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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Unidade III
5 TRANSMISSÃO DE CALOR, TÉCNICAS E SISTEMAS DE COMBATE A INCÊNDIO
5.1 O que é preciso para iniciar o fogo?
O fogo é uma reação química de oxidação, na qual uma substância (o combustível) queima na 
presença de calor e de uma substância comburente (o agente oxidante, geralmente o oxigênio, presente 
no ar) que, em determinadas condições, se mantém até que um ou mais desses elementos sejam extintos 
(reação em cadeia).
A reação em cadeia torna a queima autossustentável. Nesse estágio, o calor irradiado pelas 
chamas atinge o combustível, que se decompõe em partículas menores. Essas partículas se 
combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando 
um ciclo contínuo.
O combustível, o comburente e o calor formam o chamado triângulo do fogo, ao passo 
que os quatro (combustível, comburente, calor e reação em cadeia) compõem o chamado 
tetraedro do fogo. Nem toda oxidação é uma combustão, porém a combustão é uma reação 
de oxidação.
Como exemplo de combustíveis, podemos citar os sólidos: carvão, madeira e tecidos; os líquidos: 
gasolina e álcool; e os gasosos: gás liquefeito de petróleo (GLP) e gás natural. 
A combustão mantém-se com até 14% de oxigênio concentrado no ambiente, ao passo que a 
respiração humana necessita de no mínimo 19%.
As fontes de calor podem ser as provenientes do aquecimento solar, de processos químicos 
exotérmicos, de circuitos elétricos e suas descargas, de reações biológicas ou de origem mecânica.
O calor de origem mecânica pode advir do atrito nos mancais, do atrito entre uma correia e uma 
superfície, do atrito entre uma correia transportadora e o material que se deposita sob o transportador, 
da falta de lubrificação, do excesso de carga sobre o equipamento ou ainda da geração de uma faísca 
(uma simples martelada, por exemplo).
O calor de origem elétrica, por sua vez, pode ser gerado em descargas atmosféricas (raios), descargas 
acidentais, arcos elétricos, descargas de eletricidade estática, aquecimento de equipamentos ou ainda 
sobrecarga de circuitos.
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Unidade III
5.2 O que é necessário para extinguir o fogo
Há basicamente quatro maneiras de se extinguir o fogo:
• pode-se remover ou reduzir a quantidade de combustível (isolamento);
• pode-se reduzir a quantidade de comburente (abafamento);
• pode-se diminuir a fonte de calor (resfriamento);
• pode se interferir, mediante a adição de inibidores químicos, no desenvolvimento da reação em 
cadeia.
No caso específico de incêndios em instalações produtoras de petróleo, uma das formas de se 
combater o fogo é, utilizando-se explosivos, provocar uma explosão controlada no interior das chamas. 
A explosão, ao ocorrer, consome o oxigênio, que deixa de alimentar o incêndio, que se extingue.
5.3 Formas de transmissão de calor
O incêndio, dentro de uma edificação, pode propagar o seu calor, desde o seu foco de origem, 
alastrando-se de formas distintas. Devemos conhecer as formas que o calor pode ser transmitido para 
que possamos compreender melhor e propor medidas capazes de evitar a ignição e limitar o crescimento 
e a propagação do incêndio.
Há três maneiras básicas para que o calor possa ser transmitido:
• Condução: o calor se transmite por meio de um material. Por exemplo, quando um dos lados 
de uma barra metálica é exposto ao calor, gradualmente fará com que o lado oposto se aqueça. 
Nessa suposição, seria o calor transmitido pelo cabo da frigideira por meio da mão que o segura. 
• Convecção: o aumento de temperatura provoca uma diminuição de densidade em um fluido. 
Este fluido mais quente e mais leve sobe até as regiões mais elevadas, ao passo que o fluido mais 
frio desce. Como exemplos de fluido podem ser citados o próprio ar, a água e outros materiais, 
por exemplo, gases ou combustíveis. No caso em tela, seria o aumento de temperatura provocado 
pelo aquecimento de água dentro de um bule, por exemplo.
• Irradiação: depende, em primeira aproximação, da diferença de temperatura entre os corpos, e a 
transmissão do calor se dá por meio de ondas da energia calorífica que se desloca pelo espaço. No 
caso destacado, o calor transmitido por irradiação está sendo gerado pelo processo de combustão 
da lenha, que originou o fogo e liberou a onda de calor. Esse calor gerado é irradiado e absorvido 
pelo bule e pela frigideira, que transmitem o calor à água e à mão, respectivamente, conforme já 
exemplificado anteriormente.
Os incêndios podem ocorrer por meio de uma dessas três formas mencionadas anteriormente, e tal 
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evento está associado à característica dos materiais armazenados e/ou empregados nas edificações e 
sua capacidade de liberar energia, ou seja, o seu poder calorífico.
5.4 Etapas de desenvolvimento de um incêndio, curva de incêndio real, 
curva de incêndio padrão
Após o início do incêndio, inicia-se a fase de deflagração, em que o fogo consome cada vez mais os 
materiais no ambiente. A temperatura se eleva, chegando então à fase chamada inflamação generalizada 
(conhecida na literatura internacional como flashover), quando a maior parte dos materiais presentes 
estão em combustão.
Em um incêndio real, a temperatura sobe inicialmente de maneira lenta. Os combustíveis vão sendo 
consumidos e o calor gerado possibilita a combustão de mais e mais combustíveis, até que o calor no 
ambiente seja suficiente para inflamar os demais materiais. A partir do momento em que os combustíveis 
sejam consumidos, inicia-se a fase de extinção. 
A seguir está exemplificada uma curva de um incêndio real celulósico, apresentada por Seito (2008).
Tempo
Ignição
Inflamação 
generalizada 
(flashover)
Primeira fase
Terceira 
fase
Pré-ignição
Ignitabilidade
Extinção
Ilósico
Propagação 
do fogo
Crescimento 
do fogo
Penetração do fogo
Fumaça, gases tóxicos e corrosivos
Incêndio desenvolvido
Segunda fase
Ca
lo
r d
es
en
vo
lv
id
o
Figura 24 – Exemplo de curva e das etapas de desenvolvimento de um incêndio real celulósico
Uma das maiores dificuldades dos projetistas de sistemas de proteção e combate a incêndio ao longo 
dos tempos foi identificar um modelo matemático que permitisse simular a evolução do aumento de 
temperatura num incêndio real.
O modelo desenvolvido, denominado como curva de incêndio padrão, possibilita não só determinar 
as temperaturas mas também expor de maneira controlada materiais, e a partir daí observar o 
comportamento desses componentes em casos de incêndios.
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A equação é: qg=qo + 345 log (8t+1), sendo:
t é o tempo, expresso em minutos;
qo é a temperatura do ambiente antes do início do aquecimento em graus Celsius, geralmente 
tomada igual a 20 ºC; 
qg é a temperatura dos gases, em graus Celsius no instante t.
1.200
800
400
0
º C
minutos
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Temperatura dos gases de combustão
Figura 25 – Gráfico da curva de incêndio padrão com a variação da temperatura do incêndio em função do tempo
Pelo gráfico, pode-se observar que após os cinco minutos iniciais, a temperatura do local do incêndio 
padrão é de aproximadamente 500 ºC.
5.5 Sequência de um combate a um incêndio
A fase inicial de uma operação de combate refere-se à detecção do incêndio,a partir da qual o 
combate inicial deverá ser ativado. O tempo corre contra a operação, sendo que os primeiros cinco 
minutos são fundamentais para tentar o controle da situação em curso. Quanto mais tempo se demora 
entre a detecção e o combate inicial, maiores são as perdas. As perdas podem ser materiais, ambientais, 
econômicas, humanas ou sociais.
Caso esse controle não seja possível, meios externos de combate serão necessários, a fim de evitar a 
propagação do incêndio para áreas adjacentes.
Combatendo-se o incêndio ou permitindo que os combustíveis sejam consumidos até o seu 
fim pelas chamas, o fogo entra em fase de extinção. Uma vez concluído o combate, a operação de 
rescaldo deverá ser executada. Esta tem como objetivo não permitir que os materiais queimados 
que sofreram a ação de um combate, por meio de sistemas de proteção contra incêndio, voltem 
a queimar. Ou seja, o rescaldo após um incêndio tem a função de evitar a reignição dos materiais 
ali presentes.
5.6 Os combustíveis e suas temperaturas
A temperatura (ou ponto) de fulgor, também conhecida na língua inglesa como flash point, é a 
temperatura mínima na qual o corpo combustível começa a desprender vapores, que se incendeiam em 
contato com uma chama ou centelha (agente ígneo). Entretanto, a chama não se mantém, haja vista a 
insuficiência da quantidade de vapores. 
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A temperatura de combustão ou fire point é a temperatura mínima na qual a substância libera 
vapores combustíveis suficientes para formar a mistura que se inflama na presença de fonte externa, 
sendo que a combustão se mantém mesmo sem a presença de fonte externa de ignição.
A temperatura de ignição ou ignition point é a temperatura mínima a partir da qual a substância 
libera vapores combustíveis suficientes para formar a mistura, e esta se inflama sem a presença de fonte 
externa de ignição.
Líquidos inflamáveis são aqueles com temperatura de fulgor abaixo de 70 ºC; os líquidos combustíveis, 
acima de 70 ºC.
De acordo com a temperatura de fulgor e temperaturas de ebulição, os inflamáveis dividem-se nas 
seguintes categorias: IA, IB e IC. Os combustíveis são classificados em classes II, IIA, e IIB, de acordo com 
a temperatura de fulgor.
5.7 Prevenção de incêndios
Como medida de prevenção básica, deve-se evitar o contato dos combustíveis com o calor. Contudo, 
deve-se buscar evitar a propagação do incêndio e dispor dos meios para o primeiro combate. Depois, 
iniciam-se os procedimentos de abandono seguro dos ocupantes e busca-se restringir a ocorrência ao 
seu ambiente de origem, dificultando a sua propagação.
Deve-se garantir que existam meios para acesso dos bombeiros ao interior dos ambientes para 
combate ao fogo em situação de incêndio, visando restringir o incêndio ao edifício e garantir sua 
integridade. 
As causas mais comuns relacionadas a acidentes durante a ocorrência de incêndios referem-se a:
• não saber o que fazer;
• fazer o que não sabe;
• saber e não fazer;
• desconhecimento;
• desobediência;
• demora em dar-se o alarme;
• atraso em chamar os bombeiros;
• obstrução dos equipamentos de combate;
• impedimento das rotas de fuga;
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• obstrução das vias de acesso das viaturas dos bombeiros;
• falta de treinamento da brigada;
• equipamento de combate a incêndio danificado.
5.8 Classes de fogo
As classes de fogo têm como objetivo caracterizar o tipo do combustível, suas características de 
queima e de geração (ou não) de resíduos de combustão.
A princípio, as classes de fogo conhecidas na literatura são cinco, sendo:
• Classe A: materiais sólidos, por exemplo, papel, tecidos, madeira, carvão e pneus.
• Classe B: materiais líquidos, por exemplo, gasolina, óleo diesel, álcool, óleos comestíveis e óleos 
lubrificantes.
• Classe C: equipamentos elétricos energizados.
• Classe D: materiais pirofóricos, por exemplo, magnésio, zircônio ou titânio.
• Classe F (ou K): ambientes de cozinhas comerciais e industriais.
5.9 Extintores de incêndio
Os extintores de incêndio são equipamentos portáteis ou sobre rodas. Devem considerar uma ou 
mais classes de fogo para um equipamento de combate a incêndio. Os extintores de água pressurizada 
são utilizados em incêndios de classe A e nunca devem ser empregados em incêndios associados a 
painéis ou redes elétricas, enquanto estiverem energizados, devido ao risco de eletrocussão.
Os extintores de espuma mecânica são utilizados para combater incêndios de classes A e B. Os 
extintores de dióxido de carbono podem ser utilizados em classes B e C e no início de fogos de classe A.
Já os extintores de pó químico seco podem ser aplicados em incêndios das classes A, B e C, dependendo 
do tipo de agente inibidor que o pó para extinção de incêndio apresente. O pó químico à base de fosfato 
monoamônico é capaz de combater incêndios das classes A, B e C.
Como exemplo de materiais empregados em combates a incêndios de classe D, podemos citar areia 
e limalha de ferro, sendo fundamental saber quais os meios apropriados de extinção para determinada 
substância com propriedade pirofórica.
Há também misturas gasosas específicas utilizadas em incêndios classe C, por exemplo, etileno 
cloropropano e trifluormetano ou nitrogênio, argônio e gás carbônico – popularmente, esses produtos 
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são conhecidos como gás FM 200(1) e gás FE13(1). Esses materiais substituíram outros anteriormente 
utilizados, como o gás Halon, por ser agressivo à camada de ozônio.
Há sistemas de extinção fixos, a base de dióxido de carbono, misturas gasosas específicas ou ainda 
de criação de espuma (estes últimos empregados em combate a incêndios em tanques e reservatórios).
5.9.1 Conceituação
A provisão de extintores de incêndio nos edifícios se justifica pela necessidade de efetuar o combate 
ao incêndio imediatamente após o seu surgimento, além do fato comprovado de que a grande maioria 
dos incêndios tem origem a partir de pequenos focos. Destaca-se, assim, a importância de se contar com 
equipamentos de combate apropriados para o uso pelos próprios usuários do edifício e que primem pela 
facilidade de manuseio, para que possam ser utilizados a partir de um treinamento básico. Além disso, 
os preparativos necessários para o seu uso não deve consumir um tempo significativo.
Segundo a NBR 12693:2011: Sistemas de proteção por extintores de incêndio – Procedimento, na qual 
este livro se baseia, os extintores de incêndio são divididos em duas categorias: portáteis e sobrerrodas. 
O extintor portátil é definido como sendo um aparelho de acionamento manual, constituído de 
recipiente e seus dispositivos de funcionamento, incluindo em seu interior o agente extintor destinado 
a debelar princípios de incêndio. O peso total desse equipamento não deve ultrapassar 245 N (ou uma 
massa equivalente de 25 kg). 
O extintor sobrerrodas é definido como sendo um aparelho de acionamento manual, apoiado em 
rodas, constituído de recipiente e de dispositivos de funcionamento e de locomoção. Contém agente 
extintor destinado a debelar princípios de incêndios, possuindo peso total superior a 245 N.
5.9.2 Classificação dos extintores
A classificação dos extintores é feita de acordo com o agente extintor, o princípio de extinção e o 
sistema de expulsão.
O fogo ou a combustão dos materiais corresponde a uma reação de óxido-redução exotérmica, 
acompanhada de chamas ou incandescências,que se desenvolve independentemente da causa que a 
provocou, em que o agente oxidante é o oxigênio do ar ou o oxigênio liberado, progressivamente, por 
decomposição química da própria substância que sofre a combustão.
 Observação
Os quatro componentes da combustão são: oxigênio, combustível, calor 
e reação em cadeia. Se qualquer um desses elementos não estiver presente, 
a combustão não pode se desenvolver. Se qualquer um for retirado, a 
combustão cessa. 
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No quadro a seguir estão apresentados os princípios de extinção do fogo que corresponde aos 
agentes extintores atualmente utilizados no Brasil.
Quadro 7 – Classificação dos extintores segundo o agente extintor, princípio 
de extinção e sistema de expulsão do agente extintor
Agente extintor Princípiode extinção
Sistema de expulsão
Autogeração Autoexpulsão Pressurização indireta
Pressurização 
direta
Água Resfriamento X X
Soda-ácido Resfriamento X
Espuma química
Abafamento
Resfriamento
X
Carga líquida Resfriamento X
Espuma mecânica AbafamentoResfriamento X X
Pó químico b/c
Pó químico a/b/c
Reação química
Reação química, 
abafamento (para 
fogo classe a)
X
X
X
X
Pó químico d
Reação química
Abafamento
Resfriamento X
Gás carbônico (co2)
Abafamento
Resfriamento X X (aplicável 
em ambientes 
de baixa 
temperatura) 
Hidrocarbonetos 
halogenados
Reação química
Abafamento (para 
fogo classe a)
X
Fonte: Tomina et al. (2010, p. 61).
Os quatro princípios de extinção do fogo são:
• abafamento – substituição do oxigênio por gás inerte ou impedindo o acesso do oxigênio;
• resfriamento – arrefecimento do combustível de modo a inibir a liberação de vapor e gases inflamáveis;
• isolamento – remoção ou diluição do combustível;
• quebra de reação - inibição da reação em cadeia.
De acordo com o método de expulsão do agente extintor, os extintores são classificados como:
• de autogeração – quando a pressão necessária à expulsão do agente é provida pela reação química 
do próprio agente extintor;
• de autoexpulsão – quando o agente extintor é mantido no recipiente do extintor na forma de gás 
liquefeito;
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• de pressurização direta – quando o agente extintor é mantido sob pressão no recipiente com o 
uso de nitrogênio, gás carbônico ou ar comprimido, que se constitui em agente propelente;
• de pressurização indireta – quando o gás propelente é mantido em uma ampola separada e só 
ingressa no recipiente onde está o agente extintor para o combate ao fogo.
5.9.3 Classificação segundo a carga nominal e a capacidade extintora
Os extintores são classificados segundo a sua capacidade extintora, baseando-se nas normas 
brasileiras:
• NBR 15808: Extintor de incêndio portátil – Requisitos e métodos de ensaio.
• NBR 15809: Extintor de incêndio sobre rodas – Requisitos e métodos de ensaio.
A NBR 15808 apresentou a tabela a seguir, considerando como era a classificação dos extintores 
portáteis e sobrerrodas, antes da publicação das normas ABNT 15808 e 15809.
A seguir apresentaremos a classificação dos extintores segundo o agente extintor, a carga nominal 
e a capacidade extintora equivalente para extintores fabricados antes da publicação das normas ABNT 
NBR 15808 e 15809.
Tabela 12 – Classificação dos extintores
Agente extintor
Extintor portátil Extintor sobrerrodas
Carga Capacidade extintora 
equivalente
Carga Capacidade extintora 
equivalente
Água 10 L 2A 75 L
150 L
10A
20A
Espuma química 10 L
20 L
2A:2B
2A:5B
75 L
150 L
6A:10B
10A:20B
Espuma mecânica 9 L 2A:20B
Gás carbônico (co2) 4,0 kg
6,0 kg
2B
2B
10 kg
25 kg
30 kg
50 kg
5B
10B
10B
10B
Pó químico à base de 
bicarbonato de sódio
1,0 kg
2,0 kg
4,0 kg
6,0 kg
8,0 kg
12,0 kg
2B
2B
10B
10B
10B
20B
20 kg
50 kg
100 kg
20B
30B
40B
Hidrocarbonetos 
halogenados
1,0 kg
2,0 kg
2,5 kg
4,0 kg
2B
5B
10B
10B
Fonte: Tomina et al. (2010, p. 63).
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5.9.4 Classificação dos riscos
Para fins de proteção contra incêndio por extintores, deve-se determinar o risco utilizando o Anexo 
A e a Tabela A.1 da NBR 12693:2010, que apresenta as principais ocupações e usos e sua carga de 
incêndio específica, dada em megajoule por metro quadrado (MJ/m²). 
A partir da identificação da carga de incêndio específica, você consegue determinar o tipo e 
quantidade de extintores que serão necessários para proteger a edificação.
Quando temos arranjos específicos de armazenamento, a determinação das cargas de incêndio 
específicas deve seguir as orientações do Anexo B da NBR 12693, que estabelece os valores de energia 
liberada por massa de material (expressos em MJ/kg). A partir da quantidade em massa armazenada do 
material no ambiente e a área que ele ocupa, é possível determinar a carga de incêndio específica de 
um determinado material. 
5.9.5 Seleção do agente extintor
De acordo com a natureza do fogo, os agentes extintores devem ser selecionados dentre os constantes 
da tabela a seguir.
Tabela 13 – Seleção do agente extintor segundo a classificação do fogo 
Classe de 
fogo
Agente extintor
Água Espuma química*
Espuma 
mecânica
Gás 
carbônico 
(CO2)
Pó B/C Pó A/B/C Hidrocarbonetos halogenados
A (A) (A) (A) (NR) (NR) (A) (A)
B (P) (A) (A) (A) (A) (A) (A)
C (P) (P) (P) (A) (A) (A) (A)
D Deve ser verificada a compatibilidade entre o metal combustível e o agente extintor
Nota: (A) Adequação à classe de fogo
(NR) Não recomendado à classe de fogo
(P) Proibido à classe de fogo
*Extintores com carga de espuma química tiveram sua norma cancelada a partir de 1° de janeiro de 1990
Fonte: Tomina et al. (2010, p. 63).
5.9.6 Condições de projeto
Para efeito da norma brasileira, os sistemas de extintores são divididos em dois tipos: sistema de 
extintores portáteis e sistema de extintores portáteis e sobrerrodas. 
No mínimo 50% do número total de unidades extintoras exigidas para cada risco deve ser constituído 
por extintores portáteis.
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Quando utilizamos extintores sobrerrodas, devemos observar o seguinte:
• não se admite a possibilidade de um extintor sobrerrodas proteger locais situados em pavimentos 
diferentes;
• só são admitidos extintores sobrerrodas nos cálculos das unidades extintoras quando estes tiverem 
livre acesso a qualquer parte da área protegida, sem impedimentos de portas, soleiras, degraus no 
piso, materiais e equipamentos.
Recomenda-se o uso de sistemas de proteção do tipo 2 de instalação para as seguintes atividades:
• instalações de produção e manipulação, armazenamento e distribuição de derivados de petróleo 
e/ou solventes polares;
• riscos de classe C, como motores elétricos, transformadores refrigerados a óleo e acessórios elétricos.
Devem possuir obrigatoriamente sistemas de proteção enquadrados no tipo 2 de instalação os 
edifícios destinados a garagens coletivas e oficinas mecânicas, sempre que tiveram área superior a 200 
m2 e não possuírem hidrantes.
 Lembrete
Essa recomendação é feita considerando-se que os extintores 
sobrerrodas permitem maior alcance de jato, tempo de descarga e vazão de 
agente extintor aplicado em comparação a extintores portáteis.
5.9.7Posicionamento dos extintores na edificação
Os extintores podem, a critério do projetista, ser locados interna ou externamente à área de risco a 
proteger.
Para a instalação dos extintores portáteis, devem ser observadas as seguintes exigências:
• quando forem fixados em paredes ou colunas, os suportes devem resistir a três vezes a massa total 
do extintor.
• para extintores portáteis fixados em parede, devem ser observadas as seguintes alturas de 
montagem:
– a posição da alça de manuseio não deve exceder 1,60 m do piso acabado;
– a parte inferior deve guardar distância de, no mínimo, 0,20 m do piso acabado.
• os extintores portáteis não devem ficar em contato direto com o piso.
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Destaca-se, ainda, que o extintor deve ser instalado de maneira que:
• haja menor probabilidade de o fogo bloquear seu acesso;
• seja visível, para que todos os usuários fiquem familiarizados com a sua localização;
• permaneça protegido contra intempéries e danos físicos em potencial;
• não fique obstruído por pilhas de mercadorias, matérias-primas ou qualquer outro material;
• esteja junto ao acesso dos riscos;
• sua remoção não seja dificultada por suporte, base, abrigo etc. e não fique instalado em escadas.
Nos riscos constituídos por armazéns ou depósitos em que não haja processos de trabalho, a não 
ser em operações de carga e descarga, é permitida a colocação dos extintores em grupos e próximos às 
portas de entrada e/ou saída.
5.9.7.1 Indicações para fogo classe A
A capacidade extintora mínima dos extintores de incêndio e as distâncias máximas a percorrer, para 
as classes de riscos isolados, são devidamente regulamentadas. Essa capacidade é a de um só extintor 
ou a soma daquelas de vários extintores, respeitando-se o mínimo estabelecido na tabela a seguir, por 
tipo de risco.
Os requisitos de proteção podem ser satisfeitos com extintores de capacidade extintora maior, 
contanto que a distância a percorrer não exceda 20 m.
A área a ser protegida por um extintor, para determinada classe A, é apresentada na Tabela 15. Esses 
valores são determinados pela multiplicação da área máxima por unidade de A (a seguir) pelas várias 
classes A até que o valor de 800 m2 seja alcançado.
Tabela 14 – Determinação da unidade extintora área e distância 
a percorrer para o fogo classe A
Risco pequeno Risco médio Risco grande
Unidade extintora 2 A 2 A 4 A
Área máxima protegida pela capacidade 
extintora de 1-A 270 m
2 135 m2 90 m2
Área máxima protegida por extintor 800 m2 800 m2 800 m2
Distância máxima a percorrer até o 
extintor 25 m 20 m 15 m
Fonte: Tomina et al. (2010, p. 66).
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Tabela 15 – Área máxima a ser protegida por extintor 
Extintores de classe A Risco pequeno (m2) Risco médio (m2) Risco grande (m2)
2 A 540 270 –
3 A 800 405 –
4 A 800 540 360
6 A 800 800 540
10 A 800 800 800
20 A 800 800 800
30 A 800 800 800
40 A 800 800 800
Fonte: Tomina et al. (2010, p. 66).
O exemplo de distribuição apresentado anteriormente ilustra o número, a localização e a capacidade 
extintora dos extintores, de acordo com a classe de ocupação.
5.9.7.2 Indicações para fogo classe B
Os riscos de incêndio de classe B dividem-se em duas categorias.
Categoria 1 – líquidos com profundidade até 6 mm
O fogo envolve líquidos inflamáveis em profundidade não apreciáveis, tais como: derramamento de 
combustíveis em superfícies abertas, vapores liberados de recipiente ou tubulação e fogo se alastrando, 
originado de recipiente quebrado. 
A unidade extintora mínima dos extintores e as distâncias máximas a percorrer são as previstas 
na tabela a seguir. Os extintores com capacidade extintora inferior às designadas para risco pequeno 
podem ser utilizados, mas não devem ser considerados para atender os requisitos dessa tabela.
Tabela 16 – Unidade extintora e distância a percorrer para fogo classe B
Tipo de risco Unidade extintora Distância máxima a percorrer (m)
Pequeno 10 B 10
20 B 15
Médio 20 B 10
40 B 15
Grande 40 B 10
80 B 15
Fonte: Tomina et al. (2010, p. 69).
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Unidade III
Categoria 2 – líquidos inflamáveis com profundidade superior a 6 mm
Esta categoria envolve fogo em líquidos inflamáveis em profundidades apreciáveis, considerados 
como riscos pontuais, tais como tanques com superfícies abertas, geralmente encontradas em 
indústrias e oficinas – por exemplo, tanques para imersão utilizados em processos de limpeza, 
pintura etc.
Para tal categoria, deve ser considerada a proporção de 20 B para cada metro quadrado de superfície 
de líquido inflamável. E a distância máxima a percorrer não deve exceder 15 m.
Extintores de espuma mecânica podem ser considerados na proporção de 10 B de capacidade 
extintora para cada metro quadrado de área de risco pontual.
As unidades extintoras devem ser correspondentes a um só extintor, não podendo fazer combinações 
de dois ou mais extintores, com exceção dos extintores de espuma mecânica.
Mesmo que determinado risco de incêndio classe B esteja protegido por sistemas fixos de extinção, 
é desejável que existam extintores portáteis disponíveis, pois: um tanque queimado pode resultar em 
derramamento de líquido em chama, fora do alcance dos equipamentos fixos, e um incêndio pode 
começar nas adjacências do tanque antes que no interior.
 Lembrete
Recomenda-se que recipientes com superfície superior a 1 m2 não 
devem depender exclusivamente de extintores.
A seleção do tipo apropriado e sobre capacidade dos extintores de classe B para incêndio em gases e 
líquidos inflamáveis pressurizados segue as recomendações dos fabricantes de equipamentos específicos 
para essa categoria. Destaca-se que não é aconselhável tentar extinguir incêndios de combustíveis 
pressurizados se não houver garantias razoáveis de que a fonte de combustão possa ser rapidamente 
eliminada, evitando-se uma possível explosão.
5.9.7.3 Indicações para fogo classe C
Os extintores necessários à classe C devem utilizar agentes extintores não condutores de eletricidade, 
a fim de proteger os operadores em situações em que são encontrados equipamentos energizados.
Os extintores para fogo de classe C devem ser selecionados segundo as dimensões do equipamento 
elétrico. É preciso que eles sejam baseados na configuração do equipamento elétrico, particularmente 
a carcaça da unidade que influencia na aplicação do agente extintor. Por fim, destacamos mais dois 
fatores: o efetivo alcance do fluxo do agente extintor e a soma dos materiais que resultem em fogos 
classe A e/ou B.
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Quando a energia de um equipamento elétrico estiver desligada, o fogo a ser extinto adquire as 
características de classe A e/ou B.
Para grandes instalações, em que a continuidade de energia é essencial, recomenda-se também a 
instalação de proteção fixa contra incêndio.
5.9.7.4 Indicações para fogo classe D
A determinação do tipo e quantidade de agente extintor deve ser baseada no material combustível 
específico, sua configuração e área a ser protegida, bem como as recomendações do fabricante do 
agente extintor.
A distância máxima a ser percorrida para a classe D é de 20 m.
5.9.8 Exemplo de dimensionamento de um sistema de proteção por extintores para 
uma edificação com carga deincêndio classe A
Tomemos como exemplo um depósito de papelão ondulado, que, segundo a NBR 12693:2011, 
classifica-se como uma ocupação do risco médio.
O material combustível apresentado identifica a natureza do fogo como sendo classe A, ou seja, 
combustível sólido. 
Considerando-se que para risco médio a área máxima protegida pela capacidade extintora de 1A é 
de 135 m2 (ver Tabela 14), temos: 1500/135 = 11,1. Portanto, são necessárias doze unidades de A, no 
mínimo, para a proteção do risco. Logo, se a proteção para área máxima protegida por extintor é de 800 
m2, temos: 1500/800 = 1,9.
Ou seja, dois extintores com capacidade extintora 6A, cada um.
Dada a geometria do edifício, não é possível com apenas dois extintores o cumprimento da distância 
máxima a percorrer, de 20 m, tornando-se necessário um acréscimo de extintores. Adotando-se 540 
m2 de área máxima a ser protegida por extintor (ver Tabela 15), temos: 1500/540 = 2,8. Portanto, três 
unidades extintoras (cada uma com capacidade de 4A), perfazendo o total de 12A, no mínimo.
Com essa quantidade de extintores, facilmente deve-se cumprir com o requisito de distância máxima 
a percorrer, porém o projetista deve ainda considerar a escolha do agente extintor, conforme Tabela 13.
Outras distribuições devem ser possíveis para o cumprimento desta norma, por exemplo:
Em função de conveniências, o projetista pode dispor de extintores não portadores de capacidade 
extintora e/ou dispor de extintores de capacidades extintoras diferentes daquelas calculadas, assim 
como aumentar o número de extintores com diferentes capacidades extintoras. Nesse caso, conforme 
citado anteriormente, teríamos:
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Unidade III
Quadro 8 – Extintores
4 extintores 2A
+
1 extintor 4A
ou
6 extintores 2A
12A 12A
Dessa forma, observa-se que as unidades de A podem ser somadas. Para o depósito, qualquer solução 
é satisfatória, respeitando-se uma quantidade mínima de três extintores, cuja somatória de unidades de 
A seja, no mínimo, doze.
5.10 Chuveiros automáticos para extinção de incêndios (sprinklers)
Os sprinklers são instalações hidráulicas constituídas de redes de tubulações afixadas à edificação. 
Contêm dispositivos automáticos de detecção do calor irradiado no ambiente em que estiver instalado 
para uma situação de incêndio.
Os chuveiros automáticos para extinção de incêndio são dotados de um elemento termossensível 
que, quando exposto a uma determinada temperatura, conhecida como temperatura de operação, se 
rompe. Esse rompimento realiza a abertura do orifício de descarga do chuveiro automático, permitindo 
a saída de água proveniente da rede hidráulica do sistema, com determinada pressão e vazão. 
Essa água liberada atinge um componente do chuveiro automático, chamado defletor, que tem a 
função de distribuir a água uniformemente em uma área de cobertura. 
Os parâmetros de projeto desse sistema devem ser determinados por meio de uma memória de 
cálculo hidráulico. 
Existem elementos termossensíveis para diferentes faixas de temperatura, a fim de atender a diversas 
condições ambientais de instalação dos sistemas de chuveiros automáticos.
5.10.1 Conceitos e definições
Um sistema típico para proteção contra incêndio por chuveiros automáticos apresenta, basicamente:
• fonte de suprimento e abastecimento de água;
• válvulas de controle;
• alarme sonoro;
• rede de distribuição de água;
• chuveiros automáticos instalados individualmente. 
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Os chuveiros automáticos são dimensionados e posicionados em locais específicos, de maneira que 
o arranjo deles proporcione uma cobertura eficiente nos locais abrangidos pelo sistema, conforme as 
características da carga de incêndio do local, para que o seu funcionamento seja o mais eficiente possível 
no ato do princípio de incêndio.
5.10.2 Tipos de sistemas de proteção por chuveiros automáticos
Os principais tipos de sistemas de proteção por chuveiros automáticos e suas definições adotadas na 
NBR 10897 estão detalhadas na tabela a seguir:
Tabela 17 – Tipos de sistemas de proteção por chuveiros automáticos
Tipos de sistemas de 
chuveiros automáticos Definição conforme ABNT NBR 10897:2008
Sistema tipo tubo molhado
Sistema de chuveiros automáticos fixados a uma 
tubulação que contém água e conectada a uma fonte de 
abastecimento, de maneira que a água seja descarregada 
imediatamente pelos chuveiros automáticos, quando 
abertos pelo calor de um incêndio. 
Sistema de ação prévia
Sistema que utiliza chuveiros automáticos fixados a 
uma tubulação que contém ar, que pode ou não estar 
sob pressão, conjugado a um sistema suplementar 
de detecção instalado na mesma área dos chuveiros 
automáticos.
Sistema tipo dilúvio 
Sistema que utiliza chuveiros abertos fixados a uma 
tubulação conectada a uma fonte de abastecimento de 
água por uma válvula, que é aberta pela operação de 
um sistema de detecção instalado na mesma área dos 
chuveiros. Ao ser aberta a válvula, a água flui através da 
tubulação e é descarregada por todos os chuveiros.
Sistema tipo anel fechado
Sistema que utiliza chuveiros automáticos no qual as 
tubulações subgerais múltiplas são conectadas de modo 
a permitir que a água siga mais do que uma rota de 
escoamento até chegar a um chuveiro em operação. 
Neste sistema, os ramais não são conectados entre si.
Sistema tipo grelha
Sistema de chuveiros automáticos no qual as tubulações 
subgerais (tubulações que alimentam os ramais) são 
conectadas a ramais múltiplos. Um chuveiro em operação 
recebe água pelas duas extremidades do ramal, enquanto 
outros ramais auxiliam a transportar água entre as 
tubulações subgerais.
Fonte: Paula (2014, p. 27). 
5.10.3 Componentes do sistema de proteção por chuveiros automáticos
Os componentes associados à concepção de um sistema de proteção por chuveiros automáticos estão 
apresentados no quadro a seguir. A Figura 26 detalha o dispositivo chuveiro automático de proteção 
contra incêndio, conhecido popularmente como sprinkler, e a Figura 27 apresenta esquema típico de 
uma instalação de sistema de proteção por chuveiros automáticos, do tipo tubo molhado, considerando 
os componentes apresentados no seguinte quadro: 
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Unidade III
Quadro 9 – Componentes do sistema de proteção por chuveiros automáticos
Componentes dos sistemas 
de chuveiros automáticos Definição conforme NBR 10897 (2008)
Chuveiro automático
Dispositivo para extinção ou controle de incêndios que funciona automaticamente 
quando seu elemento termossensível é aquecido à sua temperatura de operação 
ou acima dela, permitindo que a água seja descarregada sobre uma área específica. 
As especificações técnicas mínimas que os chuveiros automáticos devem atender 
estão descritas na NBR 6135:1998 (ABNT, 1998), por meio dos métodos de ensaios 
da ABNT NBR 6125:1998 (ABNT, 1998). Construtivamente o dispositivo é composto 
de:
a) corpo: parte do chuveiro automático que contém rosca, para fixação da 
tubulação, braços e orifício de descarga, e serve como suporte para os demais 
componentes;
b) defletor: componente destinado a quebrar o jato sólido, de modo a distribuir a 
água;
c) obturador: componente destinado à vedação do orifício de descarga nos 
chuveiros automáticos;
d) elemento sensível: componente destinado a liberar o obturador por efeito da 
elevação de temperatura, por ter atingida a temperatura de operação. 
Coluna de alimentaçãoComposta pelas tubulações verticais de alimentação de um sistema de chuveiros automáticos.
Coluna principal de 
alimentação do sistema (riser) 
Tubo não subterrâneo, horizontal ou vertical, localizado entre a fonte de 
abastecimento de água e as tubulações gerais e subgerais, contando com uma 
válvula de governo e alarme (diretamente na coluna ou no tubo que a alimenta) e 
um dispositivo de alarme de vazão de água.
Válvula de governo e alarme 
(VGA) 
Conjunto composto por válvula seccionadora, válvula de retenção e sistema de 
alarme de fluxo, manômetros, drenos e acessórios. 
Alarme sonoro Dispositivo que deve emitir som, no máximo, 5 min. após o início do fluxo e deve continuar até sua interrupção, interligado ao alarme de vazão de água.
Ramais Tubos aos quais os chuveiros automáticos são fixados.
Tubulações gerais Tubos que alimentam as tubulações subgerais, diretamente ou com conexões.
Tubulações subgerais Tubos que alimentam os ramais.
Sistema de abastecimento de 
água
O sistema de proteção por chuveiros automáticos deve possuir pelo menos um 
abastecimento de água, devendo ser exclusivo e de operação automática, das 
seguintes formas:
a) reservatório elevado;
b) reservatório com fundo elevado ou com fundo ao nível do solo, piscinas, açudes, 
represas, rios, lagos e lagoas, com uma ou mais bombas de incêndio;
c) tanque de pressão.
Nota: algumas dessas opções utilizam sistemas de bombeamento e podem 
necessitar de bombas de pressurização (bombas jockey) para manutenção da 
pressão estática da rede de distribuição.
Fonte: Paula (2014, p. 28). 
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Defletor
Obturador
Orifício de 
descarga
Rosca
Corpo
Elemento 
sensível
(ampola)
Figura 26 – Componentes do dispositivo chuveiro automático
Cross main
Main drain
Automatic sprinkles
Branch lines
Local alarm
Alarm valve
Water supply
Inspector’s test 
connection
O. S. & Y. gate valve to control 
water supply to system
Fire dept. 
connection
Bulk main 
(riser)
Figura 27 – Componentes do sistema de chuveiros automáticos, para instalações do tipo tubo molhado
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Unidade III
A válvula de governo e alarme (VGA), para os sistemas de tubo molhado, trabalha como uma válvula 
de retenção, com uma série de orifícios roscados para a ligação de dispositivos de controle e alarme, 
que são:
• válvula de drenagem de 1 ½” ou 2”, para esvaziar a tubulação da rede hidráulica do sistema, 
permitindo o reabastecimento da rede no caso de uma substituição dos chuveiros automáticos;
• manômetros, a montante e a jusante do obturador da VGA, sendo que o manômetro superior deve 
marcar uma pressão igual ou maior que o inferior;
• linha de alarme para ligar o pressostato e o alarme hidromecânico (com câmara de retardo, 
quando necessário).
Com a abertura de um ou mais chuveiros automáticos, no princípio de incêndio, a água será 
descarregada pelo seu orifício, e a pressão na rede de distribuição diminuirá. Consequentemente, a 
pressão de água abaixo do obturador da VGA, por diferença de pressão, impele-o para cima, fornecendo 
água ao sistema e provocando a abertura da válvula auxiliar. Assim, promove a passagem da água para 
o circuito de alarme, para seu acionamento e o enchimento da câmara de retardo. Quando a câmara de 
retardo está completa, a água flui para acionar o motor de alarme e/ou o pressostato, que ativará uma 
campainha elétrica de alarme. O pressostato pode ser conectado para ativar o alarme com circuitos 
normalmente abertos ou normalmente fechados. Para prevenir falsos alarmes devido a falsas variações 
de pressão da fonte de abastecimento de água, a câmara de retardo acumula pequenas quantidades de 
água, que fluem através do circuito de alarme nesses casos.
Pode ser acoplada uma válvula de teste do alarme sonoro e de drenagem, opcionalmente, para 
testá-lo de forma hidrodinâmica.
5.10.4 Requisitos construtivos do dispositivo chuveiro automático
O dispositivo chuveiro automático é classificado de acordo com os requisitos descritos no quadro a 
seguir: 
Quadro 10 – Classificação dos requisitos construtivos dos chuveiros automáticos
Classificação dos 
requisitos construtivos 
dos chuveiros 
automáticos
Definição conforme ABNT NBR 10897 (2008)
1) Tipo de acionamento
1.a)
Chuveiro automático: chuveiro que possui elemento acionador 
termossensível, que se rompe ao atingir uma temperatura 
predeterminada, descarregando água sobre a área de incêndio. O 
elemento termossensível mais comumente encontrado são os bulbos 
de vidro com o líquido na cor da temperatura de operação do chuveiro 
automático, classificados conforme Tabela 2 da ABNT NBR 10897:2008. 
1.b) Chuveiro aberto: chuveiro que não possui elementos acionadores ou termossensíveis.
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2)
Distribuição de água
2.a) Chuveiro de cobertura extensiva: tipo de chuveiro projetado para cobrir uma área maior do que a área de cobertura de chuveiro padrão.
2.b) Chuveiro tipo spray: chuveiro cujo defletor direciona a água para baixo, lançando uma quantidade mínima de água, ou nenhuma, para o teto.
3) Velocidade de 
operação
3.a)
Chuveiros automáticos de resposta rápida: chuveiros automáticos que 
possuem elementos termossensíveis com itr (índice de tempo de resposta) 
igual ou menor a 50 m/s1/2.
3.b)
Chuveiro automático de resposta imediata e cobertura estendida: tipo de 
chuveiro automático de resposta rápida, projetado para cobrir uma área 
maior do que a área de cobertura de chuveiro padrão.
4) Orientação de 
instalação
4.a)
Chuveiro pendente (pendent): chuveiro projetado para ser instalado em 
uma posição na qual o jato de água é direcionado para baixo, contra o 
defletor.
4.b) Chuveiro em pé (upright): chuveiro projetado para ser instalado em uma posição na qual o jato de água é direcionado para cima, contra o defletor.
4.c)
Chuveiro lateral (sidewall): chuveiro com defletor especial projetado 
para descarregar água para longe da parede mais próxima a ele, em um 
formato parecido com um quarto de esfera. Um pequeno volume de água 
é direcionado à parede atrás do chuveiro.
4.d) Chuveiro embutido: chuveiro decorativo, cujo corpo, ou parte dele, exceto a rosca, é montado dentro de um invólucro embutido.
4.e)
Chuveiro flush: chuveiro decorativo, cujo corpo, ou parte dele, incluindo 
a rosca, é montado acima do plano inferior do teto. Ao ser ativado, o 
defletor se prolonga para baixo do plano inferior do teto.
4.f) Chuveiro oculto (concealed): chuveiro embutido, coberto por uma placa que é liberada antes do funcionamento do chuveiro.
5) Condições especiais 
de uso
5.a) Chuveiro decorativo: chuveiro automático pintado ou revestido com camada metálica pelo fabricante.
5.b)
Chuveiro resistente à corrosão: chuveiros automáticos fabricados com 
materiais resistentes à corrosão, ou com revestimentos especiais, para 
serem utilizados em atmosferas agressivas. 
5.c)
Chuveiro seco: chuveiro fixado a um niple de extensão, que possui um 
selo na extremidade de entrada para permitir que a água ingresse em seu 
interior somente em caso de operação do chuveiro.
Adaptado de: ABNT (2008). 
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Unidade III
5.10.5 Métodos de cálculo dos sistemas de proteção por chuveiros automáticos
O dimensionamento das instalaçõesde sistemas de proteção por chuveiros automáticos podem ser 
realizados conforme métodos descritos no quadro a seguir: 
Quadro 11 – Métodos de cálculo dos sistemas de proteção por chuveiros automáticos
Métodos de cálculo para 
dimensionamento dos 
sistemas de chuveiros 
automáticos
Descrição do método segundo a NBR 10897 (2008)
Método por tabelas
Método de cálculo em que os diâmetros de tubulação são selecionados 
em tabelas preparadas, conforme a classificação da ocupação e no qual 
um dado número de automáticos pode ser alimentado por diâmetros 
específicos de tubulação.
Cálculo hidráulico
Método de cálculo em que os diâmetros de tubulação são selecionados 
com base na perda de carga de modo a fornecer a densidade de 
descarga de água necessária, em milímetros por minuto, ou a pressão 
mínima de descarga ou vazão por chuveiro automático exigida, 
distribuída com um grau razoável de uniformidade sobre uma área 
específica.
Adaptado de: ABNT (2008).
O método para dimensionamento mais adotado para os sistemas é o método por cálculo hidráulico, 
devido à relação custo-benefício apresentada por esse modelo de dimensionamento.
5.10.6 Requisitos a serem considerados na instalação do sistema 
Na concepção do sistema de chuveiros automáticos, deve-se levar em conta o seguinte:
• condições gerais e restrições de uso;
• áreas máximas de proteção;
• definição das temperaturas de operação e velocidade de resposta;
• área de cobertura por chuveiro automático;
• espaçamento entre chuveiros automáticos;
• posicionamento do defletor;
• parâmetros de desempenho para funcionamento do chuveiro automático;
• classificação do grau de risco de acordo com a ocupação;
• requisitos mínimos para os materiais, dispositivos e acessórios empregados nas instalações;
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• requisitos para aceitação dos sistemas ao término de sua instalação;
• requisitos para ensaios e inspeções periódicos, incluindo rotinas de manutenção nos sistemas 
instalados. 
5.10.6.1 Condições gerais e restrições de uso
A instalação dos sistemas de proteção por chuveiros automáticos requer algumas disposições 
específicas:
• O espaçamento entre chuveiros automáticos não deve exceder a maior área de cobertura permitida 
por chuveiro. 
• As válvulas e manômetros do sistema devem estar acessíveis para operação, inspeção e 
manutenção. Esses acessórios não precisam necessariamente estar em local aberto, podendo ser 
instalados em abrigos com portas, painéis removíveis ou tampas. Os acessórios não podem estar 
obstruídos permanentemente por paredes, dutos, colunas ou similares.
• Chuveiros automáticos em pé devem ser instalados com os braços paralelos aos ramais.
Na concepção do sistema, há algumas restrições que devem ser observadas: 
• Os chuveiros automáticos em pé e pendentes de cobertura padrão podem ser usados em todos os 
tipos de riscos e tipos de tetos.
• Os chuveiros automáticos laterais de cobertura padrão só podem ser usados em ocupações de risco 
leve com tetos lisos e planos. Excepcionalmente, podem ser empregados em ocupações de risco 
ordinário com tetos lisos e planos, quando especificamente ensaiados e aprovados para tal fim.
• Os chuveiros automáticos de cobertura estendida só podem ser aplicados em locais cujos tetos 
sejam planos, lisos, sem obstruções, com uma inclinação máxima de 17%.
• Os chuveiros automáticos em pé e pendentes de cobertura estendida podem ser usados dentro 
de treliças metálicas cujos elementos tenham seção transversal máxima de 25 mm, ou tenham 
espaçamento maior que 2,3 m entre si.
5.10.6.2 Áreas máximas de proteção
A área máxima de um sistema de proteção por chuveiros automáticos instalado em um pavimento, 
a partir de uma coluna principal de alimentação, deve ser conforme a tabela a seguir. A área ocupada 
por mezaninos não deve ser considerada no cálculo da área total permitida.
Nos casos em que um único sistema for utilizado para proteger simultaneamente uma área de risco 
extraordinário, assim como uma área de risco leve ou ordinário, a área de risco extraordinário não deve 
superar a área especificada e a área total de cobertura não deve exceder 4.800 m2.
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Unidade III
Tabela 18 – Área máxima servida por uma coluna de alimentação
Tipo de risco Área máxima servida por uma coluna de alimentação m2
Leve 4.800
Ordinário 4.800
Extraordinário (projetado por tabela) 2.300
Extraordinário (projetado por cálculo hidráulico) 3.700
Fonte: ABNT (2008).
5.10.6.3 Definição das temperaturas de operação e velocidade de resposta dos 
chuveiros automáticos
Os chuveiros automáticos de temperatura normal (57 ºC a 77 ºC) devem ser preferencialmente 
usados em todos os edifícios. Em ocupações de risco ordinário e de risco extraordinário, podem ser 
aplicados chuveiros automáticos de temperatura intermediária e temperatura alta. Nos casos em que 
as temperaturas máximas no teto forem superiores a 38 °C, a escolha dos chuveiros automáticos deve 
ser feita de acordo com os valores de temperatura máxima de teto especificado (ver quadro a seguir).
Os locais que apresentarem características especiais de temperatura, como sótãos, vitrines e locais 
próximos a fontes de calor, devem utilizar chuveiros automáticos com temperatura de operação 
conforme o quadro a seguir. 
Em caso de mudança de ocupação que acarrete em alteração de temperatura do ambiente, os 
chuveiros automáticos devem ser modificados apropriadamente.
Quadro 12 – Classificação de temperatura de chuveiros automáticos
 
Localização Temperatura de operação
Os chuveiros automáticos localizados lateralmente a até 300 mm ou 750 mm 
acima de uma tubulação de vapor não isolada ou de outras fontes de calor 
radiante
Intermediária
Os chuveiros automáticos localizados a até 2 m de uma válvula de purga de 
baixa pressão que descarregue livremente em um grande ambiente Alta
Chuveiros automáticos em equipamentos comerciais de cozinha e ventilação
Alta, ou extra-alta dependendo 
da temperatura presente no 
equipamento
Clarabóias (vidro ou plástico) Intermediária
Sótãos - ventilados Normal
Sótãos – sem ventilação Intermediária
Vitrines – ventiladas Normal
Vitrines – sem ventilação Intermediária
Nota: pode ser necessário realizar uma medição no local para confirmação da temperatura
Fonte: ABNT (2008).
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Quanto à sensibilidade térmica dos sprinklers, deve-se observar o seguinte:
• os chuveiros automáticos em novos sistemas instalados em ocupações de risco leve devem ser de 
resposta rápida;
• chuveiros automáticos de resposta normal podem ser utilizados quando forem feitas modificações 
ou adições em sistemas existentes em ocupações de risco leve que utilizem chuveiros automáticos 
de resposta normal;
• quando sistemas existentes em ocupações de risco leve forem convertidos para o uso de 
chuveiros automáticos de resposta rápida, todos os chuveiros automáticos que fizerem 
parte da mesma área de incêndio devem ser substituídos por chuveiros automáticos de 
resposta rápida;
• chuveiros automáticos de resposta rápida não são permitidos em ocupações de risco extra ou 
extraordinário, se o sistema for calculado pelo método de área-densidade.
5.10.6.4 Área de cobertura por chuveiro automático
As áreas de cobertura por chuveiro automático abrangem: (a) determinação da área de cobertura 
– chuveiros automáticos em pé e pendentes de coberturapadrão; (b) área máxima de cobertura; (c) 
determinação da área de cobertura – chuveiros automáticos laterais de cobertura padrão.
5.10.6.5 Determinação da área de cobertura – chuveiros automáticos em pé e 
pendentes de cobertura padrão
A área de cobertura por chuveiro (As) será estabelecida pela multiplicação da dimensão S pela 
dimensão L, ou seja:
As = S x L, conforme descrito a seguir e exemplificado nas Figuras 28 e 29:
• ao longo dos ramais (S) – Determinar a distância entre chuveiros automáticos (ou até 
a parede ou obstrução no caso do último chuveiro no ramal), a montante ou a jusante. 
Escolher a maior entre as duas dimensões: o dobro da distância até a parede ou obstrução, 
ou a distância até o próximo chuveiro;
• entre ramais (L) – Determinar a distância perpendicular até o chuveiro no ramal adjacente 
(ou até a parede ou obstrução no caso do último ramal), em cada lado do ramal no qual o 
chuveiro em questão está posicionado. Escolher a maior entre as duas dimensões: o dobro 
da distância até a parede ou obstrução, ou a distância até o próximo chuveiro automático.
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Unidade III
C
A B
D Ramal
Chuveirose A x 2 > B, então A x 2 = S
se B > A x 2, então B = S
se C x 2 > D, então C x 2 = L
se D > C x 2, então D = L
Área por chuveiro = S x L
Figura 28 – Área de cobertura
1,8 m
0,9 m 4,6 m
3,1 m
S = maior dimensão: 4,6 m ou 0,9 m x 2
S = 4,6 m
S = maior dimensão: 3,1 m ou 1,8 m x 2
S = 3,7 m
Área por chuveiro = S x L
= 4,6 m x 3,7 m
= 17 m2
Figura 29 – Área de cobertura (exemplo)
A área de cobertura (As) de chuveiros automáticos de cobertura estendida não deve ser menor do 
que aquela especificada para cada tipo de chuveiro a ser utilizado de acordo com as características 
ensaiadas e aprovadas por entidade ou laboratório de reconhecida competência técnica. 
5.10.6.6 Determinação da área de cobertura – chuveiros automáticos laterais de 
cobertura padrão
A área de cobertura de cada chuveiro (As) deve ser estabelecida pela multiplicação da dimensão S 
pela dimensão L, ou seja: As = S x L, conforme descrito a seguir:
• ao longo da parede (S) – Determinar a distância entre chuveiros automáticos ao longo da parede (ou 
até a parede, no caso do último chuveiro no ramal), a montante e a jusante. Escolher a maior entre 
as duas dimensões: o dobro da distância até a parede final ou a distância até o próximo chuveiro;
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• de um lado a outro do quarto (L) – Determinar a distância do chuveiro automático até a parede 
oposta ao chuveiro ou até o ponto médio do quarto, quando houver chuveiros automáticos em 
duas paredes opostas.
5.10.6.7 Área máxima de cobertura
Em salas pequenas, a área de cobertura de cada chuveiro automático deve ser a área da sala dividida 
pelo número de chuveiros existentes no local.
A máxima área de cobertura permitida para um chuveiro automático em pé e pendente de cobertura 
padrão deve ser conforme o valor indicado no quadro a seguir. 
 Observação
Em nenhum caso a área deve ser superior a 21 m2.
Tabela 19 – Áreas de cobertura máxima por chuveiro automático 
e distância máxima entre chuveiros automáticos (chuveiros automáticos 
em pé e pendentes de cobertura padrão)
Tipo de teto Método de cálculo
Área de cobertura (m2) Distância máxima entre chuveiros automáticos (m)
Leve Ord. Extra Leve Ord. Extra
Não combustível obstruído e 
não obstruído; combustível 
não obstruído
Calculado por tabela 18,6
12,1
8,4
4,6
3,7
Cálculo hidráulico 20,9 9,3/12,1* 3,7/4,6**
Cálculo hidráulico 9,3/12,1* 3,7/4,6**
Cálculo hidráulico 9,3/12,1* 3,7/4,6**
Combustível obstruído
Calculado por tabela
15,6
8,4 3,7
Cálculo hidráulico 9,3/12,1* 3,7/4,6**
Combustível com elementos 
estruturais distanciados a 
menos de 0,90 m
Calculado por tabela
12,1
8,4 3,7
Cálculo hidráulico 9,3/12,1* 3,7/4,6**
*Área de cobertura, risco extra: 9,3 m2, se densidade ≥ 10,2 mm/min, e 12,1 m2, se densidade < 10,2 mm/min.
**Espaçamento máximo: 3,7 m, se densidade ≥ 10,2 mm/min, e 4,6 m, se densidade < 10,2 mm/min.
Fonte: ABNT (2008).
A máxima área de cobertura permitida para um chuveiro automático em pé e pendente de cobertura 
estendida deve ser conforme a tabela a seguir. A máxima área de cobertura de qualquer chuveiro 
automático não deve exceder 37,2 m2.
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Unidade III
Tabela 20 – Áreas de cobertura máxima por chuveiro automático e distância máxima entre 
chuveiros automáticos (chuveiros automáticos em pé e pendentes de cobertura estendida
Risco leve Risco ordinário Risco extra
Teto Área de proteção m2 Distância m
Área de 
proteção m2 Distância m
Área de 
proteção m2
Distância 
m
Sem obstruções
37,2 6,1 37,2 6,1 — —
30,2 5,5 30,2 5,5 — —
24 4,9 24 4,9 — —
— — 18,5 4,3 18,5 4,3
— — 13,7 3,7 13,7 3,7
Incombustível 
obstruído (quando 
especificamente 
ensaiado para este 
fim)
37,2 6,1 37,2 6,1 — —
30,2 5,5 30,2 5,5 — —
24 4,9 24 4,9 — —
— — 18,5 4,3 18,5 4,3
— — 13,7 3,7 13,7 3,7
Combustível 
desobstruído N/A N/A N/A N/A N/A N/A
Fonte: ABNT (2008).
A máxima área de cobertura permitida para um chuveiro (As) deve ser conforme o valor indicado na 
tabela a seguir. A área máxima de cobertura nunca deve exceder 60 m2.
Tabela 21 – Áreas de cobertura máxima por chuveiro automático e distância máxima entre 
chuveiros automáticos (chuveiros automáticos laterais de cobertura padrão)
Risco leve Risco ordinário
Acabamento 
combustível
Acabamento 
incombustível 
ou de 
combustibilidade 
limitada
Acabamento 
combustível
Acabamento 
incombustível 
ou de 
combustibilidade 
limitada
Área de cobertura máxima 11,2 m2 18,2 m2 7,4 m2 9,3 m2
Distância máxima ao longo da parede (S) 4,3 m 4,3 m 3 m 3 m
Largura máxima do quarto (L) 3,7 m 4,3 m 3 m 3 m
Fonte: ABNT (2008).
5.10.6.8 Espaçamento entre chuveiros automáticos
A distância máxima permitida entre chuveiros automáticos deve ser baseada na distância entre 
chuveiros automáticos no mesmo ramal ou em ramais adjacentes. Deve ser medida ao longo da 
inclinação do telhado.
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
A seguir apresentamos as recomendações dispostas que devem ser observadas, de acordo com os 
tipos de chuveiros automáticos:
• Para os chuveiros automáticos tipo em pé e pendentes de cobertura padrão, a distância máxima 
permitida entre chuveiros automáticos deve atender à Tabela 19.
• Para os chuveiros automáticos tipo em pé e pendentes de cobertura estendida, a distância máxima 
permitida entre chuveiros automáticos deve atender à Tabela 20.
• Para os chuveiros laterais de cobertura padrão, deve-se observar:
– a distância máxima permitida entre chuveiros automáticos deve ser medida ao longo do ramal, 
acompanhando sua inclinação, se houver;
– os chuveiros automáticos laterais de cobertura padrão devem ser instalados ao longo de uma 
única parede, de acordo com os valores máximos de espaçamento listados na Tabela 21;
– quando a largura do quarto for superior à largura máxima permitida (até 7,3 m para risco 
leve ou 6,1 m para risco ordinário), os chuveiros automáticos laterais devem ser instalados em 
duas paredes opostas com o espaçamento exigido pela Tabela 21, desde que nenhum chuveiro 
automático esteja localizado dentro da área máximade cobertura de outro chuveiro.
5.10.7 Espaçamento entre chuveiros automáticos e paredes
A distância de um chuveiro automático até uma parede não deve exceder metade da distância 
máxima permitida entre chuveiros automáticos. A distância do chuveiro até a parede deve ser medida 
perpendicularmente à parede.
A NBR 10897:2008 apresenta um detalhamento extenso sobre as condições em que os chuveiros 
automáticos devem ser posicionados, cujo foco neste trabalho é comentar a sua importância para o 
sistema.
As distâncias mínimas entre chuveiros automáticos e entre o chuveiro e a parede devem seguir a 
tabela a seguir, e tal distância deve ser medida perpendicularmente à parede.
Para chuveiros automáticos laterais de cobertura padrão, a distância mínima do chuveiro à 
parede deve ser medida entre o chuveiro na extremidade do ramal e a parede perpendicular à 
parede do ramal.
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Unidade III
Tabela 22 – Distâncias mínimas entre chuveiros automáticos e entre o chuveiro e a parede
Distâncias mínimas
Entre chuveiros (m) Entre o chuveiro e a parede (mm)
1,8 100
Fonte: ABNT (2008).
5.10.8 Posicionamento do defletor
A distância do defletor do chuveiro automático, em relação aos tetos/forros, deve ser observada, pois 
tal parâmetro é importante para garantir a descarga adequada de água no ambiente. Essa distância é 
determinada em função do tipo do chuveiro automático (em pé, pendente ou lateral) e sua característica 
de cobertura (cobertura padrão ou estendida).
Deve ser observada, na definição do traçado da rede hidráulica, a existência de obstruções à descarga 
dos chuveiros automáticos, quanto a anteparos, vigas e paredes que impeçam que a água atinja o risco 
a ser protegido. 
As distâncias mínimas a serem obedecidas e as condições que devem ser observadas estão detalhadas 
na NBR 10897 (2008), cujo foco neste tópico do trabalho é levantar a questão e sua relevância, dado o 
número de situações possíveis que podem ocorrer em tal requisito. 
A norma ABNT 10897 (2008) aborda algumas situações especiais que devem ser observadas quanto 
ao posicionamento dos chuveiros automáticos: 
• espaços encobertos;
• shafts;
• escadas;
• aberturas verticais;
• poços e casas de máquinas de elevadores;
• espaços sob plataformas de carga externas;
• toldos e coberturas de plataformas externas.
5.10.9 Parâmetros de desempenho para funcionamento do chuveiro automático
Os parâmetros de desempenho que influenciam no funcionamento das instalações dos sistemas de 
chuveiros automáticos estão descritos no quadro a seguir:
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Quadro 13 – Parâmetros de desempenho para funcionamento dos chuveiros automáticos
Parâmetros de 
desempenho para 
funcionamento 
dos chuveiros 
automáticos
Descrição dos parâmetros segundo a NBR 10897 (2008)
Fator K de descarga
Segundo a NBR 10897 (2008), o fator K de descarga é a constante que 
determina a capacidade de vazão do chuveiro automático, em que ele é 
determinado pela fórmula K = Q / (P)1/2. Nesse caso, Q é a vazão (em L/
min) e P a pressão (em bar). Os valores de fator K, relativos à descarga 
do chuveiro em função de seu diâmetro de orifício, devem obedecer à 
Tabela 1 do item 5.2.2 da NBR 10897 (2008), transcritas na Tabela 23.
Temperatura
As temperaturas nominais de operação dos chuveiros automáticos 
deverão obedecer aos valores indicados na Tabela 2, do item 5.2.3 
da NBR 10897 (2008), transcritas na Tabela 24. Somente no caso 
de chuveiros automáticos decorativos e de chuveiros automáticos 
resistentes à corrosão os chuveiros automáticos de liga fusível devem 
ter seus braços pintados e os de bulbo de vidro devem ter o líquido 
colorido. Os chuveiros automáticos resistentes à corrosão podem ser 
identificados de três maneiras: com um ponto no topo do defletor, com 
revestimentos de cores específicas e pela cor dos braços.
Fonte: Paula (2014, p. 45).
Tabela 23 – Identificação das características de descarga 
dos chuveiros automáticos – fator nominal (K)
Fator nominal (K) Diâmetro nominal da rosca
L/min/bar 1/2 gpm/psi ½ mm 
20 1,4 DN 15
27 1,9 DN 15
40 2,8 DN 15
61 4,2 DN 15
80 5,6 DN 15
115 8,0 DN 15 ou DN 20
161 11,2 DN 15 ou DN 20
202 14,0 DN 20
242 16,8 DN 20
282 19,6 DN 25
323 22,4 DN 25
363 25,2 DN 25
403 28,0 DN 25
Fonte: ABNT (2008).
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Unidade III
Tabela 24 – Limites de temperatura, classificação e código de cores dos chuveiros automáticos
Máxima temperatura 
no teto °C
Limites de 
temperatura °C
Classificação da 
temperatura Código de cores
Cor do líquido do 
bulbo de vidro
38 57–77 Ordinário Incolor ou preta Vermelha ou laranja
66 79–107 Intermediário Branca Amarela ou verde
107 121–149 Alto Azul Azul
149 163–191 Extra-alto Vermelha Roxa
191 204–246 Extra-extra-alto Verde Preta
246 260–302 Ultra-alto Laranja Preta
329 343 Ultra-alto Laranja Preta
Fonte: ABNT (2008).
5.10.10 Classificação do grau de risco quanto à ocupação
As ocupações são classificadas pela norma NBR 10897, segundo o grau de risco que elas apresentam, 
conforme descrito no quadro a seguir. Já o Quadro 15 exemplifica as ocupações e sua classificação 
quanto ao risco, conforme as recomendações dispostas no Anexo A da NBR 10897. 
Para que os sistemas de proteção por chuveiros automáticos sejam efetivos, é fundamental que o 
grau de risco seja determinado adequadamente:
Quadro 14 – Classificação do grau de risco quanto à ocupação
Classificação do grau 
de risco nas edificações 
quanto à ocupação
Definição segundo a ABNT NBR 10897 (2008)
Risco leve
Compreendem as ocupações ou parte das ocupações onde a quantidade e/ou a 
combustibilidade do conteúdo (carga incêndio) é baixa, tendendo à moderada, e onde é 
esperada taxa de liberação de calor baixa à média.
Risco ordinário – Grupo I
Compreendem as ocupações ou parte de ocupações onde a combustibilidade do 
conteúdo é baixa e a quantidade de materiais combustíveis é moderada. A altura de 
armazenagem não deve exceder 2,4 m, e são esperados incêndios com moderada taxa de 
liberação de calor.
Risco ordinário – Grupo II
Compreendem as ocupações ou parte de ocupações onde a quantidade e a 
combustibilidade do conteúdo é moderada à alta. A altura de armazenagem não deve 
exceder 3,7 m, e são esperados incêndios com alta taxa de liberação de calor.
Risco extra ou 
extraordinário – Grupo I
Compreendem as ocupações ou parte de ocupações onde a quantidade e a 
combustibilidade do conteúdo são muito altas, podendo haver a presença de pós e 
outros materiais que provocam incêndios de rápido desenvolvimento, produzindo 
alta taxa de liberação de calor. Neste grupo as ocupações não devem possuir líquidos 
combustíveis e inflamáveis.
Risco extra ou 
extraordinário – Grupo II
Compreendem as ocupações com moderada ou substancial quantidade de líquidos 
combustíveis ou inflamáveis.
Adaptado de: ABNT (2008). 
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Quadro 15 – Exemplos de ocupação conforme a classificação segundo a ABNT NBR 
10897:2008
Classificação segundo a ABNT NBR 
10897:2008 Exemplos de ocupações
Risco leve
Igrejas
Clubes
Escolas públicas e privadas (1o, 2o e 3o graus)
Hospitais com ambulatórios, cirurgia e centros de saúde
Hotéis
Bibliotecas e salas de leituras, excetosalas com prateleiras altas
Museus
Asilos e casas de repouso
Prédios de escritórios, incluindo processamento de dados
Áreas de refeição em restaurantes, exceto áreas de serviço
Teatros e auditórios, exceto palcos e proscênios
Prédios da administração pública
Risco ordinário – Grupo 1
Estacionamentos de veículos e showrooms
Padarias
Fabricação de bebidas (refrigerantes, sucos)
Fábricas de conservas
Processamento e fabricação de produtos lácteos
Fábricas de produtos eletrônicos
Fabricação de vidro e produtos de vidro
Lavanderias
Áreas de serviço de restaurantes
Risco ordinário – Grupo 2
Moinhos de grãos
Fábricas de produtos químicos – comuns
Confeitarias
Destilarias
Instalações para lavagem a seco
Fábricas de ração animal
Estábulos
Fabricação de produtos de couro
Bibliotecas – áreas de prateleiras altas
Áreas de usinagem
Indústria metalúrgica
Lojas
Fábricas de papel e celulose
Processamento de papel
Píeres e embarcadouros
Correios
Gráficas
Oficinas mecânicas
Áreas de aplicação de resinas
Palcos
Indústrias têxteis
Fabricação de pneus
Fabricação de produtos de tabaco
Processamento de madeira
Montagem de produtos de madeira
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Risco extraordinário – Grupo 1
Hangares
Áreas de uso de fluidos hidráulicos combustíveis
Fundições
Extrusão de metais
Fabricação de compensados e aglomerados
Gráficas que utilizem tintas com ponto de fulgor menor que 100 °F (38 °C)
Recuperação, formulação, secagem, moagem e vulcanização de borracha
Serrarias
Processos da indústria têxtil: escolha da matéria-prima, abertura de fardos, 
elaboração de misturas, batedores, cardagem etc.
Estofamento de móveis com espumas plásticas
Risco extraordinário – Grupo 2
Saturação com asfalto
Aplicação de líquidos inflamáveis por spray
Pintura por flowcoating
Manufatura de casas pré-fabricadas ou componentes pré-fabricados para 
construção (quando a estrutura final estiver presente e tiver interiores 
combustíveis)
Tratamento térmico em tanques de óleo abertos
Processamento de plásticos
Limpeza com solventes
Pintura e envernizamento por imersão
Fonte: ABNT (2008).
 Saiba mais
Os requisitos mínimos exigidos dos materiais, dispositivos e acessórios 
para as instalações dos sistemas de proteção por chuveiros automáticos são 
devidamente apresentados na NBR 10897 (2008). 
Saiba mais acessando: <http://www.abntcatalogo.com.br>.
5.11 Detectores
Os detectores podem ser térmicos (identificam aumentos de temperatura no recinto onde 
estão instalados), de fumaça (identificam a mudança nas condições de materiais em suspensão, 
resultantes da combustão, na atmosfera do recinto), de gás (identificam a mudança na concentração 
de um determinado gás na atmosfera do recinto) e de chama (identificam as radiações provenientes 
das chamas). 
A correta instalação dos detectores é fundamental para o seu bom funcionamento. É preciso estar 
atento à existência de correntes de ar que possam desviar o fluxo de gases da área de ação dos detectores, 
bem como às interferências de barreiras físicas que tornem os detectores inoperantes.
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5.12 Iluminação de emergência
Existem, dentro da área de segurança contra incêndio, três tipos de iluminação de emergência, a 
saber:
• Iluminação de emergência auxiliar: é empregada nas condições em que as atividades devem 
ser ininterruptas, por exemplo, hospitais e maternidades, transporte público (metrô ou trens), 
aeroportos, entre outras com a mesma característica.
• Iluminação de ambiente ou aclaramento: visa garantir a saída segura de todas as pessoas do 
local em caso de emergência. 
• Iluminação de balizamento ou de sinalização: é um sistema composto por símbolos iluminados 
que indicam a rota de fuga, no caso de uma situação de emergência.
5.13 Hidrantes
O sistema de hidrantes é composto pela distribuição de tomadas d’água e demais acessórios (abrigo 
para mangueiras, mangueiras de incêndio, esguichos, chave para mangueiras). Elas são distribuídas em 
pontos definidos da edificação a partir de um projeto específico, de forma a combater o incêndio em 
combustíveis sólidos, com o emprego de água.
O dimensionamento do sistema de hidrantes deverá ser feito considerando-se sempre os pontos 
mais desfavoráveis. Ou seja, no ponto de menor pressão (mais distante da bomba ou mais próximo da 
caixa d’água elevada), a pressão deverá ser a mínima de projeto, com a vazão requerida de acordo com 
o tipo de sistema.
Os sistemas de hidrante podem ser pressurizados (utilizam-se de bombas para o combate ao incêndio) 
ou por gravidade (a pressão no ponto de combate se obtém pela diferença de cota entre altura da caixa e 
o ponto de combate ao incêndio). Nos sistemas pressurizados, pode-se empregar uma bomba de pequeno 
porte (bomba jockey), que mantém o sistema constantemente pressurizado. Quando ocorrem pequenas 
quedas de pressão, a bomba jockey é acionada para pressurizar novamente a linha até a pressão estática 
determinada pela configuração do sistema, desligando-se em seguida. Quando a válvula de uma tomada 
d’água de um hidrante é aberta, aumenta-se a vazão escoada e a pressão na rede hidráulica do sistema se 
reduz e, como consequência, a bomba jockey começa a funcionar. Após determinado tempo, na medida em 
que o sistema não consiga pressurizar novamente a rede hidráulica à condição original de pressurização 
estática, a bomba principal, de maior porte, começa automaticamente a funcionar. 
Quanto às caixas d’água, o volume d’água armazenado deve levar em conta não só o sistema de 
hidrantes, mas também as necessidades do sistema de sprinklers, quando houver esse sistema empregado 
na edificação.
Os sistemas de hidrantes pressurizados devem possuir alimentação elétrica autônoma, ou seja, um 
circuito independente da instalação deve ser de uso exclusivo do sistema. Também devem ser previstos 
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meios auxiliares de alimentação, por exemplo, geradores ou a existência de motobombas acionadas por 
motor à explosão.
Em caso de manutenção do sistema, é fundamental que se seccionem e bloqueiem todas as fontes 
de alimentação, além de prover meios auxiliares de combate enquanto o sistema estiver desabilitado.
5.13.1 Componentes dos sistemas
O sistema de hidrantes compõe-se basicamente de: um reservatório de água elevado ou em 
reservatório não elevado, com uma bomba de recalque e uma tubulação fixa que alimenta pontos 
terminais, que são os hidrantes propriamente ditos. Os pontos de hidrantes são distribuídos de maneira 
uniforme e estratégica para que toda a área protegida fique ao alcance dos jatos de água, considerando-
se as mangueiras de incêndio com comprimento de no máximo 30 metros, desenvolvidas ao longo de 
seu caminhamento real na área protegida.
O ponto de hidrante compreende uma tomada de água equipada com uma válvula angular para 
controle de vazão de água dotada de uma conexão de saída tipo engate rápido, para possibilitar a 
conexão das mangueiras. Constitui-se, basicamente, de dois lances de 15 metros de mangueira de 40 
mm (1 1/2”) ou 65 mm (2 1/2”) de diâmetro; um esguicho agulheta ou de neblina/jato compacto; uma 
chave de mangueira para facilitar as manobras das uniões e um abrigo metálico ou de fibra de vidro 
para acondicionar os equipamentos. As tomadas de água podem ser instaladas no interior do abrigo, 
entretanto, nesses casos, as dimensões do abrigo deverão propiciar fácil manobra do hidrante.
O sistema de mangotinhos possui basicamentea mesma configuração ao de hidrantes. Possui duas 
diferenças fundamentais, as que lhe conferem maior praticidade e rapidez na sua operação, quais sejam: 
mangueiras semirrígidas de 25 mm (1”), podendo ou não estarem enroladas sem carretéis, e esguichos 
reguláveis.
 Observação
Os componentes das instalações devem ser previstos em normas 
técnicas ou em especificações reconhecidas e aceitas pelos órgãos oficiais. 
Os elementos que não satisfaçam a todas as especificações das normas 
existentes ou às exigências dos órgãos competentes e entidades envolvidas 
devem ser submetidos a ensaios e verificações, a fim de obterem aceitação 
formal da utilização nas condições específicas da instalação, expedida pelos 
órgãos competentes.
5.13.2 Mangueiras e mangotinhos de combate a incêndio
As mangueiras de incêndio para uso de hidrantes devem atender às condições da NBR 11861; as de 
mangotinhos, da EN 694.
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O comprimento total das mangueiras deve ser suficiente para vencer todos os desvios e obstáculos 
que existem, considerando também toda a influência que a ocupação final é capaz de exercer, não 
excedendo os limites estabelecidos na Tabela 25. Para sistemas de hidrantes, deve-se preferencialmente, 
utilizar lances de mangueiras de 15 metros. As uniões para mangueiras de incêndio devem ser fabricadas 
conforme os requisitos da NBR 14349.
5.13.3 Tubulações
A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal inferior a DN65 (2½”). Para sistemas tipo 1, 
poderá ser utilizada tubulação com diâmetro nominal DN50 (2”), desde que comprovado tecnicamente 
o desempenho hidráulico dos componentes e do sistema e aprovado pelo órgão competente.
Todo e qualquer material previsto ou instalado deve ser capaz de resistir ao efeito do calor, mantendo 
seu funcionamento normal. Não sendo possível garantir tal condição, meios de proteção necessários 
devem ser prescritos pelo projetista, em todos os seus detalhes.
 A tubulação deve ser fixada nos elementos estruturais da edificação por meio de suportes metálicos, 
conforme NBR 10897. Devem ser rígidos e espaçados (no máximo a 4 m), de modo que cada ponto de 
fixação resista a cinco vezes a massa do tubo cheio de água (mais 100 kg).
 Os materiais termoplásticos, na forma de tubos e conexões, somente devem ser utilizados enterrados 
e fora da projeção da planta da edificação, satisfazendo a todos os requisitos de resistência à pressão 
interna e a esforços mecânicos necessários ao funcionamento da instalação.
Os tubos de aço devem seguir conforme as NBR 5580, NBR 5587 ou NBR 5590; as conexões de ferro 
maleável, as NBR 6925 ou NBR 6943; as conexões de aço, as ASTM A 234; os tubos de cobre, a NBR 
13206; as conexões de cobre, a NBR 11720; os tubos de PVC, a NBR 5647; e as conexões de PVC, a NBR 
10351.
 Lembrete
A tubulação aparente do sistema deve ser em cor vermelha.
5.13.4 Recalque para o Corpo de Bombeiros
Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivo de recalque, consistindo em um prolongamento 
de mesmo diâmetro da tubulação principal, com diâmetro mínimo DN50 (2”) e máximo de DN100 (4”), 
cujos engates são compatíveis aos utilizados pelo Corpo de Bombeiros local.
Quando o dispositivo de recalque estiver situado no passeio, este deverá ser enterrado em caixa de 
alvenaria, com fundo permeável ou dreno, tampa articulada e requadro em ferro fundido, identificada 
pela palavra incêndio, com dimensões de 0,40 m x 0,60 m, afastada a 0,50 m da guia do passeio; a 
introdução deve estar voltada para cima (em ângulo de 45°) e posicionada, no máximo, a 0,15 m de 
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profundidade em relação ao piso do passeio; o volante de manobra da válvula deve estar situado a no 
máximo 0,50 m do nível do piso acabado. Tal válvula deve ser do tipo gaveta ou esfera, permitindo o 
fluxo de água nos dois sentidos e instalada de forma a garantir seu adequado manuseio.
5.13.5 Esguicho
Os esguichos são dispositivos usados para lançamento de água com mangueiras. Os reguláveis 
possibilitam a emissão do jato compacto ou neblina; os não-reguláveis, somente a emissão de jato 
compacto. A norma brasileira que trata da avaliação dos esguichos reguláveis de combate a incêndio é 
a NBR 14870-1.
O alcance do jato compacto produzido por qualquer sistema não deve ser inferior a 8 m, medido 
da saída do esguicho ao ponto de queda do jato. Para esguicho regulável, essa condição é verificada na 
posição de jato compacto.
5.13.6 Alarme
Todo sistema deve ser dotado de alarme audiovisual, indicativo do uso de qualquer ponto de hidrante 
ou mangotinho, que é acionado automaticamente por meio de pressostato ou chave de fluxo.
5.13.7 Abrigo
As mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas dentro dos abrigos: em zigue-zague ou 
aduchadas conforme especificado na NBR 12779, sendo que as mangueiras semirrígidas podem ser 
acondicionadas enroladas, com ou sem o uso de carretéis axiais ou em forma de oito, permitindo sua 
utilização com facilidade e rapidez.
5.13.8 Válvulas de abertura para hidrantes ou mangotinhos
As válvulas dos hidrantes devem ser do tipo angulares, de diâmetro DN65 (2½”). A válvula angular 
com diâmetro DN40 (1½”) pode ser utilizada para sistemas que utilizem mangueiras de 40 mm, desde 
que comprovado seu desempenho para essa aplicação. Já para mangotinhos, as válvulas devem ser do 
tipo abertura rápida, de passagem plena e diâmetro mínimo DN25 (1”).
 Na ausência de normas brasileiras aplicáveis às válvulas, é recomendável que atendam aos requisitos 
da norma BS 5041, parte 1.
 Observação
Recomenda-se a instalação de válvulas de bloqueio adequadamente 
posicionadas, com o objetivo de proporcionar manutenção em trechos da 
tubulação sem a desativação do sistema. As válvulas que comprometem o 
abastecimento de água a qualquer ponto do sistema, quando estiverem em 
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posição fechada, devem ser do tipo indicadoras. Recomenda-se a utilização 
de dispositivos de travamento para manter as válvulas na posição aberta.
5.13.9 Tipos de sistemas
Os tipos de sistemas previstos são dados na tabela a seguir:
Tabela 25 – Tipos de sistemas
Tipo Esguicho
Mangueiras
Saídas Vazão(l/min)Diâmetro
(mm)
Comprimento
máximo (m)
1 Regulável 25 ou 32 30 1
80(1) 
ou 
100(2)
2 Jato compactoØ16mm ou regulável 40 30 2 300
3 Jato compactoØ 25 mm ou regulável 65 30 2 900
Nota: 
1) Os diâmetros dos esguichos e das mangueiras são nominais.
2) As vazões correspondem a cada saída.
Fonte: ABNT (2000).
5.13.10 Localização dos pontos de hidrante ou de mangotinhos
Os hidrantes ou mangotinhos devem ser distribuídos de tal forma que qualquer ponto da área a ser 
protegida seja alcançado por um (sistema tipo 1) ou dois (sistemas tipos 2 e 3) esguichos, considerando-
se o comprimento da(s) mangueira(s) e seu trajeto real, desconsiderando-se o alcance do jato de água. 
Devem ser posicionados da seguinte forma:
• nas proximidades das portas externas e/ou acessos à área a ser protegida, a não mais de 5 m;
• em posições centrais nas áreas protegidas;
• fora das escadas ou antecâmaras de fumaça;
• de 1,0 m a 1,5 m do piso.
Nos hidrantes externos, quando afastados de no mínimo 15 m ou uma vez e meia a altura da parede 
externa da edificação a ser protegida, poderão ser utilizados até 60 m de mangueira (preferencialmente 
em lances de 15 metros), desde que devidamente dimensionados hidraulicamente. Recomenda-se quesejam empregadas mangueiras de 65 mm de diâmetro, para redução da perda de carga do sistema, e o 
último lance de 40 mm, a fim de facilitar seu manuseio.
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Todos os pontos de hidrantes ou de mangotinhos devem receber sinalização conforme NBR 13435, 
de modo a permitir sua rápida localização.
5.13.11 Dimensionamento
Em qualquer edificação, o dimensionamento deve consistir na determinação do rumo das tubulações, 
dos diâmetros, dos acessórios e dos suportes necessários e suficientes para garantir o funcionamento 
dos sistemas previstos pela NBR 13435.
Para o dimensionamento, deve ser considerado o uso simultâneo dos dois jatos de água mais 
desfavoráveis hidraulicamente (aqueles que proporcionam menor pressão dinâmica no esguicho) 
para qualquer tipo de sistema especificado, considerando-se, no mínimo, as vazões obtidas conforme 
a Tabela 25.
 Lembrete
Independentemente do procedimento de dimensionamento estabelecido, 
recomenda-se a utilização de esguichos reguláveis em função da melhor 
efetividade no combate, mesmo que não proporcione as vazões requeridas pela 
norma vigente.
Recomenda-se que o sistema seja dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho, em 
qualquer ponto do sistema, não ultrapasse 1.000 kPa. Situações que requeiram pressões superiores à 
estipulada serão aceitas, desde que comprovada a adequação técnica dos componentes empregados.
O cálculo hidráulico das tubulações deve ser executado por métodos adequados para este fim, sendo 
que os resultados alcançados precisam satisfazer a uma das seguintes equações apresentadas a seguir:
Colebrook (fórmula universal)
h f
L v
D gf
=
2
2
As representações são as seguintes:
hf = perda de carga, em mca.
f = fator de atrito.
L = comprimento virtual da tubulação (tubos + conexões), em m.
D = diâmetro interno, em m.
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v = velocidade do fluido, em m/s.
g = aceleração da gravidade, em m/s2.
Hazen Williams
J Q C dr= × × − × − ×605 185 185 4 85 105, , ,
As representações são as seguintes:
J = perda de carga por atrito, em kPa/m.
Q = vazão, em L/min.
C = fator de Hazen Williams (vide tabela a seguir).
d = diâmetro interno do tubo, em mm.
Tabela 26 – Fator “C” de Hazen Willians
Tipo de tubo Fator “C”
Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno 100
Aço preto (sistema de tubo seco) 100
Aço preto (sistema de tubo molhado) 120
Galvanizado 120
Plástico 150
Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno de cimento 140
Cobre 150
Nota: os valores do fator “C” de Hazen Williams são válidos para tubos novos
Fonte: ABNT (2000).
V = Q/A; para o cálculo da área deve ser considerado o diâmetro interno da tubulação.
As representações são as seguintes:
V = velocidade da água (m/s) (a velocidade máxima da água na tubulação não deve ser superior a 
5 m/s).
Q = vazão de água (m3/s).
A = área interna da tubulação (m2).
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5.13.12 Reserva de incêndio
A reserva de incêndio deve ser prevista para permitir o primeiro combate durante determinado 
tempo. Após esse período, considera-se que o Corpo de Bombeiros mais próximo atuará no combate, 
utilizando a rede pública, caminhões-tanque ou fontes naturais.
Para qualquer sistema de hidrante ou de mangotinho, o volume mínimo de água da reserva de 
incêndio deve ser determinado conforme indicado: 
V = Q x t
As representações são as seguintes:
Q = vazão de duas saídas do sistema aplicado.
t = tempo; 60 min. para sistemas tipos 1 e 2; e 30 min. para sistema tipo 3. 
V = volume da reserva em litros.
5.13.13 Reservatórios
Devem ser previstos reservatórios elevados, ao nível do solo, semienterrados ou subterrâneos.
Quando o reservatório atender a outros abastecimentos, as tomadas de água destes devem ser 
instaladas de modo a garantir o volume que reserve a capacidade efetiva para o combate. A capacidade 
efetiva do reservatório deve ser mantida permanentemente.
O reservatório deve ser construído de maneira que possibilite sua limpeza sem interrupção total do 
suprimento de água do sistema, ou seja, mantendo pelo menos 50% da reserva de incêndio (reservatório 
com duas células interligadas). Deve, ainda, ser composto de concreto armado ou metálico, obedecendo 
aos requisitos citados. Poderão ser utilizados reservatórios confeccionados com outros materiais, desde 
que sejam asseguradas as seguintes resistências: ao fogo, mecânicas e intempéries.
5.13.14 Bombas de incêndio
As bombas utilizadas devem ser centrífugas. Precisam ser acionadas por motor elétrico ou a 
combustão e devem abastecer exclusivamente o sistema.
A automatização da bomba principal ou de reforço deve ser executada da seguinte maneira: após 
a partida do motor, seu desligamento deve ser acionado somente de forma manual no seu próprio 
painel de comando, localizado na casa de bombas. Ao menos um acionamento manual para as bombas 
principal ou de reforço deve ser instalado em um ponto seguro da edificação, permitindo fácil acesso. O 
funcionamento automático é iniciado pela simples abertura de qualquer ponto de hidrante da instalação.
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Quando for necessário, é preciso manter a rede do sistema de hidrantes ou de mangotinhos 
devidamente pressurizada em uma faixa pré-estabelecida. Para compensar pequenas perdas de pressão, 
uma bomba de pressurização (jockey) deve ser instalada, e sua vazão máxima deve ser de 20 l/min. 
A pressão máxima de operação da bomba de pressurização (jockey) instalada no sistema deve ser 
igual à pressão da bomba principal, medida sem vazão (shut-off). Recomenda-se que o diferencial 
de pressão entre os acionamentos sequenciais das bombas seja de aproximadamente 100 kPa. Não é 
recomendada a instalação de bombas de incêndio com pressões superiores a 1 MPa.
As automatizações da bomba de pressurização (jockey) devem ser feitas por meio de pressostatos 
instalados conforme apresentado na figura a seguir. Devem ser ligados nos painéis de comando, com as 
chaves de partida dos motores de cada bomba.
Um painel de sinalização das bombas principal ou de reforço, elétrica ou de combustão interna deve 
ser instalado onde haja vigilância permanente, dotado de uma botoeira para ligar manualmente tais 
bombas, possuindo sinalização ótica e acústica, indicando pelo menos os seguintes eventos:
• Bomba elétrica
– painel energizado;
– bomba em funcionamento;
– falta de fase;
– falta de energia no comando de partida.
• Bomba de combustão interna
– painel energizado;
– bomba em funcionamento;
– baixa carga da bateria;
– chave seletora na posição manual ou painel desligado.
A bomba de pressurização (jockey) pode ser sinalizada apenas com recurso ótico, indicando “bomba 
em funcionamento”.
A alimentação elétrica das bombas de incêndio deve ser independente do consumo geral, a fim de 
permitir o desligamento geral da energia elétrica, sem prejuízo do funcionamento do motor da bomba 
de incêndio.
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Unidade III
Entrada 
geral
Chave
geral
Consumo
Chave
para a 
bomba
Figura 30 – Esquema de ligação elétrica para acionamento da bomba de incêndio
As chaves elétricasde alimentação das bombas de incêndio devem ser sinalizadas com a inscrição 
alimentação da bomba de incêndio – não desligue.
Nos casos em que houver necessidade de instalação de bomba de reforço, seu funcionamento deverá 
ser automático, sendo acionado por meio de chave de alarme e fluxo, com retardo. 
Para se evitar o superaquecimento da bomba principal, quando estiver funcionando sem vazão, um fluxo 
contínuo de água deve ser previsto, por meio de uma tubulação de 6 mm ou placa de orifício de 6 mm, derivada 
da voluta da bomba e preferencialmente com retorno para o reservatório ou tanque de escorva. 
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Figura 31 – Arrefecimento da bomba principal elétrica
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5.13.15 Bombas acopladas a motores de combustão interna
O motor a combustão deve ser instalado em ambiente cuja temperatura não seja, em qualquer 
hipótese, inferior à mínima recomendada pelo fabricante, ou dotado de sistema de pré-aquecimento 
permanentemente ligado. O tanque de combustível do motor deve ser montado de acordo com as 
especificações do fabricante e deve conter um volume de combustível suficiente para manter o conjunto 
motobomba operando com carga total durante, no mínimo, duas vezes o tempo de funcionamento 
dos abastecimentos de água para cada sistema existente na edificação. Sob o tanque, é preciso que 
seja instalada uma bacia de contenção com volume mínimo de 1,5 vez a capacidade do tanque de 
combustível.
Um painel de comando deve ser instalado no interior da casa de bombas, indicando “bomba em 
funcionamento” e “sistema automático desligado” (chave seletora na posição manual). As baterias do 
motor a explosão, localizadas na casa de bombas, devem ser mantidas carregadas por um sistema de 
flutuação automática, por meio de um carregador duplo de baterias, capaz de carregar uma bateria 
descarregada em até 24 h.
5.13.16 Brigada de incêndio
A formação da brigada de incêndio, necessária para operar um sistema de hidrantes e de mangotinhos, 
deve seguir a NBR 14276.
5.13.17 Aceitação, vistoria e manutenção
5.13.17.1 Aceitação do sistema
Após todos os serviços de execução da instalação, a aceitação do sistema é feita por pro fissional 
habilitado e se destina a verificar os parâmetros principais de desempenho dos sistemas projeta dos 
para a edificação. É composta de: inspeção visual (verificação da conformidade dos equipamentos e 
acessórios instalados), ensaio de estanqueidade das tubula ções dos sistemas e dos reservatórios, e pelo 
ensaio de funcionamento. 
Previamente, é preciso garantir que todos os pontos de hidrantes e/ou mangotinhos estejam 
instalados em conformidade ao projeto e que as tubulações foram execu tadas conforme as indicações 
das plantas.
5.13.17.2 Inspeção visual
Na inspeção, devem ser feitos os seguintes questionamentos:
• O posicionamento dos pontos de hidrantes e/ou mangotinhos corresponde às indicações das 
plantas?
• A reserva de incêndio está armazenada convenientemente e no volume adequado?
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Unidade III
• Os pontos de hidrantes e/ou mangotinhos estão montados com todos os materiais e acessórios 
previstos e totalmente desobstruídos?
• Os pontos de hidrantes e/ou mangotinhos mais favoráveis e mais desfavoráveis hidraulicamente 
correspondem àqueles indicados no projeto?
• Caso a edificação tenha dois ou mais sistemas, estes podem ser prontamente identificados quanto 
às suas características de funcionamento e finalidades?
5.13.17.3 Ensaio de estanqueidade
O sistema deve ser ensaiado sob pressão hidrostática equivalente a 1,5 vez a pressão máxima de 
trabalho, ou 1500 kPa, no mínimo, durante 2 h. Não são tolerados quaisquer vazamentos no sistema.
5.13.17.4 Ensaio de funcionamento
Para o ensaio de funcionamento, é preciso testar a automatização do(s) sistema(s) de hidrantes 
e/ou mangotinhos no cavalete de automatização das bombas principal e de pressurização (jockey), 
verificando: 
• As pressões de regulagem dos pressostatos (liga e desliga) da bomba de pressurização (jockey) 
e (liga) da bomba principal e o acionamento dos alarmes sonoros e/ou óticos. Também deve ser 
testada a partida automática da(s) bomba(s) acionada(s) por grupo gerador de emergência, o qual 
é especificado para entrar em funcionamento ou prontidão se ocorrer a falta de energia no(s) 
motor(es) principal(ais). 
• Testar o funcionamento das bombas principal ou de reforço, ligando-a por meio do acionamento 
manual especificado em B.1.7 e desligando-a no seu próprio painel de comando especificado em 
B.1.6. Caso a automatização da bomba principal ou de reforço seja realizada por meio de chave de 
fluxo, também deverá ser testada a sua operação.
• Ensaiar os dois pontos de hidrantes e/ou mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente, 
medindo-se a pressão dinâmica na ponta dos respectivos esguichos, com auxílio de um tubo de 
Pitot ou outro equipamento adequado e, consequentemente, determinando suas vazões. Deve-se, 
ainda, ser determinada a pressão de descarga da bomba principal ou de reforço e, caso esta esteja 
instalada em condição de sucção negativa, deverá também ser determinada a pressão na sua 
sucção, utilizando-se, para tanto, um manômetro e um manovacuômetro, instalados para cada 
situação. As pressões obtidas nos esguichos e junto à bomba deverão ser iguais ou superiores as 
correspondentes pressões teóricas apresentadas no projeto do sistema.
5.13.17.5 Vistoria periódica
A vistoria periódica compõe o conjunto de atividades a serem desempenhadas, em um período 
máximo de três meses, pelo pessoal da brigada da edificação ou por pessoal especialmente treinado. 
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Visa garantir que o sistema esteja inteiramente ativo e em estado de prontidão para imediata utilização. 
Nenhuma das tarefas pode afetar a capacidade de extinção ou alcance de combate do sistema instalado, 
uma vez que a vistoria é, em geral, uma inspeção visual, além da identificação do pessoal envolvido com 
a preservação e a utilização do sistema.
Para a brigada de incêndio, é preciso relatar o seguinte:
• número de elementos treinados;
• número de vigias diurnos e noturnos;
• bombeiro(s) profissional(ais);
• data do último exercício da brigada;
• número de operários (empregados) residentes na proximidade do risco.
Para a instalação, deve-se efetuar o seguinte questionário:
• Os hidrantes ou os mangotinhos estão desobstruídos e sinalizados?
• As válvulas funcionam normalmente?
• Os engates estão em condições de uso?
• As válvulas de controle seccional são mantidas abertas?
• As válvulas angulares dos hidrantes e as válvulas de abertura rápida dos mangotinhos são mantidas 
fechadas?
• As mangueiras estão acondicionadas adequadamente e prontas para o uso?
• As mangueiras e demais pertences estão guardados em seus abrigos?
• Os esguichos reguláveis do sistema tipo 1 estão acoplados nas mangueiras?
• Os abrigos estão secos e desobstruídos?
• O nível da água está no máximo possível?
• O cavalete de automatização das bombas está em condições de uso?
• A automatização do sistema está em conformidade com o especificado?
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Unidade III
 Observação
As bombas de incêndio,seus acessórios e os dispositivos de alarme 
devem ser postos em funcionamento quinzenalmente, por um período 
mínimo de 15 minutos, exceto para os alarmes sonoros, que poderem ser 
bloqueados logo após sua ativação.
5.13.17.6 Plano de manutenção
O plano de manutenção é o roteiro de inspeção e verificação a que o sistema deve ser submetido. Seu 
objetivo é garantir a melhor preservação de todos os componentes da instalação, constando também 
as providências a serem tomadas para execução da manutenção preventiva naqueles componentes que, 
sabidamente, estão sujeitos a apresentar problemas de funcionamento. 
Esse plano prevê as tarefas que a brigada tem de executar, de forma que seja mínima a possibilidade 
de ocorrer alguma falha de qualquer dos componentes do sistema da edificação – quando em 
funcionamento. O tempo necessário para a execução de um plano varia de acordo com a característica dos 
componentes utilizados na execução das instalações e das atividades necessárias de cada componente. 
Isso ocorre para que se garanta a sua preservação e para que os prazos mínimos para manutenção 
preventiva dos materiais e equipamentos instalados sejam cumpridos, assim como da corretiva, não 
devendo ultrapassar o prazo máximo de um ano.
O plano de manutenção tem como objetivo garantir que:
• todas as válvulas angulares e de abertura rápida tenham sido abertas de forma totalmente normal 
e manualmente e, ao serem fechadas, que a vedação completa tenha sido verificada, garantindo o bom 
estado do corpo da válvula com relação à corrosão;
• todas as válvulas de controle seccional tenham sido manobradas sem nenhuma anormalidade, 
inclusive com relação a vazamentos no corpo, castelo ou juntas;
• todas as mangueiras de incêndio tenham sido inspecionadas, mantidas e acondicionadas conforme 
a NBR 12779;
• todos os esguichos tenham sido usados e sua capacidade de manobra verificada;
• a integridade física dos abrigos tenha sido garantida;
• todas as tubulações estejam pintadas sem qualquer dano, inclusive com relação aos suportes 
empregados;
• a sinalização utilizada nos pontos de hidrantes e/ou mangotinhos esteja conforme o especificado;
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
• os dispositivos de controle da pressão usados no interior das tubulações tenham sido verificados 
quanto à sua eficácia e ao seu funcionamento;
• o funcionamento de todos os instrumentos e medidores instalados tenham sido verificados;
• todas as interligações elétricas tenham sido inspecionadas e limpas, removendo oxidações;
• as gaxetas dos motores/bombas tenham sido verificadas, reguladas ou substituídas, recebendo a 
lubrificação adequada e demais cuidados, conforme instruções dos fabricantes;
• o(s) quadro(s) de comando e de alarme tenha(m) sido totalmente inspecionado(s), atestando seu 
pleno funcionamento.
5.13.18 Aplicabilidade dos sistemas
As edificações com área construída com medidas superiores a 750 m² e/ou altura superior a 12 m 
devem ser protegidas por sistemas de mangotinhos ou de hidrantes.
Tabela 27 – Classificação dos edifícios e aplicabilidade dos sistemas
Grupo Ocupação/uso Sistema Divisão Descrição Exemplos
A Residencial 1 A-1 Habitações multifamiliares Edifícios de apartamentos em geral.
B Serviços de hospedagem 1
B-1 Hotéis e assemelhados Hotéis, motéis, pensões, hospedarias, albergues, casas de cômodos.
B-2 Hotéis residenciais
Hotéis e assemelhados com cozinha própria 
nos apartamentos (incluem-se apart-hotéis, 
hotéis residenciais).
C Comercial varejista 2
C-1
Comércio em geral, 
de pequeno, médio e 
grande portes
Armarinhos, tabacarias, mercearias, fruteiras, 
butiques e outros.
Edifícios de lojas, lojas de departamentos, 
magazines, galerias comerciais, 
supermercados em geral, mercados e outros.
C-2 Centros comerciais Centros de compras em geral (shopping centers).
D
Serviços 
profissionais, 
pessoais e 
técnicos
1 – Locais para prestação de serviços
Escritórios administrativos ou técnicos, 
consultórios, instituições financeiras, 
agências bancárias, lavanderias, reparação e 
manutenção de aparelhos eletrodomésticos, 
pintura de letreiros, repartições públicas, 
cabeleireiros, laboratórios de análises clínicas 
sem internação, centros profissionais e 
outros.
E Educacional e cultura física 1 – Escolas em geral
Escolas em geral, locais de ensino, inclusive 
de artes marciais e ginástica, esportes 
coletivos, saunas, casas de fisioterapias, 
escola para excepcionais, creches, escolas 
maternais, jardins de infância e outros.
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Unidade III
F Locais de reunião de público
1
F-1 Locais onde há objetos de valor inestimável Museus, galerias de arte.
F-2 Templos e auditórios Igrejas, sinagogas, templos e auditórios em geral.
F-3 Centros esportivos Estádios, ginásios e piscinas cobertas com arquibancadas, arenas em geral.
F-4 Clubes sociais
Boates e clubes noturnos em geral, salões de 
baile, restaurantes dançantes, clubes sociais e 
assemelhados.
F-5 Locais para refeições Restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios, cantinas e outros.
2
F-6 Estações e terminais de passageiros
Estações rodoferroviárias, aeroportos, 
estações de transbordo e outros.
F-7
Locais para produção e 
apresentação de artes 
cênicas
Teatros em geral, cinemas, óperas, auditórios 
de estúdios de rádio e televisão e outros.
F-8 Locais para pesquisa e consulta Arquivos, bibliotecas e assemelhados.
G Serviços automotivos 2 –
Garagens com ou sem: 
acesso de público, 
abastecimento de 
combustível, serviços de 
manutenção e reparo
Garagens automáticas, coletivas, oficinas, 
borracharias, postos de combustíveis, 
rodoviárias etc.
H Serviços de saúde e institucionais 1 – Hospitais em geral
Hospitais, clínicas e consultórios veterinários 
e assemelhados (inclui-se alojamento com ou 
sem adestramento), asilos, orfanatos, abrigos 
geriátricos, reformatórios sem celas, hospitais, 
casas de saúde, prontos-socorros, clínicas 
com internação, ambulatórios e postos de 
atendimento de urgência, postos de saúde 
e puericultura, quartéis, centrais de polícia, 
delegacias distritais, postos policiais, hospitais 
psiquiátricos, reformatórios, prisões em geral 
e instituições assemelhadas.
I
Industrial, 
atacadista e 
depósitos
2
I-1
Baixo risco
Locais onde as atividades 
exercidas e os materiais 
utilizados e/ou 
depositados apresentam 
baixo potencial de 
incêndio.
Atividades que manipulam e/ou depositam os 
materiais classificados como de baixo risco de 
incêndio, tais como fábricas em geral, onde 
os materiais utilizados não são combustíveis 
e os processos não envolvem a utilização 
intensiva de materiais combustíveis.
I-2
Médio risco
Locais onde as atividades 
exercidas e os materiais 
utilizados e/ou 
depositados apresentam 
médio potencial de 
incêndio. Depósitos sem 
conteúdo específico
Atividades que manipulam e/ou depositam 
os materiais classificados como de médio 
risco de incêndio, tais como marcenarias, 
fábricas de caixas e de colchões, subestações, 
lavanderias a seco, estúdios de TV, 
impressoras, fábrica de doces, heliportos, 
oficinas de conserto de veículos e outros.
3 I-3Alto risco
Locais onde há alto 
risco de incêndio pela 
existência de quantidade 
suficiente de materiais 
perigosos
Fábricas e depósitos de explosivos, gases e 
líquidos inflamáveis, materiais oxidantes e 
outros definidos pelas normas brasileiras, tais 
como destilarias, refinarias (exceto petróleo, 
terminais e bases de distribuiçãode derivados 
e petroquímicos) e elevadores de grãos, 
tintas, borrachas e outros.
Fonte: ABNT (2000).
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Tomada de água 
p/ mang. 40mm
Válvula de 
abertura rápida
Mangueira 
semirrígida
Esguicho 
regulável
Abrigo
Figura 32 – Sistema tipo 1: Mangotinho com ponto de tomada de água para mangueira de 40 mm
Saída dupla p/ 
mang. 40mm
Válvula de 
abertura rápida
Mangueira 
semirrígida
Esguicho 
regulável
Esguicho regulável 
ou jato compacto
Mangueiras 
de incêndio
Abrigo
Abrigo duplo
Figura 33 – Sistema tipo 2: Hidrante duplo com mangueira semirrígida acoplada
 Saiba mais
Para saber mais, leia: GONÇALVES, O. M.; FEITOSA, E. P. Sistemas de 
chuveiros automáticos: texto técnico. São Paulo: Escola Politécnica da 
Universidade de São Paulo, 1998. Disponível em: <http://www.pcc.usp.br/
files/text/publications/TT_00019.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2015.
5.14 Diques de contenção
O papel dos diques de contenção é fundamental quando ocorrem vazamentos. No entanto, ao 
construir-se um dique de contenção, é preciso prever certos elementos de segurança. Por exemplo, a 
instalação de um dreno para águas pluviais (normalmente fechado), meios de bombeamento do material 
que vazou, existência de extintores interna e externamente ao dique, hidrantes e sistema de proteção 
contra descargas atmosféricas. 
Os tanques devem estar eletricamente aterrados, assim como os veículos que os abastecem ou que 
deles se abasteçam.
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Unidade III
6 SISTEMAS DE EXTINTORES E SISTEMAS DE HIDRANTES
6.1 Sistemas de extintores de combate contra incêndio
Agora vamos apresentar alguns conceitos e informações técnicas que possibilitem avaliar as 
condições de instalação e funcionamento dos sistemas de extintores de incêndio, tendo-se como 
referência a norma brasileira ABNT NBR 12963: Sistemas de proteção por extintores de incêndio.
Esta obra vai permitir que você possa avaliar a adequação dos sistemas instalados e verificar as 
condições de funcionamento dos sistemas, bem como implementar a manutenção dos sistemas. 
6.2 Sistemas de hidrantes e mangotinhos
Os sistemas de hidrantes e de mangotinhos são medidas básicas de proteção contra incêndio. São 
acionados manualmente e instalados nos edifícios para serem utilizados pelos próprios ocupantes (que 
estejam devidamente habilitados) em situações de emergência.
São destinados a princípios de incêndio e dimensionados para descarregar uma quantidade de água 
adequada ao risco que visam proteger, sendo os mangotinhos destinados a riscos leves e os hidrantes 
a riscos leves, médios e pesados. Os dois sistemas requerem brigada de incêndio que possua habilitação 
compatível com as características de cada um e com as técnicas de combate a incêndio específicas do 
risco em questão.
Aplicam-se à proteção dos bens materiais contidos na área onde estão instalados e, indiretamente, 
também protegem vidas humanas, pois controlam o incêndio em seu estágio inicial, evitando que se 
desenvolva e comprometa a segurança dos ocupantes de todo o local.
O sistema de mangotinhos descarrega água em quantidade inferior ao sistema de hidrantes, porém 
em quantidade adequada ao risco da área onde está instalado. Pode ser utilizado com maior facilidade 
e rapidez e por apenas uma pessoa treinada. Além disso, é possível empregá-lo para combater fogos em 
líquidos inflamáveis e para resfriamento de tanques com líquidos inflamáveis ou com gás, uma vez que 
são dotados de esguichos reguláveis, proporcionando descarga de água nebulizada.
São indispensáveis mesmo nos locais equipados com sistemas automáticos de extinção de 
incêndio, pois podem servir como meios auxiliares ou complementares nessa questão. São exigidos 
obrigatoriamente nos edifícios residenciais, comerciais e industriais.
Tabela 28 – Diâmetro dos tirantes em função dos tubos
Tubulação (DN) Diâmetro do tirante do suporte (mm)
Até 100 9,5
De 125 a 200 12,7
De 250 a 300 16,0
Fonte: ABNT (2008).
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Tabela 29 – Diâmetro do suporte em “U” em função dos tubos
Tubulação (DN) Diâmetro do suporte “U” (mm)
Até 50 8,0
De 65 a 150 9,5
De 200 12,7
Fonte: ABNT (2008).
Tabela 30 – Distância máxima entre suportes (em metros)
Diâmetro nominal da 
tubulação (m) 20 25 32 40 50 65 80 90 100 125 150 200
Tubo de aço, exceto 
rosqueado de parede 
delgada
N/A 3,65 3,65 4,60 4,60 4,60 4,60 4,60 4,60 4,60 4,60 4,60
Tubo de aço rosqueado 
de parede delgada N/A 3,65 3,65 3,65 3,65 3,65 3,65 N/A N/A N/A N/A N/A
Tubo de cobre 2,45 2,45 3,05 3,05 3,65 3,65 3,65 4,60 4,60 4,60 4,60 4,60
CPVC 1,70 1,80 2,00 2,15 2,45 2,75 3,05 N/A N/A N/A N/A N/A
 Fonte: ABNT (2008).
mínimo DN 25
Tubo resistente à 
corrosão com um 
chuveiro cortado com 
o mesmo diâmetro e 
orifício do chuveiro 
utilizado na instalação
Piso
Linha de chuveiros mais
Válvula de teste
em local acessível
desfavoráveis hidraulicamente
2,
10
 m
Válvula fim de linha e dreno
Figura 34 – Conexão de ensaio no ponto mais desfavorável do sistema
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de
 c
hu
ve
iro
s a
ut
om
át
ic
os
Vai para sistema de chuveiros do setorNA
NF
NF
DN 25
DN 25
DN
 2
5
DN 25
1
2
3
4
6
5
4
D
T
NA = Normalmente aberta
NF = Normalmente fechada
1. Válvula-gaveta de bloqueio, haste ascendente
2. Manômetro 0 a 20 mca
3. Chave de alarme de fluxo com retardo pneumático, 
 ligada ao painel de alarmes
4. Válvula globo (T) teste - (D) dreno
5. Visor de fluxo
6. União de aço galvanizado com assento plano, com 
placa de orifício resistente à corrosão e orifício igual ao 
do menor chuveiro utilizado na instalação
Figura 35 – Conexão setorial de dreno, ensaio e alarme
Corte A A
Planta
 A A
0,
60
 m
 a
 1
,0
0 
m
Figura 36 – Tomada de recalque na fachada da edificação
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0,60 m
0,
60
 m
Cabeçote de hidrante Ø 100 mm
com duas saídas de Ø 65 mm
Válvula de retenção
Figura 37 – Tomada de recalque em caixa de alvenaria
Suporte Ramais
Para tubo de cobre de até 25 mm, máximo 30 cm.
Para tubo de aço de até 25 mm, máximo 60 cm.
Não é necessário suporte
Figura 38 – Comprimento máximo das derivações
Máximo 0,90 m para tubo de até 25 mm
Máximo 1,20 m para tubo de 32 mm
Máximo 0,90 m para tubo de até 25 mm
Máximo 1,20 m para tubo de 32 mm
Máximo 1,80 m não requer
suportes
Suportes
Caso contrário, prolongar até aqui
Subgeral
Ramais Terça Tampão
Figura 39 – Distância máxima entre chuveiros automáticos da ponta de ramais e suportes
 
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Unidade III
SubgeralTesoura
Tesoura
Suporte
Ramais
É requerido um suporte na primeira 
terça, se o suporte intermediário for 
omitido
Suporte intermediário pode ser omitido
Figura 40 – Posição de suportes entretesouras ou vigas – Situação A
Subgeral
Tesoura
Tesoura
Suporte
Ramais
É requerido um suporte na primeira terça, se 
o suporte intermediário for omitido
Suporte intermediário pode ser omitido
Figura 41 – Posição de suportes entre tesouras ou vigas – Situação B
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Subgeral
Tesoura
Tesoura
Suporte
Ramais
É requerido um suporte na primeira terça, se 
o suporte intermediário for omitido
Suporte intermediário pode ser omitido
Figura 42 – Posição de suportes entre tesouras ou vigas – Situação C
nº 1
nº 5
nº 8
nº 10 nº 11 nº 12
nº 9
nº 2
nº 6
nº 3
nº 7
nº 4
Figura 43 – Tipos de suportes
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6.2.1 Requisitos para instalações dos sistemas de proteção por chuveiros automáticos
O desempenho de um sistema de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos deve ser 
aferido na fase de aceitação, momento em que são realizados os ensaios para verificação do atendimento 
aos requisitos apresentados no projeto do sistema, para que a instalação seja colocada em serviço. 
Os ensaios de aceitação para os sistemas de proteção por chuveiros automáticos são:
• ensaio hidrostático;
• ensaios operacionais do sistema;
• ensaios de desempenho do sistema de bombeamento;
O acompanhamento dos ensaios descritos anteriormente, por parte dos usuários e operadores do 
sistema na edificação, é fundamental para a familiarização e conhecimento das condições de operação 
propostas pelo projeto do sistema.
A tabela a seguir apresenta os requisitos exigidos pela norma NBR 10897 para os ensaios descritos.
Quadro 16 – Requisitos exigidos pela ABNT NBR 10897 (2008) para aceitação dos sistemas 
de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos
Ensaios de aceitação 
dos sistemas 
de chuveiros 
automáticos
Requisitos conforme a ABNT NBR 10897 (2008)
Ensaio hidrostático
a) toda a tubulação e acessórios passíveis de serem submetidos à pressão de trabalho 
do sistema devem ser ensaiados hidrostaticamente à pressão de 1.380 kPa e devem 
manter essa pressão por 2 h, sem perdas. Partes do sistema normalmente sujeitas 
a pressões de trabalho superiores a 1.040 kPa devem ser ensaiadas a uma pressão 
de 350 kPa acima da pressão de trabalho do sistema;
b) em caso de alteração ou ampliação de um sistema existente que afete 20 ou 
menos chuveiros automáticos, o ensaio hidrostático deve ser feito à pressão de 
trabalho do sistema. Caso a alteração ou ampliação afete mais de 20 chuveiros 
automáticos, a nova parte do sistema deve ser isolada e ensaiadas à pressão de 
1.380 kPa, no mínimo, durante 2 h. Modificações que não possam ser isoladas não 
precisam ser ensaiadas à pressão superior à pressão de trabalho do sistema; 
c) aditivos e substâncias corrosivas, como silicato de sódio ou seus derivados, 
salmoura ou outras substâncias químicas, não devem ser usados durante o ensaio 
hidrostático dos sistemas ou para estancar vazamentos;
d) o trecho de tubulação entre o registro de recalque do Corpo de Bombeiros e a 
válvula de retenção na tubulação de recalque deve ser hidraulicamente ensaiado 
nas mesmas condições do restante do sistema;
e) os flanges cegos devem ser sinalizados de modo a serem facilmente percebidos 
quando instalados. Esses flanges devem ser numerados e o instalador deve possuir 
um método de registro que assegure sua remoção ao término dos trabalhos.
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Ensaios operacionais 
do sistema
a) detectores de fluxo: o ensaio dos dispositivos de detecção de fluxo d’água, 
incluindo os circuitos de alarme, deve ser realizado no dreno de fim de linha. O 
ensaio deve gerar um alarme audível, iniciado até 5 min. após a abertura do dreno, 
que deve parar quando cessar o fluxo de água;
b) sistemas de dilúvio: a operação automática da válvula de dilúvio ou de ação 
prévia deve ser ensaiada de acordo com o manual do fabricante. Operações de 
controle remoto e manual, quando presentes, também devem ser ensaiadas;
c) dreno principal: a válvula do dreno principal deve ser aberta e assim permanecer 
até que a pressão do sistema seja estabilizada. As pressões estática e residual 
devem ser registradas no certificado de ensaio do instalador;
d) ensaio operacional: cada hidrante interligado à rede de chuveiros automáticos 
deve ser completamente aberto e fechado sob a pressão do sistema. Quando houver 
bombas de incêndios, tal ensaio deve ser feito com estas em funcionamento. Todas 
as válvulas de controle devem ser completamente fechadas e abertas sob a pressão 
do sistema para assegurar uma adequada operação;
e) válvula redutora de pressão: as válvulas redutoras de pressão devem ser ensaiadas 
após a conclusão da instalação para assegurar seu funcionamento adequado com 
e sem fluxo. O objetivo do ensaio é verificar se a válvula regula adequadamente 
a pressão de saída, sob condição normal e de máxima pressão. Os resultados do 
ensaio de fluxo de cada válvula redutora devem ser registrados no certificado de 
ensaio e materiais do instalador. Os resultados devem incluir a pressão estática e 
residual, na entrada e na saída, assim como a vazão;
f) válvulas de retenção: as válvulas de retenção devem ser ensaiadas para assegurar 
o seu adequado funcionamento. A vazão mínima deve ser a demanda do sistema, 
incluindo a demanda do sistema de hidrantes, se aplicável.
Ensaios de 
desempenho 
do sistema de 
bombeamento
a) As características de vazão e pressão das bombas devem atender às exigências 
seguintes:
a.1) bombas centrífugas horizontais de sucção frontal e turbinas verticais:
— sem vazão, a pressão máxima da bomba não deve ultrapassar 40% 
de sua pressão nominal;
— a 150% da vazão nominal da bomba, esta deve manter uma 
pressão mínima de 65% de sua pressão nominal;
a.2) bombas centrífugas horizontais de carcaça bipartida:
— sem vazão, a pressão máxima da bomba não deve ultrapassar 20% 
da sua pressão nominal;
— a 150% da vazão nominal da bomba, esta deve manter uma 
pressão mínima de 65% de sua pressão nominal;
b) semanalmente, devem ser efetuados ensaios de funcionamento das bombas 
registradas em livro próprio;
c) anualmente, deve ser efetuado um ensaio de desempenho das bombas.
Adaptado de: ABNT (2014). 
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Unidade III
A figura a seguir é citada na NBR 10897 como exemplo para representação gráfica da curva 
característica da bomba centrífuga instalada no sistema de proteção por chuveiros automáticos.
Vazão (%)
Pr
es
sã
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(%
) Bombas centrífugas 
horizontais de carcaça 
bipartida
Bombas centrífugas horizontais de 
sucção frontal e turbinas verticais
Pressão nominal
Va
zã
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no
m
in
al
140
0 50 100 150 200
120
100
80
60
40
20
Figura 44 – Demonstração gráfica das curvas características das bombas
6.2.2 Periodicidade das inspeções, ensaios e manutenções nos sistemas de proteção por 
chuveiros automáticos
O Anexo C da NBR 10897 apresenta as recomendações práticas para registro das inspeções e testes 
iniciais nos sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos recém-instalados. Destaca, 
ainda, uma lista de verificação dos componentes do sistema de chuveiros automáticos que devem ser 
avaliados e a respectiva frequência recomendada.
Deve-se verificar se as atividadesindicadas estão inseridas no plano de manutenção dos sistemas 
entregues, especificando todas as atividades que envolvem a manutenção e respectivo cronograma de 
realização, com responsáveis claramente definidos, para que os sistemas sejam devidamente mantidos 
em condições operacionais.
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Quadro 17 – Lista dos componentes a serem avaliados durante as inspeções, 
ensaios e manutenções dos sistemas de chuveiros automáticos, recomendada 
pela norma NBR 10897
Componentes do sistema de proteção contra 
incêndio por chuveiros automáticos
Atividade
a ser executada Frequência recomendada
Válvulas de controle (com lacre)
Inspeção
Semanal
Válvulas de controle (com cadeado ou ligadas ao 
sistema de alarme) Mensal
Alarmes Trimestral
Manômetros Mensal
Conexão de inspeção (dreno de fim de linha) Mensal
Placa de dados Trimestral
Tubulação e conexões Anual
Suportes Anual
Chuveiros automáticos Anual
Chuveiros automáticos sobressalentes Anual
Registro de recalque Mensal
Alarmes
Ensaios
Trimestral/Semestral
Dreno principal Anual
Manômetros 5 anos
Chaves de fluxo Trimestral
Chuveiros automáticos – temperatura extra-alta 5 anos
Chuveiros automáticos – resposta rápida Após 20 anos e depois a cada 10 anos 
Chuveiros automáticos Após 50 anos e depois a cada 10 anos 
Lavagem das redes 5 anos
Válvulas
Manutenção
Anual, ou conforme necessário
Investigação de obstruções A cada 5 anos, ou conforme necessário
Fonte: ABNT (2008).
 Resumo
Nesta unidade foram desenvolvidos os conhecimentos associados à 
transmissão de calor e como se iniciam a reação química do fogo e seus 
elementos.
Associado a essa questão, foram expostos conceitos de como é possível 
quebrar a reação química do fogo e quais são as medidas ativas de proteção 
contra incêndio que podem ser empregadas nas edificações para este 
combate inicial ao foco de incêndio.
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Unidade III
Estudamos em pormenores os principais requisitos para implantação 
dos sistemas de proteção por extintores, sistema de proteção por hidrantes 
e mangotinhos, sistema de proteção por chuveiros automáticos e sistema 
de detecção e alarme de incêndio.
 Exercícios
Questão 1. (TRF 2011, adaptada) Com relação às Classes de Fogo descritas na NR-23, é INCORRETO 
afirmar que:
A) Os chuveiros automáticos, por possuírem um aprovisionamento conveniente de água sob pressão, 
destinam-se a extinguir exclusivamente fogo Classe A, a qualquer momento, em seu início ou não.
B) Uma das características dos combustíveis sólidos é o fato de queimarem em profundidade; por 
isso, agentes extintores que agem por abafamento, como o tipo dióxido de carbono, são mais 
eficazes na fase inicial do fogo nesse tipo de combustível.
C) O extintor portátil do tipo água pressurizada somente pode ser usado em fogo de Classe A, não 
havendo exceções para o uso em outras classes de fogo.
D) Os líquidos inflamáveis podem ser apagados por extintores portáteis do tipo dióxido de carbono, 
químico seco ou espuma.
E) Dentre as classes de fogo e agentes extintores elencados na NR-23, Classe B é a que admite a 
maior variedade de emprego de agentes extintores.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas 
A) Alternativa correta. 
Justificativa: o sistema de chuveiros automáticos tem como função central realizar o primeiro 
combate ao incêndio, na sua fase inicial, para extingui-lo ou então controlá-lo até a chegada do Corpo 
de Bombeiros.
B) Alternativa incorreta. 
Justificativa: existem apenas duas formas de se combater uma combustão, partindo-se do princípio 
que não haja limitação do combustível (a substância que está queimando): a redução da temperatura 
e a redução de oxigênio. Tais modos encontram-se nos princípios básico de qualquer extintor utilizado 
no combate às chamas.
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
C) Alternativa incorreta. 
Justificativa: no extintor de água, há uma pressurização para fora do extintor, em forma de um 
jato ou de uma neblina. No combate às chamas de origem fibrosa, como madeira ou papéis, devem ser 
utilizados extintores de água ou de espuma.
D) Alternativa incorreta. 
Justificativa: líquidos inflamáveis são líquidos, misturas de líquidos ou líquidos que contenham 
sólidos em solução ou suspensão, que produzam vapor inflamável a temperaturas de até 60,5 ºC, em 
ensaio de vaso fechado, ou até 65,6 ºC, em ensaio de vaso aberto; ou ainda os explosivos líquidos 
insensibilizados dissolvidos ou suspensos em água, ou outras substâncias líquidas cujo fogo pode ser 
apagado com espuma. 
E) Alternativa incorreta. 
Justificativa: a Classe B corresponde aos líquidos inflamáveis e/ou combustíveis, incluindo os gases 
inflamáveis, portanto, com maior variedade de emprego de agentes extintores.
Questão 2. (CESGRANRIO 2014, adaptada) Os sistemas de hidrantes, de chuveiros automáticos e de 
dispersão de espuma são representantes dos sistemas de combate a incêndio(s)
A) Fixos.
B) Móveis.
C) Portáteis.
D) Auxiliares.
E) De porte.
Resolução desta questão na plataforma

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