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Impacto Ambiental

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
“CAMPUS JUNDIAÍ”
CICLO BÁSICO DE ENGENHARIA
IMPACTO AMBIENTAL
DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL
ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO EA3P44 – EE3P44
JUNDIAÍ / SP
MAIO DE 2015
1 – INTRODUÇÃO
	Neste trabalho, encontrará assuntos relacionados a fenômenos naturais e não naturais, ocasionados pelas atividades do homem bem como a sua importância para natureza e seu funcionamento.
	Com ele aprenderá a distinguir esses fenômenos e entenderá como a natureza funcione para que tal ocorra.
	Também encontrara as alterações e consequências que a atividade do homem trouxe aos eventos climáticos.
	
	
2 – ENCHENTES
DEFINIÇÃO: Inundação, cheia do rio que transborda, excesso, abundância, quantidade excessiva.
	As enchentes são fenômenos naturais causados em grandes tempos de chuva, o acumulo de água em grandes proporções na natureza sempre aconteceu, porém em algumas áreas acabam afetando a população devido a mal planejamento hídrico ou áreas de risco. Quando isso ocorre geralmente acarreta em perdas ou até mesmo tragédias dependendo da proporção.
	
2.1 – CAUSAS NATURAIS
Em geral os rios perenes, rios que nunca secam durante o ano, costumam além do leito normal de curso d’água, tem um leito acima de maior área e alcance chamada de planície de inundação. (Conforme imagem 1A)
1A - Esquema de um rio, com o seu leito maior e menor representados
Nesse caso teríamos uma enchente natural e sem problemas, o rio suportaria a demanda excessiva de água em seu leito superior e seguiria seu trajeto normal, más acontece que nem sempre é assim perfeito. Em áreas planas quando isso acontece o leito maior dos rios acabam invadindo cidades ribeirinhas, por serem muito próximas aos rios essas cidades acabam sendo atingidas pelas enchentes. (Conforme imagem 2A).
2A – Cidade invadida pelo leito maior de um rio em época de enchente
2.2 – CAUSAS HUMANAS 
	A interferência humana no curso da água ocorre de diversas formas, sejam elas para fins energéticos (hidrelétricas) ou normalmente como acontece nas cidades com rios que as cortam, são canalizados com barragens e dutos (bueiros) para fins de circulação da mesma sem atrapalhar o fluxo e a vida das pessoas.
	Seria normal se fosse simples assim, porém além do controle da água, outra interferência significativa é a poluição que ocorre nos rios e nos bueiros das cidades, como também por parte das empresas que acabam ejetando águas poluídas e muita sujeira junto, tudo isso acaba agravando o problema, pois além da água não ser sugada pelo solo devido a impermeabilização e ter o seu trajeto comum, normalmente nas grandes cidades ela acaba não escoando devido a essa poluição, ocorre então uma enchente causada pelo próprio homem, o nível da agua sobe de tal forma que acaba invadindo as cidades causando percas e danos.
	Outro tipo de enchente e uma das mais comuns ocorre quando em temporadas de chuva a água que deveria ser sugada pelo solo de toda cidade é jogada nos rios pelos escoamentos e bueiros, deveria ser normal, porém os rios por não ter tamanha capacidade e sua vegetação ribeirinha estar destruída, acabam subindo de nível em extremas escalas invadindo novamente as cidades, as vezes com força catastrófica.
	Problemas que acabam vindo junto com as enchentes nas cidades, são doenças e perdas materiais, prejudicando o desenvolvimento social da cidade, soluções eficientes seriam o real planejamento respeitando sempre a natureza e seu curso natural, construir barragens com estudos baseados no curso d’água e evitar com toda certeza a poluição.
3 – DESLIZAMENTOS
	
	Deslizamentos de terra são fenômenos naturais em determinadas localizações como morros e encostas, essas regiões são propicias ao acontecimento devido ser de alto relevo, esse acontecimento também é agravado devido a ocupação irregular dessas áreas.
	Nessas ocupações são realizados desmatamentos e a retirada da mata ciliar, o que acaba prejudicando o curso natural da água nessas áreas, ocorrendo então o acumulo da mesma e o escoamento em velocidade descontrolada, nesses escoamentos a terra acaba deslizando junto com toda essa quantidade de água ocasionando tragédias.
	No nosso país devido ao clima tropical e região com altos relevos é comum em épocas de chuva acontecerem os deslizamentos, acaba acontecendo também um fenômeno social, pois quem acaba morando ou optando por áreas de risco é a população de baixa renda, devido a essas localidades terem baixo custo, ou como acontece nas favelas a ocupação descontrolada e sem planejamento.
	Além dessas áreas de deslizamento, outras áreas afetadas são as rodovias e pontes que fazem encosta com rios ou altos relevos de terra, nas épocas de chuva o nível da agua aumenta e se não há mata ciliar nessas áreas, as enxurradas levam tudo pela frente com uma força extremamente grande. (Conforme imagem 1B)
1B – Deslizamento de terra na entrada de uma ponte
4 – QUEIMADAS 
	A queimada é um processo de queima da biomassa (todo recurso renovável que provêm de matéria orgânica - de origem vegetal ou animal), pode acontecer naturalmente ou ocasionada pela ação do homem.
	As formas naturais ocorrem através do acumulo de material seco, propicio ao fogo (palha, capim, mata ou vegetação seca), baixa humidade do ar e alta temperatura ambiente, tudo isso deixa o local em condições favoráveis, já o atrito entre rochas, o atrito entre pelo de alguns animais com a mata seca ou descargas elétricas acabam iniciando a queimada. (Conforme imagem 1C)
	
1C – Queimada ocasionada por fatores naturais
As formas humanas utilizadas no mundo todo são na maioria das vezes para limpeza de grandes áreas por pequenos agricultores, por ser de baixo custo e uma forma rápida, visam a criação de gado, renovação da pastagem ou também facilitar a colheita, por exemplo a colheita da cana de açúcar. Apesar dos benefícios de curto prazo essas queimadas se não forem controladas acabam atingindo áreas em grandes proporções e saindo fora do controle dos agricultores.
	Outros fatores que levam a queimada a acontecer são pontas de cigarros jogadas em áreas secas, propicias a queimadas, fagulhas de ponta de escapamentos levadas através da fumaça até as matas.
	Apesar de ser um fenômeno natural e útil ao ser humano, as queimadas fora de controle acabam aumentando a poluição terrestre, ocasionam doenças respiratórias, acabam com a vida animal em determinadas áreas por destruírem o habitat natural ou até mesmo mata-los por não conseguirem escapar ou sobreviver após acontecerem.
5 – SECAS
Seca ou estiagem é um fenômeno climático causado pela falta de chuvas em determinadas regiões por um grande período de tempo. Muitas pessoas confundem seca com estiagem, a diferença se dá pelo fato de que quando ocorre a estiagem a falta de água é temporária, já na seca é permanente. (Conforme imagem 1D)
1D – Seca atinge rio 
5.1 – TIPOS DE SECAS
Seca Permanente: é o tipo de seca onde não existem cursos d’água e a vegetação se adapta ao clima de aridez desértica, é um tipo de seca onde só se mantém a agricultura com irrigação permanente.
Seca Sazonal: acontece onde o clima é semiárido (baixa umidade e pouco volume pluviométrico - chuva), nesse tipo de seca as vegetações sobrevivem ou ficam em estado latente durante a seca, os rios somente sobrevivem se dependerem de ações de rios de outras regiões mais úmidas e também é possível a agricultura com irrigação controlada de acordo com a necessidade.
Seca irregular e variável: nesse tipo de seca o próprio nome a define, existem fatores a ser considerados como a temperatura ambiente, a vegetação, a humidade e a taxa de evapotranspiração (perda da água do solo por vaporização e a perda da água da planta por transpiração), ela varia conforme as condições do ambiente, as vezes pode ser prejudicial, as vezes pode ser momentânea.
Seca invisível: é a seca mais prejudicial, pode ocorrer a chuva normalmente, no entanto a umidade do ar não aumentapor causa da evapotranspiração elevada, ocasionando assim as secas dos rios e a morte da vegetação.
6 – GEADAS
A geada é um fenômeno natural onde ocorre a formação de gelo na superfície ou na folhagem exposta. Elas acontecem devido à ausência de nuvens, a temperatura diminui e a humidade presente na superfície condensa ou sublima (muda de estado físico) e chega ao congelamento a partir de zero graus.
No Brasil os acontecimentos de geadas são comuns nas épocas de outono e inverno nas regiões mais frias, porém elas podem acontecer em qualquer época do ano quando as condições são favoráveis para tal. (Conforme imagem 1E)
1E – Geada ao amanhecer
	Em relação a agricultura existem dois tipos de geada, a negra e a branca.
Na geada negra costuma-se congelar a parte interna das culturas (plantas da agricultura), na geada branca que é a mais comum a parte que congela é a externa, formando uma camada branca de gelo. No Brasil ocorreu em 1975 no estado do Paraná uma geada negra, com grandes consequências para produção cafeeira. 
	Algumas características territoriais também influenciam na formação da geada, por exemplo, em vales ou depressões, costumam se formar acúmulos de ar frio que descem das partes mais altas, contribuem para o acumulo de gelo. 
7 – EROSÃO 
A erosão é um fenômeno natural provocado pela desagregação de materiais da crosta terrestre pela ação dos agentes exógenos (chuvas, ventos, águas dos rios). Essas partículas que compõem o solo são deslocadas de seu local de origem, sendo transportadas para as áreas mais baixas do terreno.
Existem muitas classificações de erosão, tais como, pluvial (chuvas), fluvial (água dos rios), gravidade (movimentação das rochas), eólica (ventos), glacial (geleiras), química (alterações no solo), erupção de vulcões e a antrópica devido ação dos homens.
Com o passar do tempo os variados tipos de erosão foram intensificados pela ação do homem diretamente na natureza, um exemplo nítido e simples se vê no desmatamento, por não ter a mesma estrutura o solo acaba desmoronando, causando assim o enchimento de rios, intensificando as enchentes ou até tragédias em áreas de risco com moradias.
8 – ARQUITETURA X DESASTRES NATURAIS
	Devido as tragédias recorrentes que resultam de desastres ou fenômenos naturais, o homem atual tem a necessidade de se proteger para manter sua vida cotidiana sem riscos.
	Cidades com furacões, enchentes, secas e demais eventos naturais necessitam de certos cuidados para que a vida humana funcione normalmente, nisso surge a engenharia e a arquitetura, com a intenção de minimizar os estragos ou até mesmo extingui-los.
	Pensando nisso muitos arquitetos criam projetos preparados para situações de emergência, desenvolvidos com equipamentos e tecnologia para enfrentar terremotos, furacões, tsunamis e qualquer outro tipo de catástrofe natural, vinda principalmente das mudanças climáticas.
	Cada vez mais se veem prédios com designers modernos e estruturas muito bonitas, porém todas com intuito de resistir a esses acontecimentos.
9 – GEOGRAFIA BRASILEIRA E OS DESASTRES NATURAIS 
	O Brasil pode se considerar um país privilegiado pela ausência de vulcões, furacões e terremotos, porém com toda essa sorte ainda existem os desastres naturais que preocupam a população.
	Desastres esses que são enchentes, secas, geadas, queimadas, desmoronamentos e deslizamentos de terra e processos de desertificação decorrentes das secas.
	Todos esses desastres podem ser diminuídos com investimentos e cuidados, porém com tanta interferência do homem na natureza, esses problemas também vistos como fenômenos naturais têm sido agravados e acontecidos com proporções maiores que o normal.
10 – A HIDROLOGIA NA PREVENCÃO DOS DESASTRES NATURAIS
	Hidrologia é a ciência que estuda a água na Terra, sua ocorrência, circulação e distribuição, suas propriedades físicas e químicas, e sua relação com o meio ambiente, incluindo sua relação com as formas vivas.
	Com previsões do tempo, umidade relativa do ar, verificação de ventos e solos, estudos das águas e a natureza em si, a hidrologia é uma importante ferramenta utilizada para minimizar ou até mesmo evitar desastres naturais decorrentes das secas, enchentes, furacões, geadas, chuvas intensas e etc.
	
11 – CONCLUSÃO
	Concluímos neste trabalho o quanto os fenômenos naturais agravados ou não pelos homens modificam o meio em que vivemos, seja eles na forma em que fazemos, ou locomovemos por exemplo.
	As perdas que ocorrem e as consequências que sofrem também o próprio meio ambiente com excesso de determinados eventos como as queimadas por exemplo.
	O quanto isso poderia ser evitado ou controlado de tal maneira a não prejudicar nem o ambiente e nem o homem, e por mais que esses problemas pareçam somente de origem natural (natureza), são também sociais, pois muitos ocasionam esses fenômenos para sobrevivência e outros sofrem com a falta de recursos e são obrigados a residirem em áreas improprias.
	Chegamos à conclusão que todos poderiam ser amenizados ou extinguidos, para isso quando acontecem existem ferramentas que os amenizam como por exemplo tipos de construções, no caso de furacões ou fortes ventos e barragens em rios e a não poluição, nos casos de enchentes e grandes chuvas.
	
12 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GASPAR, Lúcia. Queimadas no Brasil. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em:17 de Maio de 2015.
ALVES, Rodolfo. O Problema das enchentes. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/enchentes.htm>. Acesso em:17 de Maio de 2015.
FREITAS, Eduardo. Deslizamentos de Encostas. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/deslizamentos-encostas.htm>. Acesso em:17 de Maio de 2015.
CERQUEIRA, Wagner & Francisco. Ação do fogo no Cerrado. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/brasil/a-acao-fogo-no-cerrado.htm>. Acesso em:17 de Maio de 2015.
Autor desconhecido. Seca. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Seca>. Acesso em:17 de Maio de 2015.
Autor desconhecido. Erosão. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/geografia/erosao.htm>. Acesso em:17 de maio de 2015.
CERQUEIRA, Wagner & Francisco. Erosão. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/erosao.htm>. Acesso em:17 de maio de 2015.
FARIA, Caroline. Geada. Disponível em: <http://www.infoescola.com/meteorologia/geada/>. Acesso em:17 de Maio de 2015.
Autor Desconhecido. Condensação. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Condensa%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em:17 de Maio de 2015.
Autor Desconhecido. Geada. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Geada>. Acesso em:17 de Maio de 2015.
Autor Desconhecido. Geada Negra. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Geada_negra>. Acesso em:17 de Maio de 2015.
Autor Desconhecido. Arquitetura minimizando desastres naturais. Disponível em: <http://cad.cursosguru.com.br/novidades/arquitetura-minimizando-consequencias-desastres-naturais/>. Acesso em:17 de Maio de 2015.
Autor Desconhecido. Os nossos desastres naturais. Disponível em: <http://geografia.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/31/artigo178161-1.asp>. Acesso em:17 de Maio de 2015.
Autor Desconhecido. Hidrologia para prevenção de desastres naturais. Disponível em:<http://www.labhidro.ufsc.br/Artigos/aprenderhidro.pdf>. Acesso em:17 de Maio de 2015.
Referências utilizadas pelos Autores Desconhecidos 
 GASPAR, Lúcia. Seca no Nordeste brasileiro. Pesquisa Escolar On-Line, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://www.fundaj.gov.br>. Acesso em:5 de Fevereiro de 2010
 Centro integrado de informações agrometeorológicas: Definição de seca. Visitado em 5 de Fevereiro de 2010.
 Cox, J. D., Storm Watchers - The turbulent history of weather prediction from Franklin's kite to El Nino. Wiley. Chapiter 16, 252 pp.ISBN 0-471-38108-X
 Instituto de Meteorologia IP Portugal. A geada e o orvalho são produzidos pela radiação terrestre? (em português).Visitado em 13 de fevereiro de 2012.
 InfoEscola. Geada (em português). Visitado em 13 de Fevereiro de 2012.
 Instituto de Meteorologia IP Portugal. O que é a “geada negra”? (em português). Visitado em 13 de Fevereiro de 2012.
 Quanto ao aspecto visual USP - Universidade de São Paulo - acessado em 10 de janeiro de 2012
 Fatos e Mitos UNICAMP - Universidade de Campinas - acessado em 10 de janeiro de 2012
 Neve curitibana em cartaz na Cinemateca Site O Estado do Paraná - edição de 11 de março de 2011
 Depois de um longo inverno Jornal Gazeta do Povo - edição comemorativa de n° 30.000 - acessado em 8 de dezembro de 2012
 A neve que caiu sobre Curitiba em 1975 Paraná Online - acessado em 11 de março de 2011

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