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Estudo de caso - Assistência de Enfermagem - Constipação

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CONSTIPAÇÃO INTESTINAL E FECALOMA
Sumário
1. COLETA DE DADOS	2
2. PRESCRIÇÃO MÉDICA	2
2. PROCESSO DE ENFERMAGEM	7
3. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL	9
4. FECALOMA	10
5. TRATAMENTO	11
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA	12
1. COLETA DE DADOS
Dados Pessoais
A. S. C., nascido em 13/04/35, 70 anos, sexo feminino, casada, tem 3 filhos , natural de Patos de Minas, aposentado. Reside em de Patos de Minas.
Dados da Internação
Internado no Hospital São Lucas, na cidade de Patos de Minas no dia 02/10/05, para ser submetido a exames cuja primeira indicação do caso clinico era de obstipação intestinal seguido de fecaloma, aguardando RX. 
Verificado Sinais Vitais: P.A 120 x 70 mmHg; Temperatura axilar esquerda 36,3ºC; Pulso radial esquerdo 60 bpm; F.R 20 mov/min.
Exame físico: Foi colocado na cama em decúbito dorsal e apresentava-se consciente orientado, e comunicando-se verbalmente, sem disfasia, deambula-se com certa facilidade. Apresentava higiene corporal insatisfatória, pele hipocorada ++++/++++, um pouco ressecadas, mucosas coradas integra e sem lesões aparentes. Pupilas fotoreagentes, escleróticas e conjuntivas avermelhadas, com presença de secreção. Higiene oral insatisfatória e ausência de dentes molares, pré-molares e incisivos tanto na parte superior quanto na parte inferior. Os cabelos mostravam-se sebosos com higienização insatisfatória e presença de caspas. Tórax simétrico, expansivo aos movimentos respiratórios, porém mantendo respiração superficial predominantemente torácica ausculta pulmonar com presença de roncos, stertores paciente cansado apresentando tosse e pulmão carregado. Inspeção abdominal, apresenta abdome globoso enrijecido observado a percussão e palpação observa-se colo descendente (flanco esquerdo) cheio e relato de dor constantemente nos quadrantes ID e IE. MMSS apresenta-se sem lesões e com mobilidade preservada, mantendo soroterapia com soro glicosado 5% infundindo a 20 gts/min em fossa anti-cubital esquerda. MIE apresenta-se normal. MID apresentava-se apresenta se normal com a falta pó cirurgia do 5º metatarso.
É dado diagnóstico médico como sendo constipação intestinal por esse motivo veio ao hospital. Paciente relata ter tido o mesmo problema anteriormente. Apresentou diurese espontânea, amarelo avermelhado, relata não ter evacuado até o momento. Não apresentou náuseas ou cefaléia, relata apenas dor em abdome nos quadrantes ID e IE
2. PRESCRIÇÃO MÉDICA
Dieta com resíduos
Lufital 2 comp. 4/4 Horas
Buscopan composto EV S/N
Plasil 2ml EV S/N
Zyliun 150mg VO 12/12 Horas
· DIETA COM RESÍDUOS (FIBRAS)
As fibras são resíduos da parede celular de verduras, frutas, grãos, cereais integrais e legumes, que resistem à ação das enzimas digestivas do aparelho gastrintestinal. São fundamentais para o funcionamento dos intestinos em virtude de seus efeitos fisiológicos, como aumento do peso e volume das fezes, retenção de água, redução da biodisponibilidade de nutrientes e aumento da flora bacteriana após fermentação. Por isso, são aliadas na prevenção e tratamento de doenças metabólicas e gastrintestinais.
O conhecimento do valor das fibras vem desde a antiguidade, quando as propriedades laxativas do farelo de trigo foram empiricamente reconhecidas. Na década de 30, foi comprovada a eficácia das fibras de trigo na prevenção e tratamento da prisão de ventre e, nos anos 70, foi definitivamente constatada a relação entre o baixo consumo de fibras e o aparecimento da doença diverticular, câncer de cólon e retocolite ulcerativa. Conforme a solubilidade na água, as fibras foram classificadas em insolúveis (polissacarídeos estruturais) e solúveis (polissacarídeos não-estruturais, formadoras de gel). As fibras da alimentação insolúveis são compostas por celulose, hemicelulose, ligninas e amido resistente, sendo facilmente encontradas no trigo, farelo de trigo, cereais integrais, raízes e hortaliças. Por sua vez, as fibras solúveis se constituem de gomas, mucilagens e certas pectinas, ocorrendo em maior quantidade nas frutas cítricas, cenoura, maçã, aveia, farelo de aveia, cevada e leguminosas, como feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico.
É recomendado para a manutenção das funções intestinais o consumo diário de 20 a 35 gramas de fibras alimentares, sendo 70% de fibras insolúveis e 30% de solúveis. Em geral, um aumento vegetal possui 60% de água, 10 a 15% de hemicelulose, 2 a 8% de substâncias pécticas, 3% de gorduras e 1 a 2% de proteínas. Depois de ingeridas, as fibras solúveis são fermentadas por bactérias presentes no intestino grosso (cólon), como lactobacilos e bifidobactérias. O grau de fermentação varia muito, desde as ligninas não fermentadas até às pectinas, cuja fermentação é quase completa.
· METOCLOPRAMIDA (CLORIDRATO) -(PLASIL)
Fórmula
Solução injetável - 5mg/ml Solução oral - 4mg/ml
Indicações
Náusea e vômito de origem central e periférica. Estimulante da peristalse e adjuvante do esvaziamento gastrointestinal. Esofagite de refluxo. Procedimentos radiológicos do tubo digestivo.
Posologia
Adulto: 1 a 3 ampolas ao dia, IM ou IV. Crianças: até 0,5mg/kg/dia VO.
Contra indicação
Hipersensibilidade à metoclopramida. Síndrome de Parkinson, outras doenças extrapiramidais e epilepsia. Feocromocitoma. Obstrução ou perfuração gastrointestinal, hemorragia digestiva.
Efeitos adversos
 Sonolência, depressão mental, sintomas extrapiramidais, vertigem, inquietação, insônia, fadiga, torpor. Cefaléia. Erupção da pele. Náusea. Ginecomastia, galactorréia.
Interações
Fenotiazina pode potencializar eventuais efeitos extrapiramidais. Anticolinérgicos reduzem ou inibem o efeito da metoclopramida. Álcool, anestésicos, hipnóticos, sedativos, narcóticos e tranqüilizantes potencializam o efeito sedativo. Pode ter o efeito antagonizado por analgésicos. Pode reduzir a absorção da cimetidina e digoxina. Pode diminuir a absorção das drogas no estômago e aumentar a absorção das drogas pelo intestino delgado.
Precauções
Gravidez. Diminuição da função hepática e renal. História prévia de depressão.
Tipo
Antieméticos
· Zylium (Ranitidina)
Antagonista dos receptores H2
Composição e apresentações - ZYLIUM 150 mg comprimidos: Cada comprimido contém: 150 mg de cloridrato de ranitidina. Embalagens com 20 e 60 comprimidos. ZYLIUM 300 mg comprimidos: Cada comprimido contém: 300 mg de cloridrato de ranitidina. Embalagens com 8 e 32 comprimidos. ZYLIUM 50 mg injetável: Cada ampola de 2 ml ou 5 ml contém: 50 mg de cloridrato de ranitidina. Embalagens com 5 ampolas. 
Indicações
ZYLIUM Comprimidos: Úlcera péptica gástrica e duodenal. Esofagite de refluxo. Gastrites e duodenites. Síndrome de Zollinger-Ellison. ZYLIUM Injetável: Profilaxia de úlcera de estresse. Pacientes hospitalizados em estado grave, submetidos a stress prolongado e severo. Hemorragias digestivas altas. Esofagites e gastrites hemorrágicas. Queimados graves. Insuficiência respiratória, hepática e renal. Pós-operatórios graves. Traumatismo craniano. Coma e choque de qualquer etiologia. Infecções severas e quadros septicêmicos. Politraumatizados. 
Posologia
 ZYLIUM Comprimidos: Dose inicial (de ataque): 2 comprimidos de ZYLIUM 150 ao dia (a cada 12 horas) ou 1 comprimido de ZYLIUM 300 ao deitar. Esta dose deverá ser mantida durante 4 a 6 semanas. Poderá ser aumentada, em casos graves, para 2 comprimidos de ZYLIUM 150 ou 1 comprimido de ZYLIUM 300, 2 vezes ao dia. Dose de manutenção: 1 comprimido de ZYLIUM 150 ao dia (de preferência ao deitar). Manter esta dose durante alguns meses, a fim de prevenir recidivas. ZYLIUM Injetável - Uso endovenoso: Injetar lentamente (em 2 a 3 minutos) 1 ampola (de 2 ml ou de 5 ml (50mg)) a cada 6 a 8 horas, dissolvida para um volume de 20 ml de solução para uso intravenoso. Infusão endovenosa: Administrar 20 a 30 mg por hora. Nas infusões endovenosas contínuas, não exceder a 15 mg/hora nas 24 horas. A dose máxima para infusão endovenosa é de 300 mg (6 ampolas), ao dia. Na profilaxia da síndrome de aspiração ácida, uma ampola de 2 ml ou de 5 ml diluída para 20 ml de solução para uso IV aplicada lentamentena veia ou uma ampola de 2 ml por via IM, 45 a 60 minutos antes da indução anestésica. 
Reações adversas 
 Raramente pode ocorrer diarréia discreta e fugaz, dor muscular, tontura e erupção cutânea. 
Precauções 
Embora não tenham sido observados efeitos teratogênicos ou embriotóxicos, não se aconselha seu uso durante os períodos de gravidez e amamentação. Na insuficiência renal, a dose deverá ser reduzida de acordo com o clearance de creatinina. 
· BUSCOPAN CONPOSTO
Fórmula:
Solução injetável - 4mg/ml + 500mg/ml Solução oral - 6,67mg/ml + 333,4mg/ml
Indicações:
Analgésico e antiespasmódico (gastrintestinal, biliar, trato gênito-urinário).
Posologia:
Solução injetável: Adulto e criança acima de 6 anos: 10mg a 20mg IV ou IM, 3 a 5 vezes ao dia. Solução oral: Adulto e criança acima de 6 anos: 10mg a 20mg VO, 3 a 5 vezes ao dia. Crianças de 1 a 7 anos: 5mg a 10mg VO, 3 vezes ao dia. Lactentes: 5mg VO, 3 vezes ao dia.
Contra indicação:
Miastenia gravis. Megacólon. Glaucoma descompensado. Hipertrofia prostática com retenção urinária. Estenoses mecânicas do trato gastrintestinal. Hipersensibilidade ao brometo de N-butilescopolamina. Não deve ser administrada em pacientes com intolerância conhecida aos derivados pirazolônicos, com porfiria hepática e deficiência congênita de glicose-6-fosfato desidrogenase.
Efeitos adversos:
Boca seca. Constipação. Confusão mental. Desconforto abdominal. Cefaléia. Inquietação. Palpitação. Hipotensão postural. Sonolência e tontura. Discrasias sangüíneas, agranulocitose, leucopenia e aplasia medular. Em pacientes sensíveis, independente da dose, pode determinar reações de hipersensibilidade, tipo eritema, angioedema e asma. Doses elevadas podem provocar sintomas de intoxicação: vertigem, hiperventilação, rubor cutâneo, hemorragia digestiva.
Interações:
Ação diminuída por antiácidos e antidiarréicos. Pode aumentar ação de anticolinérgicos e arritmias cardíacas com o ciclopropano. Pode diminuir a ação do cetoconazol e da ciclosporina. Pode aumentar os riscos de lesões gastrointestinais de cloreto de potássio, depressão do SNC com álcool e outros. Hipotermia grave pode ocorrer em associação com clorpromazina.
Precauções:
Usar com cautela na atonia intestinal, em idosos, colite ulcerativa, esofagite de refluxo, glaucoma, retenção urinária e arritmias cardíacas. Crianças com menos de 3 meses ou com menos de 5kg: uso deve ser evitado pela possibilidade de alteração na função renal. Evitar uso na gravidez. Lactação deve ser suspensa até 48h após o uso da dipirona. Monitorar comprometimento da medula óssea.
Tipo:
Antiespasmódicos
· Luftal (Dimeticona):
	Agente antiespumante que evita o acúmulo excessivo de gases no estômago e também melhora os sintomas provocados pela distensão gasosa e a flatulência.
Alívio para:
· Estômago pesado
· Estufamento
· Inchaço
· Desconforto causados pelos gases
LUFTAL® atua no estômago e no intestino, diminuindo a tensão superficial dos líquidos digestivos, levando ao rompimento as bolhas que retêm os gases. Uma vez livres os gases são facilmente eliminados por eructações ou flatos.
LUFTAL® está indicado no caso de excesso de gases no aparelho gastrintestinal constituindo incômodo, motivo de dores ou cólicas intestinais, tais como:
- meteorismo - pós-operatório e convalescença
- eructação - distúrbios fermentativos intestinais
- borborígmo - é indicado ainda no preparo intestinal dos
- aerofagia pacientes para radiografia do abdômen.
LUFTAL® é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.
O LUFTAL® é fisiologicamente inerte e desprovido de toxicidade. Após administração oral, a dimeticona é eliminada pelas fezes de forma inalterada.
2. PROCESSO DE ENFERMAGEM
Ações de Enfermagem:
1. Administrar medicação prescrita pelo médico
2. Proporcionar conforto, ambiente arejado
3. Conversar com o paciente, minimizando sua ansiedade
4. Realizar avaliação para determinar o grau da dor do paciente (escala da dor)
5. Promover distrações para a paciente
· Problema identificado: Constipação intestinal seguido de fecaloma.
Diagnóstico: Constipação é uma condição na qual a freqüência ou quantidade de defecação é reduzida. Consistência do mesmo, quantidade de evacuações por semana, dificuldades para evacuar e dores abdominais. E fecaloma que é o acúmulo de fezes muito endurecidas e secas no final do intestino grosso e ocorre principalmente em pacientes idosos, psiquiátricos e neurológicos.
Objetivos: evitar desconforto ao pacientes e possíveis manifestações dolorosas e reaparecimento dos sinais e sintomas.
Ações de Enfermagem:
1- Estimular a ingestão de água e de fibras
2- Uso de alimentos com propriedades laxativas naturais (como mamão e a ameixa preta) 
3- Atividade física.
4- Laxativos medicamentos que estimulam o movimento intestinal.
5- Supositórios ou enemas (lavagens intestinais) devem ser indicados por um médico.
· Problema: Sono e repouso
Diagnóstico: Distúrbio no padrão de sono, caracterizado pelo sono interrompido por longos períodos durante a noite.
Objetivo: evitar insônia e outras complicações.
Ações de enfermagem:
1. Proporcionar um ambiente calmo e arejado.
2. Incentivar a paciente a fazer um tipo de terapia para controlar este sono
· Cuidados de enfermagem:
É preciso que o profissional oriente o paciente e seus familiares de maneira adequada quanto à:
· Ingestão adequada de líquidos e alimentos – O paciente que freqüentemente apresenta constipação ou impactação fecal precisa ingerir maior quantidade de líquidos e alimentos ricos em resíduos (fibras), frutas, vegetais, pão integral, nozes, legumes, cereais integrais e farelos são fontes de fibras. Entretanto ele precisa se dar conta que o tratamento dietético funciona apenas a longo prazo; ele não proporciona alívio imediato de problemas como a constipação e a impactação.
· Atividade física regular – Um programa de exercícios físicos diários ajuda muitas vezes a evitar os problemas com a evacuação. As caminhadas, exercícios de bicicleta e a natação estimulam o peristaltismo normal.
· Estimular hábitos intestinais – É preciso dedicar um certo tempo a evacuação. O costume de ignorar a necessidade para evacuar e de não tomar o tempo necessário para evacuar completamente são causas freqüentes de constipação. Deve-se, então, aconselhar o paciente a criar uma rotina (ir sempre neste perído ao banheiro mesmo q inicialmente ele consiga evacuar) no horário q a evacuação ocorre com maior probabilidade, isto é, no horário pós refeições, devido ao reflexo gastro-cólico. Se o paciente estiver internado deve-se mantê-lo confortável para que consiga evacuar. Se estiver na cama enão conseguir ir ao banheiro deve-se manter o ambiente propício e um correto posicionamento da comadre evitando a hiperextensão do dorso, mantendo a cabeceira elevada.
· Informar o paciente sobre o efeito nocivo do uso repetido de laxantes. É preciso que ele entenda que os laxantes e catárticos não servem para manter em longo prazo o funcionamento normal do intestino. Algumas substâncias contidas nesses produtos podem tornar-se lesivas ao organismo.
· Se o problema persistir orientar o paciente a procurar um médico para que este tome as devidas providências. O paciente não deve ficar ingerindo laxantes rotineiramente se a orientação de um médico. 
3. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Constipação é uma condição na qual a freqüência ou quantidade de defecação é reduzida. A constipação intestinal é definida de muitas maneiras diferentes de acordo com cada autor. As fibras são classificadas como insolúveis, que auxiliam principalmente o trânsito intestinal, e as solúveis que têm como principal característica a capacidade de formar géis que desaceleram a passagem do alimento pelo tratogastrointestinal. Estas estão ligadas à saciedade e também aumentam o peso do bolo fecal. Contudo, A constipação é prevenida pela ação que as fibras exercem no colón, induzindo a estimulação osmótica (produção de gases) e mecânica (retenção de água). Através das referências consultadas, foi observado que as fibras têm a propriedadede prevenir a constipação intestinal acelerando o trânsito do bolo fecal. Porém, constatou-se que as fibras solúveis retardam a passagem do bolo alimentar pelo tratogastrointestinal, o que sugere uma adversidade em relação à ação destas fibras atuando sobre o distúrbio estudado.
A constipação pode ser classificada em: 
· Simples, clinicamente de curta duração, com desencadeante casual e recente Como mudança alimentar, pós-operatório, quadros febris, medicação.
· Crônica idiopática, de longa evolução, sem causa orgânica conhecida, que pode mostrar alterações da motricidade (movimento peristáltico).
· Orgânica, com alteração estrutural, com evolução rápida ou crônica.
Alguns exemplos das causas de constipação são:
· Estilo de vida: 
Pouca fibra alimentar, baixa ingestão líquida, sedentarismo, limitações dos movimentos do corpo (seqüelas, reumatismo, velhice).  
· Certos medicamentos usados com variadas finalidades: 
Antidepressivos, antitussígenos, analgésicos opiáceos (codeína, morfina), antiparkinsonianos, anti-hipertensivos, antiácidos contendo alumínio, preparados com cálcio.
· Alterações que alteram os hormônios ou modificam o aproveitamento e a eliminação de substâncias: 
Hipotireoidismo, diabete, insuficiência renal crônica.
· Patologias neurológicas e musculares: 
Lesões da medula espinhal, esclerose múltipla, Doença de Parkinson, falha no relaxamento perineal ao esforço de expulsão fecal.
· Situações psiquiátricas: 
Depressão, demência, pós-abuso sexual.
· Anormalidades estruturais dos cólons, as anorretais e perineais: 
Megacólon, fissura anal, complicações hemorroidárias, prolapso retal.
· Estreitamentos do intestino grosso: 
Complicações cicatriciais de diverticulite, inflamações como efeito indesejável de radioterapia, tumores malignos do reto e porção final do intestino grosso.
· Trânsito colônico lento: 
Idiopático (de causa não identificada), falsa obstrução intestinal crônica.
4. FECALOMA
 Acúmulo de fezes muito endurecidas e secas no final do intestino grosso e ocorre principalmente em pacientes idosos, psiquiátricos e neurológicos. Lavagens intestinais e supositórios podem ajudar, mas, com freqüência a desimpactação manual sob sedação ou alguma anestesia, se faz necessária. 
5. TRATAMENTO
Sempre que possível a dose ou tipo de medicamento que contribui para o aparecimento ou piora da constipação devem ser modificados, afim de minimizar seus efeitos colaterais. Devem ser corrigidas ao máximo, as causas endócrinas, metabólicas, neurológicas, dieteto-alimentares e proctológicas causadoras ou contributivas à dificuldade evacuatória. 
Estimular a ingestão de fibras formadoras e umidificadoras do bolo fecal (a granola e o farelo de trigo são muito populares e eficientes), sugerir o uso de alimentos com propriedades laxativas naturais (são muito usados o mamão e a ameixa preta), aconselhar o uso de um ou mais dentre as diversas classes de laxativos, (sempre com parcimônia) e prescrever procinéticos (estimulantes peristálticos por via sangüínea, deglutidos ou injetados). O uso de supositórios ou enemas (lavagens intestinais) tem indicações importantes. Métodos cirúrgicos podem ser usados, mas sua indicação é rara, exceto nas lesões obstrutivas e nas anais dolorosas. 
Cabe mencionar o fecaloma - acúmulo de fezes muito endurecidas e secas no reto e sigmóide - que ocorre principalmente em pacientes idosos, psiquiátricos e neurológicos. Lavagens intestinais e supositórios podem ajudar, mas, com freqüência a desimpactação manual sob sedação ou alguma anestesia, se faz necessária. Cabe ressaltar o cuidado médico para evitar o dano ao esfíncter anal, durante essas manobras. 
Especial cuidado deve ser tomado quanto ao uso de laxantes sem orientação médica. Esses produtos, muitas vezes vendidos sob o rótulo de "naturais" ou disponíveis em farmácias sem necessidade de receita médica, podem causar dano e ter efeito irritativo sobre a mucosa e o sistema neuromotor do intestino. Além disso, pessoas com alterações cardíacas ou renais, podem apresentar piora aguda de suas doenças por perda excessiva de líquidos e minerais eliminados com as fezes. 
Ao contrário desses medicamentos, alimentos ou compostos contendo fibras podem ser usados com liberdade, recomendando-se a busca de atendimento médico caso medidas mais "potentes" sejam necessárias.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FRANÇA, Francisco Faustino de A. Carneiro de; Dicionário Terapêutico Guanabara. Guanabara Koogan: 2004/2005. 
BENEDET, Silvana Alves; BUB, Maria Bettina Camargo. Manual de diagnostico de enfermagem- Uma abordagem baseada na Teoria da Necessidades Humanas e na Classificação Diagnostica da NANDA. 2ª edição. Florianópolis: Bernúncia Editora. 220 p

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