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Acidentes por animais peçonhentos

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Cobras, aranhas, escorpiões, abelhas, vespas e formigas
Jucelia Adriana Ferreira
Mirian de Almeida Souza
Pâmela Cristina C. dos Santos
Samira Adil Ahmad 
Profº. Dr. Willian Marinho Dourado Coelho
Anatomia Patológica II
Acidentes por animais peçonhentos
JUCELIA
1
Introdução
 Animais peçonhentos são reconhecidos como aqueles que produzem ou modificam algum veneno e possuem algum aparato para injetá-lo na sua presa ou predador. Os animais peçonhentos de interesse em saúde pública podem ser definidos como aqueles que causam acidentes classificados pelos médicos como moderados ou graves.
Dentre os animais, estão presentes:
Vertebrados carnívoros pertencente ao grupo dos répteis  serpentes;
Invertebrados  aranhas e escorpiões, pertencentes ao grupo dos aracnídeos e alguns insetos como os himenópteros  vespas, abelhas e formigas. 
OFIDISMO
Acidentes ofídicos de importância médica;
Preparo das equipes médicas para efetuar os primeiros socorros e o atendimento devido. 
Importante: Conhecimento defensivo das serpentes;
Saber identificar as serpentes de interesse médico
No Brasil – serpentes peçonhentas divididas em 4 grupos:
Bothrops e Bothrocophias;
Crotalus;
Lachesis;
Micrurus e Leptomicrurus. 
Fonte: Domínio público
Características importantes:
DENTIÇÃO
ÁGLIFA
OPISTÓGLIFA
PROTERÓGLIFA
SOLENÓGLIFA
NARINA
FOSSETA LOREAL
Fonte: Domínio público
Identificação das serpentes peçonhentas
Fonte: Instituto Butantan, 2009
GÊNERO Botrhops
Responsáveis por 90% dos acidentes registrados no Brasil 
Dentição - Solenóglifa
Fonte: Domínio público
Acidentes Botrópicos 
presença de dor
Toxina Proteolítica, inflamatória, coagulante e hemorrágica 
Região da picada pode apresentar quadro clínico local e sistêmico, gerando possíveis complicações.
LOCAL:
Processo inflamatório agudo
Dor
Abscesso;
Síndrome compartimental
Limitação dos movimentos
Amputação
Edemas;
Equimose;
Bolhas;
Necrose.
QUADRO LOCAL
Edema e equimose
Edema leve
Sangramento no local da picada e edema
Fonte: Hospital Vital Brasil
Edema, eritema, equimose e bolhas
Fonte: Hospital Vital Brasil
Abscesso
Necrose
Fonte: Hospital Vital Brasil
Síndrome compartimental
Limitação dos movimentos
Amputação
Fonte: Hospital Vital Brasil
Incoagulabilidade sanguínea
Sangramentos  gengivorragia, equimoses, hematúria
Nos casos graves:
Hipotensão arterial e choque;
Hemorragia intensa;
Insuficiência renal;
Edema extenso.
QUADRO SISTÊMICO
Gengivorragia
Hematoma
Hematúria
Fonte: Hospital Vital Brasil
AÇÃO PROTEOLÍTICA DA TOXINA BOTRÓPICA
Fonte: Alessandher Piva
GÊNERO Crotalus
Representa 7% dos acidentes no Brasil 
Maior índice de mortes – 1,87%
Dentição  Solenóglifa
Fonte: Domínio Público
Acidentes Crotálicos – ausência de dor
Veneno Neurotóxico - facies miastênicas
Ptose palpebral
Oftalmoplegia - estrabismo
Dificuldades em deglutição e respiratórias
Miotóxica – Rabdomiólise 
Urina avermelhada ou marrom – Mioglobinúria 
Fonte: Hospital Vital Brasil
GÊNERO Lachesis
Seu habitat é a floresta Amazônica e os remanescentes da Mata Atlântica
É a maior serpente peçonhenta das Américas, podendo atingir 4 metros de comprimento. 
Dentição - Solenóglifa
Fonte: Domínio Público
Acidentes Laquéticos:
Classificados como moderados e graves
Os quadros clínicos apresentados são semelhantes aos descritos nos acidentes botrópicos.
A toxina tem ação proteolítica, coagulante, hemorrágica e neurotóxica .
Também podem apresentar náuseas, vômitos, diarreias e dores abdominais.
GÊNERO Micrurus
As corais-verdadeiras são as principais representantes. São amplamente distribuídas no país, com várias espécies que apresentam padrão característico, com anéis coloridos.
Dentição – proteróglifas
Abertura bucal – 30°
Fonte: Domínio Público
Acidentes Elapídicos
Toxina - constituintes tóxicos do veneno são denominados neurotoxinas elapídicas, que atuam rapidamente na junção mioneural.
Acidentes – representam 0,5% no Brasil potencialmente graves.
Sintomas:
Vômitos;
Sudorese; 
Faces miastênicas; 
Saliva espessa;
Paralisia muscular; 
Dificuldade de deglutição; 
Dispneia e apneia;
Insuficiência respiratória aguda. 
IDENTIFICAÇÃO
Micrurus ibiboboca
Oxyrhopus trigeminus
Fonte: Domínio Público
GÊNERO Philodryas
É encontrada em partes da região Nordeste e Centro-Oeste e em toda região Sudeste e Sul.
Dentição - Opistóglifa
Fonte: Domínio Público
Acidentes Colubrídeos
Os venenos de P. olfersii apresentam atividades semelhantes aos venenos botrópicos, sendo as ações locais menos intensas
Toxina de ação proteolítica sem alteração na coagulação
Fonte: Márcio Borges Martins
TRATAMENTO
Crotalus 
soro anticrotálico (SAC), por via endovenosa
Lachesis 
O soro antilaquético (SAL), ou antibotrópico-laquético (SABL) deve ser utilizado por via intravenosa
Micrurus - antiveneno específico:
 
soro anti-elapídico, SAE
aplicado por via intravenosa
Bothrops 
soro antibotrópico intravenoso
Colubridae
 anti-histamínico, anti-inflamatório não hormonal, analgésico e repouso 
O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE COM SERPENTES (Ministério da Saúde, 2019):
 
Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão.
Manter o paciente deitado.
Manter o paciente hidratado.
Procurar o serviço médico mais próximo.
Se possível, levar o animal para identificação.
O QUE NÃO FAZER EM CASO DE ACIDENTE COM SERPENTES (Ministério da Saúde, 2019):
Não fazer torniquete ou garrote.
Não cortar o local da picada.
Não perfurar ao redor do local da picada.
Não colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes.
Não beber bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos.
ARANEÍSMO
São aracnídeos pertencentes ao grupo dos artrópodes, animais abundantes em todos os ecossistemas.
As aranhas tem uma tendência crescente a se adaptarem ao ambiente urbano, devido à facilidade de encontrarem alimento, como baratas.
No Brasil, ocorrem apenas três gêneros de aranhas perigosas: 
Phoneutria - aranha armadeira;
Loxosceles - aranha marrom;
Latrodectus - aranha viúva.
SAMIRA
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Corpo formado por um exoesqueleto  quitina (sustentação e proteção);
Cefalotórax e abdômen;
Quatro pares de pernas articuladas;
Um par de pedipalpos  sensitiva;
Um par de quelíceras  alimentação;
Uma fiandeira  teia.
Características
Fonte: Alexandre Vranjac
GÊNERO Phoneutria
Popularmente conhecida como Aranha Armadeira  comportamento de defesa
Pode atingir de 3 a 4cm de corpo e até 15cm de envergadura de pernas
Possui hábitos noturnos;
Acidentes dentro de residências;
Picadas ocorrem  mãos e pés;
Procura médica  3 hs após o acidente
INTENSA DOR
Fonte: Domínio Público
Características Epidemiológicas dos acidentes por Phoneutria 
Sazonalidade: incidência aumenta nos meses de abril e maio (Sul e Sudeste);
Região anatômica da picada: predomínio em extremidades;
Intervalo entre picada e atendimento: início precoce dos sintomas;
Circunstâncias do acidente: calçando, limpando jardim, manuseando frutas e legumes.
Quadro Clínico
A dor imediata é o sintoma mais frequente  intensidade variável
Outras manifestações que podem ocorrer são:
Edema;
Eritema;
Parestesia;
Sudorese no local da picada  dois pontos de inoculação;
Priapismo;
Choque;
Edema pulmonar.
Os acidentes são classificados em leve, moderado e grave.
Dor, edema e eritema local
Edema
Sinais da picada
Fonte: Instituto Butantan
CLASSIFICAÇÃO
MANIF. CLÍNICA
GERAL
ESPECÍFICO
Leve
Dor na maioria dos casos, eventualmente taquicardia e agitação.
Observação em sala de emergência; analgesia.
---------------------
Moderado
Dor intensa associada a manifestações sistêmicas, sudorese, vômitos ocasionais,sialorréiadiscreta epriapismo.
Observação em unidade de internação; analgesia.
2 a 4 – EV
Grave
Além das citadas a cima, apresenta vômitos
intensos, convulsões, coma, insuficiência cardíaca, bradicardia, choque, edema pulmonar agudo e paradacárdio-respiratória
Unidade de cuidados intensivos; analgesia.
2 a 4 – EV
CLASSIFICAÇÃO E TRATAMENTO
Diagnóstico Clínico
Pode notar-se sinais de dois pontos decorrentes da picada;
A dor é o sintoma mais frequente;
Local mais próximo da picada ou no local desta podem ser encontrados os seguintes sinais:
edema, sudorese, hiperemia, parestesia e fasciculação muscular.
Se o paciente não apresentar nenhuma sintomatologia após a picada, provavelmente não ocorreu a inoculação do veneno.
Fonte: Domínio Público
GÊNERO Loxosceles
Forma mais grave de araneísmo no Brasil;
Maioria dos acidentes se concentram no sul do país  Paraná e Santa Catarina;
Atinge adultos  predomínio em mulheres – intradomicílio
Picadas :
Coxa;
Tronco; 
Braço.
Fonte: Domínio Público
Centrípeta
Quadro Clínico - Cutânea
Acomete 87 a 98% dos casos;
Instalação lenta e progressiva.
Os sintomas se acentuam nas primeiras 24 a 72 horas após o acidente
Podendo ser:
Lesão incaracterística: bolha de conteúdo seroso, edema, rubor e prurido, com ou sem dor em queimação;
 Lesão sugestiva: enduração, bolha, equimose e dor em queimação;
Lesão característica: dor em queimação, bolha hemorrágicas mescladas com áreas pálidas (placa marmórea), isquemia (nas primeiras horas) e necrose.
Fonte: Solange Magalhães
Manifestações Gerais
Astenia;
Febre nas primeiras 24 horas;
Cefaléia;
Exantema mobiliforme;
Prurido generalizado;
Petéquias;
Mialgia;
Náuseas;
Vômito;
Visão turva;
Diarréia;
Sonolência;
Obnubilação;
Irritabilidade;
Coma. 
Quadro Clínico – Cutâneo -Visceral (hemolítica)
1 a 13% dos casos.
Além do comprometimento cutâneo, ocorre manifestações clínicas decorrentes da hemólise intravascular tais como:
Anemia;
Icterícia;
Hemoglobinúria que se instalam geralmente nas primeiras 24 horas;
Petéquias e equimoses, relacionadas à coagulação intravascular disseminada (CIVD). 
Casos graves podem evoluir para insuficiência renal aguda, que é a PRINCIPAL CAUSA DE ÓBITO no loxoscelismo.
Exantema cutâneo
Icterícia
Hemoglobinúria
Fonte: Hospital Vital Brasil
Tratamento
Tratamento Específico: 
Soro antiloxoscélico (SALox) ou Soro Antiaracnídico (SAA)
Eficácia da soroterapia é reduzida após 36 horas da inoculação do veneno. 
Fonte: Instituto Butantan
Forma clínica
Manif. Clínica
Geral
Específico
Soroterapia
Nº de ampolas/via
Cutânea
Dor local;
Edema local endurado;
Equimose/isquemia local;
Febre;
Mal-estar geral;
Exantema.
Anti-histamínicos; Analgésicos; Corticosteroides tópicos
5 (SALOx/SAA)
EV
Cutâneo - Visceral
Além dos citados acima:
Anemia aguda;
Icteríciacutâneo-mucosa;
Hemoglobinúria;
Oligúria/anúria;
Insuficiência renal aguda.
Correção do distúrbiohidro-eletrolítico; Hidratação parenteral; Diuréticos; Corticosteroides sistêmicos
10 (SALOx/SAA)
EV
GÊNERO Latrodectus
Conhecida como Viúva Negra;
No Brasil, os acidentes ocorrem na região Nordeste  Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe;
Acidentes correm quando são comprimidas contra o corpo;
Fêmea  1cm de comprimento e 3cm de envergadura de pernas;
Macho  de 3 a 6mm (não é causador de acidentes);
Habitat  jardins, parques, gramados e plantações e residências; 
Têm hábitos sedentários, fazem teias irregulares, vivem de forma gregária e não são agressivas. 
Fonte: Domínio público
Quadro Clínico e Tratamento
SAA
SAA
Aranhas destituídas de importância médica
Fonte: Instituto Butantan
Prevenção
Evitar folhagens densas junto a paredes e muros da casa;
Usar calçados e luvas;
Sacudir sapatos e roupas antes de usá-los;
Tampar buracos e frestas de paredes, janelas, portas e rodapés;
Manter sacos e recipientes bem fechados;
Utilizar sempre botas de cano longo e luvas raspa ao efetuar trabalhos rurais.
Fonte: Domínio público
O que fazer em caso de acidentes ?
Compressas mornas  controle da dor;
Uso de pomada não é recomendado  altera a cor da pele e não impede a penetração do veneno;
Torniquete, sucção e incisão no local da picada podem prejudicar muito;
Captura do animal  facilita diagnóstico e tratamento;
Manter elevado o local afetado;
Lave o local da picada apenas com água e sabão;
Leve a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo.
ESCORPIONISMO
No Brasil, os escorpiões de importância médica pertencem ao gênero Tityus, sendo duas as principais espécies: 
T. serrulatus
T. bahiensis
Fonte: Domínio público
MIRIAN
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ESCORPIONISMO
Os escorpionídeos (escorpiões) pertencem ao Filo Arthropoda;
Classe Arachnida;
Não são insetos;
Carnívoros (grilos e baratas);
São mais ativos durante meses quentes;
Hábitos noturnos;
São predados por mamíferos, aves, aranhas, lacraias e os próprios escorpiões.
Corpo dividido em CEFALOTÓRAX, MESOSSOMA, METASSOMA:
Cefalotórax (par de quelíceras, par de pedipalpos e quatro pares de pernas);
Mesossoma (opérculo genital, os apêndices sensoriais e espiráculos);
Metassoma (telson e espícula).
ESTRUTURA DO CORPO
Fonte: Domínio público
CARACTERÍSTICAS
Tityus serrulatus:
Conhecido como escorpião amarelo, é a principal espécie que causa acidentes graves, com registro de óbitos, principalmente em crianças;
Possui tronco marrom escuro, pedipalpos, pata e calda amarelas;
No último segmento da cauda, lado ventral, uma mancha escura, cauda serrilhada no lado dorsal.
Mede até 7 cm de comprimento.
Sua reprodução é partenogenética (20 filhotes por vez).
Fonte: Domínio público
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Antes restrita a Minas Gerais, hoje tem sua distribuição ampliada para:
Bahia;
Ceará;
Mato Grosso do Sul;
Minas Gerais;
Espírito Santo;
Rio de Janeiro;
São Paulo;
Paraná; 
Pernambuco;
Sergipe;
Piauí;
Rio Grande do Norte;
Goiás
Distrito Federal .
Fonte: Domínio público
Tityus bahiensis:
Conhecido por escorpião marrom ou preto;
Tronco escuro, pernas e palpos com manchas escuras e cauda marrom-avermelhado;
Não possui serrilha na cauda;
Mede cerca de 7 cm;
(Macho) possui pedipalpos volumosos com um 
vão arredondado entre os dedos utilizado para 
conter a fêmea durante a “dança nupcial”.
CARACTERÍSTICAS
Fonte: Domínio público
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
É a espécie que causa mais acidentes em:
São Paulo;
Minas Gerais;
Goiás;
Bahia;
Espírito Santo;
Rio de Janeiro;
Mato Grosso;
Mato Grosso do Sul;
Paraná;
Santa Catarina;
Rio Grande do Sul.
Fonte: Domínio público
CARACTERÍSTICAS
Bothriurus spp:
Ausência de espinho sob o ferrão;
 2,7 a 3,6 cm de comprimento;
Colorido geral marrom escuro e aparência “vernizada”.
Distribuição geográfica:
Centro-oeste, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
Fonte: Domínio público
CARACTERÍSTICAS
Tityus spp. X Bothriurus spp.
Fonte: Instituto Butantan e domínio público
FISIOPATOLOGIA
A Tityustoxina terminações nervosas periféricas, estimulando fibras pós-ganglionares dos sistemas simpático e parassimpático.
Mediadores químicos
Acetil-colina, Adrenalina e Nor-adrenalina
Responsáveis pela maior parte dos sinais e sintomas clínicos de envenenamento escorpiônico.
FISIOPATOLOGIA
ACETIL-COLINA = Muscarínicos
Secreções lacrimal;
Nasal;
Salivar;
Piloereção;
Tremores;
Espasmos musculares;
Diminuição da frequência cardíaca;
Miose.
FISIOPATOLOGIA
ADRENALINA e NOR-ADRENALINA
Midríase;
Aumento da frequência cardíaca e pressão arterial;
Arritmias cardíacas;
Vasoconstrição periférica;
Podendo ocorrer insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão e choque.
SISTEMA SIMPÁTICO
Verificam-se alterações respiratórias:
Taquipnéia;
Dispnéia;
Respiração periódica;
Edema agudo de pulmão e choque.
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DIAGNÓSTICO
 CLASSIFICAÇÃO
 QUADROCLÍNICO E SISTÊMICO
 TRATAMENTO
Leve(97%)
Dor, eritema, sudorese local
Sintomáticos
 Moderado(1,3%)
Alterações locais + sistêmicas:
Agitação, sonolência,
sudorese, náuseas, vômitos, hipertensão arterial, taquicardia,taquipnéia.
 SAEou SAA
2 - 3amp. EV
  Grave(1,7%)
Vômitos profusos,sialorréia, sudorese profusa, agitação, tremores, espasmos musculares, bradicardia,bradipnéiaechoque.
 
SAEou SAA
4 - 6amp.EV
QUADRO CLÍNICO
Dor, eritema discreto e sudorese local
Grave: edema agudo de pulmão
Fonte: Hospital Vital Brasil
TRATAMENTO
Não existe soro antiescorpiônico disponível para o uso em animais, somente para uso humano.
Pode se fazer uso de analgésico sistêmico;
Fazer infiltração local com anestésico local (lidocaína 2%);
Fluidoterapia;
Controle de vômitos;
Arritmias.
PREVENÇÃO
Manter limpos os locais próximos das casas (jardins, quintais, terrenos baldios), 
Nos jardins, evitar folhagens densas (trepadeiras, bananeiras, entre outras) junto às casas e manter a grama aparada;
Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los;
Não pôr a mão em buracos, sob pedras ou troncos podres e sob dormentes de linha férrea;
Fonte: Domínio público
PREVENÇÃO
Usar calçado e luvas de raspas de couro em situações de risco;
Ao escurecer, vedar as soleiras das portas e as janelas, vedar também os ralos, porta de entrada de escorpiões;
A limpeza e desinfecção de ralos e bocas de lobo é necessária para evitar a procriação de baratas, um dos alimentos preferidos dos escorpiões;
Os inseticidas podem ser empregados em casos extremos como infestações muito altas ou em lugares de difícil acesso. A sua aplicação só pode ser feita por técnicos devidamente habilitados que conheçam os riscos dos produtos empregados.
O QUE FAZER EM CASOS DE ACIDENTES ?
Limpar o local com água e sabão; 
Procurar orientação médica imediata e mais próxima do local da ocorrência do acidente (UBS, posto de saúde, hospital de referência). 
Se for possível, capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde pois a identificação do escorpião causador do acidente pode auxiliar o diagnóstico.
Himenópteros
Função de polinizadores, produtores de mel e sub-produtos;
Presença do aguilhão, que ao se sentirem ameaçados inoculam seu veneno através do ferrão.
Únicos insetos que possuem ferrões verdadeiros são os pertencentes a ordem Himenóptera, dentre eles existem três famílias de importância médica: 
Apidae (abelhas e mamangavas)
Vespidae (vespas e marimbondos)
Formicidae (formigas)
Fonte: Domínio público
PÂMELA
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CARACTERÍSTICAS
Os acidentes graves e mortes pela picada de abelhas africanizadas deve-se não pela diferença de composição de veneno, mas pela maior agressividade dessa espécie (ataques maciços).
Dentre as espécies que ferroam, existem aquelas que possuem autonomia  ao ferroar elas perdem o ferrão, e aquelas que não apresentam autonomia.
Além disso, aquelas que têm autonomia geralmente injetam uma maior quantidade de veneno e morrem logo em seguida, pois ao perderem o ferrão perdem também parte do abdômen.
Fonte: Domínio público
COMPOSIÇÃO DOS VENENOS
QUADRO CLÍNICO
As manifestações clinicas que podem ocorrer são classificadas em:
Alérgicas (que pode ocorrer através de uma picada);
Tóxicas (quando várias picadas geram uma síndrome de envenenamento, nesse caso o paciente deve ser mantido na UTI). 
QUADRO CLÍNICO
QUADRO CLÍNICO
Manifestações locais 
Dor aguda, vermelhidão, prurido, edema durante horas ou dias.
2) Manifestações regionais
Eritema, prurido e edema flogístico que evolui para enduração local dentro de 24-48 horas.
3) Manifestações sistêmicas
Anafilaxia com início de 2 a 3 minutos após a picada, cefaléia, vertigem, calafrios, agitação psicomotora, sensação de opressão torácica e outros sintomas tegumentares, respiratórios, digestivos e cárdio-circulatórios 
TRATAMENTO
Remoção dos Ferrões: 
Nos acidentes causados por enxame, a retirada dos ferrões  raspagem com lâmina e não pelo pinçamento, pois desse modo evita espremer a glândula ligada ao ferrão e inocular no paciente o veneno ainda existente.
Dor: 
O uso de analgésicos é bastante importante, já que a presença do veneno causa bastante dor. 
Fonte: Domínio público
TRATAMENTO
Reações Alérgicas: 
Em casos de reações anafiláticas, é importante fazer a administração subcutânea de adrenalina na proporção de 1:1000, iniciando com a dose de 0,5ml 2x em intervalos de 10 minutos para adultos, caso necessário;
Já em crianças, usa-se a dose de 0,01ml/Kg/dose, podendo ser repetida 2 a 3x, com intervalos de 30 minutos, desde que não haja aumento exagerado da frequência cardíaca;
TRATAMENTO
Os glicocorticóides e anti-histamínicos são usados mais para reduzir a intensidade e duração das manifestações pois não controlam reações graves como urticária, edema de glote, broncoespasmo e choque;
 Para amenizar reações alérgicas tegumentares, indica-se o uso tópico de corticóides e antihistamínicos por via oral. Manifestações respiratórias asmatiformes, devido à broncoespasmo, podem ser controladas com oxigênio nasal, inalações e broncodilatadores. 
MEDIDAS GERAIS DE SUPORTE
Manutenção das condições vitais e do equilíbrio ácido-básico. 
Choque anafilático;
Insuficiência respiratória;
Insuficiência renal aguda devem ser abordadas de maneira rápida e vigorosa.
ABELHAS
Apidae
Principais gêneros de importância médica são: 
Apis (abelha europa)
Bombus (abelha africana)
Xylocopa (mamangavas). 
Possuem corpo piloso amarelado ou escuro, de tamanhos variados, são sociais ou solitários e fazem ninhos em diferentes locais. 
O aguilhão (ferrão) fica retido na pele após a picada
A picada resulta em:
Reação alérgica sistêmica;
Anafilaxia.
GRAUS DE ANAFILAXIA
GRAU1
Urticária generalizada, prurido, mal estar, ansiedade.
GRAU 2
Angiodema,broncoconstriçãoleve, náuseas, vômito, diarreia, dor abdominal e vertigens.
GRAU 3
Dispneia, sibilos, disfagia, fraqueza, confusão mental.
GRAU 4
Queda da pressão arterial, colapso, perda da consciência, incontinência urinaria/fecal e cianose.
Picada de abelha 
reação alérgica
Múltiplas picadas de abelha
reação tóxica sistêmica
Fonte: Hospital Vital Brasil
VESPAS
Vespidae 
Os principais gêneros de importância medica são: 
Polistes (marimbondos);
Polybia (cassununga). 
Possuem uma coloração escura com manchas amareladas ou avermelhadas, são predadores, sociais ou solitários e ferroam através do aguilhão 
Fonte: Domínio público
FORMIGAS
Formicidae
Os principais gêneros de importância médica são: 
Eciton (correição);
Paraponera (tocandira);
Atta (saúva). 
Vivem em sociedades, com ninhos de localização diversa, tórax e abdome unidos por pecíolo, possuem mandíbulas fortes que mordem e aguilhão que ferroa. 
Fonte: Domínio público
PREVENÇÃO
Remoção de colônias situadas em lugares públicos ou residências, principalmente no período noturno que é quando esses insetos estão calmos.
Evitar aproximar-se de colmeias de abelhas africanizadas Apis mellífera sem estar com vestuário adequado, como macacão, luvas, máscara, botas e fumigador. 
Evitar caminhar em lugares próximos a colmeias.
Evitar fazer barulhos ou usar perfumes fortes, desodorantes, próprio suor do corpo, e cores escuras. 
Essas medidas podem evitar que os insetos desencadeiem comportamento agressivo ou até mesmo um ataque.
CONCLUSÃO
Animais peçonhentos causam milhares de acidentes todos os anos, inclusive com vítimas fatais. Crianças e idosos  mais vulneráveis, porém em algumas situações, os adultos estão mais predispostos. 
As espécies comuns são serpentes, aranhas e escorpiões. Porém diversos acidentes envolvem os hemípteros, contudo em uma quantidade menor.
Existem diversos métodos de prevenção e todos eles se seguidos corretamente, são eficazes.
Em casos de acidentes, deve-se seguir passo à passo as instruções dadas pelo Instituto Butantan ou Hospital Vital Brasil. E encaminhar a vítima o mais rápido possível ao serviço de saúde mais próximo. 
OBRIGADA !!!!

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