
Moeda bancária
 Manual ou escritural.
 Também chamada de invisível (escritural).
 Dá insights para a discussão do que vem a ser meios de 
pagamento.
 Moeda criada pelos bancos comerciais.
 Faz repensar as funções da moeda.
Interatividade
O surgimento da moeda papel:
a) Dificultou a divisão do trabalho.
b) Permite que as transações econômicas sejam efetuadas 
somente no âmbito do comércio local e não por diferentes 
regiões.
c) É utilizado concomitantemente à moeda mercadoria, 
concorrendo com esta.
d) Influencia o mercado de crédito.
e) É o estágio mais elevado da evolução da moeda.
Da moeda aos meios de pagamento
Meios de pagamento
 Algo relacionado à liquidez.
 Faz repensar a própria definição de moeda.
 Qual ativo tem maior ou menor liquidez?
 Ativos financeiros: rendem juros.
 Capital instrumental como ativo: gera lucro quando aplicados 
na produção.
 Bens de consumo como ativos: geram satisfação ao 
consumidor.
MP = PMPP + DVbc
Da moeda aos meios de pagamento
Considerando os meios de pagamento, o que vem a ser moeda?
Moeda: 
 É então admitida como a liquidez por excelência. 
 É exatamente este seu atributo que a diferencia dos demais 
ativos.
 Custo de manutenção ou estocagem ser negligenciável.
 Seu rendimento, em espécie, deve ser zero, resultado da 
inalterabilidade de seu valor de face, nominal.
 Deve apresentar a liquidez máxima.
Da moeda aos meios de pagamento
Ativos financeiros
 Aplicações financeiras.
 Rendem juros.
 Moeda convertida em aplicação financeira.
 Perde sua característica de liquidez.
 É transformada em quase-moeda.
Da moeda aos meios de pagamento
Bens físicos
 Custo de estocagem e manutenção significativos.
 Por apresentar custos, se distanciam do conceito de moeda.
 Não são liquidez por excelência.
 O custo do bem físico pode ser pensado em termos de 
depreciação.
Grau de liquidez de um ativo depende de: 
 custo de transação.
 tempo gasto para transacionar o ativo.
Da moeda aos meios de pagamento
Ativos financeiros e bens físicos: atributos que os diferenciam 
da moeda
 Possibilidade de gerar rendimentos ou serviços que 
satisfaçam as necessidades do agente econômico.
 Custos de manutenção e estocagem diferentes de zero.
 Diferentes graus de liquidez, mas necessariamente 
inferiores ao da moeda.
Da moeda aos meios de pagamento
Ativos: classificação por graus de liquidez
 Moeda manual (cédulas e moedas metálicas).
 Depósitos à vista nos bancos comerciais.
 Ativos financeiros não-monetários (títulos públicos).
 Depósitos de poupança.
 Depósitos à prazo (títulos privados).
 Bens físicos (automóveis, obras de arte, imóveis, máquinas).
Da moeda aos meios de pagamento
Diferenciação entre emissão e circulaçãoda moeda
 Papel moeda emitido: total de moeda manual que foi criado 
pela Casa da Moeda mediante pedido do Banco Central e que 
se encontra em poder do público não-bancário, no caixa do 
sistema bancário comercial ou como reserva no caixa do 
próprio Banco Central.
Da moeda aos meios de pagamento
Diferenciação entre emissão e circulação da moeda
 Papel moeda em circulação: é representado pela diferença 
entre o saldo de papel-moeda emitido e a reserva em caixa 
do Banco Central.
 Papel moeda em poder do público: diferença entre o saldo de 
papel moeda em circulação e o caixa do sistema comercial.
Da moeda aos meios de pagamento
Diferenciação entre emissão e circulação da moeda
Esquematizando:
Papel moeda em circulação = papel moeda emitido – caixa do 
Banco Central
Papel moeda em circulação = papel moeda emitido – caixa do 
Banco Central – encaixe técnico bancário
Papel moeda em poder do público = papel moeda emitido –
caixa do Banco Central – caixa do sistema bancário comercial
Da moeda aos meios de pagamento
O que vem a ser quase-moeda?
 Tudo aquilo que não é moeda no seu sentido de liquidez.
 Títulos governamentais.
 Títulos de empresas (ações).
 Títulos de bancos.
Da moeda aos meios de pagamento
E os bancos?
 São instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central a 
receber depósitos à vista.
 São instituições que criam a moeda escritural.
 Efetuam intermediação monetária entre agentes superavitários 
e deficitários.
 Multiplicam os meios de pagamento.
Em termos de economia monetária moderna, agentes preferem 
moeda escritural devido:
 segurança dos depósitos bancários.
 facilidade nas transações: cheques e meios eletrônicos.
 manutenção de saldos médios e sua relação com os 
empréstimos.
Interatividade
Indique a alternativa cujo ativo apresente maior grau de liquidez.
a) Automóveis.
b) Obras de arte.
c) Máquinas de tecelagem.
d) Moeda manual.
e) Aplicações financeiras.
Multiplicação dos meios de pagamento
Como os bancos multiplicam os meios de pagamento?
 Trata-se do multiplicador monetário.
 Refere-se ao relacionamento da coletividade quanto aos 
meios de pagamento: o quanto convertem de depósitos.
 Refere-se ao relacionamento do banco comercial com os 
depósitos que recebem.
 É determinado pelo volume de encaixes técnicos que efetuam 
e o que geram de empréstimos dos depósitos recebidos.
Oferta de moeda
Qual o papel do Banco Central?
 Órgão responsável pelo controle da oferta monetária.
 Zela pela qualidade da moeda nacional, seu poder 
de compra, estabilidade.
 Emissor da moeda nacional.
 É banco dos bancos: regulação e supervisão.
 É banco do governo: Tesouro Nacional.
 Depositário de reservas internacionais.
 Órgão executor da política monetária.
Oferta de moeda
Sistema Financeiro Nacional
 É composto por um sistema de intermediação e outro 
normativo.
Sistema normativo: 
 Conselho Monetário Nacional.
 Banco Central do Brasil.
 Comissão de Valores Mobiliários.
 Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal.
Oferta de moeda
Sistema Financeiro Nacional: sistema de intermediação
 Instituições financeiras bancárias: bancos comerciais, 
múltiplos e caixas econômicas.
 Instituições financeiras não-bancárias: bancos de 
investimentos, sociedades de crédito, financiamento e 
investimentos, sociedade de arrendamento mercantil, 
cooperativas de crédito.
 Sistema brasileiro de poupança e empréstimo.
 Instituições auxiliares: bolsa de valores, corretoras de valores 
mobiliários.
 Instituições não financeiras: factoring e seguradoras.
Oferta de moeda
Classificação dos meios de pagamento
 São os chamados agregados monetários.
 Atende a determinados graus de liquidez.
 Trata-se de estatísticas que geram previsão do 
comportamento da coletividade com os meios de pagamento.
 Oferece condições para a adoção da política monetária.
 O que faz o agente econômico diante inflação e movimentação 
de juros, por exemplo?
Oferta de moeda
Classificação dos meios de pagamento
 M1 = papel-moeda em poder do público + depósitos à vista.
 M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + quotas de 
fundos de renda fixa de curto prazo + títulos públicos 
de alta liquidez.
 M3 = M2 + depósitos de poupança.
 M4 = M3 + títulos emitidos por instituições financeiras.
Oferta de moeda: classificação dos meios de 
pagamento
Meios de pagamento restritos
 M1 = papel-moeda em poder do público + depósitos à vista.
Meios de pagamento ampliados
 M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de 
poupança + títulos emitidos por instituições depositárias.
 M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações 
registradas no Selic.
Poupança financeira
 M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez.
Interatividade
Quando as taxas de juros forem elevadas o que se pode afirmar 
sobre os agregados monetários?
a) Não sofrerão alteração pois não são afetados pela taxa 
de juros.
b) Os saldos de M1 serão superiores em relação aos saldos 
de M2.
c) Apenas os saldos de M3 serão afetados.
d) M4 sofrerá alteração em função da diminuição de seus 
saldos.
e) Haverá queda do M1 e elevação nos demais componentes 
dos agregados.
ATÉ A PRÓXIMA!

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