Buscar

LIVRO-FARMACOLOGIA APLICADA A FARMÁCIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FARMACOLOGIA 
APLICADA A 
FARMÁCIA 
Lucimar Filot da 
Silva Brum 
Laxantes e antidiarreicos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar as classes de fármacos laxantes e antidiarreicos. 
  Explicar o mecanismo de ação, os usos terapêuticos e os efeitos ad-
versos dos laxantes.
  Descrever o mecanismo de ação, os usos terapêuticos e os efeitos 
adversos dos antidiarreicos.
Introdução
O trato gastrointestinal (TGI) é caracterizado por atividade absortiva, 
contrátil ou secretora, e, embora a principal funç ã o do intestino delgado 
seja a digestão e a absorção dos nutrientes provenientes dos alimentos, 
o intestino delgado e o colo, juntos, executam funç õ es importantes, que 
regulam a secreç ã o e a absorç ã o de á gua e eletrólitos (LONGO; FAUCI, 
2015).
O teor final de lí quidos nas fezes depende de um equilí brio entre a 
quantidade que entra no lúmen (ingestã o e secreç ã o de á gua e eletró litos) 
e o volume que sai (absorç ã o) ao longo de todo o TGI. Assim, o volume e 
a consistência das fezes é resultante da quantidade de líquidos, e a água 
representa em torno de 70% a 85% da massa fecal total. 
Condições que promovem a reduç ã o da motilidade e a remoç ã o 
excessiva de lí quidos tornam as fezes endurecidas e impactadas, le-
vando à constipaç ã o. Por outro lado, um aumento da capacidade de 
absorç ã o de lí quidos pelo cólon desencadeia um quadro de diarreia. 
Já as alteraç õ es nas funç õ es motoras e sensoriais do colo resultam em 
sí ndromes altamente prevalentes, como a do intestino irritável, além de 
diarreia e constipaç ã o (LONGO; FAUCI, 2015).
A constipaç ã o e a diarreia sã o patologias comuns e são responsá veis 
por um alto índice de mortalidade, morbidade, desconforto social, 
perda de produtividade no trabalho e custo com recursos médicos e 
medicamentos.
Em geral, apesar da diarreia e da constipaç ã o apresentarem-se apenas 
como simples sintomas incômodos, por outro lado, podem sinalizar 
patologias graves ou potencialmente fatais. No entanto, vale ressaltar 
que, mesmo os sintomas leves podem sinalizar uma lesã o gastrintestinal 
subjacente grave, como o câ ncer colorretal, ou um distú rbio sistê mico, 
como a doenç a tireoideana (LONGO; FAUCI, 2015). 
Nesse cenário, diante das inúmeras possibilidades de causas e gravida-
des dessas patologias, é muito importante que se conheçam os aspectos 
fisiopatológicos bem como os princípios terapê uticos da diarreia e da 
constipaç ã o, de modo a oferecer um tratamento racional aos pacientes 
(BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2016; WHALEN; FINKEL; PANAVELLI, 
2016).
Nesse capítulo vamos abordar os mecanismos de ação e efeitos ad-
versos das diferentes classes de fármacos laxantes e antidiarreicos.
Fármacos laxantes
Os fármacos laxantes são comumente usados para tratar a constipação, uma 
queixa comum na prá tica clí nica que em geral se refere à defecação difí cil, in-
frequente ou aparentemente incompleta e persistente (LONGO; FAUCI, 2015). 
Em geral, as definições científicas para a constipação baseiam-se principal-
mente no nú mero de evacuaç õ es por semana, e estudos têm demonstrado que, 
em indivíduos com a dieta ocidental, a frequê ncia normal das evacuaç õ es pode 
variar de 3 vezes ao dia até pelo menos 3 vezes/semana. No entanto, utiliza-se 
o termo constipaç ã o nã o somente para descrever a reduç ã o da frequê ncia, mas 
també m para expressar a dificuldade de iniciar ou evacuar, a eliminaç ã o de 
fezes duras ou pequenas, ou a sensaç ã o de evacuaç ã o incompleta (BRUNTON; 
CHABNER; KNOLLMANN, 2016). Ou seja, apesar de comumente definida 
como frequência de evacuações inferior a 3 vezes/semana, constipação intesti-
nal também pode envolver outras queixas como esforço evacuatório aumentado 
e fezes muito endurecidas (FUCHS; WANNMACHER, 2017). 
A constipaç ã o, muito comum em mulheres e idosos, em geral está associada 
a muitas causas reversíveis ou secundá rias, incluindo uma baixa ingestã o 
de fibras dieté ticas, fá rmacos que interferem com a motilidade intestinal 
(analgésicos opioides; anti-hipertensivos, clonidina e propranolol; verapamil; 
antidepressivos tricíclicos; antiparkinsonianos; carbonato de cálcio), alterações 
hormonais, distú rbios neurogênicos e doenç as sistêmicas. Porém, na maioria 
dos casos de constipaç ã o crô nica, nã o é encontrada uma causa especí fica 
Laxantes e antidiarreicos2
(BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2016; WHALEN; FINKEL; 
PANAVELLI, 2016).
Exceto em casos passíveis de tratamentos específicos, recomenda-se o 
manejo sintomático de constipação intestinal através de medidas não farma-
cológicas, devido a custo e risco baixos, além de potencial benefício à saúde 
geral, são geralmente indicadas. Medidas não farmacológicas que incluem (a) 
dieta rica em fibras (25 a 30 g/dia) associada à ingestão adequada de líquidos; 
(b) atividade física e (c) desenvolvimento de reflexo condicionado, ou seja, 
condicionamento do mesmo horário diário para evacuação, preferencialmente 
pela manhã, após o desjejum. Entretanto, não há evidência de que a constipação 
intestinal melhore com aumento da ingestão hídrica, exceto em pacientes 
desidratados. Em relação à atividade física, há evidência de menos distensão 
abdominal por gases com atividade física leve. Aumento do consumo de fibras 
ou uso de suplemento de fibras e agentes formadores do bolo fecal constituem 
recomendação frequentemente utilizada (FUCHS; WANNMACHER, 2017).
Vale ressaltar que, para a maioria dos pacientes com constipação intesti-
nal leve, medidas não farmacológicas mostram-se eficazes. Quando não há 
resposta, indicam-se alguns laxativos com propriedade de acumular água e 
eletrólitos no lúmen intestinal (laxantes formadores de bolo fecal), favorecendo 
assim o peristaltismo. Devem ser evitados os laxativos com mecanismo de 
ação irritante da mucosa colônica (FUCHS; WANNMACHER, 2017).
Vejamos agora as características farmacológicas (mecanismo de ação, usos 
terapêuticos e efeitos adversos) das diferentes classes de fármacos laxantes.
Para informações mais detalhadas sobre a fisiopatologia da constipação, leia o livro 
Gastrenterologia e hepatologia de Harrison de D. Longo e A. Fauci.
3Laxantes e antidiarreicos
Mecanismos de ação, usos terapeuticos e efeitos 
adversos de fármacos laxantes
Laxantes formadores de bolo fecal
Os laxantes formadores de bolo fecal, também denominados de laxativos 
formadores de massa ou expansores de bolo fecal, são coloides hidrofílicos 
não digeríveis que promovem a retenção de água nas fezes. Dentre os repre-
sentantes de tal classe, pode-se citar as fi bras solúveis (psyllium, metilcelulose, 
goma guar, goma guar parcialmente hidrolisada), fi bra sintética (policarbofi la 
cálcica) e fi bra insolúvel (farelo de trigo).
Esses agentes promovem a absorção da água, formando assim um gel 
emoliente e volumoso no intestino grosso, causando a distensã o intestinal, 
aumentando, assim, a atividade peristá ltica (KATZUNG; TREVOR, 2017).
O uso desses agentes pode facilitar a formação do bolo fecal e aumentar o 
número de evacuações semanais, sendo úteis em pacientes com constipação 
leve ou crônica devido à quantidade insuficiente de água no bolo fecal. 
Em geral, são bem tolerados e com baixos índices de efeitos adversos, 
porém pode ocorrer obstrução mecânica do esôfago e do cólon, particularmente 
com as fibras insolúveis. Devem ser usados com cautela em pacientes que se 
encontram imobilizados, pois apresentam potencial de causar obstruç ã o intes-
tinal (BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2016; WHALEN; FINKEL; 
PANAVELLI, 2016). Metilcelulose pode causar cólica abdominal, diarreia, 
náusea, vômito.
Laxantes irritantes ou estimulantes
Os laxantes irritantes ou estimulantes (catá rticos) induzem evacuaç ã o intes-
tinal por meio de vá rios mecanismos,apesar de que são pouco elucidados, 
que incluem a estimulaç ã o direta do sistema nervoso entérico e a secreç ã o 
colônica de eletró litos e lí quidos. O uso de tais laxantes pode ser necessá rio 
a longo prazo, sobretudo em pacientes com comprometimento neurológico e 
em pacientes acamados em instituiç õ es de cuidados prolongados.
Como exemplos, temos o óleo de rícino, derivados de difenilmetano (fenolf-
taleína e bisacodil) e derivados antracênicos (sene, cáscara-sagrada, ruibarbo, 
dantrona), sendo que bisacodil e sene são os mais utilizados (KATZUNG; 
TREVOR, 2017).
Com relação ao mecanismo de ação, esses fármacos estimulam termina-
ções nervosas sensitivas na mucosa colônica, afetando o transporte de água 
Laxantes e antidiarreicos4
e eletrólitos do epitélio intestinal, e, dessa forma, promovem a retenção de 
água no lúmen intestinal e aumento de motilidade, estimulação de secreção 
de água/eletrólitos para o lúmen intestinal.
Os derivados da antraquinona, aloe, sene e cá scara sagrada, ocorrem na-
turalmente em plantas. Esses laxantes sã o pouco absorvidos e, apó s hidró lise 
no có lon, produzem evacuaç ã o em 6 a 12 horas quando administrados por 
via oral, e dentro de duas horas quando administrados por via retal. Seu uso 
crô nico leva à uma coloração castanha, conhecida como melanose do có lon. Em 
produtos associados, contendo o amolecedor de fezes docusato, esse fá rmaco 
é ú til no tratamento das constipações causadas por opioides (SILVA, 2010).
O bisacodil, derivado do difenilmetano, está disponí vel em comprimidos 
e supositó rios para o tratamento da constipaç ã o intestinal aguda e crô nica. 
Atua diretamente nas fibras nervosas na mucosa do colo do intestino e produz 
evacuaç ã o dentro de 6 a 10 horas quando administrado por via oral e em 30 
a 60 minutos quando administrado por via retal.
O óleo de rícino é hidrolisado no intestino delgado em á cido ricinoleico, que 
tende a irritar muito o intestino e, dessa forma, aumenta o peristaltismo. Deve 
ser evitado em gestantes, pois pode estimular contraç õ es do útero (BRUNTON; 
CHABNER; KNOLLMANN, 2016; WHALEN; FINKEL; PANAVELLI, 2016). 
Laxantes amolecedores do bolo fecal
Os laxantes amolecedores do bolo fecal, também denominados de laxantes 
umectantes e emolientes fecais ou surfactantes, promovem o amolecimento 
do bolo fecal. Exemplos incluem o docusato, administrado por via oral ou 
enema, e os supositó rios de glicerina.
O docusato só dico (sulfossuccinato de dioctil só dico) e o docusato cá lcico 
(sulfossuccinato de dioctil cá lcico) sã o surfactantes aniô nicos que reduzem 
a tensã o superficial das fezes, com o objetivo de facilitar a mistura das 
substâ ncias aquosas e gordurosas, amolecer as fezes e permitir a evacuaç ã o 
mais fá cil (BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2016).
Com relação ao mecanismo de ação, esses fá rmacos promovem o amole-
cimento do bolo fecal, possibilitando a penetraç ã o de á gua e lipí deos. 
O docusato age como um detergente, possibilitando maior interação entre 
a água e o conteúdo sólido das fezes, permitindo seu amolecimento. Pode ser 
utilizado na dose de 60 a 120 mg ao deitar. Tem eficácia bastante questionável, 
provavelmente inferior ao Psyllium, sem evidência suficiente para indicação no 
tratamento da constipação crônica. Praticamente não existem efeitos adversos 
5Laxantes e antidiarreicos
relatados. É considerado seguro o uso na gravidez, porém recomenda-se não 
usar no primeiro trimestre de gestação.
Nesse grupo de laxantes também pode-se citar o ó leo mineral, agente que 
lubrifica o material fecal, retardando a absorç ã o de á gua das fezes. É utilizado 
na prevenç ã o e no tratamento da impactaç ã o fecal em crianç as de pouca idade 
e em adultos debilitados. Nã o é saboroso, mas pode ser misturado com sucos. 
A aspiraç ã o pode resultar em pneumonite grave por lipí deo. Portanto, o ó leo 
mineral nã o deve ser usado em pacientes acamados devido à possibilidade de 
aspiraç ã o. O uso em longo prazo pode comprometer a absorç ã o das vitaminas 
lipossolú veis (A, D, E, K) (KATZUNG; TREVOR, 2017).
Laxantes salinos e osmóticos
Os laxantes salinos e osmóticos são também denominados agentes osmoti-
camente ativos. Os mais utilizados são o hidróxido de magnésio, o polietile-
noglicol (PEG), a lactulose e o sorbitol. Sã o compostos solú veis, poré m nã o 
absorví veis, que resultam em aumento da liquefaç ã o das fezes, devido a um 
aumento da á gua fecal (KATZUNG; TREVOR, 2017).
Os laxantes que contê m cá tions de magné sio ou â nions de fosfato geral-
mente sã o conhecidos como laxantes salinos: sulfato de magné sio, hidró xido 
de magné sio, citrato de magné sio ou fosfato de só dio. A aç ã o catártica desses 
fá rmacos supostamente resulta da retenç ã o de á gua por via osmótica, que 
resulta em estimulo da peristalse. Outros mecanismos podem contribuir para 
seus efeitos, inclusive a produç ã o de mediadores inflamató rios. Os laxantes 
que contê m magné sio podem estimular a liberaç ã o de colecistocinina, que 
resulta no acú mulo intraluminar de lí quidos e eletró litos e aumenta a motilidade 
intestinal (BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2016). São frequentes 
as queixas de dor ou desconforto abdominal durante o uso dessas medicações.
Soluções eletrolíticas contendo polietilenoglicol (PEG) sã o usadas como 
lavagens colô nicas para preparar o intestino para procedimentos endoscópicos 
ou radiológicos. Esse fá rmaco causa menos cólicas e gases do que outros 
laxantes (FUCHS; WANNMACHER, 2017). 
O sorbitol e a lactulose sã o aç ú cares nã o absorví veis, que podem ser uti-
lizados na prevenç ã o ou no tratamento da constipaç ã o intestinal crô nica. 
Esses aç ú cares sã o metabolizados por bacté rias colô nicas, produzindo intensa 
flatulê ncia e có licas. Os agentes osmoticamente ativos, quando administrados 
em altas doses, produzem evacuaç ã o imediata (purgaç ã o) dentro de 1 a 3 horas. 
O rá pido movimento de á gua na porç ã o distal do intestino delgado e do có lon 
resulta em grande volume de fezes lí quidas, seguido de evacuaç ã o intestinal. 
Laxantes e antidiarreicos6
Citrato de magné sio, uma soluç ã o de sulfato e uma associaç ã o de ó xido de 
magné sio, picossulfato de só dio e citrato podem ser usados no tratamento da 
constipaç ã o intestinal aguda ou para limpeza do intestino antes de procedimen-
tos mé dicos (colonoscopia) (BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2016). 
É muito importante que os pacientes em uso desses fá rmacos mantenham uma 
hidrataç ã o adequada, ingerindo uma quantidade aumentada de lí quido para com-
pensar a perda de lí quido fecal.
Laxantes ativadores dos canais de cloreto
A lubiprostona é um derivado do á cido prostanoico indicado para uso na 
constipaç ã o intestinal crô nica e na sí ndrome do intestino irritável. 
O mecanismo de ação envolve a ativação local de canais de cloro em 
porção proximal do intestino, aumentando a secreção intestinal de fluidos e 
a motilidade intestinal (FUCHS; WANNMACHER, 2017). Assim, promove 
o aumento da secreç ã o de lí quido rico em cloreto no intestino, o que estimula 
a motilidade intestinal e diminui o tempo de trâ nsito intestinal.
A maioria dos pacientes apresenta evacuaç ã o dentro de 24 horas apó s a 
administraç ã o de uma dose, e parece nã o haver nenhuma perda da eficá cia 
do fá rmaco com o uso em tratamento em longo prazo. Apó s a interrupç ã o da 
lubiprostona, a constipaç ã o pode retornar aa sua gravidade antes do tratamento. 
Os efeitos adversos da lubiprostona incluem ná useas, cefaleia, diarreia, 
reaç õ es alé rgicas e dispneia. Atenção, a lubiprostona não deve ser usada 
na gestação, pois foi incluí da na categoria C para gravidez, devido a um 
aumento da perda fetal em cobaias. A lubiprostona pode causar ná useas em 
até 30% dos pacientes, devido ao esvaziamento gá strico tardio (KATZUNG; 
TREVOR, 2017).
Laxantesagonistas seletivos dos receptores 5-HT4
Os laxantes agonistas seletivos dos receptores 5-HT4 são tegaserode e pruca-
loprida. O tegaserode é um agonista parcial 5-HT4 da serotonina, foi aprovado 
7Laxantes e antidiarreicos
para o tratamento de pacientes com constipaç ã o crô nica e síndrome do intestino 
irritável mas foi retirado do mercado nos EUA e Europa. No Brasil, seu uso 
é permitido para mulheres com menos de 55 anos com diagnóstico de sín-
drome do intestino irritável com predomínio de constipação e sem cardiopatia 
(KATZUNG; TREVOR, 2017).
A prucaloprida é um agonista serotoninérgico altamente seletivo do receptor 
5-HT4, disponí vel para o tratamento da constipaç ã o intestinal crô nica em 
mulheres, particularmente para aquelas que não responderam aos laxativos 
convencionais. É bem tolerada e tem boa eficácia e segurança.
Os efeitos adversos mais frequentes com o uso da medicação são cefaleia, 
dor abdominal, náusea e vômitos, nenhum com maior gravidade. Apesar de 
ter um mecanismo de ação bastante semelhante ao tegaserode, a prucaloprida 
apresenta menor risco de eventos cardiovasculares (FUCHS; WANNMA-
CHER, 2017). 
O medicamento Zelmac® (tegaserode) pode conti-
nuar a ser comercializado e utilizado no Brasil, porém, 
com restrições, ou seja, a indústria Novartis teve que 
alterar no texto de bula do medicamento Zelmac® 
(tegaserode) restringindo seu uso para “mulheres com 
diagnóstico de Síndrome do Intestino Irritável, com 
até 55 anos de idade, sem doenças cardiovasculares 
conhecidas ou fatores de risco para elas”. Delibera-
ção da Anvisa sobre medidas regulatórias a serem 
adotadas nesse momento no Brasil para o produto 
Zelmac® (tegaserode). Veja as informações no link.
https://goo.gl/g72efz
Laxantes agonistas de receptor da guanilato ciclase C
A linaclotida é um peptí deo que estimula a secreç ã o intestinal de cloreto e 
está aprovada para o tratamento da constipaç ã o intestinal crô nica e síndrome 
do intestino irritável.
Laxantes e antidiarreicos8
Quanto ao mecanismo de ação, a linaclotida se liga e ativa a guanililciclase 
C na superfí cie epitelial intestinal luminal, resultando em aumento do GMPc 
intracelular e extracelular, que leva a um aumento de secreç ã o rica em cloreto, 
e alteraç ã o do trâ nsito intestinal (BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 
2016; WHALEN; FINKEL; PANAVELLI, 2016). 
No início do tratamento com a linaclotida, em geral na primeira semana de 
tratamento, observa-se aumento médio de 1 a 2 evacuaç õ es por semana. Com 
a interrupç ã o do uso do fá rmaco, a frequê ncia de evacuaç õ es normaliza-se 
dentro de 1 semana. 
O efeito colateral mais comum consiste em diarreia, que ocorre em até 20% 
dos pacientes, com diarreia grave em 2%, porém poucos pacientes necessitam 
descontinuar a medicação, além de ter resolução espontânea, sem intervenção 
médica, na maioria dos casos. Outras reações adversas descritas são flatulência, 
distensão abdominal, náusea e infecção de vias aéreas superiores. Não deve ser 
usada na gravidez e também é contraindicado o uso na pediatria (WHALEN; 
FINKEL; PANAVELLI, 2016). 
A constipaç ã o pode ser decorrente do uso de medicamentos. Os analgésicos opioides 
sã o a principal classe de analgé sicos utilizados no manejo da dor em pacientes onco-
lógicos. Porém, os opioides causam constipaç ã o grave que reduz significativamente 
sua aceitaç ã o e a qualidade de vida do paciente. Tradicionalmente, laxantes clássicos e 
estraté gias na dieta sã o, com frequê ncia, ineficazes no controle da constipaç ã o pelos 
opioides; porém, uma estraté gia promissora é a prevenç ã o da constipaç ã o causada 
pelo opioide através do uso de antagonista de receptor opioide-μ, metilnaltrexona, 
que atua na origem especí fica da constipaç ã o, sem limitar a analgesia produzida por 
aç ã o central (BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2016). 
Fármacos antidiarreicos
A diarreia é o resultado de uma passagem muito rá pida do conteúdo intesti-
nal, de modo que a reabsorção de á gua e eletró litos é insufi ciente; pode ser 
decorrente de inúmeras causas: (a) infecç õ es bacterianas ou virais que causam 
processos infl amató rios, pois determinados microrganismos produzem toxinas 
9Laxantes e antidiarreicos
que inibem funç õ es do epité lio intestinal, como o co-transporte de Na+ e Cl–; 
(b) desregulação vegetativa com predomínio dos movimentos propulsivos que 
pode ser de origem psíquica, ou devido a efeito adverso de medicamentos; (c) 
distú rbio funcional do intestino, decorrente de defeitos gené ticos na defesa 
contra infecç õ es na doenç a de Crohn e na colite ulcerosa; e (d) distú rbios 
metabó licos como insufi ciê ncia pancreática e esteatorreia (LÜLLMANN; 
MOHR; HEIN, 2017). 
Por outro lado, vale ressaltar que a diarreia pode ser um distú rbio inócuo 
(diarreia de viagem) que ocorre ocasionalmente, mas pode contribuir para o 
aumento da incidência de morte, em especial nos países subdesenvolvidos, 
ao atingir crianç as subnutridas, ou pode ser um sintoma crônico (doenç a de 
Crohn e colite ulcerosa) (LÜLLMANN; MOHR; HEIN, 2017). 
Quanto ao mecanismo subjacente, a diarreia pode ser causada pela sobre-
carga osmó tica presente no intestino (resultante da retenç ã o de á gua dentro 
do lúmen intestinal); pela secreç ã o excessiva de eletró litos e á gua no lú men 
do ó rgã o; pela exsudaç ã o de proteí nas e lí quidos presentes na mucosa; e pela 
alteraç ã o da motilidade intestinal, resultando em aceleraç ã o do trâ nsito (e 
reduç ã o da absorç ã o dos lí quidos). Na maioria dos casos, vá rios processos 
sã o envolvidos simultaneamente e resultam no aumento global do peso e do 
volume das fezes com elevaç ã o da porcentagem de á gua fecal (LÜLLMANN; 
MOHR; HEIN, 2017; WHALEN; FINKEL; PANAVELLI, 2016).
Portanto, no manejo de paciente com diarreia, é extremamente importante 
a investigaç ã o e o entendimento dos processos etioló gicos responsá veis pela 
diarreia para uma seleção de tratamento eficaz. 
Vejamos agora as características farmacológicas (mecanismo de ação, 
usos terapêuticos e efeitos adversos) das diferentes classes de fármacos 
antidiarreicos.
Mecanismo de ação, usos terapêuticos e efeitos 
adversos de fármacos antidiarreicos
O aumento da motilidade do TGI e a diminuiç ã o de absorç ã o de lí quidos sã o 
os principais fatores na diarreia. 
Os fá rmacos antidiarreicos podem ser usados com seguranç a em pacientes 
com diarreia aguda leve a moderada. També m sã o usados no controle da diarreia 
crô nica em caso de síndrome do intestino irritável ou doenç a inflamató ria 
intestinal. No entanto, nã o devem ser administrados a pacientes com diarreia 
sanguinolenta e pacientes com febre alta, devido ao risco de agravamento do 
Laxantes e antidiarreicos10
processo subjacente. Atenção: fá rmacos antidiarreicos devem ser suspensos em 
pacientes cuja diarreia esteja se agravando (FUCHS; WANNMACHER, 2017)
Os antidiarreicos incluem fá rmacos antimotilidade, racecadotrila, adsor-
ventes e fá rmacos que modificam o transporte de á gua e eletró litos.
Fá rmacos antimotilidade 
Difenoxilato e a loperamida são fármacos análogos a meperidina, com ação 
tipo opioide no intestino e são amplamente usados para controlar a diarreia 
(WHALEN; FINKEL; PANAVELLI, 2016).
Com relação ao mecanismo de ação, eles ativam receptores opioides pré -
siná pticos no sistema nervoso enté rico para inibir a liberaç ã o de acetilcolina 
e diminuir o peristaltismo. 
A loperamida é um agonista opioide de venda livre, que nã o atravessa a 
barreira hematoencefálica e que nã o exibe nenhuma propriedade analgé sica 
nem potencial de adiç ã o. A loperamida pode induzir sonolência, tontura, 
cansaço e boca seca. Suas reações de hipersensibilidade incluem erupções 
cutâneas. Nã o foi relatado o desenvolvimento de tolerâ ncia ou dependência 
física com o uso em longo prazo. 
O difenoxilatoé adquirido somente com prescriç ã o médica, e o seu uso 
prolongado pode resultar em tolerância e dependê ncia de opioides; portanto, 
recomenda-se a utilização da loperamida. Dentre os efeitos adversos de dife-
noxilato, pode-se citar as cólicas, náuseas, vômitos e sonolência em pacientes 
sensíveis. A superdosagem condiciona depressão do SNC. 
Tais fá rmacos nã o devem ser usados em pacientes com diarreia sanguino-
lenta ou suspeita de diarreia por Shigella, com desidratação moderada a grave 
e, por prudência, em crianças (FUCHS; WANNMACHER, 2017).
Racecadotrila
Racecadotrila é um agente antissecretor intestinal puro, que demonstrou não 
ter qualquer efeito sobre a motilidade gastrintestinal. Reduz a hipersecreção 
intestinal de água e eletrólitos causada pela toxina do cólera ou infl amação, 
sem afetar a secreção basal. Portanto, não há qualquer efeito sobre o intestino 
normal (FUCHS; WANNMACHER, 2017).
Quando administrado por via oral, a inibição da encefalinase é puramente 
periférica, não afetando a atividade da encefalinase no SNC, e não induz 
dependência nem efeitos estimulantes ou sedativos no SNC.
11Laxantes e antidiarreicos
Racecadotrila parece tão eficaz quanto loperamida em reduzir a duração 
de diarreia e quantidade de fezes até a recuperação, entretanto está associada 
à menor incidência de constipação intestinal relacionada ao tratamento.
Os efeitos adversos incluem náusea e vômito, constipação, vertigem e 
cefaleia e raros casos de reação alérgica, incluindo rash cutâneo, urticária e 
angioedema (FUCHS; WANNMACHER, 2017).
Fá rmacos adsorventes
Os anticolinérgicos e adsorventes, como caolim coloidal, pectina, carvão 
ativado e atapulgita ativada, componentes de muitas associações medicamen-
tosas, não são tão efi cazes quanto os antidiarreicos opioides (loperamida). O 
carvão ativado tem uso restrito às intoxicações exógenas. Os anticolinérgicos 
são mais úteis no controle de cólica intestinal do que em diminuir o número de 
evacuações ou alterar consistência das fezes; diminuem tônus, contratilidade 
e secreção intestinais. Os adsorventes revestem a mucosa e se ligam a toxinas, 
bactérias e outros produtos do lúmen intestinal, aumentando a consistência 
das fezes. São menos efi cazes que opioides e antimuscarínicos (FUCHS; 
WANNMACHER, 2017; WHALEN; FINKEL; PANAVELLI, 2016). 
A hipótese é que esses fá rmacos atuam adsorvendo toxinas intestinais ou 
microrganismos e/ou revestindo e protegendo a mucosa intestinal. Eles sã o 
muito menos eficazes do que os fá rmacos antimotilidade e podem interferir 
na absorç ã o de outros fá rmacos.
Fá rmacos que modificam o transporte de lí quido e eletró litos
Fá rmacos que modifi cam o transporte de lí quidos e eletró litos, como o sali-
cilato de bismuto, diminuem a secreç ã o de lí quidos no intestino (WHALEN; 
FINKEL; PANAVELLI, 2016). 
Salicilato de bismuto estimula absorção de água e eletrólitos pela parede 
intestinal. Mostrou-se superior a placebo no controle de diarreia inespecífica, 
na diarreia de viagem e em algumas diarreias agudas infecciosas, entre-
tanto foi inferior à eficácia da loperamida nas situações já testadas (FUCHS; 
WANNMACHER, 2017).
O bismuto praticamente não é absorvido no TGI; portanto, os efeitos ad-
versos são extremamente raros. Podem ocorrer casos de hipercalcemia, obsti-
pação, diarreia, náuseas e vômitos. São bastante comuns o escurecimento da 
língua e das fezes, porém tais efeitos não têm relevância clínica significativa 
(WHALEN; FINKEL; PANAVELLI, 2016).
Laxantes e antidiarreicos12
1. Sr. José e D. Margarida irão 
comemorar o 25º aniversário de 
casamento em uma viagem ao Peru 
para visitar Machu Picchu. Devido 
à s experiências em viagens no 
passado, eles pedem ao mé dico 
para prescrever um fá rmaco contra 
diarreia. Nesse caso, qual dos 
seguintes fá rmacos é indicado 
no tratamento da diarreia? 
a) Linaclotida.
b) Loperamida.
c) Prucaloprida.
d) Lubiprostona.
e) Docusato só dico.
2. Gislaine, arquiteta de 25 anos que 
está no sétimo mês de gravidez, 
encontra-se hospitalizada e em 
constante repouso no leito. Durante 
a visita do obstetra ela relata 
constipaç ã o leve. Qual das seguintes 
medicaç õ es seria recomendá vel para 
tratar o quadro de constipação? 
a) Ó leo de rí cino.
b) Docusato sódico.
c) Ó leo mineral.
d) Loperamida.
e) Lubiprostona.
3. Os fá rmacos antidiarreicos podem 
ser usados com seguranç a em 
pacientes com diarreia aguda leve a 
moderada. Entretanto, nã o devem 
ser administrados a pacientes com 
diarreia sanguinolenta, febre alta 
ou toxicidade sistê mica, devido ao 
risco de agravamento do processo 
subjacente. Qual dos fá rmacos 
antidiarreicos abaixo promove 
escurecimento da lí ngua e das fezes? 
a) Loperamida.
b) Difenoxilato.
c) Compostos de bismuto.
d) Racecadotrila.
e) Hidróxido de alumínio.
4. Na maioria dos pacientes, 
medidas não farmacológicas 
mostram-se eficazes no tratamento 
de constipação intestinal leve. 
No entanto, quando não se 
obtém uma resposta satisfatória, 
torna-se necessária a indicação 
de um fármaco laxante. Em 
geral, recomenda-se o uso de 
fibras solúveis, como Psyllium. 
Por qual mecanismo de ação 
agem tais agentes laxativos? 
a) Promovem a absorção da 
água, formando assim um 
gel emoliente e volumoso no 
intestino grosso, causando a 
distensã o intestinal, aumentando, 
assim, a atividade peristá ltica.
b) Reduzem a tensã o superficial 
das fezes, facilitam a mistura 
das substâ ncias aquosas e 
gordurosas e amolecem as fezes.
c) Promovem a ativação local 
de canais de cloro em 
porção proximal do intestino, 
aumentando secreção intestinal 
de fluidos e motilidade intestinal.
d) Promovem a retenç ã o de á gua 
por via osmótica, que resulta 
em estímulo da peristalse.
e) Promovem a estimulaç ã o 
direta do sistema nervoso 
entérico e a secreç ã o colônica 
de eletró litos e lí quido.
13Laxantes e antidiarreicos
BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da terapêutica 
de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016.
FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L. Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica 
racional. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
KATZUNG, B. G.; TREVOR, A. J. Farmacologia básica e clínica. 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 
2017. (Lange).
LONGO, D. L.; FAUCI, A. S. Gastrenterologia e hepatologia de Harrison. 18. ed. Porto 
Alegre: AMGH, 2015.
LÜLLMANN, H.; MOHR, K.; HEIN, L. Farmacologia: texto e atlas. 7. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017.
SILVA, P. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELLI, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2016. 
Leituras recomendadas
CONNOR, B. A. Travelers' diarrhea. 2017. Disponível em: <https://wwwnc.cdc.gov/travel/
yellowbook/2018/the-pre-travel-consultation/travelers-diarrhea>. Acesso em: 24 set. 
2018.
PANUS, P. C. et al. Farmacologia para fisioterapeutas. Porto Alegre: AMGH, 2011.
WILLIAMSON, E.; DRIVER, S.; BAXTER, K. Interações medicamentosas de Stockley. Porto 
Alegre: Artmed, 2010.
5. O fármaco antidiarreico racecadotrila 
é um agente antissecretor 
intestinal puro, que demonstrou 
não ter qualquer efeito sobre 
a motilidade gastrintestinal.
I. É um agonista serotoninérgico 
altamente seletivo do 
receptor 5-HT4.
II. Não induz dependência 
nem efeitos estimulantes 
ou sedativos no SNC.
III. Os efeitos adversos incluem 
náusea e vômito, constipação, 
vertigem, cefaleia e raros casos 
de reação alérgica, incluindo rash 
cutâneo, urticária e angioedema.
IV. Assinale a afirmativa correta, 
em relação a racecadotrila:
a) As afirmativas I, II e III 
estão corretas.
b) As afirmativas I e II estão corretas.
c) As afirmativas I e III estão corretas.
d) As afirmativas II e III 
estão corretas.e) Nenhuma das afirmativas 
estão corretas.
Laxantes e antidiarreicos14
Conteúdo:

Continue navegando