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DESAFIO PROFISSIONAL 4

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Unidade de Ensino: Universidade Anhanguera – UNIDERP
Curso: Letras – Licenciatura em Língua Portuguesa e Língua Inglesa.
Disciplinas: Métodos e Abordagens no Ensino de Língua Portuguesa / Avaliação e Currículo / Língua Inglesa III / Sintaxe / Formação da Literatura Brasileira.
	Alunos:
	RA:
	Daniela Felix de Araújo Lopes
	4205749203
	Gabriel Monteiro Soares Santos
	4124713915
Desafio Profissional: construir um Projeto de Ensino de Literatura a fim de alcançar resultados positivos no tocante à aquisição de habilidades que levem os alunos a desenvolverem uma leitura literária competente.
Tutora a Distância: Eraides Ribeiro do Prado
Polo Santa Cruz, Rio de Janeiro
28 de maio de 2018
SUMÁRIO
PASSO 2 .................................................................................................................... 2
SUGESTÃO 1.............................................................................................................. 2
SUGESTÃO 2 ............................................................................................................. 3 
SUGESTÃO 3.............................................................................................................. 4 
SUGESTÃO 4.............................................................................................................. 5
SUGESTÃO 5.............................................................................................................. 6
SUGESTÃO 6.............................................................................................................. 8
SUGESTÃO 7............................................................................................................. 9
PASSO 3 .................................................................................................................. 11
Introdução ................................................................................................................. 11
Fundamentação teórica ............................................................................................ 12
Estrutura da Oficina .................................................................................................. 13 Considerações finais ................................................................................................ 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 16
PASSO 2
SUGESTÕES METODOLÓGICAS PARA AS SESSÕES DE LEITURA
O prazer, o lúdico, a sensibilidade são os elementos que devem nortear o planejamento das sessões de leitura. Estas estão baseadas nas teorias de Frank Smith, Stanley Fischer, Lev Vigotski, Jean Piaget, Morin, Maffesoli.
No planejamento das sessões, o professor deve organizar, além de recursos e estratégias atrativas para o leitor, um roteiro de perguntas direcionadas para as etapas de pré e pós-leitura. Essas etapas influenciam na formação do intérprete.
As sessões devem funcionar, inicialmente, uma vez por semana, com o objetivo de trabalhar a leitura de forma menos técnica e mais prazerosa. As sugestões metodológicas constituem apenas possibilidades de desenvolver este trabalho, inclusive não indicamos as séries para que são, pois o professor, conhecedor dos sujeitos escolares, é a pessoa mais apta para avaliar o que se adequa à sua clientela, no nível em que se encontram enquanto leitores e produtores.
SUGESTÃO 1
Material necessário: Uma caixa de sapatos.
Pré-leitura: Trazer o livro para a sala de aula dentro de uma caixa. Fazer esta caixa circular, fechada, pelas mãos dos alunos. Ao sinal do professor (palmas, por exemplo), o aluno que estiver com a caixa deve fazer uma mímica representando a idéia principal do título do texto para que os colegas tentem adivinhá-lo.
Depois, iniciar a etapa de previsões através do uso de perguntas pré-planejadas e problematizar essas previsões tendo, como ponto de partida, as respostas dos alunos.
Durante a leitura: O mediador, que deve ter lido/sentido o texto antes de levá-lo para a sala, deve realizar a leitura de forma prazerosa, ou seja, através de sua voz, possibilitar que o ouvinte-leitor vivencie experiências que, apenas por meio da Literatura, são possíveis: a alegria, o desânimo, a raiva, a saudade, a esperança, a vitória e a perda atingem uma outra dimensão, pois são vistas com os olhos do imaginário.
Pós-leitura: No desenvolvimento da pós-leitura, o educador pode pedir que cada aluno, através da expressão corporal, crie um “quadro” representando o fato que ele achou mais interessante. Os demais tentarão descobrir que passagem do texto está sendo representada. 
O objetivo primeiro desta sessão de leitura é aguçar a curiosidade do aluno. Promover momentos em que o lúdico seja vivenciado e, conseqüentemente, a sensibilidade seja percebida. Quanto às expressões corporais, presentes nos momentos de pré e pós-leitura, estas constituem, quando bem direcionadas, uma porta aberta para que se alcance o imaginário infantil.
SUGESTÃO 2
Materiais necessários: Um envelope grande, papel crepom, álcool, papel ofício, fita adesiva (para fixar os quadros produzidos durante a pós-leitura).
Pré-leitura: Trazer o livro em um envelope para a sala de aula. Através do jogo da forca, conduzir os alunos para que descubram o título e o autor do livro. Após essa etapa, realizar os questionamentos que constam no planejamento da sessão, o qual deve estar norteado pela própria história.
Durante a leitura: Mostrar aos alunos as ilustrações do livro e estimulá-los a construir a história, oralmente, a partir das imagens. No segundo momento, o educador apresenta o enredo criado pelo autor. Já na pós-leitura, procura relacionar a história construída pelo grupo com o que, de fato, o autor quis dizer.
Pós-leitura: Utilizar papel crepom, álcool e papel ofício. Pedir que os alunos, na folha de ofício, reproduzam uma imagem, utilizando o crepom mergulhado no álcool, sobre a passagem do texto que mais lhes chamou a atenção. Depois, orientá-los para que coloquem um título nessa tela. Com estes trabalhos, será formado um painel. Neste momento, deve ser solicitado que os alunos organizem as telas de acordo com a seqüência de fatos do texto. Através do painel, o professor orientará a “arte de recontar”, realizada oralmente. E, depois, através da escrita.
Obs.: Na falta do papel crepom, solicitar, um dia antes, que os alunos tragam folhas e/ou flores, barro, enfim, elementos da natureza que possam extrair alguma coloração. Realizar, com eles, uma pintura rupestre. Explicar que esse tipo de pintura fazia parte do cotidiano do homem primitivo. 
A função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, seu conhecimento, sua compreensão do mundo. Por isso, é importante utilizarmos o jogo como atrativo para a sessão de leitura. O desafio de tentar adivinhar o título e o autor do texto, seja ele poético ou narrativo, leva os alunos a permanecerem concentrados e desenvolverem habilidades perceptuais. A atividade realizada durante a leitura — leitura do texto icônico — possibilita que o aluno:
*Perceba que no livro há linguagens diversas.
*Trabalhe a oralidade.
*Realize o confronto das suas previsões com a idéia do autor. Durante a pós-leitura, objetiva-se trabalhar, cognitivamente, a estrutura do texto de forma criativa; primeiramente através da oralidade e, posteriormente, da escrita.
SUGESTÃO 3
Materiais necessários: Papel ofício, giz de cera, papel madeira (se não for possível, substituir por papel de pão, cartolina ou outro que a escola tenha disponível), grãos de arroz, cola, corante (pode ser anilina, tinta, crepom, suquinho em pó ou qualquer elemento que possa servir de corante para o arroz), álcool ou água, recipientes (por exemplo: garrafas descartáveis cortadas ao meio), folhas de jornal.
Pré-leitura: A partir do título do livro, pedir aos alunos que representem, através de desenhos feitos no papel ofício com giz de cera, o que eles acham que a históriatraz.
Cada um deve apresentar o seu trabalho esclarecendo suas previsões; neste momento, o educador participa problematizando essas previsões e, portanto, possibilitando a relação texto–vida.
Durante a leitura: O educador poderá ler a história solicitando que os alunos façam gestos que caracterizem as situações vivenciadas pelas personagens. Depois, em equipe, já na pós-leitura, irão montar painéis com três cenas que demonstrem o início, o desenvolvimento e o final da história trabalhada. E dar um novo título ao texto, de acordo com o que foi retratado nos painéis.
Pós-leitura: Com papel madeira ou papel de pão, cola e arroz colorido, solicitar que os alunos, em equipe de quatro pessoas, façam a colagem de grãos representando a história. Na sessão de leitura seguinte, cada grupo apresentará seu trabalho.
Obs.: Para a realização dessa atividade, os alunos precisarão colorir os grãos de arroz um dia antes. Para isso, podem ser utilizados diversos materiais, como tinta, anilina, suquinho em pó, crepom, e, como solvente, água ou álcool. A mistura deve ser colocada em recipientes diferentes. Após mergulhar as porções de arroz, escorre-se a água e espalha-se o arroz sobre folhas de jornal para que, depois de seco, possa ser utilizado nas colagens.
Através da imagem criada para suas previsões, a criança traduz a idéia do título do texto para a dimensão de suas possibilidades e necessidades. Assim, o objetivo desta sessão é encontrar pontos de ancoragem entre o texto, o conhecimento prévio do aluno e o imaginário dele. Além disso, trabalha-se, nesta sessão, a estrutura temporal do texto e o uso criativo da linguagem. O primeiro, através das telas que registram fatos que representam o início, o desenvolvimento e o clímax da narrativa. E o segundo, por meio da criação de um novo título para a história.
SUGESTÃO 4 
Materiais necessários: Uma caixa de sapatos, um instrumento musical qualquer, papel ofício.
Pré-leitura: Trazer o livro para a sala de aula em uma caixa de sapatos e um instrumento musical qualquer. Organizar os alunos em um grande círculo e, em dupla (nessa parceria, devem ficar abraçados, de forma que um utilize apenas a mão direita; e o outro, a esquerda no momento em que a caixa estiver circulando), pedir que eles passem a caixa. Um dos alunos ficará fora do círculo para dar o sinal e a caixa parar. A dupla que estiver com a caixa deve abri-la, sem mostrar aos colegas, ler o título do livro, silenciosamente, e atribuir uma cor ao título do texto, explicar a relação entre a cor e o sentido do título.
Durante a leitura: O professor, durante o planejamento da sessão, deverá construir fichas contendo o nome das personagens e outras com uma palavra que indique características destas. Realizar a leitura do texto. Posteriormente, fixar, no quadro, o nome das personagens. Distribuir as fichas que contêm as características físicas ou psicológicas dessas personagens e pedir que cada aluno vá ao quadro fixá-las corretamente.
Pós-leitura: Copiar, previamente, o nome dos alunos em papeizinhos para fazer um sorteio. Sortear um aluno para elaborar uma pergunta sobre o texto. Esse aluno indicará um colega para respondê-la. Surpresa! O professor diz que o próprio aluno que elaborou a questão terá de dar a resposta. Continuar a atividade até que ainda haja o interesse da turma.
A palavra-chave desta sessão é cooperação. Primeiro, o aluno é convidado a compartilhar com o outro a dificuldade de só poder utilizar-se de um dos membros superiores para manusear um material: a caixa com o livro; depois, ainda trabalhando em parceria, deve atribuir uma cor ao título do texto e fazer relação de significado; portanto, eles tiveram de, juntos, criar mecanismos para superar obstáculos. Assim também é a leitura: para realizá-la, o leitor necessita se concentrar, fazer acordos, parcerias, traçar metas, etc. Associar as características físicas ou psicológicas das personagens permite que trabalhemos tanto a identificação das personagens quanto suas respectivas identidades. O elemento surpresa vivenciado na pós-leitura toca em um ponto muito importante: Devemos doar ao outro aquilo que, para nós, é satisfatório. Podemos, ao término da sessão, propor essa reflexão.
SUGESTÃO 5 
Material necessário: Papel ofício.
Pré-leitura: Selecionar nomes de quatro frutas, escrevê-los em pedaços de papel, de acordo com o número de alunos da turma. Depois, distribuir esses papéis e solicitar que os alunos não revelem aos colegas as frutas que pegaram. Explicar que, após o sinal (o qual pode ser produzido com um apito), todos devem circular na sala como se estivessem em uma feira, pronunciando, em voz alta, o nome das frutas que pegaram e juntando-se aos alunos que estiverem com a mesma fruta.
Uma vez formadas as equipes, o educador solicita que os grupos permaneçam sentados em silêncio e apresenta o livro, dando apenas informações sobre o autor (como, por exemplo, um dado biográfico importante, nomes de obras produzidas pelo escritor, inclusive citar, sem que eles percebam, o próprio nome do livro trabalhado na sessão, etc.).
Em seguida, mostrar a capa do livro (sem deixar que o título esteja visível) e as ilustrações. Cada equipe receberá uma folha de papel ofício para registrar qual o título que eles acham que o livro possui. Posteriormente, as equipes escolherão um integrante do grupo para apresentar o título à turma e explicar o porquê daquele título.
Durante a leitura: O educador realiza a leitura do livro dramatizando as falas das personagens. Depois, solicita aos alunos que, oralmente, façam sugestões sobre como poderiam modificar o final da história.
Pós-leitura: O professor deverá elaborar previamente algumas questões relacionadas ao texto e ao autor e fixá-las abaixo das carteiras dos alunos, sem que eles saibam, antes do início da sessão. Durante a pós-leitura, eles devem ser orientados para procurar as perguntas, ler, discutir no grupo formado inicialmente e lê-las para toda a turma apresentando as respectivas respostas.
O enfoque desta sessão de leitura é a interação, a criatividade e a produção do texto argumentativo. A primeira, porque através do trabalho grupal, realizado durante as etapas de pré e pós-leitura, os alunos são convidados a trabalhar em equipe, e esta experiência exige que façam acordos, que haja o respeito à opinião do outro, permite a troca de informações e o aprimoramento do conhecimento. E como é função da escola instrumentalizar o indivíduo para atuar na sociedade de forma crítica/interventiva, um trabalho como este possibilita a antecipação de vivências presentes no ambiente intra e extra-escolar.A criatividade é trabalhada, principalmente, quando os alunos são convidados a elaborar, oralmente, um novo final para a história; essa atividade confirma a afirmativa de que o texto nunca está pronto, pois o leitor é o tempo todo convidado a ser um co-autor do texto.Quanto ao texto argumentativo desenvolvido através da oralidade, tendo, neste caso, como ponto de partida, o enredo criado pelo escritor, é uma produção muito importante para o educando, porque, todo o tempo, ele, como componente de uma sociedade conflituosa, terá de fazer uso desse tipo de texto para que seus ideais e suas necessidades possam ser atendidos e/ou respeitados.
SUGESTÃO 6 
Materiais necessários: Papel ofício, bexigas, música instrumental, algum recurso, como pedaços de tecido, plástico colorido ou TNT, que sirva para vendar os olhos dos alunos.
Pré-leitura: O professor selecionará, previamente, duas obras de escritores distintos (de preferência autores de textos poéticos), fará a leitura e planejará roteiros de questões para a pré e pós-leitura. Chegado o dia da sessão, ele precisará utilizar bexigas e papel ofício na pré-leitura. O primeiro passo será escrever em pequenas fichas o nome dos livros e os respectivos autores. Depois, colocar essas fichinhas dentro das bexigas, distribuí-las entre os alunos e pedir que eles encham e amarrem as bolas.
Após essa etapa, orientar os alunos para que tentem estourar a bola docolega e, simultaneamente, defendam as suas bexigas. Ao estourarem todas as bolas, a última “salva” pelo aluno conterá o título do texto e o autor que será trabalhado. Perguntar aos alunos se eles têm o conhecimento de algum texto ou obra desse autor. Fazer um breve comentário sobre o autor e, posteriormente, apresentar o título do texto aos alunos para que estes façam suas previsões sobre a temática do poema.
Obs.: Se não for possível fazer uso de bexigas, pedir aos alunos que confeccionem pequenos envelopes. Realizar o mesmo procedimento, ou seja, colocar fichas contendo os nomes dos livros e respectivos autores dentro dos envelopes e lacrá-los. Nesse caso, em vez de estourarem as bexigas, os alunos tentarão rasgar os envelopes dos colegas.
Durante a leitura: Providenciar, antecipadamente, uma música instrumental para este momento. Pedir que os alunos fechem os olhos e escutem/sintam a música. Depois que todos tiverem conseguido se concentrar, o professor vai baixando o som aos poucos até desligá-lo. Fazer a leitura do poema. Colocar novamente o som.
Pós-leitura: Distribuir folhas de ofício e giz de cera. Colocar uma venda nos olhos dos alunos. Realizar novamente a leitura do poema e pedir que, com os olhos vendados, eles façam um desenho que represente o poema ouvido/lido. Posteriormente, tirar a venda dos olhos dos alunos; solicitar que contem, individualmente, a sensação que sentiram ao realizarem o desenho e relatem o que mais lhes chamou a atenção no texto poético. No último momento, fazer um painel com os desenhos dos alunos.
Os itens trabalhados nesta sessão de leitura são a concentração e a sensibilidade. Elementos importantes na formação do leitor, pois ler um texto literário é uma atividade que requer, além dos itens supracitados, o reconhecimento de que a leitura está além do texto verbal. Quanto ao poema, este atinge a dimensão da complexidade humana, pois o poeta é um catalisador da sensibilidade: expressa os anseios, as decepções e as realizações do homem numa linguagem singular. É necessário, portanto, que se perceba como tudo isso se faz presente no texto, inclusive nas entrelinhas. Ao solicitar que os alunos fechem os olhos, escutem/leiam/sintam a poesia, estamos oportunizando um encontro do aluno consigo mesmo, com o seu eu e com a beleza imagética do poema. Isso é possibilitar um encontro com o prazer!
SUGESTÃO 7
Materiais necessários: Música, folhas de ofício, um lenço ou pedaço de tecido que sirva para vendar os olhos de um aluno, uma caixa de papelão, tesoura, tinta ou cola para cobrir a caixa, 3 tampinhas de garrafa.
Pré-leitura: O professor precisará selecionar, previamente, uma boa música para ser utilizada nesta sessão.
Distribuir folhas de ofício para os alunos. Depois, apresentar o livro, dando informações como título, autor, ilustrador. Em seguida, perguntar aos alunos: “O que vocês acham que a história traz?”. Solicitar que cada aluno escreva, no papel que receberam, as suas respostas. Em seguida, pedir que eles se organizem em círculo. Convidar um aluno a ficar no meio do círculo com os olhos vendados. Colocar a música. Ao parar o som, o aluno, com os olhos ainda vendados, escolherá dois colegas para que leiam suas respostas em voz alta.
Posteriormente, pedir ao aluno que estava no meio do grupo para apontar as idéias comuns e as diferentes nas respostas dos dois colegas. Repetir esse procedimento até que todos tenham lido suas respostas.
Durante a leitura: Antes de realizar a leitura do texto verbal, oportunizar a leitura do texto icônico, ou seja, mostrar aos alunos as ilustrações do livro e, em conjunto, realizar a leitura das imagens. Em seguida, efetuar a leitura do texto verbal, enfatizando as sensações sentidas pelas personagens.
Pós-leitura: O professor precisará confeccionar junto com os alunos uma televisão de papelão; seria interessante se isso fosse realizado um dia antes da sessão. Um trabalho simples; apenas recortar o fundo da caixa, deixando uma abertura quadrada, cobrir ou pintar a caixa. Colar alguma coisa que se assemelhe a botões, por exemplo, tampinhas de garrafa.
Organizar os alunos em equipes de três pessoas e orientá-los para que organizem um pequeno roteiro sobre a história lida para apresentarem em um “programa de TV”. Cada equipe escolherá um apresentador; aliás, as funções dos componentes do grupo devem estar bem definidas; um será o escritor, porém todos poderão contribuir; outro escolherá o nome do programa.
Quando todos terminarem de construir seus roteiros, as apresentações devem acontecer. Neste momento, o professor não precisa fazer intervenções; primeiramente, observa a seqüência em que eles apresentaram os fatos e, em um momento posterior, acrescenta ou esclarece fatos importantes que foram omitidos.
Obs.: Para realizar essa atividade, o professor precisará pedir, antecipadamente, aos alunos que consigam uma caixa de papelão.
É objetivo desta sessão, ao oportunizar a comparação de respostas dadas à pergunta realizada na pré-leitura, possibilitar que o educando perceba que um mesmo texto, neste caso o título do livro trabalhado, pode gerar expectativas diferentes, mas, de maneira contraditória, sempre terá um fator em que elas se tocam.Partimos, portanto, do pressuposto de que os alunos, compartilhando dos mesmos momentos de aprendizagem, no ambiente escolar, não estão totalmente assujeitados, ou seja, eles não se anulam, mas expressam sua voz; a subjetividade, a vivência, o conhecimento já construído são, acentuadamente, aparentes em atividades como esta.Além disso, levá-los a traçar semelhanças e diferenças em suas respostas é ajudá-los a reconhecer que as diferenças devem ser vistas como elementos que contribuem para o aprimoramento do grupo; portanto, elas não devem ser concebidas como uma porta aberta para o desrespeito das idéias do outro. Quanto à leitura do texto icônico, esta é de grande importância, pois sabemos que a ilustração não deve ser tratada como um simples ornamento do livro. Ela é arte. Por isso, está carregada de sentidos que precisam ser reconstruídos pelo leitor.O imaginário também é estimulado nesta sessão de leitura. Quando o aluno faz de conta que é roteirista, apresentador ou empresário, marca uma nova fase de lidar com a realidade. Traduz o mundo dos adultos para a dimensão de suas possibilidades.
PASSO 3
INTRODUÇÃO
O ensino da literatura nas escolas tem sido negligenciado, servindo somente como complemento das aulas de língua portuguesa, conforme se observa nos livros didáticos. Há uma grande tendência de se trabalhar, em sala de aula, o texto literário como pretexto para o estudo da gramática. Ao trabalhar a literatura, somente são exploradas as tipologias textuais ou os gêneros literários estanques, sem ocorrer um estímulo para a formação de leitores autônomos. 
O objetivo primordial é sugerir reflexões a respeito de como melhorar o interesse pela leitura da literatura na escola e estreitar a relação entre texto e leitor para que haja interação e transformação em sua vida. O aluno precisa perceber que através da leitura de um texto literário conseguimos imaginar, sentir, questionar e criar diversas possibilidades de leitura do mesmo texto e entender que através desse mesmo texto, podemos confrontar e relacionar com a sua realidade. É indiscutível a importância de se aprender a ler, para que o leitor ascenda instrucional e socialmente, caminhando para o sucesso. Quando abordada e trabalhada de maneira significativa para o aluno, a literatura instiga, excita, e é um instrumento valioso de atitude e poder. 
A metodologia adotada foi organizar um roteiro de perguntas direcionadas para as etapas de pré e pós-leitura, para verificar a importância e como se faz necessária a literatura na escola, como forma de refletir e promover cidadãos conscientes, questionadores e praticantes de seus deveres e direitos. O conteúdo deve demonstrar a distância existente, na atualidade, entre o adequado ensino da literatura e da leitura literária, diante da prática de reduzir todo o ensino de Linguagemao uso de gênero textuais, no ensino fundamental. O professor precisa ser sensível ao lado literário, para que a literatura torne a ser valorizada na escola. O professor necessita ser desafiador para que os seus alunos sintam prazer e necessidade em ler. 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Aguiar e Bordini (1988), o livro é o instrumento que expressa todo e qualquer conteúdo humano individual e social de forma cumulativa. A partir da leitura o indivíduo é capaz de compreender melhor sua realidade e seu papel como sujeito nela inserido. Os textos, especialmente os literários, são capazes de recriar as informações sobre a humanidade, vinculando o leitor aos indivíduos de outros tempos. Nas palavras de Larrosa (2000), ler consiste em ver as coisas diferentes, coisas dantes nunca vistas, entregar-se ao texto abandonar-se nele e não apenas apropriar-se dele para nossos fins.
As pessoas crescem lendo e são permanentemente leitoras em formação, recebendo a cada etapa de sua vida uma nova carga significativa para os conhecimentos já acumulados por suas leituras anteriores. Um texto não é um objeto fixo num momento histórico; ele lança seus sentidos e tem sua continuidade nas composições de leitura que suscita. Não cabe ensinar literatura perguntando apenas “O que o texto pode querer dizer?”, mas sim, e especialmente, “Como o texto funciona em relação ao que quer dizer?”. O leitor ou interlocutor interage com o texto, constrói sentidos, expõe suas relações com a língua, exterioriza seus conhecimentos prévios, preconceitos, pontos de vista. Ao final de cada leitura, o texto já é um novo texto.
Aguiar e Bordini (1988) reforçam que vivemos numa sociedade desigual e isso se reflete na leitura. O pluralismo cultural é uma alternativa para a adequação aos vários níveis de leitores das diferentes classes sociais. Apesar disso, qualquer indivíduo, pertencente a qualquer classe social pode ser motivado para a leitura, desde que se identifique com essa ação. Através do livro, o homem pode ser capaz de dar significado a si mesmo e ao mundo que o cerca. Para Lajolo (1982), quanto mais o leitor for maduro e quanto mais qualidade estética tiver um texto, mais complexo será o ato de leitura. Sendo assim, o texto literário se revela um meio eficiente de contato com a pluralidade de significações da língua, favorecendo o encontro com esses significados de forma abrangente, ampla, diferentemente dos materiais informativos que prendesse aos fatos particulares. 
O texto literário não mostra apenas os fatos, mas a complexidade de pensamentos que circundam e permeiam esses fatos, diferenciando o homem de cada época e de cada lugar, envolvido em seus processos histórico-sociais. Portanto, a linguagem literária é capaz de deixar lacunas que são preenchidas quando o leitor interage com o texto, unindo à leitura suas experiências anteriores, “atualizando” o ato de leitura, aproveitando-se da plurissignificação do texto literário para executar leituras variadas. Larossa (2000) diz que a obra não pertence ao leitor, mas o contrário; devemos prestar atenção para derivar o verdadeiro sentido da obra. Para Iser (1999), nos textos ficcionais, os sentidos vão além do denotativo, os signos trazem à luz e desvendam muito mais do que a simples designação de algo dado. A linguagem do texto literário revela mais do que diz, e essa revelação é o seu verdadeiro sentido. Dessa forma, o texto literário diz, mas esse fato está intrinsicamente relacionado ao ato de representação do leitor. Pois a criação de sentidos, para Iser, é um ato criativo; espera-se que o leitor imagine, ou melhor, faça sua representação a respeito do texto, a partir de uma sequência de aspectos que o próprio texto oferece.
DESENVOLVIMENTO 
Necessitamos, como educadores, mexer com o nosso imaginário e com o dos alunos, como alternativa única de trabalhar num mundo em constante transformação e nos desacomodarmos, ousarmos fazer diferente. Acreditando que a leitura pode ser uma atividade deflagradora da produção textual e do aumento da bagagem cultural, buscamos alternativas de trabalho para essas aulas, conjugadas com as modernas tecnologias, transformando o ato passivo frente ao texto literário em atividade participativa da criação. Com base na sensibilidade, no prazer, e no lúdico, foram planejadas sessões onde o professor organiza um roteiro de perguntas direcionadas para as etapas de pré e pós-leitura, além de recursos e estratégias atrativas para o leitor. 
Com a ajuda de objetos, e uma maneira inovadora de trabalhar a leitura com os alunos, cada sugestão apresenta, de um jeito singular, um meio para despertar a curiosidade e o interesse dos alunos por determinado texto ou autor. De papel ofício, giz de cera, papel madeira, até papel crepom, álcool e caixa de sapatos, nada é diferente o suficiente que não possa ser usado em sala de aula, para aquisição do conhecimento. O interessante é a metodologia de atividades antes, durante e após as leituras, aumentando a interação dos alunos com o professor, e dos próprios alunos entre si. Tornando-se, assim, leitores proficientes, utilizando as mais variadas formas de tecnologia para a realização desse projeto. 
O professor tem possibilidades de agir de modo consistente e assertivo, quando proporcionar ao aluno á possibilidade de realizar novas descobertas. É necessário que esse professor analise e conheça o perfil e a habilidade de seus alunos, para que os temas selecionados causem impacto e transformações em conceitos pré-definidos. Não só lançar o conteúdo programático, mas esmiuçar todo seu fundamento, agregar o habito da leitura como revelador, fazer o aluno rever novas propriedades com o habito da leitura. Trazendo consigo outras expectativas e experiências. Considerando que: “Bons leitores, são bons alunos em qualquer disciplina”. A literatura tem o poder de desenvolver capacidades e habilidades até mesmo desconhecidas pelo aluno. Projetos que proponham a o uso cotidiano da leitura, tornam o habito natural, tornando a compreensão e assimilação de textos, não somente a questão contextual e sim participativa e atuante para que a leitura venha ser compreendida na sua totalidade. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Literatura é uma área de conhecimento de suma importância para a formação e desenvolvimento humano, não somente pela gratuidade e entretenimento que a ficção proporciona, mas por possibilitar aos leitores refletirem sobre si e sobre o mundo, porque vivenciam situações que são da ficção, mas que tem inspiração na condição humana. Por isso os textos literários deixam em cada um de nós uma bagagem de experiências que nos define como leitores e que se refletem em nossa formação humana e profissional. A leitura de textos literários contribui para o desenvolvimento das pessoas em diferentes aspectos que começam no artístico e cultural e se estendem pelo social, político, cognitivo e sensorial. Nesse sentido, é preciso, pois, compreendermos sobre o que de fato significa e a que se propõe o trabalho com a leitura literária na escola. 
Ressaltamos, portanto, que o gosto pela leitura não está relacionado apenas aos modelos teóricos que são preestabelecidos pelas instituições de ensino. Muitos alunos leem os títulos indicados pela escola apenas por mera exigência do professor. Entretanto, fora dessa esfera, muitos fazem leituras literárias de forma mais livre e por indicação de amigos, familiares e até mesmo por influência da mídia.
No ato de ler narrativas literárias, o leitor é transportado para um outro lugar, o do imaginário e da fantasia, no qual terá oportunidade de aprender e vivenciar novas emoções e situações através das histórias que estão nos livros e ou nos suportes eletrônicos (as telas de smartphone, computador, tablet), além de ajudá-lo a lidar com as próprias emoções. Disso decorre a relevância que tem a Literatura na esfera escolar, porque, boa parte das crianças e adolescentes brasileiros empobrecidos tem apenas a escola como espaço de acesso a esse bem cultural.
Portanto, ensinar a Literatura não é apenas elencaruma série de textos ou autores e classificá-los num determinado período literário, mas sim revelar ao aluno o caráter atemporal, bem como a função simbólica e social da obra literária. Para ler de forma proficiente esse tipo de texto muito presente no Ensino Médio, o leitor precisa conhecer o repertório cultural e linguístico que constituem as narrativas e os poemas bem como os outros gêneros discursivos que tratam da Literatura a exemplos de resenha, sinopses, artigos científicos entre outros.
Cabe, então, à escola, repensar teórico-metodologicamente o Ensino da leitura literária no sentido de que a Literatura, inclusive a brasileira, possa se fazer presente como uma prática cultural no cotidiano desse jovens. Se não acontecer pelo gosto, prazer e gratuidade que os textos dessa ordem possibilitam, que seja pela necessidade de conhecer o legado dos autores brasileiros tem seus livros traduzidos em difrentes idiomas, pois grande parte deles tem reconhecimento internacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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