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Guia para Fitoterapia

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Guia 
Terapêut ico 
p a r a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 F I T O T E R A P I A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Departamento Científico: 
(21) 3298-5093 
Guia Terapêutico para Fitoterapia 
Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 1 - 
GGUUIIAA TTEERRAAPPÊÊUUTTIICCOO DDEE FFIITTOOTTEERRÁÁPPIICCOOSS 
 
ÍNDICE DE PLANTAS POR NOMES COMUNS. 
 
Abacateiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 
Acerola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 
Agar-Agar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 
Agrião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 
Alcachofra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 
Alecrim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 
Alfafa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 
Alfavaca ................................................ 04 
Alfazema ............................................... 05 
Alho ..................................................... 05 
Angélica ................................................ 06 
Anis ..................................................... 06 
Anis ..................................................... 21 
Arnica ................................................... 07 
Arruda .................................................. 07 
Babosa ................................................. 08 
Black Cohosh ......................................... 08 
Boldo.................................................... 09 
Borrage................................................. 09 
Calêndula .............................................. 10 
Camomila .............................................. 10 
Canela .................................................. 11 
Capim-Limão .......................................... 11 
Carqueja ............................................... 12 
Cáscara Sagrada ..................................... 12 
Cássia .................................................. 13 
Castanha-da-Índia .................................. 13 
Catuaba ................................................ 14 
Cavalinha .............................................. 14 
Centella ................................................ 15 
Chapéu-de-Couro .................................... 15 
Chlorella ............................................... 16 
Cipó-Cabeludo ........................................ 16 
Confrei ................................................. 17 
Copaíba ................................................ 17 
Crataegus .............................................. 18 
Dente-de-Leão ....................................... 18 
Equinacea.............................................. 19 
Erva-Cidreira ......................................... 11 
Erva-de-Bicho ........................................ 19 
Erva-Doce ............................................. 06 
Espinheira Santa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 
Fucus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 
Funcho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 
Garra-do-Diabo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 
Gengibre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 
Ginkgo biloba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 
Ginseng . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 
Glucomanan ........................................... 23 
Guaco ................................................... 24 
Guar .................................................... 24 
Gymnema .............................................. 25 
Hamamelis ............................................ 25 
Hypericum ............................................. 26 
Jaborandi .............................................. 26 
Jurubeba ............................................... 27 
Kawa-Kawa ............................................ 27 
Laranja Amarga ...................................... 28 
Maca .................................................... 28 
Malva ................................................... 29 
Manjericão ............................................. 04 
Maracujá ............................................... 29 
Marapuama ............................................ 30 
Marcela ................................................. 30 
Melissa ................................................. 31 
Morinda ................................................ 31 
Mulungú ................................................ 32 
Pata-de-Vaca ......................................... 32 
Pau-Ferro .............................................. 33 
Prímula-da-Noite..................................... 33 
Psyllium ................................................ 34 
Quebra-Pedra ......................................... 34 
Red Clover ............................................. 35 
Rosa-Mosqueta ....................................... 35 
Sálvia ................................................... 36 
Sene .................................................... 36 
Tília ..................................................... 37 
Uva-Ursi ............................................... 37 
Valeriana............................................... 38 
Zedoária ............................................... 38 
Tabela de Indicações Médicas ................ 39 
Bibliografia ............................................ 40 
 
 
Guia Terapêutico para Fitoterapia 
Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 1 - 
ABACATEIRO 
Nome científico: Persea americana Mill, Laurus persea L. 
Família: Lauraceae. 
Partes utilizadas: folhas e óleo da polpa. 
Histórico: é um fruto cultivado amplamente em todo o Brasil, natural da América Central e que precisa de bastante 
umidade para seu bom desenvolvimento. É uma árvore frondosa que pode atingir mais de 10m de altura. 
Principais constituintes: da polpa se extrai o óleo, cuja composição é predominantemente insaturada (C-18:1, C-
18:2, C-18:3). Pode conter, entretanto, até 20% de gordura saturada (C-16:0). Na fração insaponificável (até 2%) 
estão presentes bioflavonóides (b-sitosterol, quercetina, perseitol), além de potássio, cálcio, fósforo e ferro. 
Propriedades terapêuticas: 
q É bastante diurético, sendo que as folhas e o óleo não apresentaram efeitos tóxicos. O álcool 
perseitol, testado em animais (cães), é o princípio ativo diurético dessa planta. A substância age 
diretamente sobre o túbulo renal, não alterando o equilíbrio cardiovascular. 
q Estimula o fluxo menstrual, em função do b-sitosterol (um fitoesteróide). 
q Também se observou aumento da secreção biliar pela administração do abacateiro e ação redutora da 
flatulência. 
q Em nível respiratório, o extrato do abacateiro auxilia a relaxar a musculatura lisa, sendo útil no 
congestionamento por excesso de muco. 
q Colquhoun, D.M. & cols estudaram a adição de óleo de abacate à dieta (monoinsaturados) e 
verificaram que o grupo que ingeriu o produto teve consideráveis reduções no colesterol total, na LDL 
e na apolipoproteína B. O estudo foi publicado no Am J Clinical Nutrition, 1992, 56. 
Efeitos colaterais e toxicidade: Craigmill, A.L. & cols demonstraram que o extrato seco da semente do abacate, 
quando administrado a camundongos de 10 a 14g, provocou a morte de todos os animais em teste. Os sinais de 
toxicidade apareceram 2 a 3 dias após a ingestão. Na autópsia verificou-se hemorragia no cérebro, pulmões e 
fígado. As folhas são tóxicas para peixes, mas em seres humanos não foram registrados efeitos significantes. 
Interações: Blickstein, D. & cols mostraram que o abacate antagoniza a açãodo anticoagulante warfarina, usado 
para controle dos processos isquêmicos agudos (The Lancet, 1991, 337). 
Indicações: doenças renais, oligúria ou anúria, cistites, uretrites, oligomenorréia e nas afecções hepáticas. 
Dosagens: 
n Extrato seco – cápsulas com 500mg, duas vezes ao dia. 
n Extrato fluido: 2 a 5ml num copo d´água, duas vezes ao dia. 
 
ACEROLA 
Nome científico: Malpighia glabra L., Malpighia punicifolia L. 
Família: Malpighiaceae. 
Partes utilizadas: frutos. 
Histórico: planta originária das Antilhas e América Central. A detecção do ácido ascórbico em alta concentração 
(Asenjo, C - 1946) despertou grande interesse nutricional pela acerola. Além da vitamina C, este fruto apresenta 
boas concentrações de tanino. Mas é na vitamina C onde a acerola se destaca, apresentando até 4,5g / 100g 
contra apenas 0,05g / 100g da laranja (90 vezes mais). Na sua composição ainda se destacam as vitaminas B-1, 
A (tanto quanto na cenoura), vitamina B-2 e vitamina B-3. 
Principais constituintes: vitamina C (2-4%), vitamina A, vitaminas B-1, B-2 e B-3, tanino. Entre os minerais se 
destacam o ferro (0,012%), o cálcio (0,012%) e flúor (0,011%). Outros componentes: proteínas 4% e 
carbohidratos 8%. Traços de rutina, hesperidina e bioflavonóides. 
Propriedades terapêuticas: a vitamina C é importante para a imunidade, além de atuar como antioxidante. 
Efeitos colaterais e toxicidade: não relatados. Em caso de irritação gástrica suspender o uso. 
Indicações: 
q Antiescorbútico, face às altas concentrações de vitamina C (gripes e resfriados). 
q Deficiências imunológicas, em função do papel que nesse sentido exerce a vitamina C. 
q No stress, pois nesse estado há uma depleção marcante da vitamina C. 
Dosagens: extrato seco – cápsulas com 500mg, duas a quatro vezes ao dia. 
Guia Terapêutico para Fitoterapia 
Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 2 - 
AGAR-AGAR 
Nome Científico: Cyamopsis tetragonolobus. 
Família: Gracilariaceae e gigartinaceae. 
Partes utilizadas: cultura de algas. 
Histórico: inicialmente foi utilizado para cultivar bactérias em laboratório, pois é uma fonte completa de nutrientes 
para o desenvolvimento biológico. A sua origem é considerada da Malásia, embora essa alga esteja presente no 
litoral de várias regiões do planeta, inclusive Europa e Américas. Entre as principais espécies estão Gelidium 
cartilagineum, Glacilaria confervoides (classe rodoficeas) e outras do gênero Gigardina, Ceramium e Encheuma. O 
Agar japonês é considerado o melhor e é extraído das espécies de Gelidium, além ser usado na culinária local. 
Principais constituintes: é uma mistura de polissacarídeos (agarose, pectina, anidrogalactose), com alto poder de 
absorção hídrica. O teor total de polissacarídeos é muito variável (entre 50 e 90%). Além dos sacarídeos, as algas 
possuem em sua composição significativos teores de fósforo, ferro, potássio, cloro, iodo e sais de cálcio. A celulose 
também aparece em torno de 4%, havendo também outras fibras em sua composição. A concentração de proteínas 
é pequena. 
Propriedades terapêuticas: 
q Tem ação laxativa, sem apresentar irritação para a mucosa. O seu poder de absorção hídrica 
aumenta o bolo fecal, facilitando sua expulsão. Do total de carbohidratos presentes, apenas 10% são 
absorvidos, o que confere pouco valor calórico ao Agar-agar. 
q Devido ao seu poder de absorver água e ao seu baixo valor calórico, o agar-agar é usado para 
auxiliar no controle da hiperfagia, sendo comum seu emprego nos tratamentos para a redução do 
peso e obesidade. 
Efeitos colaterais e toxicidade: não relatados. É contra-indicado para os casos de obstrução intestinal. 
Indicações: constipação intestinal, hiperfagia. 
Dosagens: 
n Extrato seco – cápsulas com 500mg, duas vezes ao dia. 
 
 
 
AGRIÃO 
Nome científico: Sisymbrium nasturtium Thunb. , Nasturtium officinale R. 
Família: Cruciferae. 
Partes utilizadas: caule e folhas. 
Histórico: a primeira descrição dessa planta comestível vem da Europa antiga, onde crescia em solos alagados. O 
sabor característico (ligeiramente amargo e picante) tornou-a uma iguaria no acompanhamento dos pratos 
principais (carnes) da época. Começou, então, a ser usada popularmente para alívio das afecções respiratórias 
(tosse, congestão das vias aéreas) com sucesso. Logo o xarope de agrião passou a ser uma referência para estes 
distúrbios comuns dos lugares úmidos. Foi trazido ao Brasil pelos portugueses e se adaptou muito bem às nossas 
condições climáticas. 
Principais constituintes: pode ser extraído um óleo essencial cujo principal componente é o isossulfocianato de 
feniletila, um dos responsáveis pela ação descongestionante e expectorante. Estão presentes minerais (fósforo, 
ferro, iodo, enxofre e cálcio). Apresenta, também, vitaminas (A, B-2, B-3 C, D, E) e o glicosídico ativo 
gliconasturnina. 
Propriedades terapêuticas: Os princípios ativos dessa planta exercem poderosa ação medicinal sobre as vias 
respiratórias, funcionando como descongestionante e expectorante e apresentam importante ação diurética. Sua 
concentração de vitamina C lhe confere ação antiescorbútica e tonificante (os fumantes se beneficiam com essa 
planta que demonstra auxiliar na eliminação da nicotina) Seu alto teor de enxofre pode ser usado no combate à 
caspa, em (shampoos). 
Efeitos colaterais e toxicidade: não foram relatados efeitos tóxicos. Entretanto, não é recomendado nas 
inflamações das vias urinárias e na úlcera gástrica (seu uso em grandes quantidades pode ocasionar irritação 
gástrica), bem como a administração a crianças menores do que 4 anos. 
Gestantes devem usar com moderação. 
Indicações: nas afecções respiratórias, bronquites, gripes e resfriados, como diurético. 
Dosagens: 
n Xarope - tomar 1 colher três vezes ao dia. 
Guia Terapêutico para Fitoterapia 
Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 3 - 
ALCACHOFRA 
Nome científico: Cynara scolymus L. 
Família: Compositae. 
Partes utilizadas: folhas. 
Histórico: a origem dessa planta pode ser a região do Mediterrâneo (os primeiros relatos remontam a Roma 
Antiga) e, durante um bom tempo, foi um vegetal escasso ou raro. Hoje isso não acontece, pois é intensamente 
cultivada para fins culinários ou medicamentosos. Embora sua origem seja atribuída à região central da Europa, 
etimologicamente o nome que conhecemos - alcachofra - deriva da língua árabe (al-kharsaf). A denominação 
científica Cynara (canina), em latim, estabelece uma semelhança de seus espinhos com dentes caninos. As folhas 
são largas, de cor verde-acinzentada e a planta pode atingir 1,5m de altura. 
Principais constituintes: cinarina (estimuladora da cloridria), ácidos clorogênico, málico e cafêico, pectina, 
tanino, ácido glicólico, glicosídeos coleréticos, bioflavonóides (cinarosídeo e scolimosídeo), cinaropicrina (gosto 
amargo), enzimas (cinarase, oxidase, ascorbinase, catalase, peroxidase). Apresenta ainda teores consideráveis de 
betacaroteno. 
Propriedades terapêuticas: 
q Vários de seus ativos atuam como adstringentes, auxiliando na digestão das gorduras e evitando 
acúmulo lipídico no fígado. Por isso, há muito é preconizada como um fitoterápico hepatoprotetor. 
q Pesquisas mostraram que o extrato dessa planta estimula a síntese da bile (colerético), variando de 
acordo com a composição química de cada exemplar, conforme demonstraram Puigmaciá M. & cols, 
Planta Med- 1986, 52. 
q A atividade diurética da alcachofra é muito citada na literatura fitoterápica, por exemplo, o "Guide to 
Medicinal Plants", de Schauenberg, P. - Keats Publishing, 1977. 
q Em "Health Plants of the World", Bianchini F. alerta para a atividade hipoglicemiante da alcachofra. 
Isto se deve a ação da oxidase. 
q Os níveis de colesterol diminuem com a administração de alcachofra, devido a cinarina. Em um 
estudo realizado por 19 meses, a administraçãode 20mg de cinarina por via oral reduziu em cerca de 
30% os níveis de colesterol e em 24% os de triglicérides. 
Efeitos colaterais e toxicidade: não foram relatados efeitos sistêmicos. 
Indicações: diurético, nas afecções hepáticas, no controle da hiperglicemia (como coadjuvante) e da 
hipercolesteremia. 
Dosagens: 
n Extrato seco – cápsulas com 200 a 1.000mg/dia, duas vezes ao dia. 
n Tintura - 10 a 20ml num copo d´água,, duas vezes ao dia. 
 
ALECRIM 
Nome científico: Rosmarinus officinalis L. 
Família: Labiateae. 
Partes utilizadas: folhas e flores. 
Histórico: planta da Europa mediterrânea, é hoje cultivada em todo o mundo. O primeiro relato sobre o uso 
medicinal do alecrim vem do século XVI. Naquela época queimavam-se as folhas dessecadas para aromatizar o ar. 
Principais constituintes: pineno, cineol, borneol, canfeno, cânfora, diterpenos (óleo essencial). Além desses, o 
ácido rosmarínico, saponinas, tanino e alcalóides. 
Propriedades terapêuticas: 
q Ligeiramente hipertensor, contribui para aumentar a circulação periférica. 
q Sua ação carminativa é bastante enfatizada em toda a literatura, auxiliando o metabolismo 
gastrintestinal. 
Efeitos colaterais e toxicidade: superdosagem está associada com irritação estomacal e intestinal e, 
ocasionalmente, danos renais (Tyler, V.E. "The New Honest Herbal", G.F. Stickley Co, 1987). 
Indicações: colecistite, amenorréia, dismenorréia e oligomenorréia. Dores articulares e contusões. 
Dosagens: 
n Uso Oral: extrato seco – cápsulas com 500mg, duas vezes ao dia. 
n Uso Tópico (contusões e dores articulares): loção a 8% de extrato fluido em veículo hidro-alcoólico. 
Guia Terapêutico para Fitoterapia 
Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 4 - 
ALFAFA 
Nome científico: Medicago sativa L. 
Família: Leguminosae. 
Partes utilizadas: folhas. 
Histórico: planta originária do sudoeste da Ásia, possui alto valor nutritivo. É empregada como forragem nobre 
para cavalos puro-sangue. O uso medicinal é recente (década de 50), tendo sido introduzida no Brasil no início do 
século. O nome da planta - alfafa - vem do árabe, Al-fal-fa, significando pai de todos os alimentos. 
Principais constituintes: rico suplemento nutricional, contendo cálcio (12mg%), potássio (1,4mg%), ferro 
(5,4mg%), fósforo (51mg%) e oligoelementos, caroteno (8.000ui/100g), vitamina E, vitamina K e complexo B 
(Worthinton - Roberts B, Breskin M.A. - "Fads or Facts? A Pharmacist's guide to controversial nutrition produtos", 
Am. Pharm. 1983, 23). 
Propriedades terapêuticas: 
q Recomendada para complementar à alimentação. 
q Coadjuvante no tratamento da deficiência do cálcio (osteoporose), pois é boa fonte do elemento. 
q Atua como diurético. 
q Suas fibras ligam-se ao colesterol livre no intestino e facilita sua eliminação pelas fezes, sem 
absorção. Vários estudos atestam essa propriedade (Malinow, M.R. & cols, "Effect of alfafa saponins 
on intestinal cholesterol absorption in rats", Am. J. Clin. Nutr, 1977. 30.). 
Efeitos colaterais e toxicidade: a semente contém um aminoácido tóxico - a L-canavanina - análoga da arginina. 
Esta semelhança lhe confere toxicidade por competição na incorporação do aminoácido às cadeia peptídicas. Assim, 
a administração de L-arginina neutraliza a toxidez da L-canavanina. O catabolismo deste aminoácido produz no 
organismo um outro análogo à L-ornitina, a L-canalina, que tem ação inibitória sobre uma importante vitamina do 
complexo B, o piridoxal 5-fosfato (vitamina B-6). Segundo os trabalhos de Malinow MR. & cols, Science 1982, 216, 
confirmados por Roberts JL. & cols, a L-canavanina pode deprimir a resposta imune por linfócitos B e está implicada 
com o Lupus Eritematoso. 
Indicações: antifadigante, pelo conteúdo nutricional de seu extrato. É usada também nos casos de má digestão e 
inapetência ou ainda como diurético brando. 
Dosagens: extrato seco - cápsulas com 300 a 500mg, duas vezes ao dia. 
 
ALFAVACA 
Nome científico: Ocimum basilicum L. 
Família: Labiateae. 
Partes utilizadas: planta inteira. 
Histórico: planta da Ásia, é mais conhecida como manjericão. Pertence ao grupo das herbáceas, muito 
aromática e intensamente usada em culinária, devido ao excelente paladar que confere aos alimentos. Poder atingir 
até 1m de altura. É muito adaptável a climas quentes e foi trazida ao Brasil por imigrantes italianos, no século 
XVIII. O período pré-floração é onde se encontra os maiores teores de ativos na planta. 
Principais constituintes: o óleo essencial contém linalol, lineol, alcanfor, eugenol, cineol, pineno, timol. Contém 
ainda taninos, saponinas, flavonóides, ácido cafêico. 
Propriedades terapêuticas: 
q É carminativo e antiespasmódico. 
q Auxilia na regulação do pH estomacal. 
q Possui ação diurética. 
q Estimula a secreção láctea. 
Efeitos colaterais e toxicidade: não relatados. 
Indicações: 
n Problemas digestivos. 
n Oligúria. 
n Na lactação. 
Dosagens: extrato seco – cápsulas com 500mg, duas vezes ao dia. 
Guia Terapêutico para Fitoterapia 
Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 5 - 
ALFAZEMA 
Nome científico: Lavandula officinalis C., Lavandula angustifolia M. 
Família: Labiatea. 
Partes utilizadas: flores. 
Histórico: usada há muito como aromatizante de banhos (gregos e romanos), o próprio nome Lavanda deriva do 
latim, lavare. Os princípios aromatizantes são repelentes de insetos e antissépticos. 
Principais constituintes: as flores da alfazema contêm mais de 1,5% de óleo volátil, uma mistura de mais de 150 
componentes. Os mais abundantes são linalol, cineol, cânfora, pineno, acetato de linalila, limoneno e ácido 
capróico. Apresenta, ainda, em sua composição tanino (até 12%), sesquiterpenos, aldeídos e cetonas. 
Propriedades terapêuticas: 
q Tem ação antiespasmódica e como tal é usada desde tempos remotos. 
q Seu efeito hipoglicemiante foi documentado por Gamez, MJ. (Pharmazie 1987, 42, 706), na Espanha. 
q Teve sua ação sedativa e hipnótica comprovada em trabalhos recentes (Hardy, M. & cols, The Lancet, 
1995, 346). 
q Seus princípios aromatizantes são repelentes de insetos. 
Efeitos colaterais e toxicidade: o óleo de lavanda demonstrou baixa toxicidade ao ser administrado a 
camundongos, por via subcutânea. O óleo de lavanda puro pode ser sensibilizante dérmico. 
Indicações: dores abdominais e gástricas (antiespasmódico), carminativo, hipoglicemiante, repelente de insetos. 
Dosagens: 
n Extrato seco – cápsulas com 500mg, duas vezes ao dia. 
n Óleo essencial - 5 gotas num copo d´água, duas vezes ao dia. 
 
ALHO 
Nome científico: Allium sativum L. 
Família: Liliaceae. 
Partes utilizadas: bulbo. 
Histórico: segundo "The Lawrence Review of Natural Products", a palavra allium deriva do idioma Celta "all", 
significando queimadura. É usado desde os primórdios da era sedentária para fins medicinais. Os nativos 
americanos (do norte) usavam para curar inflamações (ouvidos), flatulência e escorbuto. Como alimento, sempre 
foi muito empregado desde a Ásia, passando pela Europa toda até o continente americano. Os povos bárbaros 
gabavam-se de sua disposição para luta e atribuíam boa parte disso ao alto consumo de alho. Os estudos sobre 
longevidade efetuados pela médica romena Ana Aslan evidenciaram uma dieta bastante peculiar em populações da 
Europa oriental, onde o alho, juntamente com coalhada (lactobacilos), representavam fatores importantes para 
explicar o fenômeno. 
Principais constituintes (por 100g): cálcio - 30mg; enxofre - 80mg; ferro - 1mg; germânio e selênio – traços; 
vitamina C - 17mg; vitamina A - 0,1mg; vitamina B-1 - 0,1mg; vitamina B-2 - 0,1mg; alicina (sulfóxido = odor 
característico), aliina, dialil-dissulfeto, dissulfeto de dietila, trissulfeto de metilalila. 
Propriedades terapêuticas: 
q Varredor de Radicais Livres (RL) em função dos compostos antioxidantessulfurados e sulfóxidos. 
Pesquisadores da Academia de Ciências Médicas de Shandong relataram o poder antioxidante da alicina. 
Eles descobriram que este derivado sulfóxido da cisteína aumenta os níveis plasmáticos de duas importantes 
enzimas: catalase e glutathion peroxidase. Essa descoberta reforçou o “status” de potente antioxidante da 
alicina. Outros autores no Japão estudaram os compostos sulfurados no extrato de alho envelhecido 
(desodorizado) e encontraram 5 compostos sulfurados que atuam como inibidores da peroxidação lipídica no 
fígado, verdadeiros protetores desse órgão. McCaleb relatou que: “De acordo com as descobertas japonesas 
os compostos sulfurados do extrato de alho envelhecido parecem ser 1.000 vezes mais potentes do que os 
encontrados no alho cru”.- "Antioxidant, Antitumour and Cardiovascular Actions of Garlic", Herbal Gram. 
1993, 29. 
q Na área de pesquisas cardiovasculares muitos trabalhos mostram os efeitos benéficos do alho. 
Efeitos colaterais e toxicidade: não relatados. 
Indicações: deficiências imunes, astenia, afecções pulmonares e respiratórias, gripes freqüentes, hipertensão, 
rouquidão, preventivo da ateroesclerose, anti-isquêmico. 
Dosagens: cápsulas oleosas - 2 cápsulas ao dia; extrato seco - cápsulas com 500mg duas vezes ao dia. 
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Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 6 - 
ANGÉLICA 
Nome científico: Angelica officinalis, Angelica archangelica. 
Família: Umbelliferae. 
Partes utilizadas: raiz e folhas. 
Histórico: segundo uma lenda, a planta foi revelada aos humanos por um anjo (São Miguel) para curar uma peste. 
É uma planta aromatizante e flavorizante e, segundo consta, é responsável pelo sabor característico do vinho tipo 
moscatel. Além de ser usada em tinturas e extratos, pode ser usada como chá (infusões) a partir da raiz e das 
folhas. É nativa das terras geladas do norte, tendo sido trazida para a Europa no século XVI (Inglaterra), onde logo 
começou a ser utilizada como aromatizante e depois como planta medicinal para os males estomacais. 
Principais constituintes: terpenos, sesquiterpenos, lactonas, alfa-felandreno, alfa-pineno e canfeno são os 
principais. Identificou-se um alcalóide ativo, a arcangelicina, provavelmente responsável pela ação antinflamatória. 
Propriedades terapêuticas: 
q Embora tenha sido isolado um princípio ativo cardiotônico - uma a-lactona - o seu pequeno teor no extrato 
não indica a planta para o aparelho cardiovascular. 
q Ioannou Y.M. & cols estudando antídotos para o carcinogênico benzopireno, encontrou nesta a-lactona 
um inibidor de seus efeitos cancerígenos ("Effect of butylated hydroxyanisole alpha-angelica lactone, and 
beta-naphthoflavone on benzo pyrene: DNA adduct formation 'in vivo' in the forestomach, lung and liver of 
mice" - Cancer Res. 1982, 42). 
q Outra variedade da planta, Angelica sinensis, apresentou efeito imunoestimulante, segundo os trabalhos 
de Choy Y.M. & cols. publicado no Am. J. Chin. Med, 1994 - 22. 
q Princípios voláteis de Angelica archangelica mostraram atividade fungistática contra Aspergillus, Rhizopus, 
Mucor e Alternaria. 
q Substâncias amargos presentes no extrato parecem ser responsáveis pelos efeitos benéficos que a planta 
exerce no aparelho digestivo, mormente o estômago. 
Efeitos colaterais e toxicidade: Angélica é reconhecidamente segura para uso humano. Entretanto, a aplicação 
tópica, que não é recomendada. A presença de certos princípios fotossensibilizadores (furo-cumarinas) pode 
ocasionar queimaduras pela ação do UV na pele. Do ponto de vista botânico, é importante ressaltar que Angélica já 
foi confundida com a Cicuta maculata L, uma planta venenosa. 
Indicações: problemas digestivos, flatulências, cólicas, dismenorréias, falta de apetite, discreta ação diurética. 
Dosagens: 
n Extrato seco – cápsulas com 500mg, três vezes ao dia. 
n Tintura mãe - 20 gotas num copo dágua, três vezes ao dia. 
 
ANIS 
Nome científico: Pimpinella anisum L. 
Família: Umbelliferae. 
Partes utilizadas: semente e caule. 
Histórico: é uma bela planta cultivada desde há muitos séculos atrás (em 1.500 anos a.C. ela era cultivada no 
Egito para fins culinário se na produção de bebidas). É muito conhecida no Brasil como erva-doce. 
O anis se difundiu pelo mundo a partir do reinado de Carlos Magno, no século IX, que determinou o plantio de 
certas ervas em todas as colônias do Império Romano. 
Principais constituintes: anetol, metil-chavicol, p-metoxifenilacetona, neafitadieno, cumarinas. 
Propriedades terapêuticas: 
q Apresenta efeito carminativo, evitando acúmulo de gases. Melhora o peristaltismo. 
q Em nível respiratório o xarope de anis é usado para hipersecreção brônquica e bronquites. 
Efeitos colaterais e toxicidade: não relatados. 
Indicações: problemas digestivos, má digestão, flatulência, problemas respiratórios, bronquites. 
Dosagens: 
n Extrato seco – cápsulas com 500mg, três vezes ao dia. 
n Tintura - 20 gotas, três vezes ao dia (adultos); 10 gotas, duas vezes ao dia (crianças). 
n Xarope 20% - 15ml, três vezes ao dia (adultos); 10ml, duas vezes ao dia (crianças). 
n Infusão - ½ colher das sementes por xícara de água fervente. 
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ARNICA 
Nome científico: Arnica montana L. 
Família: Compositae. 
Partes utilizadas: flor e rizoma. 
Histórico: planta que permaneceu bom tempo desconhecida, em função de se originar das regiões altas do norte 
da Europa. Não foi conhecida por Hipócrates (460/370 a.C.), nem por Galeno (129/199). A descoberta de suas 
propriedades foram consolidadas no século XII, na Alemanha. No século XVIII já constava de formulários médicos 
importantes. 
Principais constituintes: terpenos, arnidol, pradiol, arnisterina, lactonas, astragalina, taninos, umbeliferona, 
carotenos. 
Propriedades terapêuticas: 
q Antinflamatória, revulsiva, antisséptica, analgésica. O uso é exclusivamente externo. 
q Lactonas sesquiterpênicas foram relacionadas com ação antiagregante plaquetária, confirmada por 
Schroder H & cols. "Arnica montana L inhibit human platelet function via thiol-dependent pathways", 
Tromb. Res. 1990, 57. 
Efeitos colaterais e toxicidade: o uso interno da arnica não é recomendado. O extrato alcoólico é cardiotóxico 
para animais, conforme demonstrado por Forst, A.W. As flores e raízes causam vômitos e até coma, se ingeridas 
por crianças. O FDA, órgão do governo dos EUA, classifica a arnica como uma erva não segura para uso interno, 
porque o extrato alcoólico e aquoso contém, além de colina, contém duas substâncias ainda não identificadas que 
provocam violenta gastrenterite, distúrbios do sistema nervoso, alterações circulatórias, fraqueza muscular e 
morte. Por outro lado, seu uso tópico não apresenta perigo. 
Indicações: para uso externo nos traumatismos e processos inflamatórios das articulações. Pode também ser 
usada para tratamento das afecções bucais (gengivites e amidalites), em bochechos. Nestes casos recomenda-se 
expressamente a não ingestão do preparado com arnica. Mais recentemente encontrou aplicação nos shampoos e 
loções capilares com extrato de arnica 2 a 5%. Diminui a queda dos cabelos e controla a seborréia. 
Dosagens: 
n Extrato alcoólico 20% - uso tópico com massagens nos locais traumatizados e inflamados. 
n Extrato aquoso 20% - para bochechos e gargarejos. Usar 2 colheres de sopa em ½ copo d'água. 
n Shampoos e loções capilares – com 2 a 5% do extrato. Aplicar com massagens circulares no couro 
cabeludo. Depois enxaguar. 
 
 
ARRUDA 
Nome científico: Ruta graveolens L., Ruta montana L. e Ruta bracteosa L. 
Família: Rutaceae. 
Partes utilizadas: folhas. 
Histórico: o naturalista romano Plínio (23 a 79 a.C.) mencionou 84 remédios contendo arruda. Na Grécia antiga o 
seu uso era vigiado, devido às propriedades abortivas.A partir do século XVII esta planta começou a figurar entre 
rituais místicos como um elemento de proteção contra maus presságios e energias ruins. O próprio Leonardo da 
Vinci difundiu os poderes metafísicos desta planta que até hoje é usada para afastar "maus fluidos". 
Principais constituintes: no óleo essencial encontra-se 90% de metilheptilcetonas e metilnonilcarbinol. Alcalóides 
como arborina, arborinina, graveolina e fagarinas são encontrados como ativos. Além desses, compostos flavônicos 
(rutina) e cumarínicos (rutamarina) estão presentes. Tyler, V.E. e Wolters B. e Eilert U. investigaram sua 
composição e determinaram que cerca de 1,5% dos ativos são arborina, arborinina e g-fagarina. 
Propriedades terapêuticas: 
q A planta tem muitas citações como antiespasmódica. Esta ação é atribuída aos alcalóides arborina e 
arborinina. Um estudo sobre o efeito espasmolítico da arborinina em coronárias de porco mostrou que o 
alcalóide é tão potente quanto a papaverina, enquanto a rutamarina mostrou ser 20 vezes mais potente 
que ambos. A ação antiespasmódica é observada também sobre a musculatura lisa gastrintestinal. 
Efeitos colaterais e toxicidade: a segurança da planta não foi estabelecida para uso em gestantes. Os princípios 
antiespasmódicos são muito ativos e os extratos de arruda devem ser usados com moderação. 
Por ser abortivo, o extrato não deve ser empregado em mulheres grávidas. 
Indicações: como antiespasmódico, emenagogo. Também na oligomenorréia. 
Dosagens: tintura – 2 a 5ml duas vezes ao dia. 
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Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 8 - 
BABOSA 
Nome científico: Aloe vera L, Aloe barbadensis Miller. 
Família: Liliacea. 
Partes utilizadas: parênquima (gel). 
Histórico: a babosa tem uma história muito antiga. Foram encontrados desenhos dessa planta na tumba de faraós, 
pois no Egito antigo ela era chamada de planta da imortalidade. O formulário médico egípcio de 1.500 a.C. já 
mencionava o uso do aloe para feridas e tratamento da pele. Consta que Cleópatra usava preparações à base de 
aloe (babosa) para embelezamento e tratamento cosmético. Nos dias de hoje a cosmética não abre mão do uso do 
extrato dessa planta na confecção de cremes e loções hidratantes. João, no versículo 19:39-40, diz que "Nicodemus 
trouxe uma mistura de mirra e aloe para a preparação do corpo de Jesus". Comerciantes árabes levaram a planta 
para a Ásia no século VI. O seu nome - aloe - é proveniente do arábico, língua onde a palavra "alloeh" significa 
substância amarga. 
Principais constituintes: aloína, barbaloína (gosto amargo), emodina, aloinose. Entre as enzimas, celulase, 
carboxipeptidase, catalase, amilase. Sacarídeos antraquinônicos são responsáveis pela forte ação hidratante da 
planta. 
Propriedades terapêuticas: é extensamente utilizado para cosméticos e produtos hidratantes e tonificantes da 
pele. Em shampoos atua como anticaspa e melhora a hidratação dos fios, protegendo-os. Seu uso interno não é tão 
difundido, mas tem reconhecida a sua ação laxativa muito violenta, além de helminticida eficaz. Há citações 1 sobre 
componentes não identificados, mas com ação anti-prostaglandinas, atuando, assim, como antinflamatórios e 
analgésicos. 
Efeitos colaterais e toxicidade: o uso interno é pouco recomendado. Tem ação purgativa drástica. É contra-
indicado para mulheres gestantes, pois tem ação abortiva. Também não se indica o uso interno em crianças 
(Spoerke, D.G. & Elkins B.R., Vet. Hum Toxicol.). Um dos componentes do látex, a aloe-emodina, provoca severos 
espasmos gástricos. 
Indicações: o uso interno é limitado como purgativo ou como emenagogo. Para uso externo o látex da planta 
encontra muitas aplicações, como emoliente e hidratante, em cremes, géis e loções para a pele. 
Dosagens: 
n Extrato seco: cápsulas com 150mg uma vez ao dia. 
n Shampoos: até 30% do látex fresco 
n Cremes hidratantes: até 15% do látex fresco. 
 
 
BLACK COHOSH 
Nome científico: Cimicífuga racemosa. 
Partes utilizadas: folhas. 
Histórico: Black Cohosh é um fitoterápico nativo dos EUA, cujas propriedades medicamentosas se tornam cada vez 
mais conhecidas. Embora apresente ações como adstringente, expectorante e diurética, seu uso mais difundido 
ocorre na menopausa. 
Composição: No extrato seco do Black Cohosh são encontrados vários tri-terpenos e, segundo os estudos 
realizados, os compostos mais ativos são acteína e 27-deoxiacteína 2,8. 
Principais constituintes: pode-se extrair um óleo volátil da planta, onde foram detectados eucaliptol, ascaridol, 
cineol, eugenol e pineno. Além disso, contém alcalóides (o mais importante é a boldina), tanino, terpenos e 
flavonóides. 
Propriedades terapêuticas: Daniel B. Mowrey 7 relata as propriedades já comprovadas cientificamente: 
q Normaliza a menstruação; 
q Alivia a congestão uterina e vaginal; 
Efeitos colaterais e toxicidade: raramente descritos 9 - tonteiras, náuseas, diarréia, dor-de-cabeça, podem 
ocorrer nos casos de dosagens excessivas (acima de 500mg/dia). 
Indicações: pesquisa envolvendo 131 médicos e 629 pacientes mostrou que o extrato da cimicifuga melhorou os 
sintomas da menopausa em até 80% das pacientes em 6 a 8 semanas 10. Black Cohosh aliviou as dores de cabeça, 
as palpitações, perspirações profusas, calores, irritabilidade. A completa desaparição dos sintomas foi observada 
após 6 a 8 semanas, em cerca de 90% das pacientes tratadas. 
Dosagens: 
n extrato seco – cápsulas com 80mg, duas vezes ao dia 9. 
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Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 9 - 
BOLDO 
Nome científico: Peumus boldus, Boldus boldus. 
Família: Monimiaceae. 
Partes utilizadas: folhas. 
Histórico: é uma planta originária dos Andes (região do Chile), que se aclimatou em alguns países da América do 
Sul, inclusive no sul do Brasil. Seu odor fresco lembra um pouco o hortelã, com toques de cânfora. Nos meados do 
século XIX despertou o interesse de médicos na Europa. Consta que o primeiro a estudá-la foi o médico francês 
Baumez. Seu uso na forma de chá caseiro (amargo) foi muito difundido a partir no início do século, principalmente 
no sul e sudeste do Brasil, onde ficou notório pelo seu efeito digestivo e de rápido alívio para os sintomas 
decorrentes de alimentação gordurosa em excesso, assim como outros abusos alimentares. 
Principais constituintes: pode-se extrair um óleo volátil da planta, onde foram detectados eucaliptol, ascaridol, 
cineol, eugenol e pineno. Além disso, contém alcalóides (o mais importante é a boldina), tanino, terpenos e 
flavonóides. 
Propriedades terapêuticas: tem marcante ação colagoga e colerética. 
Efeitos colaterais e toxicidade: essa planta pode ser tóxica, quando tomada em doses excessivas (acima de 
75mg em uma só dose, em extrato seco). Entre os sintomas da intoxicação estão distúrbios da visão (alteração na 
visualização de cores), tonteiras, vômitos, diarréias, espasmos e convulsões. 
Indicações: utilização tradicional como colerético e hepatoprotetor. Esses efeitos vêm sendo comprovados 
cientificamente, através de pesquisas "in vivo". Dentre elas citamos Lanhers & cols, "Hepatoprotective and 
antiinflamatory effects of a traditional medicinal plant of Chile: Peumus boldus", Planta Medica, 1991, vol. 57. 
Dosagens: 
n Extrato seco: cápsulas com 50mg, duas a três vezes ao dia. Há registros 2 de que doses acima de 
100mg do extrato seco podem ser tóxicas ao ser humano. 
n Tintura: 2ml num copo dágua três vezes ao dia. 
 
 
BORRAGE 
Nome científico: Borago officinalis L. 
Família: Boraginaceae. 
Partes utilizadas: semente (extração do óleo). 
Histórico: vem de longe o uso dessa planta na medicina. Na Idade Média suas folhas e flores eram usadas no 
vinho para melhorar a melancolia. Mais tarde outras indicações apareceram: reumatismo, bronquite, lactogênico. É 
um medicamento oficial emvários países europeus - Alemanha, Espanha, Portugal, Romênia. Suas folhas, quando 
trituradas, exalam um aroma que lembra o pepino. Também são comestíveis, no preparo de saladas. 
Principais constituintes: hoje em dia encontramos muito mais aplicação no óleo extraído da semente da borrage. 
Seu alto teor em GLA (ácido gama-linolênico, precursor de eicosanóides) - até 21% - o faz uma das principais 
fontes da suplementação com ácidos graxos essenciais. 
Propriedades terapêuticas: o óleo de borrage é rico em GLA, precursor de prostaglandinas. Afecções 
dermatológicas, como eczemas, psoríase, estão associadas com deficiência de GLA. Bronquites também podem ter 
como causa a deficiência de certas prostaglandinas que atuam como broncodilatadoras (PGE1). 
Efeitos colaterais e toxicidade: desconhecidos. 
Indicações: 
q Na tensão pré-menstrual, por aumentar a liberação de PGE1. 
q Nos processos inflamatórios (diminui a produção dos eicosanóides pró-inflamatórios), 
q Como coadjuvante nas depressões moderadas. 
Dosagens: 
n Óleo: cápsulas com 500mg, duas a três vezes ao dia. 
n Tintura: 1 a 3ml, três vezes ao dia. 
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Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 10 - 
CALÊNDULA 
Nome científico: Calendula officinalis L. 
Família: Compositae. 
Partes utilizadas: folha e flor. 
Histórico: planta cuja origem é remota (Egito). Os primeiros registros surgem na Europa, tendo se adaptado bem 
ao Brasil. Na secessão americana foi utilizada para assepsia das feridas. O arbusto chega a 2 - 2,5m de altura. 
Principais constituintes: o óleo essencial contém carotenóides. Estão presentes antioxidantes bioflavonóides, 
entre eles a quercetina. Outros: cálcio, silício, calendina, terpenos. Alguns têm ação repelente para insetos. 
Propriedades terapêuticas: na literatura encontramos referências às suas propriedades imunoestimulantes 1. Um 
estudo realizado por Wagner e publicado na revista alemã Arzneimittelforschung confirma o efeito 
imunoestimulante da calêndula. São bem conhecidas as ações antisséptica, antiflogística e cicatrizante, a nível 
externo. Estudos científicos mostraram que a aplicação de calêndula em feridas promoveu um aumento na síntese 
do colágeno, nas glicoproteínas e nas nucleoproteínas (Klouchek-Popava E. et cols. - Acta Physiol. Pharmacol. 
Bulgary, 1982; 8-63). Outras pesquisas, realizadas na Rússia, revelaram que preparações oculares com extrato de 
calêndula aliviaram inflamações crônicas e conjuntivites em ratos ( Marinchev, V.N. et cols. - Oftalmol Zh, 1971; 
26:196). Registram-se, ainda, as propriedades como planta colagoga, emenagoga e antinflamatória. 
Efeitos colaterais e toxicidade: em animais doses de 50mg/kg do extrato não mostraram alterações histológicas 
(Elias, R. et cols. "Antimutagenic activity of some saponins isolated from Calendula officinalis - Mutagenesis 1990; 5 (4):327. 
Indicações: 
q Uso tópico - na formulação de loções e cremes cicatrizantes, antinflamatórios e antissépticos. 
q Uso interno - como colagogo, antinflamatório e imunoestimulante. 
Dosagens: 
n Cremes ou Loções: 2 a 3% do extrato de calêndula. 
n Extrato seco: cápsulas com 250mg, duas a três vezes ao dia. 
n Tintura: 0,3 a 1,2ml três vezes ao dia. 
 
CAMOMILA 
Nome científico: Matricaria chamomilla L. 
Família: Compositae. 
Partes utilizadas: flores. 
Histórico: em Roma a camomila era usada como antiespasmódica e antinflamatória. Os chás eram utilizados para 
tratar parasitas intestinais. Como cosmético o extrato é utilizado para o clareamento dos cabelos. Hoje se sabe que 
o poder antinflamatório da camomila se deve ao azuleno, com 5% no total do óleo essencial e ao bisabolol. 
Principais constituintes: amazuleno (cerca de 5% do óleo essencial), a-bisabolol (45-50%), ácido angélico, 
apigenina, matricina, colina, mucilagens, cumarinas (umbeliferona), flavonóides (quercetina, luteolina). 
Propriedades terapêuticas: 
q a-bisabolol é o componente que exerce mais influência. Seu poder antinflamatório é bastante conhecido e relatado na 
literatura científica. Jakolev & cols demonstraram que o ativo reduziu a inflamação em animais (ratos), bem como a 
artrite ("Pharmacological Investigations with Compounds of Chamomile", Planta Medica, 1979, 35:125). 
q O autor Isaac, O. mostrou que o a -bisabolol também exerce propriedades antipiréticas, segundo os estudos elaborados 
com cobaias (Planta Medica 1979, 35:118). 
q No tratamento das gastrites e das úlceras gástricas o a -bisabolol apresentou eficácia, conforme os estudos de Szelenyi, I. 
realizados com ratos induzidos com indometacina, estresse e álcool ("Pharmacological Experiments with Compounds of 
chamomile III", Planta Medica, 1979, 35:218). 
q O efeito espasmódico da planta foi comprovado. Há estudos que mostram que a potência do bisabolol é equivalente à da 
papaverina: "Investigations on the spasmolytic effect of compounds of chamomile and kamillosan®”, Planta Medica, 
1980, 39:38. Outras substâncias presentes na planta também exercem ação antiespasmódica: apigenina, luteolina. 
q Stern & cols. demonstraram o efeito antihistamínico da camomila em modelo com animais "Die antiallergische und 
antiphlogistische Wirkung der Azulene", Arzn Forsch, 1956; 6:445. 
Efeitos colaterais e toxicidade: 
n Baixa toxicidade por via oral (DL50 oral de 15ml/kg em ratos). 
n Foram negativos os testes teratogênicos realizados com ratas e coelhas (1ml/kg/via oral). 
n Foram negativos os testes subcrônicos com ratos (1ml/kg/via oral/4 semanas). 
Indicações: por via oral é indicado para tratamento das afecções e inflamações do aparelho gastrintestinal 
(gastrites, esofagites, úlceras gástricas e duodenais) e como antiespasmódico. Em dermatologia, o azuleno e o alfa-
bisabolol podem ser empregados em cremes ou loções para tratamento de dermatites e alergias. 
Dosagens: 
n Infusão: 2 a 3 vezes ao dia. 
n Extrato seco: cápsulas com 500mg, três vezes ao dia. 
n Uso externo: cremes com 0,5-2% de azuleno e 0,1-1% de alfa-bisabolol. Cremes com 3 a 5% da tintura. 
Guia Terapêutico para Fitoterapia 
Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 11 - 
CANELA 
Nome científico: Cinnamomum zeylanicum Ness. 
Família: Lauraceae. 
Partes utilizadas: córtex. 
Histórico: originária do oriente (Sri-Lanka, Índia), a canela chegou a Europa por volta do século V. 
Principais constituintes: eugenol, felandreno, vanilina, pineno, cineol. 
Propriedades terapêuticas: hemostática, digestiva (aumenta as secreções do aparelho gastrintestinal), 
emenagoga. 
Efeitos colaterais e toxicidade: evitar usar o óleo essencial pura. Não usar na gravidez e lactação. 
Indicações: hemorragias nasais, menorragia, atonia gástrica e problemas digestivos. 
Dosagens: 
n Extrato seco - cápsulas com 250mg, duas vezes ao dia. 
n Tintura: 5ml, duas vezes ao dia. 
 
 
 
CAPIM-LIMÃO 
Nome científico: Cymbopogon citratus. 
Família: Graminae. 
Partes utilizadas: folhas. 
Histórico: o capim-limão é originário da Ásia. A folha tem aroma agradável, ligeiramente cítrico, sendo uma planta 
de fácil desenvolvimento em solos quentes e úmidos. Também é conhecido como erva-cidreira. 
Principais constituintes: geranial, citral, citronelal estão entre os principais componentes (aldeídos). Outros 
componentes importantes: geraniol, nerol, metil-heptenol, mirceno, farnesol, terpenos. 
Propriedades terapêuticas: 
q Alguns aldeídos do capim-limão apresentam ação antiespasmódica para o útero e intestinos. O efeito 
antiespasmódico está vinculado à ação anticolinérgica (bloqueio da acetil colina), exercida pelo 
extrato da planta. 
q Apresenta ação ansiolítica e calmante, atribuída ao ativo mirceno. 
Efeitos colaterais e toxicidade: não relatados. 
Indicações: 
q Como sedativo, o capim-limão é indicado para os estados de ansiedade e também na insônia. 
q Age também como antiespasmódico nascólicas intestinais e na flatulência. 
Dosagens: 
n Infusão: tomar 4 a 5 xícaras ao dia. 
n Extrato seco: cápsulas com 500mg, três vezes ao dia. 
Guia Terapêutico para Fitoterapia 
Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 12 - 
CARQUEJA 
Nome científico: Baccharis genistelloides Person. 
Família: Compositae. 
Partes utilizadas: folhas e caules. 
Histórico: a carqueja é originária da América do Sul, principalmente do cone sul. Cresce em lugares inóspitos, 
pedregosos é já vem sendo utilizada há muito tempo com fins medicinais. O chá tem forte gosto amargo e é usado 
nos distúrbios digestivos e cólicas gastrintestinais. É uma planta muito resistente que pode crescer até nas 
pequenas fendas de pedras e de concreto, à beira das estradas, em condição bastante áridas. 
Principais constituintes: carquejol, nopineno, calameno, eledol, eudesmol, lactonas diterpênicas, flavonóides, 
polifenóis, taninos, saponinas, triterpenos. 
Propriedades terapêuticas: 
q Os princípios amargos exercem propriedades reguladoras das secreções gastrintestinais. 
q A planta tem, também, forte ação diurética e hipoglicemiante, sendo útil no diabetes. 
q Ensaios com cães evidenciaram marcante propriedade hipocolesteremiante (abaixou até 10%). 
Efeitos colaterais e toxicidade: estudos com camundongos, usando-se um dos ativos (carquejol), evidenciaram 
baixa toxicidade por via oral 1. A DL50 oral para ratos do carquejol é de 1,80g/kg. 
O uso durante a gravidez e lactação não é aconselhado: não estão disponíveis dados sobre a segurança. 
Indicações: 
q Distúrbios do aparelho gastrintestinal, má digestão, flatulência, náuseas, azia, constipação. Também pode ser 
usado no tratamento da litíase biliar. 
q Como diurético - deve-se evitar excesso do chá (preferivelmente tomar no máximo 1 xícara por dia). 
Dosagens: 
n Infusão: 5g em 200ml, tomar 1 xícara. 
n Extrato seco: cápsulas com 250mg, tomar duas vezes ao dia. 
n Tintura: 5 a 10ml duas vezes ao dia. 
 
CÁSCARA SAGRADA 
Nome científico: Rhamnus purshiana D.C. 
Família: Rhamnaceae. 
Partes utilizadas: caule e ramos. 
Histórico: a cáscara sagrada teve sua primeira descrição em 1805, pelos exploradores espanhóis da Califórnia. Sua 
consolidação para uso médico ocorreu em 1877. A contrapartida européia dessa planta é a espécie Rhamnus 
frangula, que foi descrita há mais tempo (1650) na Farmacopéia Inglesa. A árvore é frondosa (mede cerca de 6 a 9 
metros de altura). A árvore é nativa do oeste dos Estados Unidos (Califórnia, Oregon, Washington e Montana)2. 
Principais constituintes: derivados antracênicos (6 a 9%), barbaloína, crisaloína, emodina, antraquinonas, todos 
com propriedades laxativas. Outros componentes encontrados no suco dos frutos: cinchol, cupreol, quebranchol, 
emodina, ácidos linolêico, mirístico e málico, amido e tanino. 
Propriedades terapêuticas: consagrada como laxante, a cáscara sagrada exerce essa propriedade devido, 
principalmente, aos glicosídeos da antraquinona, que atuam como estimulantes do peristaltismo intestinal. Sobre 
essa propriedade há muitos registros na literatura (Leung, A.Y "Encyclopaedia of Common Natural Ingredients Used 
in Food, Drugs and Cosmetics", New York: J. Wiley Interscience, 1980.). O mecanismo de ação mais provável foi 
proposto por Bisset, N.G. ("Herbal Drugs and Phytopharmaceuticals", Stuttgart; Medpharm Scientific Publishers, 
1994, Deutchland): os antraglicosídeos impedem a reabsorção de água e eletrólitos no intestino, aumentando a 
pressão e, conseqüentemente, estimulando o peristaltismo. Em geral os glicosídeos são mais ativos do que os 
produtos de sua hidrólise. O efeito laxante é observado a partir de 6 horas da dose administrada. Estudos mais 
recentes têm apontado efeitos interessantes com alguns componentes da cáscara sagrada: Leung relata que o 
composto emodina foi testado em camundongos para tratamento da leucemia linfocítica P-388, com sucesso. 
Sydiskis R.J. demonstrou que o extrato de R. purshiana inibiu, in vitro, o vírus Herpes simplex. 
Efeitos colaterais e toxicidade: não foram relatados efeitos tóxicos significativos, porém o uso abusivo pode 
provocar a perda de eletrólitos, especialmente potássio. O uso crônico pode levar à pigmentação da mucosa 
intestinal (melanosis coli) e causar dependência na musculatura lisa do intestino. 
Indicações: como laxativo nas constipações (a causa original deve ser pesquisada). 
Dosagens: 
n Extrato seco: cápsulas com 0,25g; duas vezes ao dia (como laxante). 
n Extrato seco: cápsulas com 0,25g; três vezes ao dia (como purgativo). 
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CASSIA 
Nome científico: Cassia nomame. 
Família: Leguminosae. 
Partes utilizadas: folhas. 
Histórico: esta planta do grupo das fabáceas, família leguminosae, vem se destacando por seu efeito inibitório 
sobre as enzimas que promovem a digestão de gorduras e, por conseqüência, auxilia na redução do acúmulo de 
gordura corpora. 
Principais constituintes: o extrato da Cassia nomame fornece diversos ativos, porém 5 deles chamaram a 
atenção, em função de seu efeito inibitório sobre as lipases. Um estudo no ano de 1997, promovido na Universidade 
de Okayama – Japão, constatou a presença de flavonóides que inibiram a digestão de gorduras. O principal ativo 
parece ser a tri-hidroxiflavono catequina. Outros componentes fenólicos foram detectados (8%). 
Propriedades terapêuticas: efeitos de importância médica até agora descritos para o extrato da Cassia nomame 
abrangem a área cardiovascular e obesidade, principalmente: 
q Redução de peso: com a diminuição da absorção de gorduras, a perda de peso se faz notar acentuadamente, 
especialmente quando combinada com dieta para redução calórica. Yamamoto, M. & cols. publicaram um artigo 
na revista International Journal of Obesity and Related Metabolism Disorders, em junho de 2000, onde testaram o 
extrato de Cassia nomame em ratos, em estudo controlado. Como resultado final relataram a perda acentuada de 
peso dos animais em teste e os níveis de perda foram considerados dose-dependentes. Brudkak, M.A, em seu 
artigo “Weight-loss drugs and supplements: are there safer alternatives?”, publicado na revista Medical 
Hypotheses, janeiro de 2002, considera “Esses produtos naturais apresentam-se como possíveis alternativas 
àqueles que podem ser potencialmente letais e não são considerados mais as únicas opções”. 
q Efeitos cardiovasculares: levando-se em conta a redução dos níveis de triglicerídeos e colesterol plasmáticos, o 
extrato da planta pode ser considerado um fator de prevenção das doenças obstrutivas cardiovasculares. 
q Apnéia do sono: conforme relatado no livro “Cassia nomame -Nature´s Fat Absorption Blocker”, por Elkins R; o 
extrato da planta exerce efeito positivo sobre esse distúrbio. 
Efeitos colaterais e toxicidade: a absorção das vitaminas lipossolúveis – A, E, D e K – pode ser reduzida. No 
caso da prescrição de doses acima de 400mg/dia recomenda-se suplementação com estas vitaminas em horários 
diferentes da administração da Cassia nomame. Diarréia de intensidade variável pode ocorrer em alguns pacientes. 
Indicações: 
q Redução de gordura corporal acumulada. 
Dosagens: extrato seco – cápsulas com 200 a 600mg, duas vezes ao dia. 
 
CASTANHA-DA-ÍNDIA 
Nome científico: Aesculus hippocastanum L. 
Família: Hippocastanaceae. 
Partes utilizadas: Casca, sementes. 
Histórico: o próprio nome em português, castanha-da-Índia, mostra que, no início, pensava-se que esta árvore 
fosse originária da Índia, porém ela é nativa das Bálcãs. Na França há registros de sua presença no início do século 
XVII (1615), tendo sido disseminada por toda a Europa, rapidamente. Há outras variedades de castanhas: 
Aesculus hippocastanum (atinge 30m de altura), Aesculus gabra, Aesculus californinca, Castanea sativa. 
Principais constituintes:Aesculus hippocastanum contém bioflavonóides (rutina) e sapogeninas - aescina. 
Propriedades terapêuticas: Segundo Bisler, H. & cols. ("Effect of Horse Chestnut Seed Extract on Transcapillary 
Filtration in Chronic Venous Insuffiency" - Dtsch Med Wochenschr, 1986), os triterpenos são os ativos que 
diminuem a permeabilidade vascular, melhorando a inflamação venosa e agindo como um tônico da circulação. Um 
outro ativo, a aescina, presente na proporção de 70%, foi avaliado por Guillaume, M & cols ("Veinotonic Effect, 
Vascular Protection, Antiinflamatory and Free Radical Scavenging Properties of Horse Chestnut Extract" - 
Arzneimittleforschung, 1994, 44) e mostrou, também, a capacidade de reduzir a permeabilidade vascular induzida 
pela histamina, diminuindo o edema. 
Efeitos colaterais e toxicidade: outras espécies de Aesculus que não a hippocastanum, podem conter um 
produto tóxico, a aesculina. Não há dados que respaldem o uso infantil. 
Indicações: 
q Inflamações varicosas, edema. 
q Problemas circulatórios. 
Dosagens: extrato seco - cápsulas com 250 a 500mg; duas vezes ao dia. 
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CATUABA 
Nome científico: Anemopaegma mirandum. 
Família: Bignoniaceae. 
Partes utilizadas: cascas. 
Histórico: é uma planta nativa da região norte brasileira, conhecida há muitos anos pelos indígenas, que a utilizam 
com fins medicinais. Houve certa confusão botânica quanto à sua correta denominação e sinonímias. Há algumas 
plantas, de gênero diferente, também designadas por catuaba: Phyllanthus nobilis, Erytroxylum mirandum. O 
gênero Anemopaegma é o que apresenta mais estudos, embora um outro gênero/espécie, a Trichilia catigua, seja 
muito comum e também designada como catuaba. 
Principais constituintes: a catuabina, princípio ativo amargo, é o mais importante componente. Também foram 
identificados taninos e alcalóides relacionados com atropina e ioimbina. 
Propriedades terapêuticas: a catuaba atua na transmissão nervosa. Em alguns centros nervosos atua como 
adrenérgico, em outros como colinérgico. Empiricamente, sempre foi usada como tonificante e antidepressiva. Sua 
associação com a ioimbina (extraída do Coryanthe yohimbe ou Pausinystalia yohimbe) produz uma boa terapêutica 
auxiliar contra a impotência masculina (500mg de extrato seco de catuaba + 8mg de ioimbina por cápsula, duas 
vezes ao dia). 
Efeitos colaterais e toxicidade: doses elevadas podem ser tóxicas (ação muscarínica). 
Indicações: 
q Astenia, desânimo. 
q Disfunção erétil. 
Dosagens: 
n Extrato seco: 0,5 a 1,0g; duas vezes ao dia. 
n Tintura: 5 a 10ml/dia; duas vezes ao dia. 
 
 
CAVALINHA 
Nome científico: Equisetum arvense. 
Família: Equisetaceae. 
Partes utilizadas: caules. 
Histórico: seu nome científico, em latim, significa "cauda de cavalo". Apresenta sabor levemente salgado e 
amargo, crescendo em nosso país de forma bem generalizada, até a altitude de 2.500m. A cavalinha é uma planta 
de origem européia e amplamente utilizada para fins medicinais no Brasil. 
Principais constituintes: silício é o mineral mais abundante nesta planta, que contém ainda cálcio, magnésio, 
manganês, fósforo e potássio. Possui em sua composição bioflavonóides - isoquercetina, canferol, fitosterol e 
alcalóides - nicotina, palustrina, metosapiridina. Complementando, registra-se a presença de saponinas, vitamina C 
e taninos. 
Propriedades terapêuticas: principalmente diurética, com a vantagem de ser remineralizante. Para os tecidos 
conectivos e ligamentos, o silício se torna um importante nutriente. Outras aplicações: como cicatrizante e 
adstringente. 
Efeitos colaterais e toxicidade: não relatados. 
Indicações: 
q Diurético 
q Cicatrizante 
Dosagens: 
n Extrato seco: cápsulas com 250 a 500; duas vezes ao dia. 
n Tintura: 20 a 50 gotas por dia. 
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CENTELLA 
Nome científico: Centella asiatica L. 
Família: Umbelliferae. 
Partes utilizadas: partes aéreas. 
Histórico: no Sri Lanka o povo percebeu que os elefantes mastigavam uma planta e associaram a longevidade dos 
animais a esse hábito. Desde então a Centella vem sendo utilizada milenarmente como tonificante e até afrodisíaca. 
Na época recente a Centella foi introduzida também nos tratamentos de afecções dermatológicas, celulite e flacidez. 
Na década de 40 foi esclarecida parte da sua composição, onde um alcalóide chamado asiaticosídeo mostrou ser 
um dos ativos mais importantes, apresentando importante ação lipolítica. 
Principais constituintes: contém madecassol, aminoácidos, flavonóides, ácidos graxos, esteróides, sais 
inorgânicos e o asiaticosídeo. 
Propriedades terapêuticas: 
q Cabe destacar a capacidade cicatrizante do extrato de Centella, bem documentado em diversos 
estudos, como o realizado por Pizot & Dumez, publicado na Acad Sci, 1978, 286 (10):789. 
q Num outro estudo, Tenni R. & cols mostraram que a fração triterpênica do extrato de Centella 
aumentou a síntese de colágeno, in vitro, sem alterar a biossíntese de proteoglicans e proliferação 
celular - Ital J. Biochem 1988, 37 (2):69. 
Efeitos colaterais e toxicidade: Eun & Lee descreveram dermatite provocada pelo uso de preparações usando a 
planta fresca, trabalho que foi publicado na revista "Contact Dermatitis", 1985; 13 (5): 310. Pela via oral, doses 
maiores da Centella provocaram sedação em animais de laboratório. 
Indicações: afecções da pele, feridas, hematomas, úlceras varicosas, medicina estética - celulite e flacidez. 
Dosagens: 
q Uso interno: 
o Extrato fluido - 1ml/dia (20 gotas) por dia. 
o Extrato seco: cápsulas com 100mg, duas vezes ao dia. 
q Uso externo: extrato glicólico, 2 a 5% em géis e cremes. 
 
 
CHAPÉU-DE-COURO 
Nome científico: Echinodorus macrophyllus Mich 
Família: Alismataceae. 
Partes utilizadas: folhas. 
Histórico: o chapéu-de-couro é planta espontânea no território nacional, cresce melhor em solos úmidos e várzeas. 
Também é conhecido como erva-do-brejo ou erva-do-pântano. 
Principais constituintes: muitos sais minerais, inclusive iodo. São também encontrados taninos, triterpenos, 
flavonóides, heterosídeos cardiotônicos, resina e alcalóides. 
Propriedades terapêuticas: 
q Diurético suave que implementa a filtração glomerular e estimula a eliminação do ácido úrico. Possui 
também atividade antisséptica das vias urinárias. 
q Hepatoprotetor 
q Laxante e estimulador da secreção biliar. 
q Antireumático, em função da melhoria da excreção urinária de agentes pró-inflamatórios do 
metabolismo. 
Efeitos colaterais e toxicidade: não relatados. 
Indicações: 
q Nos processos inflamatórios (gota). 
q Doenças renais e das vias urinárias. 
q Problemas hepáticos. 
Dosagens: 
n Uso interno: extrato seco – cápsulas com 300 a 600mg; duas vezes ao dia. 
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CHLORELLA 
Nome científico: Chlorella pyrenoidosa. 
Família: Cyanophyta. 
Partes utilizadas: a alga inteira. 
Histórico: a chlorella é uma alga unicelular de água doce cuja presença na terra é estimada há milhões de anos. 
Foi primeiramente utilizada pelos japoneses, cuja culinária tem tradição no uso de algas alimentícias. A partir da 
segunda guerra mundial passou a despertar muito interesse dos pesquisadores na área de nutrição humana, já que 
seu uso pelos soldados provou ser de grande eficácia nutritiva. Na década de 80 foi descoberto um fator de 
reprodução celular - o CGF (Chlorella Growth Factor), que estimula a renovação celular em cultura de células e em 
animais de laboratório. 
Principais constituintes: contém aproximadamente 55% de proteínas, sendo que a sua hidrólise fornece todos os 
aminoácidos essenciais em teores significativos. Apresenta ainda 10%de lipídios, 18,5% de carbohidratos e 3% de 
fibras. O restante compreende sais minerais - cálcio, fósforo, sódio, ferro, potássio e magnésio e vitaminas 
(complexo B, vitamina C, vitamina E, carotenos). 
Propriedades terapêuticas: 
q Anticâncer: sua composição encerra dois agentes anticancerígenos, o CGF e um polissacarídeo 
(Chlon-A). Este último demonstrou ser um estimulante das NK cells (Natural Killer cell), linfócitos 
especializados na destruição de células cancerígenas. 
q Estimulante do sistema imunológico. 
q Excelente complemento nutricional tendo em vista que possui os nutrientes mais importantes para o 
organismo, desde aminoácidos, lipídios, vitaminas, carbohidratos e sais minerais. 
q Auxilia na diminuição do apetite e no controle da hiperfagia. 
Efeitos colaterais e toxicidade: dependendo da dose inicial pode ocorrer ligeira diarréia, que cessa com o uso. 
Indicações: 
q Suplemento nutricional. 
q Estimulante do sistema imune. 
q Controle de peso: funciona produzindo a plenitude gástrica, com água. 
Dosagens: 
n Extrato seco: 
§ Cápsulas com 500mg, duas vezes ao dia (suplemento nutricional). 
§ Cápsulas com 1g meia hora antes das refeições, num copo com 300ml de água 
(na hiperfagia). 
 
CIPÓ-CABELUDO 
Nome científico: Mikania hirsutissima DC. 
Família: Compositae. 
Partes utilizadas: planta florida. 
Histórico: o cipó-cabeludo é uma planta pequena, aromática e de gosto bastante amargo. É uma espécie natural 
de nosso território, encontrada em todas as regiões. 
Principais constituintes: foram pouco estudados até agora, já tendo sido descoberta a presença de saponinas, 
flavonas, terpenos, sais de alumínio, cálcio, ferro, potássio e sódio. 
Propriedades terapêuticas: seus componentes, especialmente resinas, dificultam a perda de albumina pela urina. 
Outros compostos (terpenos) atuam como antisséptico urinário. 
Efeitos colaterais e toxicidade: não relatados. 
Indicações: 
q Infecções urinárias, nefrites, uretrites, cistites, pielonefrites. 
q Dores reumáticas, gota. 
q Cólicas menstruais. 
Dosagens: 
n Infusão: tomar 3 xícaras de chá por dia nas cistites. 
n Extrato seco: cápsulas com 500mg, duas a três vezes ao dia. 
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Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 17 - 
CONFREI 
Nome científico: Symphytum officinale L. 
Família: Boraginaceae. 
Partes utilizadas: folhas e raízes. 
Histórico: há registros do confrei para uso humano de 2.000 anos atrás. Na Grécia antiga ele já era conhecido e 
também no Japão há citações bem antigas. Durante todo esse tempo as principais indicações terapêuticas do 
confrei foram para tratamento de feridas e afecções dérmicas. Também foi utilizado na recuperação de fraturas e 
nas úlceras gástricas. Estudos com animais de laboratório contra-indicam o uso interno do confrei. 
Principais constituintes: o principal constituinte é a alantoína. Contém ainda taninos, açúcares, saponinas, 
triterpenos, vitaminas, aminoácidos essenciais e ácido rosmarínico, entre os principais. 
Propriedades terapêuticas: a alantoína promove a proliferação celular, por isso pode ser usada topicamente em 
fórmulas cicatrizantes e re-epitelizantes. Segundo pesquisas no final da década de 80 (Andres R. - Relating 
antiphlogistic efficacy of dermatics containing extracts of Symphytum officinale - Planta Medica, 1989 - 55), o 
extrato de confrei apresenta também atividade antinflamatória, devido à presença do ácido rosmarínico. 
Efeitos colaterais e toxicidade: o uso continuado do confrei por via oral pode trazer problemas hepáticos, 
conforme relata The Lawrence Review of Natural Products. Essa toxicidade traduz-se, por uma indução a 
carcinoma hepático. Essa potencialidade carcinogênica foi testada em animais (ratos) alimentados com 0,5 a 8% 
de extrato de confrei por dia, durante 600 dias. A partir de 180 dias de teste ficaram evidentes os sinais de 
toxicidade, ficando confirmado em nível histológico a indução de carcinomas hepáticos em todos os grupos, além de 
carcinomas de bexiga. Os carcinomas hepáticos foram mais freqüentes nos animais alimentados com o extrato das 
raízes do confrei, em relação àqueles que consumiram o extrato de folhas (Hirono & cols, "Carcinogenic activity of 
Symphytum officinale" - J. Nat Cancer Inst. - 1978, 61). 
Indicações: 
q Somente pode ser usado externamente como cicatrizante. 
Dosagens: 
n Cremes e géis: 5 a 10% do extrato. 
 
 
 
COPAÍBA 
Nome científico: Copaifera sp 
Família: Leguminosae. 
Partes utilizadas: resina extraída do caule. 
Histórico: planta da região norte (Amazônia). Os portugueses registraram que os índios usavam o óleo da copaíba 
para cicatrizar as feridas de batalha. Os colonizadores descobriram aplicações internas da planta, como antisséptico 
das vias urinárias. Mas o seu uso foi consagrado mesmo na área fitocosmética, onde o extrato de copaíba é muito 
requerido. 
Principais constituintes: ainda pouco estudados, porém foram identificados na composição da copaíba produtos 
sesquiterpenos, bisaboleno, resinóides. 
Propriedades terapêuticas: tem ação cicatrizante, além de atuar como antisséptico, propriedade que credencia o 
óleo de copaíba para uso no tratamento da acne. Além de antisséptico é também adstringente, combatendo a 
oleosidade excessiva da pele. Há experiência positiva com a incorporação do óleo de copaíba em xampus anticaspa. 
Efeitos colaterais e toxicidade: Não relatados. 
Indicações: 
q Acne rosacea, acne vulgaris. 
q Seborréia do couro cabeludo. 
q Dermatite seborréia. 
Dosagens: 
n Cremes e géis: 2 a 5% do óleo. 
n Xampus: 2 a 5% do óleo. 
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CRATAEGUS 
Nome científico: Crataegus oxyacantha L. 
Família: Rosaceae. 
Partes utilizadas: folhas. 
Histórico: registrada somente no século XIX, na Europa. Em Portugal é conhecida como pirliteiro. São arbustos que 
apresentam grande longevidade (podem viver mais de 200 anos). Nos EUA o uso do crataegus tornou-se popular 
como cardiotônico. 
Principais constituintes: contém flavonóides, galactosídeos, quercetol, procianidinas e ácidos triterpênicos. 
Propriedades terapêuticas: no ano de 1973, Stepka W & cols relatavam as propriedades terapêuticas da infusão 
de crataegus para o tratamento da hipertensão, taquicardias e arritmias ("A survey of the genus Crataegus for 
hipotensive activity", Lloydia - 1973 - 36"). Hamon & cols demonstraram a potencialidade do extrato do crataegus 
(nos EUA é conhecido como Hawthorn) como dilatador das artérias coronarianas. Na China, He G. ("Effect of the 
prevention and treatment of atherosclerosis of a mixture of hawthorn and motherworn") observou os efeitos 
benéficos dessa planta após administração prolongada a animais de laboratório: foram reduzidos os índices de 
lipídios - triglicérides e colesterol. 
Efeitos colaterais e toxicidade: em altas doses pode produzir hipotensão e sedação. 
Indicações: 
q Nas patologias cardiovasculares. 
q Hipertensão arterial. 
q Arritmias. 
q Hipotonia do miocárdio. 
Dosagens: 
n Extrato seco: cápsulas com 300mg, duas a três vezes ao dia. 
n Pode ser associada com Ginkgo biloba de 40 a 60mg. 
 
 
 
DENTE-DE-LEÃO 
Nome científico: Taraxacum officinale Wiggers 
Família: Compositae. 
Partes utilizadas: folhas e raízes. 
Histórico: citada desde o século X pelos médicos árabes, o dente-de-leão aclimatou-se bem na América do Norte e 
algumas partes da Europa. A partir do século XVI foi reconhecida como planta medicinal cujos efeitos diuréticos e 
hepatoprotetor foram amplamente divulgados até os dias de hoje. 
Principais constituintes: taraxerol, colina, taninos, levulina, inulina, pectina e sais minerais. 
Propriedades terapêuticas: estudos como o de Farnsworth, N. R. & Segelman, A.B. (Tile and Till, 1971, 57)mostraram que o extrato dessa planta possui efeito hipoglicêmico. Outras pesquisas (Chakurski & cols. - Vutr. 
Boles, 1981 - 20) investigaram as propriedades medicinais do dente-de-leão e descreveram uma ação laxativa 
suave. No Lawrence Review of Natural Products também é citada atividade diurética pertinente ao dente-de-leão. 
Efeitos colaterais e toxicidade: Larregue & cols verificaram que o extrato dessa planta pode provocar dermatite 
de contato, como acontece com outros membros dessa família (Ann Dermatol Venerol 1978 - 105). Hirono & cols. 
não evidenciaram efeitos carcinogênicos em camundongos, conforme foi publicado no Journal Environ. Pathol. 
Toxicol. 1978, número 1. 
Indicações: 
q Laxante suave. 
q Diurético 
q Hipoglicemiante 
Dosagens: 
n Infusão: tomar 3 xícaras do chá ao dia. 
n Extrato seco: cápsulas com 500mg, duas a três vezes ao dia. 
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EQUINACEA 
Nome científico: Equinacea angustifolia DC. 
Família: Compositae. 
Partes utilizadas: raízes. 
Histórico: a equinacea é planta nativa do EUA (Kansas, Nebraska e Missouri), conhecida e utilizada pelos índios 
daquelas regiões. No século XIX já era a planta mais utilizada, com fins medicinais, nos EUA. Entretanto, a mistura 
com outra espécie da família, o Parthenium integrifolium, desprovida de qualquer ação farmacológica, fez a fé 
popular diminuir bastante com relação ao uso da equinacea. As primeiras atribuições medicinais para essa planta 
foram no tratamento da vertigem e de picadas de cobra. No início do século XX foi muito usada como antinfeccioso. 
Hoje sabemos que isso se devia às suas propriedades imunoestimulantes. 
Principais constituintes: polissacarídeos (imunoestimulantes), ésteres do ácido cafêico, betaína, fitoesteróis, 
alcalóides - equinaceína (uma isobutilamina complexa), substância tóxica para moscas adultas. 
Propriedades terapêuticas: a equinacea figura entre as mais potentes plantas que atuam positivamente sobre o 
sistema imune. A exemplo de outros vegetais (os cogumelos maitake e shitake), sua composição é rica em 
polissacarídeos que funcionam como simuladores de antígenos, ativando a imunidade humoral. Entretanto, segundo 
Bauer & col. ("Immunologic in vivo nd in vitro studies on Echinacea exracts" - Arzneimittelforschung, 1988 - 38), a 
fração lipofílica do extrato é ainda mais ativa do ponto de vista imunológico e estimula bastante a fagocitose 
(aumentam a motilidade dos leucócitos). Um polissacarídeo - o arabinogalactan - foi isolado e mostrou ser eficaz 
na ativação dos macrófagos contra células cancerígenas e agentes infecciosos inoculados pela via intraperitoneal, 
em camundongos (Luettig & cols - "Macrophage activation by the polysaccharide arabinogalactan isolated from 
plant cell cultures of Echinacea purpura", Journal Nat. Cancer Instit., 1989, 81). 
Efeitos colaterais e toxicidade: doses até 4g/kg em camundongos (intraperitoneal) não mostraram toxicidade. 
Indicações: 
q Imunoestimulante. 
q Nas alergias. 
q Cicatrizante. 
Dosagens: 
n Extrato seco: cápsulas com 500mg, três vezes ao dia. 
n Tintura: 20 gotas, três vezes ao dia. 
 
 
ERVA-DE-BICHO 
Nome científico: Polygonum acre HBK 
Família: Polygonaceae. 
Partes utilizadas: folhas. 
Histórico: a erva-de-bicho tem origem asiática. Da mesma família, outra planta - Polygonum multiflorum - 
também apresenta propriedades medicinais, sendo esta última muito utilizada na medicina chinesa como 
imunoestimulante e no tratamento da tuberculose. No caso da erva-de-bicho, seu uso vem sendo para finalidades 
bem diferentes, como veremos a seguir. Os registros anteriores do uso do Polygonum acre localizam-se mais na 
Rússia, onde era aplicada com anti-hemorrágico. 
Principais constituintes: contém taninos, ácido fórmico, ácido valeriânico, flavonóides - quercetina, luteolina - 
luteolinas e saponinas. 
Propriedades terapêuticas: sua ação anti-hemorrágica é a mais difundida. A erva-de-bicho diminui a fragilidade 
capilar e reforça a parede vascular. Tem sido muito aplicada no tratamento de varizes hemorroidais - além de 
hemostática é cicatrizante. Possui, ainda, significativa ação diurética. 
Efeitos colaterais e toxicidade: doses elevadas podem ser abortivas. 
Indicações: 
q Hemorróidas e varizes. 
Dosagens: 
n Extrato seco: cápsulas com 500mg, duas a três vezes ao dia. 
n Tintura: 1 colher de sobremesa 3 vezes ao dia. 
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Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 20 - 
ESPINHEIRA SANTA 
Nome científico: Maytenus ilicifolia. 
Família: Celastraceae. 
Partes utilizadas: folhas. 
Histórico: devemos sua aceitação no meio médico ao ilustre pesquisador, Professor Aluízio Franca. Apesar de gozar 
de tradição como planta medicinal, a espinheira-santa passou a ser mais respeitada a partir dos relatos de 
pesquisadores da Faculdade de Medicina do Paraná, que descreveram seu sucesso no tratamento da úlcera gástrica 
com o extrato dessa planta. 
Principais constituintes: terpenos, taninos, flavonóides, antocianidinas. 
Propriedades terapêuticas: é um potente antiulceroso em função dos taninos presentes, elevam o pH estomacal 
e estimulam a secreção das mucoproteínas. O extrato da espinheira-santa estimula o peristaltismo intestinal e 
normaliza as funções digestivas, inclusive melhora o funcionamento do fígado. 
Efeitos colaterais e toxicidade: não relatados. 
Indicações: 
q Antiulceroso 
q Laxante 
q Hepatoprotetor 
Dosagens: 
n Extrato seco: cápsulas com 500mg, duas a três vezes ao dia. 
n Infusão: tomar 3 a 4 xícaras por dia. 
 
 
FUCUS 
Nome científico: Fucus vesiculosus. 
Família: Fucaceae. 
Partes utilizadas: a alga inteira. 
Histórico: alga de água salgada muito abundante na consta do Atlântico, em regiões rochosas. Também é 
encontrada no Oceano Pacífico e no Mar do Norte. Vem sendo usada na medicina desde o século XVIII, para 
tratamento das afecções respiratórias - asma, bronquites. Devido à sua composição rica em minerais e proteínas, 
era usado como alimento pelos anglo-saxões. Já os franceses, o utilizavam como fertilizante para o solo. 
Principais constituintes: proteínas - 7,75%; alginato - 18%; lipídios - 4,8%; iodo - 0,12%; Cloro - 10,7%, 
Potássio - 4,5%, Manitol - 10,8%; Pectina, Ferro, Fósforo. 
Propriedades terapêuticas: por sua composição rica em iodo é empregada como auxiliar no tratamento do 
hipotireoidismo. Atua, também melhorando a função intestinal. É usado como complemento alimentar. 
Efeitos colaterais e toxicidade: já foi relatado caso de hipersensibilidade ao iodo. 
q Não se recomenda o uso durante a gravidez. 
Indicações: 
q Hipotireoidismo. 
q Laxante. 
q Suplemento nutricional. 
Dosagens: 
n Extrato seco: cápsulas com 500mg, duas a três vezes ao dia. 
Guia Terapêutico para Fitoterapia 
Depto. Científico: (21) 3298-5093 - 21 - 
FUNCHO 
Nome científico: Foeniculum vulgare. 
Família: Umbelliferae. 
Partes utilizadas: toda a planta. 
Histórico: erva da Europa que foi introduzida no Brasil pelos colonizadores. Seus frutos são aromáticos e os licores 
produzidos com o Foeniculum são muito apreciados. Difere da erva-doce (anis) pelo formato dos frutos 
(mais arredondados). 
Principais constituintes: ácido oléico, ácido linolêico, anetol, limoneno, alfa-pineno, foeniculina, pectina, taninos, 
flavonóides, sais minerais, tocoferóis, terpenos. 
Propriedades terapêuticas: 
q Excelente digestivo que relaxa a musculatura do estômago, atuando como antiespasmódico. Atua, 
também, como antiflatulento, auxiliando a eliminação dos gases. 
q Na mulher favorece a lactação. 
q Seu uso nas bronquites e afecções respiratórias é consagrado. 
Efeitos colaterais e toxicidade: não relatados. 
Indicações: 
q Distúrbios digestivos. 
q Flatulência.

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