Buscar

18952-bookeconomia

Prévia do material em texto

www.esab.edu.br
Economia
Economia
Vila Velha (ES)
Copyright © Todos os direitos desta obra são da Escola Superior Aberta do Brasil.
www.esab.edu.br
Av. Santa Leopoldina, nº 840
Coqueiral de Itaparica - Vila Velha, ES
CEP 29102-040
Apresentação
Caro estudante,
Seja bem-vindo à disciplina Economia. Neste material estudaremos conceitos básicos 
da microeconomia e da macroeconomia, na perspectiva de consumidores, gestores 
e governantes. Primeiramente, trataremos de conceitos relacionados a agentes 
econômicos, fatores de produção, problemas da escassez e do sistema econômico.
Em seguida, abordaremos a microeconomia, por meio de reflexões sobre oferta, 
demanda, elasticidade, preço, estrutura de mercado, análise da competitividade 
e regulamentação governamental. Após, apresentaremos a visão sobre a 
macroeconomia, com temáticas de políticas macroeconômicas, indicadores 
econômicos, moeda e inflação. Também faremos uma análise da conjuntura 
econômica contemporânea em alguns exercícios práticos.
É importante salientarmos que este material foi desenvolvido a partir da visão de 
conceitos da economia, para que a utilização dessa ciência possa de fato ocorrer 
em nossas famílias e empresas, e ao mesmo tempo nos governos e na sociedade 
em geral.
Preço, qualidade, impostos, enfim, condições de oferta e demanda são decisões 
econômicas que influenciam nosso cotidiano a todo o momento. Temos o desafio de 
compreender esses conceitos e poder analisar a formação do mercado, até mesmo 
para termos condições de analisar de forma crítica, construtiva e contributiva as 
decisões familiares e organizacionais, para que sejam feitas de maneira consciente. 
Além disso, a utilização de conhecimentos científicos em nosso cotidiano – em 
instâncias individuais, coletivas, organizacionais e governamentais – é necessária 
para alcançarmos um status de país desenvolvido, com indivíduos e organizações 
considerados de excelência.
Como referências para estudos, utilizaremos os autores Rosseti (2003), Vasconcellos 
e Garcia (2012), Vasconcellos (2002), Mankiw (2001), Montoro Filho (2011), Parkin 
(2009), Singer (2010), Oliveira (2011), Spínola e Troster (2011) e Anuatti Neto (2011). 
Portanto, caro estudante, pesquise, aprofunde seus estudos, dedique-se de forma 
intensa a esta disciplina e ao curso em geral, pois é fato que o conhecimento é a 
melhor forma para evoluirmos enquanto pessoas, organização e nação.
Bom estudo!
Objetivo
Possibilitar ao estudante uma visão geral sobre a ciência econômica, contribuir 
para a formação de uma visão acadêmica sobre conceitos introdutórios de 
economia, microeconomia e macroeconomia, colaborando para a construção de 
uma percepção sobre ações, mercados e políticas que influencie as pessoas e as 
organizações em um país.
Habilidades e competências
• Compreender a organização da atividade produtiva nas perspectivas micro e
macroeconômica e suas influências sobre as demais áreas do conhecimento.
• Possibilitar uma visão geral de economia na gestão.
• Analisar a importância da área econômica no contexto organizacional brasileiro
• Estudar os conceitos, os métodos, as estratégias e os procedimentos da economia.
• Avaliar as características econômicas contemporâneas e suas influências nas
organizações brasileiras, bem como as mudanças e informações delas advindas.
• Identificar as relações da economia com as atividades de gestão empresarial.
Ementa
Conceitos econômicos: os agentes econômicos, os fatores de produção, o problema 
da escassez. Tipos de sistemas econômicos. Noções de microeconomia: oferta, 
demanda, elasticidade, preço, estruturas de mercado, análise da competitividade 
e regulamentação governamental. Macroeconomia: políticas macroeconômicas, 
indicadores econômicos, moeda e inflação. Conjuntura econômica.
Sumário
1. Conceitos introdutórios de economia ..............................................................................6
2. A lei da escassez na economia .......................................................................................12
3. O sistema econômico contemporâneo ..........................................................................17
4. A circulação no sistema econômico ...............................................................................23
5. Noções básicas de microeconomia ................................................................................28
6. Uma análise dos mercados ............................................................................................34
7. Os preços e suas variações .............................................................................................41
8. Demanda, oferta e equilíbrio de mercado .....................................................................45
9. Exercícios resolvidos sobre demanda, oferta e equilíbrio de mercado ...........................49
10. As elasticidades e suas aplicações .................................................................................54
11. Exercícios de elasticidade ..............................................................................................59
12. Os mercados competitivos ............................................................................................63
13. Os agentes econômicos, os fatores de produção e noções de macroeconomia ...............71
14. A moeda como movimentadora do mercado ................................................................76
15. A participação dos juros na economia ...........................................................................83
16. A renda como influenciadora do desenvolvimento da economia ..................................88
17. As contas nacionais .......................................................................................................94
18. A determinação da renda ............................................................................................100
19. Uma análise da inflação ..............................................................................................107
20. A política fiscal ............................................................................................................113
21. A política monetária ...................................................................................................119
22. A política cambial .......................................................................................................126
23. Economia como fomento para o desenvolvimento organizacional ..............................132
24. Análise econômica interna e externa ..........................................................................138
Glossário ............................................................................................................................146
Referências ........................................................................................................................153
www.esab.edu.br 6
1 Conceitos introdutórios de economia
Objetivo
Conhecer os conceitos básicos de economia.
Em todos os momentos de nossa vida, estamos inseridos em um contexto 
econômico. Mesmo naqueles contextos que parecem nada ter a ver com 
economia, como nos momentos de lazer com nossa família, diversão com 
os amigos, trabalho ou estudo. Talvez a ideia de economia surja somente 
quando poupamos um pouco de nossa renda ou reclamamos dos preços 
ou dos impostos que pagamos.
Pretendemos, ao longo desta disciplina, compreender as variáveis que 
fazem parte do contexto econômico, não somente com questões cotidianas, 
mas também técnicas e científicas analisadas por diferentes ângulos: sob o 
ponto de vista de indivíduos, cidadãos, governos e organizações.
Nesta unidade, trataremos dos conceitos básicos de economia, os quais 
estão relacionados aos estudos, como:
•senso comum;
• atividade econômica;
• ciência econômica.
Primeiramente, é importante destacarmos que a economia como ciência 
se desenvolveu a partir da obra de Adam Smith (1723-1790) intitulada 
“Riqueza das Nações”. Essa obra influenciou diretamente a 
consolidação da economia como ciência e também contribuiu 
indiretamente para o desenvolvimento de estudos para áreas como 
administração e política.
Portanto, a economia é a ciência social que estuda como as pessoas 
(como indivíduos e como sociedade) decidem utilizar seus recursos 
www.esab.edu.br 7
produtivos escassos na produção de bens e serviços, de forma a fazer a 
distribuição entre todos os segmentos da sociedade, com objetivo de 
satisfazer suas necessidades (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012). 
Por se tratar de uma ciência social, a economia é caracterizada pela 
ligação entre os acontecimentos da sociedade e do nosso cotidiano, seja 
nas esferas pública, privada ou no terceiro setor e em relação a pessoas 
físicas e jurídicas. Todos estão envolvidos nesse processo, de maneira 
direta ou indireta, de forma passiva ou ativa.
Esse é um ponto a respeito do qual devemos refletir com atenção, 
pois cada agente tem participação na economia de uma nação. Uns 
apresentam maior e outros menor influência nas decisões econômicas. 
Assim ocorre em relação aos impactos sofridos pelas decisões econômicas: 
alguns participantes possuem impacto maior, outros menor. Ou 
seja, todos os sujeitos atuantes em uma nação estão envolvidos no 
processo econômico, e ter consciência desse envolvimento pode trazer 
comprometimento e ação mais qualificada dos governos e da sociedade.
Ainda sobre a definição básica de economia, Parkin (2009, p. 2) define 
economia como uma ciência social que investiga as “[...] escolhas que as 
pessoas, as empresas, os governos e sociedades inteiras fazem à medida 
que se defrontam com a escassez e com os incentivos que influenciam e 
conciliam essas escolhas”. Como dissemos há pouco, a participação de 
todos os agentes é comum, mas o modo como eles participam, ou seja, 
como realizam suas escolhas, pode impactar positiva ou negativamente 
na economia de um país.
Uma questão importante na economia é o atendimento das necessidades 
humanas que influenciam diretamente na forma de consumo, e por 
consequência na utilização de recursos produtivos, que podem ser 
renováveis ou não, para atender à demanda. Mas trataremos desses 
assuntos nas unidades subsequentes. Neste momento, nos ateremos aos 
conceitos introdutórios.
Rizzieri (2011) afirma que o início da fase científica da economia se 
deu nos séculos XVIII e XIX, por meio de uma fase de evolução do 
conhecimento humano em diferentes áreas. No caso da economia, o foco 
www.esab.edu.br 8
de análise caracterizou-se pela interpretação dos principais fenômenos da 
atividade econômica. 
Evidentemente, antes da sistematização da ciência econômica, a atividade 
econômica já existia entre os homens. Mas foi apenas a partir da 
evolução ocorrida nas ciências que a área da ciência econômica pôde ser 
consolidada. E, com esse tratamento científico da economia, tornou-se 
possível fazer análises e projeções com dados mais confiáveis, resolver 
problemas e pensar a economia como um todo, visando à estabilidade e 
melhores condições de vida aos cidadãos.
Rizzieri (2011) afirma ainda que o economista não precisa dar respostas 
com especificidades detalhadas, mas deve conseguir direcionar os 
princípios de causa e efeito. Isso já pode ser considerado um avanço. É 
nesse sentido que tratamos da importância da área e dos profissionais 
da economia para toda a sociedade: governos, organizações e pessoas. 
Ter dados históricos e poder realizar análises de diversos cenários é a 
grande vantagem de pertencer a uma ciência, pois ter informações e 
conhecimento apropriados e qualificados para tomar decisões hoje 
influenciará nossas vidas no futuro.
Na área de gestão, caro estudante, nós podemos discordar ou concordar 
com Rizzieri, mas o fato é que a economia apoia diretamente nossas 
decisões nas empresas, seja em questões financeiras, tributárias, 
tecnológicas, de custos, de mercado internacional, de produção 
etc. Enfim, nossas decisões devem fazer parte de nossa atuação nas 
organizações, pois essa contribuição é fundamental para o futuro 
sucesso das empresas. Portanto, apesar de estar apenas no início de sua 
caminhada, pense nisso no decorrer do curso e em sua vida pessoal e 
profissional.
Parkin (2009, p. 1) nos traz a ideia de que “[...] todas as questões 
econômicas surgem porque queremos mais do que podemos ter”. O 
autor coloca, ainda, que buscamos um mundo melhor e uma qualidade 
de vida, o que nos direciona ao consumo.
Esse consumo para satisfazer necessidades influencia nossas escolhas. 
Escolhas estas que podem influenciar não apenas a economia, mas 
www.esab.edu.br 9
também as esferas social e ambiental. Trata-se de algo que gera cada vez 
mais preocupação em todo o planeta, principalmente em nossa história 
recente, pois: 
[...] o que cada um de nós pode ter é limitado pelo tempo, pela nossa renda e 
pelos preços que temos de pagar. Todos nós acabamos tendo alguma necessidade 
insatisfeita. O que podemos obter como uma sociedade é limitado pelos nossos 
recursos produtivos [...] (PARKIN, 2009, p. 1)
Ou seja, a escassez, que estudaremos mais adiante, acaba caracterizando-
se pela insuficiência de recursos que temos para atender “nossas 
necessidades”. Colocamos entre aspas “nossas necessidades” devido o 
fato de que pode ser totalmente subjetiva a definição e classificação do 
que seria necessidade ou apenas desejo de consumir algum produto ou 
serviço. Até mesmo questões como quantidade e qualidade podem estar 
envolvidas de acordo com diferentes contextos sociais e econômicos. 
Portanto, nossas escolhas cotidianas podem afetar o andamento da 
economia. Mas essa discussão de necessidades e desejos com certeza será 
tratada em disciplinas com conteúdo mercadológico.
Mas voltando aos conceitos de economia, vejamos que ela se divide em 
duas grandes partes (PARKIN, 2009): microeconomia e macroeconomia.
Enquanto a microeconomia está relacionada aos estudos das escolhas 
que os indivíduos e organizações fazem, da forma como essas escolhas 
interagem nos mercados e da influência dos governos, a macroeconomia 
estuda o desempenho das economias nacional e mundial (PARKIN, 
2009). Teremos unidades que tratarão desses temas com maior 
profundidade.
Retomando nossa definição inicial de economia, vamos dissertar sobre 
a economia sob o ponto de vista do senso comum. O senso comum se 
caracteriza pelo modo como as pessoas ou grupos de indivíduos, leigos 
no assunto, conceituam economia. Para essas pessoas, o significado 
de economia está relacionado ao ato de poupar, de economizar, de o 
indivíduo ter uma sobra periódica em sua renda. Para citarmos um 
exemplo: uma pessoa tem uma renda fixa de R$ 1.500,00 e resolve 
poupar 10% desse valor mensalmente. Nesse caso, teria uma economia, 
www.esab.edu.br 10
ou poupança, de R$ 150,00 mensais. Do ponto de vista do senso 
comum, a economia seria essa reserva mensal de valor, que pode estar 
ligada à realização de um sonho (compra de um produto ou serviço).
Porém, tratando-se de atividade econômica, podemos definir isso como 
o movimento da economia de fato. Portanto, ela caracteriza-se pelas 
ações de produzir, distribuir e consumir produtos e serviços, que são 
a riqueza de uma nação. A estrutura desse mercado pode interferir 
nas decisões e ações dos sujeitos envolvidos no processo. Por isso, são 
importantes as discussões sobre esse processo de produção e consumo, 
e elas acontecem em todos os momentos, mas principalmente em 
períodos de crise. Por exemplo, em 1929/1930, na Grande Depressão 
americana, que influenciou também outros países, a discussão era sobre 
a práticado liberalismo (Adam Smith) ou a intervenção do Estado na 
economia (Keynes). 
A Depressão americana influenciou uma mudança de pensamento sobre 
a prática do liberalismo, não somente nos Estados Unidos, mas também 
em outros países, como o Brasil. A partir dessa crise de 1929, os países 
começaram a adotar práticas keynesianas, ou seja, o Estado passou a 
intervir na economia e em políticas sociais voltadas para atender às 
demandas da população.
Enfim, a perspectiva da economia como senso comum, atividade 
econômica ou ciência nos dá uma dimensão da importância de 
compreendermos os conceitos e as práticas dessa área. Assim, é possível 
realizar análises e tomar decisões mais assertivas tanto em nossa vida 
pessoal como organizacional.
www.esab.edu.br 11
Para sua reflexão
Pense nestes três conceitos básicos de economia, 
economia enquanto senso comum, atividade 
econômica ou ciência, como eles estão presentes 
em nosso cotidiano. Seja em nossa vida pessoal, 
profissional ou organizacional. Portanto, qual dos 
três conceitos fazem parte de nossa rotina? E como 
nós, enquanto não economistas, utilizamos essas 
informações em nossa vida? 
A resposta a essa reflexão forma parte de sua 
aprendizagem e é individual, não precisando ser 
comunicada ou enviada aos tutores.
Nas unidades a seguir, trataremos de outros temas de economia que nos 
auxiliarão a compreender e refletir sobre a economia e seus impactos na 
sociedade.
www.esab.edu.br 12
2 A lei da escassez na economia
Objetivo
Analisar a lei da escassez na concepção econômica.
Nesta unidade estudaremos a lei da escassez na economia, que está 
relacionada com a procura e demanda de determinado produto 
ou serviço, assim como a capacidade de oferta de um bem. Todo 
produto que existir em abundância e que não precisar ser pago pode 
ser considerado um produto não escasso. Consequentemente, tudo o 
que tiver procura e, a partir disso, um determinado preço, pode ser 
considerado escasso. Obviamente, cada produto ou serviço tem seu preço 
influenciado por ações do mercado.
Nossa relação com a escassez é histórica, desde as guerras por alimentos 
na Idade Média e a busca, mercantilista ou militar, dos romanos no norte 
do continente africano e na Ásia. Citamos isso, rapidamente, para ilustrar 
que atualmente também existe escassez de alguns produtos em regiões do 
mundo, sendo talvez a do alimento uma das mais sentidas pela população. 
Entretanto, estamos falando das questões de oferta. Se fôssemos agregar 
questões de preço ou tipo de concorrência de mercado, a análise seria 
muito mais complexa. Mas veremos isso nas próximas unidades.
Em qualquer sociedade, os recursos produtivos ou fatores de produção 
são limitados (mão de obra, terra, matéria-prima etc.). Por outro lado, as 
necessidades humanas são ilimitadas, já que sempre se renovam, devido 
ao crescimento da população e às escolhas de estilos de vida. Todavia, 
independentemente do nível de desenvolvimento de uma nação, 
nenhuma tem disponíveis todos os recursos para atender à demanda 
da sua população, conforme Vasconcellos e Garcia (2012). Os autores 
apontam ainda que, nesse caso, há um problema de escassez, já que os 
recursos limitados contrapõem-se a necessidades humanas ilimitadas.
www.esab.edu.br 13
Talvez o dilema dos indivíduos e das organizações seja buscar um 
equilíbrio entre os recursos produtivos e as necessidades humanas, 
não apenas com vistas ao equilíbrio econômico, mas também para o 
atendimento de demandas sociais e ambientais, com preocupações 
relacionadas ao presente e ao futuro das novas gerações.
Portanto, em função da escassez de recursos produtivos, os indivíduos 
precisam escolher entre as opções de produção e distribuição de 
resultados da atividade econômica entre os diversos grupos sociais 
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012). Esta é a questão central da 
economia: como alocar recursos produtivos de maneira a atender às 
necessidades humanas em um nível mais elevado.
O momento em que as pessoas, empresas e governos puderem parar 
para se questionar sobre quais seriam as escolhas mais inteligentes para o 
povo e para o planeta pode ser considerado um momento de evolução da 
humanidade. Afinal, não podem imperar apenas os objetivos capitalistas 
nas decisões e formas de produzir e distribuir riqueza nas nações. É 
necessário alinhar os objetivos econômicos, sociais e ambientais. 
De qualquer maneira, é importante que haja uma preocupação com os 
recursos produtivos. Assim, “pode-se dizer que o objeto de estudo da 
ciência econômica é a questão da escassez, ou seja, como ‘economizar’ 
recursos” (VASCONCELLOS, 2002, p. 21). Essa vertente da economia 
se faz necessária para que as decisões econômicas tenham embasamento 
na capacidade de produção, principalmente pelo viés da disponibilidade 
dos recursos naturais.
Se não houvesse escassez de recursos, ou seja, se todos os bens fossem abundantes 
(bens livres), não haveria a necessidade de estudarmos questões como inflação, 
crescimento econômico, déficit de pagamentos, desemprego, concentração de renda 
etc. (VASCONCELLOS, 2002, p. 21)
A consolidação da escassez está de fato caracterizada pela oferta limitada 
de produtos, em função da própria limitação de recursos produtivos, 
como matéria-prima, mão de obra, tecnologia, logística, capital, espaço 
físico etc. Essa complexidade da escassez pode influenciar indicadores 
econômicos, como os citados anteriormente. Ou seja, pode afetar os 
www.esab.edu.br 14
objetivos básicos da economia: desenvolvimento econômico, controle da 
inflação, oferta de emprego e renda à sociedade.
Vasconcellos (2002) reafirma que a escassez nasce a partir das 
necessidades humanas ilimitadas e da restrição na quantidade de recursos 
para a produção, somadas ao crescimento da população e à melhoria 
do padrão de vida das pessoas. Além disso, nenhum país pode ser 
considerado como autossuficiente na disponibilidade de todos os recursos 
produtivos para satisfação total das necessidades de sua população.
A impossibilidade de uma nação em atender sua demanda faz com que 
haja intensificação no comércio internacional. Sabemos que isso não é 
recente; desde a Antiguidade, as pessoas dependem desse comércio para 
atender suas necessidades de abastecimentos. Essas reflexões se baseiam 
na observação de países isoladamente, mas podemos pensar no planeta 
como um todo e na sua limitação de oferecer os recursos necessários aos 
seus habitantes. Rizzieri (2011) trata a lei da escassez como uma restrição 
quase física em produzir a maior quantidade possível de produtos e 
serviços com os recursos escassos disponíveis no ambiente. 
Já podemos concluir que se pudéssemos produzir toda a quantidade 
necessária para atender toda a população não teríamos o problema 
de escassez. Nesse caso, teríamos todos os recursos disponíveis para 
a produção, como terra, trabalho e capital. Caso combinássemos 
irracionalmente a produção e as necessidades, não nos preocuparíamos 
com desperdícios nem preços, bastaria fazer o pedido por um novo 
produto ou serviço e o teríamos disponível sem precisar pagar. Ou seja, 
tudo seria abundante, e não escasso (RIZZIERI, 2011).
Ora, se estamos neste ambiente de contradição entre o que temos 
condições de produzir e as necessidades de consumo, precisamos 
encontrar soluções econômicas para atender toda a demanda 
existente. Essas soluções passam pelas decisões de todos os agentes 
econômicos, sejam os produtores (as empresas), os consumidores (as 
famílias), o governo ou as ações da globalização, para que possamos 
atender essa demanda por bens de maneira economicamente viável 
e socioambientalmente responsável. Trataremos desse assunto nas 
próximas unidades.
www.esab.edu.br 15
Não podemos deixar de salientar que a procura por bens (produtos 
ou serviços) ocorre por sua utilidade e capacidadede satisfazer uma 
necessidade humana. É algo que parece ser simples, entretanto essa 
procura pode causar uma pressão sobre a oferta, o que resultaria em um 
aumento na inflação e nos preços, por exemplo. 
Como é de senso comum na gestão contemporânea, a produção de um 
bem somente ocorrerá para atender à demanda existente no mercado. 
Isso é quase senso comum: somente produzimos aquilo para o qual 
existem consumidores dispostos a comprar – se por necessidade ou 
desejo, é uma questão ligada à esfera mercadológica. De qualquer 
forma, os bens podem atender às necessidades humanas de diferentes 
maneiras e, como veremos a seguir, podem ser classificados em materiais 
e imateriais (RIZZIERI, 2011).
Os bens materiais apresentam características físicas como peso, formato, 
dimensão etc. São exemplos um carro, um relógio, uma casa. Já os 
bens imateriais caracterizam-se por sua abstração e subjetividade, como 
educação, segurança, lazer etc.
Rizzieri (2011) afirma que o conceito de necessidade humana pode 
ser concreto, neutro e subjetivo. Porém, devemos considerar que a 
necessidade humana está alinhada a uma realização social do indivíduo, 
mesmo sendo a escolha de um bem econômico.
Como falamos anteriormente, o consumo pode estar voltado para o 
atendimento de uma necessidade humana ou apenas de um desejo por 
um produto ou serviço. Portanto, essa percepção pode ser totalmente 
subjetiva nas suas respectivas escolhas de consumo. 
Sobre o contra-argumento na discussão desses problemas, pode-se dizer 
que as necessidades se renovam continuamente e precisam de bens 
para supri-las e que a criação de novos desejos e necessidades surge 
com base na motivação das pessoas em melhorarem seu padrão de 
vida (RIZZIERI, 2011). Talvez por isso se trate de uma relação com a 
biologia, sobre o que realmente precisamos para viver, e com a psicologia, 
sobre o que achamos que precisamos. Ou seja, a diferença entre 
necessidades e desejos.
www.esab.edu.br 16
Rizzieri (2011) conclui explicando que o sentido econômico de escassez 
e necessidade facilita o entendimento da economia como ciência social e 
estudo da organização social para gerir os recursos escassos e satisfazer as 
necessidades dos indivíduos, com vistas às escolhas e à competitividade. 
Por isso a classificação da economia como ciência social: “[...] nossa 
incapacidade de satisfazer todas as nossas necessidades é chamada de 
escassez. Tanto os pobres quanto os ricos defrontam-se com a escassez” 
(PARKIN, 2009, p. 1).
Segundo Parkin (2009, p. 2), “[...] diante da escassez, devemos escolher 
entre as alternativas disponíveis”. Esse autor ainda chama a atenção para 
o fato de que devemos fazer escolhas tanto individuais quanto coletivas.
A estruturação do mercado deve estar atenta às escolhas feitas pelos 
indivíduos, pois o estímulo governamental pode estar voltado para que 
haja um equilíbrio nessas escolhas, por meio da oferta e demanda de 
bens. Afinal, “[...] as escolhas que fazemos dependem dos incentivos que 
encontramos. Um incentivo é uma recompensa que estimula uma ação 
ou uma penalidade que desestimula outra” (PARKIN, 2009, p. 2).
Estudo complementar
Como estudo complementar, recomendamos a 
leitura do trabalho produzido por acadêmicos da 
Universidade de Salvador, sobre A Lei da Escassez 
e a Economia, divulgado pelo Seminário Estudantil 
de Produção Acadêmica, disponível clicando aqui. 
Boa leitura!
Caro estudante, encerramos mais uma unidade. Tivemos reflexões 
acerca da escassez em relação aos recursos disponíveis para a produção 
e também sobre as escolhas dos consumidores por bens. A seguir, 
trataremos do sistema econômico.
www.esab.edu.br 17
3 O sistema econômico contemporâneo
Objetivo
Identificar os sistemas econômicos contemporâneos mais praticados 
pelos países.
Nesta unidade trataremos do sistema econômico contemporâneo. 
Estudaremos os sistemas econômicos capitalista, socialista e a visão sobre 
a convergência entre ambos.
Começaremos com o seguinte questionamento:
Então “[...] como as sociedades resolvem os problemas econômicos fundamentais: 
o que e quanto, como e para quem produzir? A resposta depende da forma de 
organização econômica” (VASCONCELLOS, 2002, p. 22).
Rizzieri (2011) trata o problema da organização econômica defendendo 
que as limitações dos recursos produtivos e a tecnologia utilizada podem 
interferir na estratégia de nações para organizar sua economia, com o 
objetivo de resolver problemas de “o que”, “quanto”, “como” e “para 
quem” produzir de um modo eficiente e sem desperdícios.
De maneira geral, a organização pode ocorrer de duas formas 
(RIZZIERI, 2011):
• a primeira se caracteriza por uma produção descentralizada, 
economia de mercado tipo ocidental, ou seja, capitalista;
• a segunda tem um modelo centralizado, do tipo cubano ou chinês, 
portanto com traços socialistas.
www.esab.edu.br 18
Já Vasconcellos (2002, p. 22) sustenta que existem duas formas principais 
de organização econômica:
• economia de mercado (ou descentralizada, do tipo capitalista);
• economia planificada (ou centralizada, do tipo socialista).
No caso de uma economia que se baseia na produção do setor privado, 
nenhum agente econômico (indivíduos ou empresas) se preocupa com 
o bom funcionamento do sistema, pois cada um se interessa apenas em 
resolver seus próprios problemas, de forma isolada. Todavia, cada agente 
objetiva sua própria sobrevivência no mercado. Existem riscos e o futuro 
pode ser incerto, mas o resultado pode ser o lucro, destaca Rizzieri 
(2011). O autor ainda observa que quando todos agem de forma egoísta, 
no geral os problemas da sociedade se resolvem de maneira inconsciente. 
Os economistas do século XVIII, especialmente Adam Smith, 
acreditavam que uma mão invisível, conduzida pelas ações dos 
indivíduos, poderia contribuir para o bem-estar da sociedade em geral e 
também para o bom funcionamento do sistema econômico (RIZZIERI, 
2011). Tudo seria realizado sem a intervenção de qualquer organismo 
consciente. Mas ao mesmo tempo defende que não se trata de um 
sistema caótico ou anárquico, por conter ordem e coordenação.
Em uma visão baseada no equilíbrio natural do mercado, o princípio é 
que se o desejo dos indivíduos influencia na demanda, e a produção se 
baseia nela, haverá um equilíbrio entre a oferta e a demanda (RIZZIERI, 
2011). Rizzieri defende ainda que a concorrência poderá resolver os 
problemas básicos da economia, por meio de ganhos ao consumidor 
(preço, quantidade e qualidade) e ao produtor (lucro).
Entretanto, os elementos de uma economia capitalista estão baseados 
no capital, na propriedade e no trabalho. Sendo que o capitalismo 
se caracteriza por um sistema de organização econômica que tem 
na propriedade privada os seus meios de produção de bens e capital 
(VASCONCELLOS, 2002; RIZZIERI, 2011). A seguir, estão descritas 
as variáveis que compõem o capitalismo.
www.esab.edu.br 19
• Capital: considera-se capital, em termos econômicos, o conjunto 
de bens heterogêneos (máquinas, equipamentos, fábricas, terras, 
matéria-prima etc.) com condições de reproduzir bens e serviços. 
A utilização desse capital de maneira eficiente contribui para o 
aumento da produtividade.
• Propriedade privada: o capital é essencialmente de propriedade 
privada. O investidor busca retorno sobre o valor investido. Nesse 
modelo, o capitalismo se apropria de parte da renda gerada nas 
atividades econômicas. O capital pode ser tangível (equipamentos, 
edificações etc.) ou intangível (patentes, tecnologia, marca etc.). 
Também temos operações capitalistas que não estão baseadas na 
produção, e sim em negócios que visem a juros, dividendos, lucros, 
aluguéis e direitos sobre os bens de capital.
• Divisão do trabalho: a produção em massa é viabilizada a partir da 
contribuição individual ou coletiva das pessoas.Por meio da divisão 
do trabalho, ou especialização, cada indivíduo, através de suas 
respectivas aptidões e recursos, poderá contribuir para o incremento 
da produtividade, pois a especialização obtém a máxima vantagem 
sobre essas características individuais. Essa divisão por tarefas nas 
etapas de produção favorece melhor aproveitamento do tempo e 
elevada interdependência das funções.
• Moeda: considerada como uma das maiores invenções da 
humanidade, a moeda tem uma função importante na economia, 
como meio de troca, reserva de valor, unidade de conta e padrão 
para pagamentos. A moeda, como meio de troca, facilita os 
negócios porque tem seu poder de compra aceito ao longo do 
tempo, e também pela praticidade em ser reconhecida, divisível e 
transportável. Outro papel fundamental da moeda é a precificação 
dos produtos e serviços. Em nossas economias modernas, a 
simplificação dos preços é construída a partir das unidades 
monetárias, como o real, o dólar e o euro.
Já no caso do funcionamento de uma economia centralizada, as 
resoluções dos problemas básicos são determinadas pelos órgãos 
planejadores centrais (VASCONCELLOS, 2002; RIZZIERI, 2011). 
Esse planejamento é feito da seguinte forma:
www.esab.edu.br 20
• primeiro: faz-se um levantamento das necessidades humanas a serem 
atendidas;
• segundo: faz-se um levantamento dos recursos produtivos 
disponíveis para a produção;
• terceiro: de acordo com as disponibilidades, realiza-se uma análise 
das necessidades prioritárias e determinam-se as quantidades de cada 
produto ou serviço a serem produzidas, as quais são denominadas 
metas de produção e consumo.
Nesse modelo, o órgão planejador, o governo, fixa metas a serem 
cumpridas. Depois, essas metas são transmitidas aos órgãos 
intermediários e, na sequência, para as unidades de produção da 
atividade econômica. Como esse volume de produção não visa ao 
lucro, a expansão ou contração é determinada pelo próprio governo, 
e não pelos preços ou pela oferta/demanda. Portanto, as decisões não 
estão baseadas no lucro ou prejuízo da indústria, mas na necessidade de 
produção para atender à demanda da população (VASCONCELLOS, 
2002; RIZZIERI, 2011). Além disso, cada firma recebe uma quota de 
produção, com recursos proporcionais, com o objetivo de cumprir o 
planejamento central. Essa ação impede que se produza mais do que foi 
planejado e também garante que se cumpra a produção planejada. Temos 
de lembrar também que a orientação na produção se dá por um viés 
coletivo e pertencente ao próprio governo.
Vasconcellos (2002) esclarece que o objetivo do governo é eliminar 
distorções alocativas e distributivas e ao mesmo tempo promover a 
melhoria das condições de vida da população (coletividade). Para tanto, 
adota as seguintes formas:
• atuação sobre a formação dos preços: impostos, salários, subsídios, 
câmbio etc.;
• complemento da iniciativa privada: principalmente em 
investimentos em infraestrutura;
• fornecimento de serviços públicos: energia, água, saneamento etc.;
• fornecimento de bens públicos: educação, saúde, segurança etc.
www.esab.edu.br 21
Uma das características mais marcantes é o fato de a propriedade de 
produção ser pública. Rizzieri (2011) afirma que os meios de produção 
(máquinas, equipamentos, estrutura física, matéria-prima, tecnologias, 
recursos naturais, bancos etc.) são considerados propriedades da 
população, da coletividade. Entretanto, também existem alguns meios de 
produção da propriedade privada, como no caso das pequenas atividades 
artesanais e da agricultura familiar ou camponesa, principalmente.
É necessário compreendermos que “[...] os países organizam-se ou 
dessas duas formas, ou possuem algum sistema intermediário entre elas” 
(VASCONCELLOS, 2002, p. 22).
No momento em que fazemos uma aproximação entre os tipos de 
sistemas econômicos (VASCONCELLOS, 2002; RIZZIERI, 2011), 
podemos perceber algumas distinções, mas também semelhanças. Essas 
semelhanças estão relacionadas à possibilidade de combinação dos dois 
sistemas. É o que podemos chamar atualmente de convergência entre 
capitalismo e socialismo. Evidentemente, ao analisarmos alguns países 
como Brasil, China, Rússia, França, Inglaterra, Alemanha, Estados 
Unidos, Cuba, Venezuela, poderemos perceber características tanto do 
capitalismo como do socialismo, em maior ou menor intensidade de 
um ou de outro. É interessante percebermos que existe uma tendência 
em convergir e não apenas afastar na prática os conceitos da teoria, o 
que significaria uma tendência maior ao liberalismo de Adam Smith ou 
à visão keynesiana. Por exemplo, tivemos uma crise mundial em 1929, 
época até então em que se seguiam as orientações econômicas baseadas 
nas ideias liberalistas de Adam Smith. Em função dessa crise, as decisões 
econômicas foram tomadas a partir de uma visão do keynesianismo, 
como a intervenção do Estado na economia e uma maior oferta de 
serviços públicos à sociedade.
Caros alunos, chegamos ao fim de mais uma unidade de estudos, na 
qual procuramos apresentar as características dos sistemas econômicos, 
entre os quais as nações escolhem aquele que mais se adéqua ao seu 
contexto. Por isso, destacamos a importância de analisarmos cada modelo 
(capitalista, socialista ou convergente) em relação à realidade das nações. 
Evidentemente, essas escolhas nem sempre são democráticas, por vezes 
são impostas, talvez até por uma construção cultural.
www.esab.edu.br 22
Mas para nós, torna-se prioritário ter uma visão sobre cada 
realidade, especialmente para indivíduos ou organizações que estão 
presentes em mais de um país ou continente.
Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de 
Aprendizagem da instituição e participe do nosso 
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com 
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar, 
por meio da interação, a construção do seu 
conhecimento. Vamos lá?
www.esab.edu.br 23
4 A circulação no sistema econômico
Objetivo
Compreender as formas de circulação no contexto do sistema 
econômico.
Nesta unidade, estudaremos a circulação no sistema econômico, abordando 
as suas formas de fluxo, real, monetária e de renda, os agentes envolvidos 
nesse processo (famílias e empresas), os tipos de mercados, bens e serviços, 
e os fatores de produção. É importante compreendermos como essas 
variáveis se relacionam e quais são os objetivos e resultados de cada uma.
Para compreendermos melhor o funcionamento do sistema econômico, 
podemos partir do caso de uma economia de mercado que não tenha 
interferência direta do governo e do comércio internacional, característica 
de um mercado fechado (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
Da forma posta acima pelos autores, partimos do princípio de que a 
economia tenha um mercado restritivo, com nenhuma ou pouca influência 
do governo ou da globalização. Algo que atualmente não é comum nas 
economias mundiais. De qualquer maneira, vale como exemplo, pois 
diferentes contextos (países) podem apresentar diversas formas de sistemas, 
devido a visões diferentes sobre a economia, política, população etc.
Nesse caso, os agentes econômicos são as famílias ou as unidades 
familiares e as empresas ou as unidades produtoras. Portanto, as famílias 
possuem como propriedade os fatores de produção e os fornecem às 
unidades de produção (por exemplo, a força de trabalho). E as empresas 
inseridas no mercado dos fatores de produção utilizam a combinação 
desses fatores para produzirem os bens e serviços, que são fornecidos aos 
consumidores no mercado (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
Essa participação, tanto das famílias quanto das empresas, contribui para 
a formação do mercado, que pode sofrer maior ou menor interferência do 
www.esab.edu.br 24
governo, dependendo se é conduzido por uma visão capitalista, socialista 
ou de convergências. Portanto, é possívelencontrarmos nações socialistas 
com traços capitalistas e nações capitalistas com traços socialistas.
Vasconcellos e Garcia (2012) apresentam dois fluxos que formam o 
mercado, o fluxo real (produto) e o fluxo monetário (renda), também 
chamada de fluxo nominal. A troca dos fluxos formam o mercado. Esse 
fluxo está caracterizado pelas trocas entre as famílias e as empresas.
As famílias e as empresas possuem uma dupla função, pois no mercado 
de bens e serviços as famílias são compradoras e as empresas são 
vendedoras de bens e serviços. No mercado de fatores de produção as 
famílias são vendedoras e as empresas são compradoras( ex. a compra da 
força de trabalho).
Oferta de
bens e serviços
Demanda de
bens e serviços
Oferta de 
serviços dos
fatores de 
produção
Demanada 
de serviços 
dos fatores 
de produção
Fluxo monetário (bens e serviços dos fatores de produção)
Fluxo real (bens e serviços dos fatores de produção)
O que e quanto produzir
Como produzir EmpresasFamílias
Para quem produzir
Mercado de bens e serviços
Mercado de fatores de produção
Figura 1 – Fluxo circular de renda.
Fonte: Vasconcelos e Garcia (2012).
www.esab.edu.br 25
De todo modo, em cada um dos mercados, oferta e demanda 
influenciam a determinação do preço. Portanto, é no mercado de bens 
e serviços que são determinados os preços dos produtos e serviços. Já no 
mercado de fatores de produção são determinados os valores monetários 
de salários, juros, aluguéis, lucros, royalties etc.
O fluxo circular de renda pode ser denominado também de fluxo básico, 
por englobar a relação entre famílias e empresas. O fluxo completo 
incorpora também o setor público, com a adição dos impostos e gastos 
públicos, bem como o setor externo, que inclui as transações com 
produtos, serviços e finanças com outros países (VASCONCELLOS; 
GARCIA, 2012).
A análise dos fluxos na economia justifica-se pela necessidade de 
percebermos onde é gerada a riqueza de um país e qual o seu destino, 
ou seja, com quem está esse desenvolvimento econômico. Todavia, 
não podemos analisar apenas o fluxo, mas precisamos nos preocupar 
também com os resultados obtidos pela nação, pois pode-se obter como 
resultado um equilíbrio ou desequilíbrio econômico exemplificado pela 
renda (concentração ou distribuição), pelo crescimento do PIB (Produto 
Interno Bruto), pela capacidade de investimento, pelo endividamento, 
pelos serviços públicos etc.
A partir de agora, trataremos de bens de capital, bens de consumo, bens 
intermediários e fatores de produção (VASCONCELLOS; GARCIA, 
2012). Os bens de capital são utilizados para a produção de outros bens, 
entretanto não se desgastam totalmente na produção de fabricação. São 
comumente classificados como ativo fixo das organizações e têm como 
característica colaborar com a melhoria da produtividade das pessoas 
na produção. Citam-se como exemplos: máquinas, equipamentos e 
instalações.
Os bens de consumo são destinados de forma direta para atender às 
necessidades humanas e podem ser classificados como duráveis e não 
duráveis, em função de sua respectiva durabilidade. Alguns exemplos: 
duráveis – refrigeradores, fogões, automóveis etc.; não duráveis – 
alimentos, produtos de limpeza etc.
www.esab.edu.br 26
Os bens intermediários se caracterizam por serem transformados 
ou agregados no processo produtivo de outros bens. Esses bens 
intermediários são consumidos na produção, por exemplo: insumos, 
matéria-prima, componentes etc. A maior diferença está em relação aos 
bens finais, que são destinados ao consumo ou utilização final, e aos bens 
de capital, que são consumidos no processo de produção.
Os fatores de produção, denominados de recursos de produção da 
economia, são formados por recursos humanos (trabalho e capacidade 
empresarial), terra, capital e tecnologia.
No Quadro 1, são apresentados os fatores de produção e seus respectivos 
tipos de remuneração.
Fator de Produção Tipo de Remuneração
Trabalho Salário
Capital Juro
Terra Aluguel
Tecnologia Royalty
Capacidade empresarial Lucro
Quadro 1 – Fator de produção e tipo de remuneração.
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2012).
No quadro, podemos perceber os fatores de produção e sua respectiva 
remuneração. Esses diferentes fatores de produção, quando combinados, 
contribuem para o desenvolvimento econômico de uma nação. Porém, 
se desequilibrados, podem influenciar negativamente um país, como: 
salários insuficientes para o consumo das famílias, juros altos que 
inviabilizam investimentos, lucros exagerados que inflacionam preços, 
tecnologias ultrapassadas ou caras, entre outros.
Portanto, as famílias são as detentoras dos fatores de produção. Também 
se considera como lucro na economia a remuneração de um fator de 
produção, que pode ser representado pela capacidade de gestão do 
investidor. Nesse caso, as organizações comercializam seus produtos e/
ou serviços no mercado e obtêm como resultado o lucro ou o prejuízo, 
www.esab.edu.br 27
que serão pertencentes aos seus proprietários e unidades familiares 
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
Caro estudante, chegamos ao fim desta unidade. Discutimos sobre os 
fluxos na economia que influenciam diretamente o desenvolvimento 
econômico das famílias, das empresas e das nações. Vamos à próxima 
unidade!
www.esab.edu.br 28
5 Noções básicas de microeconomia
Objetivo
Discutir as noções básicas de microeconomia.
De uma forma sintetizada, as noções básicas de microeconomia que 
apresentaremos nesta unidade servirão de início para a compreensão do 
funcionamento da economia em focos específicos e internos.
A microeconomia, também chamada de teoria de preços, é o ramo da 
teoria econômica que pesquisa o comportamento das famílias e das 
empresas nos mercados nos quais atuam (VASCONCELLOS, 2002).
A microeconomia foca sua análise nos consumidores, nas empresas e nos 
mercados específicos. Por isso, a preocupação aqui é com a formação dos 
preços (VASCONCELLOS, 2002). Os preços se formam a partir dos 
mercados:
• mercado de bens e serviços (preços desses bens e serviços);
• mercado dos serviços dos fatores de produção (salários, juros, 
aluguéis e lucros).
Não podemos confundir com o foco nas empresas, por não se tratar 
da gestão, mas sim do mercado no qual estão inseridas, bem como sua 
interação com os consumidores. Isso porque a visão econômica se baseia 
na visão global, e não apenas na parte interna da empresa, que é função 
do gestor (VASCONCELLOS, 2002).
www.esab.edu.br 29
Os tópicos abordados na análise microeconômica, segundo Vasconcellos 
(2002), são:
• teoria da demanda (ou procura): teoria do consumidor (demanda 
individual); demanda de mercado;
• teoria da oferta: oferta individual: teoria da produção e teoria dos 
custos de produção; oferta de mercado;
• análise das estruturas de mercado: mercados de bens e serviços 
– concorrência perfeita, concorrência monopolista, monopólio 
e oligopólio; mercado de insumos e fatores de produção – 
concorrência perfeita, monopsônio e oligopsônio.
De acordo com Vasconcellos (2002), “[...] a teoria da demanda ou teoria 
da procura estuda as diferentes formas que a demanda pode assumir e os 
fatores que a influenciam” (VASCONCELLOS, 2002, p. 48). Já a teoria 
da oferta consiste no estudo que analisa o processo de produção sob 
uma perspectiva econômica, enquanto a teoria dos custos de produção 
classifica e analisa os custos. Por fim, a teoria da produção foca nas 
questões físicas entre o produto e os fatores de produção, enquanto que a 
teoria dos custos trata dos preços dos insumos para a produção.
A análise das estruturas e mercados estuda a forma como estão 
organizados os mercados, como os preços são definidos e o nível de 
equilíbrio dos mercados. Separa-se em análise da estrutura de mercado de 
bens e serviços e análisedos mercados de fatores de produção (também 
denominada de demanda derivada, devido à alteração do mercado de 
insumos em função do mercado de bens e serviços).
A teoria do equilíbrio geral e do bem-estar investiga a interação entre 
todos os mercados simultaneamente e seus impactos nos agentes.
Oliveira (2011) trata a teoria do consumidor sob o ponto de vista da:
• teoria da utilidade;
• teoria da escolha.
www.esab.edu.br 30
O autor esclarece que o estudo da teoria do consumidor serve para 
elaborar e interpretar pesquisas de mercado, comparar políticas de 
incentivo ao consumidor e avaliar os sistemas econômicos.
A teoria da utilidade está baseada em:
• utilidade total e utilidade marginal;
• a curva de demanda individual e o equilíbrio do consumidor;
• o excedente do consumidor.
A teoria da utilidade trata justamente do reconhecimento do consumidor 
sobre o produto ou serviço comercializado. Ao mesmo tempo, analisa 
a variação da demanda do consumidor, bem como a busca por um 
equilíbrio entre oferta e demanda.
A teoria da escolha contém:
• cestas de mercadorias;
• curvas de indiferença;
• propriedades das curvas de indiferença;
• taxa marginal de substituição;
• linha de restrição orçamentária;
• deslocamento da linha de restrição orçamentária;
• equilíbrio do consumidor;
• derivação da curva da demanda;
• demanda individual à demanda de mercado.
Já a teoria da escolha estuda a mensuração do nível de satisfação do 
consumidor em decorrência de seu consumo e de seus motivos para 
comprar um determinado produto. Montoro Filho (2011) apresenta a 
teoria elementar do funcionamento do mercado por meio:
• da teoria elementar da demanda;
• da teoria elementar da oferta;
• do equilíbrio do mercado.
www.esab.edu.br 31
A teoria elementar da demanda não objetiva trabalhar toda a teoria da 
demanda. Nem mesmo nós, neste momento, pois teremos uma unidade 
mais adiante para tratar com profundidade desse assunto. Isso vale 
também para a teoria da oferta.
A procura pode ser definida pela disposição de compra individual 
ou coletiva por um determinado bem ou serviço, em um período 
determinado.
É importante salientarmos que a teoria da demanda deriva das opções de 
escolha dos consumidores. E essas escolhas entre as opções do mercado 
são influenciadas por suas rendas.
Em relação à teoria elementar da oferta, Montoro Filho (2011) a define 
como a quantidade de bens ou serviços que as empresas estão dispostas a 
comercializar em um período de tempo. Naturalmente, a disposição das 
empresas em produzir um determinado produto ou serviço aumenta se 
os preços praticados no mercado forem atrativos para elas. E o inverso 
também ocorre, ou seja, se os preços não forem atrativos, as organizações 
têm menos propensão a produzir e/ou comercializar esse bem.
A busca de qualquer economia é pelo equilíbrio entre oferta e demanda 
no mercado, tanto para estimular a produção de diferentes segmentos 
econômicos como para atender às necessidades dos consumidores, 
pois o desequilíbrio entre oferta e demanda pode gerar diferentes 
consequências. Se a oferta for maior que a procura, teremos uma 
deflação, ou diminuição no ritmo de crescimento, e se a procura for 
maior do que a oferta, teremos uma inflação nos preços, pois, além de 
não conseguirmos atender a todas as necessidades das pessoas, estaremos 
perdendo a oportunidade de crescimento. Isso pode ocorrer pela 
diferença na velocidade de adaptação do mercado em relação à mudança 
de comportamento do consumidor. Ou seja, se a renda do indivíduo 
oscila, ele comumente alterará suas escolhas para mais ou para menos. 
Mas para o setor produtivo, diminuir ou acelerar o ritmo de produção é 
um processo mais lento.
Spínola e Troster (2011) dizem que as estruturas de mercado são 
modelos que captam aspectos de como os mercados se organizam. Cada 
www.esab.edu.br 32
segmento se caracteriza por uma interação entre oferta e demanda. 
Alguns aspectos básicos são: tamanho das empresas, diferenciação de 
produtos ou serviços, transparência e ética no mercado, objetivos dos 
empreendedores, possibilidade de acesso de outras organizações etc. Os 
autores dividem as estruturas básicas em três partes:
• estruturas clássicas básicas;
• outras estruturas clássicas;
• modelos marginalistas de oligopólio.
As estruturas básicas são compostas pelo monopólio e pela concorrência 
perfeita. O monopólio se caracteriza por ter apenas um produtor/
vendedor, que fixa seu preço ao produto ou serviço; existe concorrência 
entre os consumidores para a compra do produto ou serviço, pois 
haverá apenas um fornecedor. Já a concorrência perfeita possui 
muitos produtores e muitos consumidores, e nenhum influencia 
significativamente a formação dos preços; os produtos são homogêneos; 
há transparência no mercado, com informações sobre os preços do 
produto ou serviço. É importante salientarmos que esse modelo de 
concorrência perfeita está fora de nossa realidade econômica, pois esse 
equilíbrio mercadológico é inexistente na prática.
Nas outras estruturas clássicas, destacamos: 
a. concorrência monopolista: também chamada de concorrência 
imperfeita; existe um grande número de empresas; caracteriza-se 
por organizações que produzem produtos diferenciados, possuem 
substitutos semelhantes; cada empresa pode determinar o preço de 
seu produto; 
b. oligopólio: caracteriza-se pela existência de um pequeno número 
de produtores e vendedores, que produzem produtos que podem 
ter substitutos próximos entre si; todas as empresas produtoras são 
importantes, pois possuem uma fatia considerável do mercado.
www.esab.edu.br 33
Dentre modelos marginalistas de oligopólio, apresentamos: 
a. cartel: formado por empresas produtoras que participam de um 
mesmo segmento e combinam os preços de um mesmo produto; 
objetivam maximizar os lucros; podem conter cotas entre os 
participantes; 
b. modelo de liderança-preço: as organizações de um mesmo setor 
estabelecem um mesmo preço, mas com a liderança de apenas uma 
empresa; a empresa líder pode ser a que possui um custo mais baixo; 
a empresa líder fixa o preço, o qual é seguido pelas demais empresas 
que compõem o segmento.
Estudo complementar
Para conhecer mais sobre alguns dos principais 
conceitos de Microeconomia, entre outros, 
acesse o endereço clicando aqui e leia o material 
produzido pelo Ministério da Saúde em 2012. 
Bons estudos!
Ao fim de mais uma unidade, esperamos ter contribuído, mesmo 
que de uma forma introdutória, com algumas concepções sobre a 
microeconomia. Bons estudos! E seguimos para a próxima unidade.
www.esab.edu.br 34
6 Uma análise dos mercados
Objetivo
Avaliar as mudanças ocorridas nos mercados e sua influência nas 
organizações.
Caro estudante, nesta unidade faremos uma análise dos mercados e sua 
respectiva influência nas organizações e na sociedade. Portanto, não 
poderemos desconsiderar a interação entre os agentes econômicos na 
formação do mercado. Não se trata apenas da participação das famílias 
e empresas, que já caracteriza uma relação complexa, mas também da 
ação do governo e das influências internacionais, devido ao fenômeno da 
globalização. Essa complexidade econômica pode ser considerada como 
um dos entraves para o desenvolvimento de uma nação. Por outro lado, 
decisões assertivas podem contribuir justamente para o crescimento do país 
e, principalmente, para a melhoria das condições de vida da população. 
Considerando que um mercado tenha um equilíbrio entre oferta e 
demanda, ou seja, uma concorrência perfeita, todos os recursos estariam 
disponíveis para a produção de bens e serviços e para o atendimento 
às necessidades dos consumidores. Porém, nem todos os segmentos 
e mercados apresentam essa configuração. Dessa forma, precisamos 
analisar os desequilíbrios existentes na economia. Por isso, aanálise 
dos mercados leva em consideração as circunstâncias de ineficiências 
alocativas do sistema de mercado. Afinal, são necessárias regras e 
instrumentos para regulamentar o mercado (ANUATTI NETO, 2011). 
Essa regulamentação passa por questões como:
• direitos de propriedade e uso dos recursos de mercado;
• sistema de tributação de direitos e alocação de recursos;
• regulamentação e incentivos;
• regulamentação de serviços de utilidade pública;
• sistema de defesa da concorrência;
• sistema nacional de defesa do consumidor;
• sistema de proteção ao meio ambiente.
www.esab.edu.br 35
A regulamentação do mercado pode contribuir para maior credibilidade 
econômica de um país e também para desenvolvê-lo. Quanto mais claras 
estiverem as regras mercadológicas, mais irão facilitar tanto as decisões 
dos investidores e produtores como as escolhas dos consumidores, e até 
mesmo o acompanhamento do Estado.
Os mercados fazem um trabalho incrível. As leis da demanda e da oferta nos ajudam 
a entender o funcionamento dos mercados. Mas, em algumas situações, um mercado 
deve ser desenvolvido e instituições devem ser criadas para que o mercado funcione. 
(PARKIN, 2009, p. 146) 
Parkin (2009) acrescenta ainda que os formatos de mercado podem ser 
criados e projetados. As adaptações existentes no mercado facilitam as 
análises da produção e do consumo. Por um lado, precisamos seguir as 
orientações ou regulamentações atuais do mercado, por outro, há que 
se ter novas ideias para de fato haver desenvolvimento econômico com 
evolução tecnológica nos produtos e processos.
Vasconcellos (2002) argumenta que a microeconomia vem passando 
por algumas revoluções nas últimas décadas. Outras abordagens ganham 
destaque, como:
• teoria dos jogos;
• economia da informação;
• teoria da organização industrial.
A teoria dos jogos objetiva analisar os problemas existentes na interação 
dos agentes, que podem estar relacionados aos indivíduos, às empresas 
ou aos governos. As interações podem afetar os agentes, de acordo 
com as decisões tomadas. Aliás, essas interações não se restringem à 
economia, e podem ser utilizadas em outras áreas, como ciência política, 
sociologia, estratégia militar etc. No caso da economia, as interações ou 
discordâncias podem ocorrer em função da formação dos preços de seus 
produtos ou insumos no mercado. Esses preços servem como parâmetros 
para tomadas de decisões de empresas, influenciando assim sua estratégia 
de mercado.
www.esab.edu.br 36
A economia de informação, ou teoria da informação, está relacionada 
com a probabilidade de alguns agentes possuírem mais informações do 
que os outros. Portanto, é possível resultar em uma condição diferenciada 
no mercado, ou seja, um desequilíbrio nas tomadas de decisões, pois 
cada vez mais os problemas de informação se destacam nas análises 
das transações econômicas e no desempenho dos mercados. Também 
são considerados os problemas de risco moral e de custos da transação, 
por exemplo, questões pós-contratuais não atendidas e altos custos. De 
qualquer forma, a teoria dos jogos pretende favorecer as decisões dos 
agentes para a maximização dos resultados, baseando-se no princípio da 
racionalidade.
A teoria da organização industrial está baseada na visão de uma 
estrutura–conduta–desempenho, na qual se analisam as condições do 
mercado que possuem capacidade limitada para atender às demandas 
dos consumidores por bens e serviços. Tanto para analisar pelo viés 
da política da concorrência, identificando elementos do mercado que 
prejudicam a concorrência, como para evitar conglomerados, a Teoria da 
Organização Industrial é uma das medidas rotineiramente utilizadas para 
mensurar o nível de concentração de mercado.
Vasconcellos e Garcia (2012) apresentam os pressupostos básicos da 
análise microeconômica:
• a hipótese coeteris paribus;
• papel dos preços relativos;
• objetivos da empresa.
Na análise de um mercado específico, a microeconomia utiliza a hipótese 
de que “tudo o mais permanece constante”, em latim: coeteris paribus. O 
foco do estudo está em analisar o papel que a oferta e a demanda exercem 
no mercado, as outras variáveis interferem pouco. Portanto, utilizam-se 
somente as variáveis que influenciam os agentes econômicos.
Também é analisado o papel dos preços relativos, que se caracterizam por 
uma comparação dos preços de um produto em relação aos outros, já que 
os preços absolutos seriam dos bens de uma forma isolada.
www.esab.edu.br 37
Quanto aos objetivos de empresas produtoras de bens e serviços, pode-
se fazer uma análise à luz do princípio da racionalidade, através do 
qual se busca a maximização do lucro total e a otimização dos recursos 
disponíveis. Essa visão se baseia em uma corrente marginalista que 
enfatiza os conceitos de média, da receita marginal, do custo marginal e 
da produtividade marginal. Ou seja, as organizações, nesse contexto, se 
preocupam com o resultado final do processo.
Vasconcellos e Garcia (2012) observam as aplicações da análise 
econômica, ou da teoria de preços, e apontam que, para as empresas, essa 
análise pode suportar algumas decisões, tais como:
• política de preços da empresa;
• previsões de demanda e faturamento;
• previsões de custos de produção;
• decisões ótimas de produção;
• avaliação e elaboração de projetos de investimentos;
• política de marketing;
• questões logísticas;
• diferenciação de mercado.
Essa posição colocada pelos autores citados nos leva a refletir sobre as 
decisões organizacionais e as possíveis consequências para o mercado. 
Afinal, é comum em nossas organizações termos preocupações constantes 
relacionadas com redução de custos, atuação no mercado, aumento de 
receitas e visão estratégica.
Saiba mais
Assista ao vídeo “Carta da Terra: valores e 
princípios para um futuro sustentável” (2004), que 
contém um conteúdo produzido por pensadores 
de todos os continentes, inclusive do Brasil, 
sobre questões econômicas, sociais e ambientais. 
Ou seja, uma visão do todo sobre as ações dos 
indivíduos em nosso planeta. Pense nisso! 
Disponível clicando aqui.
www.esab.edu.br 38
Chegamos ao fim de mais esta unidade. Deixamos como dica final 
uma análise estratégica sobre todo o mercado pelo ponto de vista de 
consumidor e cidadão e, principalmente, para nós, administradores ou 
futuros administradores. Buscando alcançar condições de perceber as 
mudanças que acontecem e acontecerão no mercado por meio de um 
comportamento proativo e não reativo – ou pior, passivo –, vamos em 
frente!
www.esab.edu.br 39
Resumo
Caro estudante, durante estas primeiras seis unidades você estudou 
conceitos introdutórios da economia: a lei da escassez, o sistema 
econômico contemporâneo, a circulação no sistema econômico, as 
noções básicas de microeconomia e uma análise dos mercados.
Na primeira unidade, apresentamos os conceitos introdutórios de 
economia. Nela tratamos da economia como senso comum, como 
atividade econômica e como ciência, com uma abordagem inicial sobre a 
evolução da economia, sua divisão em microeconomia e macroeconomia, 
bem como suas características básicas.
Em seguida, na segunda unidade, estudamos o conceito de escassez. 
Vimos que se caracteriza como uma lei capaz de analisar a relação 
entre a oferta e a demanda de um determinado produto ou serviço, em 
uma contraposição entre os recursos disponíveis para a produção e as 
necessidades dos consumidores.
Na sequência, ao longo da terceira unidade, apresentamos conceitos do 
sistema econômico com reflexões sobre os sistemas capitalista, socialista e 
a convergência de ambos. Você percebeu que temos variáveis importantes 
que influenciam uma nação a adotar um dos modelos para gerir sua 
economia.
Na quarta unidade, tivemos uma visão sobre a circulação no sistema 
econômico, por meio dos fluxos real, monetárioe de renda, que 
influenciam diretamente as ações de consumo das famílias e de produção 
das empresas. 
www.esab.edu.br 40
Na quinta unidade, acompanhamos as noções básicas de microeconomia. 
A identificação da formação de mercados e princípios básicos da oferta e 
da demanda. Abordamos também a necessidade de analisar cada variável 
e o reflexo no mercado para os agentes produtores e consumidores.
Finalmente, na sexta unidade, percebemos as mudanças ocorridas 
nos mercados e suas influências nas organizações. Listamos algumas 
regulamentações e adaptações realizadas no mercado para uma operação 
que satisfaça os consumidores, os produtores e o desenvolvimento 
econômico almejado pelo país.
Esperamos ter contribuído para uma melhor compreensão sobre os 
aspectos de economia tratados nestas primeiras seis unidades de estudos.
www.esab.edu.br 41
7 Os preços e suas variações
Objetivo
Verificar as alterações dos preços de produtos.
Nesta unidade, apoiados nas ideias de Parkin (2009) e Rizzieri (2011), 
faremos uma análise das alterações dos preços de produtos e suas 
consequências no sistema econômico. 
Na economia, os preços funcionam como sinalizadores da produção 
e do consumo, ou seja, indicam até que ponto uma empresa está 
disposta a produzir determinado produto ou serviço, em função 
de valores e quantidades, e até que limite chega a disponibilidade 
de compra das pessoas. Esses fatores podem gerar maior ou menor 
procura, maior ou menor oferta. A busca pelo equilíbrio é o desafio de 
qualquer nação ou empresa. 
Por outro lado, como afirma Parkin (2009), a competitividade em um 
mercado com muitos compradores e muitos vendedores influencia 
diretamente nos preços. Para Parkin (2009, p. 55), “[...] os produtores 
oferecem itens para venda somente se o preço comporta a cobertura 
do custo de oportunidade. Os consumidores reagem às variações do 
custo de oportunidade buscando alternativas mais baratas para itens 
mais caros”. Ou seja, os indivíduos reagem aos preços e às forças que o 
determinam. Por isso, é essencial compreendermos a relação entre preço 
e custo de oportunidade.
Ainda segundo Parkin (2009, p. 55), “[...] na vida cotidiana, o preço de um 
objeto é o número de unidades monetárias que devem ser dadas em troca 
desse objeto. Os economistas chamam esse preço de preço monetário”.
Rizzieri (2011) defende que os preços não passam de recursos contábeis 
que facilitam o controle da eficiência com que os bens são processados 
www.esab.edu.br 42
e calculados com base na própria eficiência da organização. Já Parkin 
(2009, p. 55) afirma que “[...] o custo de oportunidade de uma ação 
é a alternativa de maior valor dado ao qual se abre mão”, e que “[...] o 
quociente de um preço em relação ao outro é chamado de preço relativo, 
e um preço relativo é um custo de oportunidade”. Aqui, é importante 
destacar que o custo de oportunidade é medido em termos de outro 
bem, ou seja, produzir mais de um bem em detrimento de outro.
A função do preço como fator de viabilidade da produção e distribuição 
de produtos evita o racionamento e a necessidade de o governo interferir 
na forma de produzir (custos) e na formação do preço de venda 
(RIZZIERI, 2011).
A teoria da demanda e da oferta, que discutiremos nas próximas 
unidades, trata dos preços relativos (PARKIN, 2009). Portanto, quando 
falarmos de preços, estaremos nos referindo aos preços relativos, uma 
vez que quando prevemos que o preço de um bem diminuirá, não 
significa que o preço monetário desse bem será reduzido – mesmo 
que isso possa ocorrer. Porém, há a possibilidade de seu preço relativo 
diminuir em relação ao preço de outros bens e serviços.
Agora que já discutimos um pouco sobre a função do preço, faremos 
uma análise da influência da demanda e da oferta sobre o preço. Segundo 
Parkin (2009), se você procura algo, isso significa que você:
• deseja essa coisa;
• pode pagar por ela;
• planeja comprá-la.
As necessidades podem ser caracterizadas por desejos ou vontades 
ilimitadas que os indivíduos possuem por produtos ou serviços. Muitas 
vezes, nos deparamos com estas questões cotidianas: “se não fosse muito 
caro”; “se eu tivesse como comprar”; “se a parcela coubesse em meu 
bolso”; “se eu não tivesse dívidas” etc. 
Ora, a quantidade demandada é a quantidade que o indivíduo planeja ou 
tem necessidade de comprar por um determinado período de tempo. 
www.esab.edu.br 43
Por exemplo, se uma pessoa toma um copo de leite por dia, ela demanda 
sete copos por semana e 365 copos por ano. Mas essa quantidade 
demandada pode ser diferente da quantidade comprada. A quantidade 
comprada significa que o indivíduo escolheu comprar essa quantidade, 
levando em conta diferentes variáveis na hora da escolha, inclusive o 
preço. Por isso, normalmente a quantidade comprada de um bem ou 
serviço é menor do que a quantidade demandada.
Mas por que um preço mais alto reduz a quantidade demandada? Parkin 
(2009) nos informa que isso acontece por duas razões:
• efeito substituição;
• efeito renda.
No efeito substituição, quando o preço de um produto ou serviço 
aumenta e se todos os outros fatores permanecerem constantes, o seu 
preço relativo ou custo de oportunidade também aumentam. Então, 
mesmo considerando que cada produto ou serviço é único, em função de 
seus atributos, ele pode ter um substituto. Essa substituição é feita pelo 
consumidor no momento em que o custo de oportunidade aumenta, 
ou seja, os consumidores diminuem o consumo desse bem e aumentam 
o consumo do bem substituto. Poderíamos citar como exemplo a 
substituição da manteiga pela margarina, ou ainda da gasolina pelo etanol.
Já o efeito renda ocorre quando um preço aumenta e todos os outros 
fatores de compra continuam constantes. Isso significa que o preço 
aumenta em relação à renda dos indivíduos. Portanto, as pessoas não 
conseguem comprar a mesma quantidade de um produto ou serviço, ou 
seja, diminui a quantidade demandada.
Já em relação à oferta, Parkin (2009) afirma que se uma organização 
oferta um produto ou serviço, ela:
• tem os recursos e a tecnologia para produzi-lo;
• pode ter lucro com a produção desse bem ou serviço;
• planeja produzi-lo e vendê-lo.
www.esab.edu.br 44
Os recursos e a tecnologia são os fatores que limitam a produção de um 
bem ou serviço. Mas a oferta não se restringe somente a ter os recursos 
e tecnologias para produzir os bens e serviços. É preciso que esses bens 
e serviços produzidos sejam lucrativos. Mas por que um preço mais alto 
aumenta a quantidade ofertada?
Vários fatores influenciam o comportamento do ofertante, e o preço é 
um deles: quanto maior o preço, maior será o desejo do ofertante em 
produzir um determinado bem ou serviço, pois maior será seu ganho – 
supondo que os demais fatores permaneçam constantes.
A quantidade ofertada de um bem ou serviço é a quantidade de produtos ou de serviços 
que o produtor planeja ou deseja vender por um determinado período de tempo. 
Precisamos salientar que a quantidade ofertada pode ser diferente da 
quantidade vendida. A quantidade ofertada é o volume que a empresa 
tem capacidade de produzir ou que já produziu. Já a quantidade vendida 
depende da escolha da demanda. Por isso, comumente as organizações 
trabalham com estoque de produtos para que tenham segurança de 
produção e também de atendimento à demanda, considerando que a 
demanda de um produto pode ser sazonal ou ter picos de procura.
Vimos que quando o preço de um bem ou serviço aumenta, a 
quantidade demandada desse bem ou serviço diminui e a quantidade 
ofertada aumenta. Podemos agora, para concluir a unidade, definir o 
preço de equilíbrio. O mercado encontra-se em equilíbrio quando a 
um determinado preço, a quantidade ofertada é exatamente igual a 
quantidade demandada.
Nesta unidade, vimos como as alterações dos preços deprodutos 
podem influenciar diversos fatores, como a oferta, a demanda e o 
próprio equilíbrio econômico. Na próxima unidade, estudaremos mais 
detalhadamente a teoria da demanda, da oferta e o ponto de equilíbrio.
www.esab.edu.br 45
8 Demanda, oferta e equilíbrio de mercado
Objetivo
Refletir sobre a demanda, a oferta e o equilíbrio de mercado como 
pilares do desenvolvimento econômico.
Caro estudante, nesta unidade estudaremos mais detalhadamente os 
conceitos de demanda, oferta e ponto de equilíbrio de mercado, pois na 
economia há a necessidade de uma prática de preços estáveis. Para tanto, 
a disposição de produção deve estar em equilíbrio com a possibilidade de 
consumo, ou vice-versa.
Neste ponto, o conceito de demanda ou procura pode ser caracterizado 
como a quantidade de determinado produto ou serviço que os 
compradores desejam adquirir em determinando período de tempo 
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012). Assim, o comportamento do 
consumidor influenciará a produção de bens e serviços, com a sinalização 
de intenção de compra.
A procura depende de fatores que influenciam a escolha do consumidor, 
os quais são: o preço do bem ou serviço, o preço de outros bens, 
a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo 
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012). Os compradores, por sua 
vez, podem ser influenciados por diferentes fatores, mas continuarão 
demonstrando suas intenções de consumo.
Para estudarmos a influência isolada dessas variáveis, utiliza-se a hipótese 
do ceteris paribus, ou seja, considera-se cada um desses fatores afetando, 
de forma separada, as decisões do consumidor (VASCONCELLOS; 
GARCIA, 2012). Nesse caso, a demanda é inversamente proporcional. 
Ou seja, quanto maior o preço de venda de um produto, menor a 
intenção de compra do consumidor.
www.esab.edu.br 46
A lei geral da demanda está relacionada à quantidade procurada e ao 
preço do produto ou serviço (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012). 
A seguir, a Tabela 1 ilustra uma situação de quantidade procurada e o 
preço do bem, que pode ser demonstrado por uma escala de procura. 
Vejamos.
Tabela 1 – Escala de procura.
Alternativas de Preço ($) Quantidade demandada
1,00 11.000
2,00 9.000
3,00 6.000
4,00 4.000
5,00 2.000
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
Com esses conceitos e exemplo, podemos perceber que quanto menor 
for o preço de venda, maior será a intenção de compra. Ou seja, o 
consumidor tende a consumir mais um produto ou serviço quanto mais 
o seu preço diminui. 
Já o conceito de oferta está relacionado às diferentes quantidades que 
os produtores querem ofertar ao mercado em determinado período de 
tempo. Da mesma forma que a demanda, a oferta depende de diferentes 
variáveis, como o preço, o custo de produção e as metas ou objetivos 
dos produtores (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012). Nesse caso, a 
intenção de produção do ofertante aumenta à medida que o preço de 
venda aumenta.
No caso da função oferta, em oposição à situação da demanda, 
mostra-se uma correlação direta entre a quantidade ofertada e o nível 
de preços, ceteris paribus. Por isso, é chamada de lei geral da oferta 
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
A seguir, a Tabela 2 apresenta a escala da oferta, para mostrar a relação 
entre preços e quantidades ofertadas pelos produtores.
www.esab.edu.br 47
Tabela 2 – Escala da oferta
Preço ($) Quantidade ofertada
1,00 2.000
2,00 4.000
3,00 6.000
4,00 9.000
5,00 11.000
Fonte: Elaborada pelo autor (2013).
Para que haja equilíbrio no mercado, é necessário que ocorra uma 
interação das curvas da demanda e da oferta. Ou seja, um preço 
que seja atrativo tanto para o produtor como para o consumidor 
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2012).
A seguir, a Tabela 3 ilustra esse equilíbrio no mercado.
Tabela 3 – Equilíbrio no mercado.
Preço ($)
Quantidade 
Procurada
Quantidade 
Ofertada
Situação do Mercado
1,00 11.000 1.000 Excesso de procura (escassez de oferta)
3,00 9.000 3.000 Excesso de procura (escassez de oferta)
6,00 6.000 6.000 Equilíbrio entre oferta e procura
8,00 4.000 8.000 Excesso de oferta (escassez de procura)
10,00 2.000 10.000 Excesso de oferta (escassez de procura)
Fonte: Adaptada de Vasconcellos e Garcia (2012).
Podemos observar na Tabela 3 que o ponto de equilíbrio (ponto “e”) é 
dado quando a um determinado preço, as quantidades demandadas e 
ofertadas são iguais. E podemos dizer que ocorrerá um excesso de oferta 
em relação à demanda para todos os preços com valores maiores que o 
preço de equilíbrio, e um excesso de demanda em relação à oferta para 
todos os preços menores que o preço de equilíbrio. 
Agora, vamos demonstrar o gráfico que representa a função demanda, 
oferta e o equilíbrio de mercado.
www.esab.edu.br 48
6000
3000
8000
10000
11000
9000
4000
2000
1 3 6 8 10
Preço $ Quantidade Procurada Quantidade Ofertada
1000
Figura 2 – Equilíbrio no mercado.
Fonte: Adaptada de Vasconcellos e Garcia (2012).
Nesta unidade, nos aprofundamos um pouco mais na teoria da demanda, 
oferta e o ponto de equilíbrio. Demonstramos graficamente como ocorre 
as interseções das curvas de oferta e demanda.
Na unidade seguinte, disponibilizaremos alguns exercícios resolvidos 
sobre a demanda, oferta e equilíbrio no mercado.
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos 
em relação às unidades 1 a 8. Para isso, dirija-se 
ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e 
responda às questões. Além de revisar o conteúdo, 
você estará se preparando para a prova. Bom 
trabalho!
www.esab.edu.br 49
9
Exercícios resolvidos sobre 
demanda, oferta e equilíbrio de 
mercado
Objetivo
Analisar exemplos práticos de curva da demanda e da oferta e o 
ponto de equilíbrio.
Nesta unidade, demonstraremos alguns exercícios resolvidos que 
trabalham a teoria da demanda, oferta e o preço de equilíbrio.
Atividade 1
Com base na escala de demanda de mercado do bem X, apresentada na 
tabela a seguir, faça as atividades propostas.
Preço
(R$/unidade)
Quantidade demandada
(unidade/mês)
10,00 8000
6,00 12000
4,00 15000
a. Construa a curva de demanda.
b. Responda: o que diz a Lei Geral da Demanda?
www.esab.edu.br 50
Atividade 2
Com base na escala de oferta de mercado do bem X, apresentada na 
tabela a seguir, faça as atividades propostas. 
Preço
(R$/unidade)
Quantidade ofertada
(unidade/mês)
10,00 15000
6,00 12000
4,00 8000
a. Construa a curva de oferta.
b. Responda: o que diz a Lei Geral da Oferta?
Atividade 3
Com base nas escalas de oferta e demanda de mercado do bem X, 
apresentadas na tabela a seguir, faça as atividades propostas. 
Preço
(R$/unidade)
Quantidade ofertada
(unidade/mês)
Quantidade demandada
(unidade/mês)
10,00 15000 8000
6,00 12000 12000
4,00 8000 15000
a. Construa o gráfico e demonstre a interseção entre as curvas de 
demanda e de oferta.
b. Responda: qual é o preço de equilíbrio?
c. Responda: qual ou quais são os preços que representam um excesso 
de demanda em relação à oferta?
d. Responda: qual ou quais são os preços que representam um excesso 
de oferta em relação à demanda?
www.esab.edu.br 51
Resoluções
Atividade 1
a. Para construir o gráfico, insira os preços no eixo vertical e as 
quantidades demandadas no eixo horizontal.
8.000
4
10
Preço R$
Demanda
Qtde
(kg)15.000
Demanda de
Mercado
b. A Lei Geral da Demanda diz que ocorre uma relação inversamente 
proporcional entre o preço e a quantidade demandada. Isso explica 
porque a curva de demanda é decrescente em função do preço.
Atividade 2
a. Para construir o gráfico, insira os preços no eixo vertical e as 
quantidades ofertadas no eixo horizontal.
8.000
4
10
Preço R$
Oferta
Qtde
(kg)15.000
Oferta agregada
www.esab.edu.br 52
b. A Lei Geral

Continue navegando