Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 IMPOSTOS EM ESPÉCIE MATERIAL COMPLEMENTAR EXAME DE ORDEM – 2012 2 IMPOSTOS EM ESPÉCIE .............................................. 4 1 - IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO. ............................ 4 1.1 - IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO. ................................. 4 1.2 - IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO. ................................. 8 1.3 - IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA. ... 10 1.4 - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS .................. 12 1.5 - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS. ...................... 14 1.6 - IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL. ............. 16 1.7 – IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS ........................... 17 2 - IMPOSTOS ESTADUAIS .......................................... 17 2.1 – IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÕES ......... 17 2.1.1 – FATO GERADOR ............................................. 17 2.1.2 - ALÍQUOTAS ................................................ 18 2.1.3 – SÚMULAS .................................................. 18 2.2– IMPOSTO A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS............. 19 2.2.1– FONTES .................................................... 19 2.2.2 – FATO GERADOR ............................................. 22 2.2.3 LANÇAMENTO ................................................ 23 2.2.4 CONTRIBUINTES E RESPONSÁVEIS .............................. 23 2.2.5 – SITUAÇÕES ESPECÍFICAS ..................................... 23 2.2.6 – IMUNIDADES ............................................... 28 2.2.7 – NÃO CUMULATIVIDADE ....................................... 29 2.2.8 – BENEFÍCIOS FISCAIS RELATIVOS AO ICMS ...................... 32 2.2.9 – ICMS NA IMPORTAÇÃO ....................................... 32 2.3 – IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES ...... 33 2.3.1– FONTES .................................................... 33 2.3.2 – FATO GERADOR ............................................. 33 2.3.3 LANÇAMENTO ................................................ 33 2.3.4 CONTRIBUINTES E RESPONSÁVEIS .............................. 34 2.3.5 – DA BASE DE CÁLCULO ....................................... 34 2.3.6 – DAS ALÍQUOTAS ............................................ 34 3 - IMPOSTOS MUNICIPAIS .......................................... 34 3.1 - IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS POR ATO ONEROSO INTER VIVOS ..................................................... 34 3.1.1 – FONTES ................................................... 34 3.1.2 – CARACTERÍSTICAS BÁSICAS .................................. 36 3.1.3 – LANÇAMENTO .............................................. 37 3.1.4 – FATO GERADOR ............................................. 38 3.1.5 – SITUAÇÕES ESPECÍFICAS ..................................... 38 3 3.1.6 – IMUNIDADE ................................................ 40 3.1.7 – SUJEITOS .................................................. 40 3.1.8 – BASE DE CÁLCULO .......................................... 40 3.1.9 – ALÍQUOTAS ................................................ 41 3.1.10 – SÚMULAS ................................................. 41 3.2 - IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO – IPTU ................. 41 3.2.1 – CARACTERÍSTICAS BÁSICAS .................................. 42 3.2.2 – LANÇAMENTO .............................................. 44 3.2.3 – FATO GERADOR ............................................. 44 3.2.4 – SUJEITOS .................................................. 45 3.2.5 – BASE DE CÁLCULO .......................................... 47 3.2.6 – PROGRESSIVIDADE EXTRAFISCAL .............................. 48 3.2.7– SÚMULAS .................................................. 48 3.3 - IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS ..................................... 49 3.3.1– FONTES .................................................... 49 3.3.2 – CARACTERÍSTICAS BÁSICAS .................................. 50 3.3.3 – LANÇAMENTO .............................................. 52 3.3.4 – FATO GERADOR ............................................. 52 3.3.5 – OPERAÇÕES MISTAS ......................................... 53 3.3.6 – SITUAÇÕES ESPECÍFICAS ..................................... 54 3.3.7 – SUJEITOS .................................................. 58 3.3.8 – BASE DE CÁLCULO .......................................... 58 3.3.9 – SÚMULAS .................................................. 59 4 IMPOSTOS EM ESPÉCIE 1 - IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO. Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos industrializados; V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 1.1 - IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO. A competência tributária relativa ao Imposto de Importação foi outorgada à União nos termos art. 153, I da CF, cabendo relembrar que constitui exceção aos princípios da anterioridade (CF, 150, III, b e c) e da legalidade (CF, 150, I). Suas normas gerais encontram-se nos artigos 19 a 22 do CTN. O imposto foi instituído pelo DL 37/66 (ainda em vigor) e o Regulamento Aduaneiro está veiculado pelo Decreto 4.543/02. Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. Seu fato gerador é a entrada de produto produzido fora do território nacional, entendendo-se por produto qualquer bem independentemente de sua destinação (matéria prima, mercadoria ou destinada ao consumo). Cabe dizer que essa entrada deve ter por objetivo a agregação do produto à economia nacional, o que afasta dessa tributação as mercadorias em trânsito1. O Regulamento Aduaneiro deixa claro que a entrada em território nacional de que trata o art. 19 do CTN é o território aduaneiro: Art. 72. O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. “...o Regulamento Aduaneiro adota um conceito administrativo considerando território aduaneiro aquele sobre o qual a Aduana tem jurisdição. Esse conceito abrange apenas o território geográfico, excluído o que, por extraterritorialidade, é considerado território pátrio.”2 1 Exemplos: entrada de carros de turista, de obras de arte para exposição temporária. 2 (Souza, 1998) 5 Hugo de Brito Machado3 adverte que não se deve confundir a ocorrência do fato gerador com sua formalização (documentação). Por uma questão de praticabilidade, em decorrência de uma ficção, para fins de fixação da legislação aplicável, o momento de ocorrência do fato restou definido pela lei. Considera-se ocorrido fato gerador na data do registro da declaração de importação para fins de desembaraço4 aduaneiro junto à autoridade alfandegária, nos termos do Decreto-Lei 37/66, verbis: Art. 23. Quando se tratar de mercadoria despachada para consumo, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro, na repartição aduaneira, da declaração a que se refere o art. 44. (...) Art. 44. Toda mercadoria procedente do exterior por qualquer via, destinada a consumo ou a outro regime, sujeita ou não ao pagamento do imposto, deverá ser submetida a despacho aduaneiro, que será processado com base em declaração apresentada à repartição aduaneirano prazo e na forma prescritos em regulamento. É também na data de registro da declaração que o Imposto de Importação deve ser pago por meio eletrônico5, valendo, para fins de apuração do valor devido, a legislação vigente nessa data. Para fins de caracterização do fato gerador, o DL 37/66 em seu art. 1º. dispõe que: § 1º - Para fins de incidência do imposto, considerar-se-á também estrangeira a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retornar ao País, salvo se: a) enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; b) devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou substituição; c) por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador; d) por motivo de guerra ou calamidade pública; e) por outros fatores alheios à vontade do exportador. § 2º - Para efeito de ocorrência do fato gerador, considerar-se-á entrada no Território Nacional a mercadoria que constar como tendo sido importada e cuja falta venha a ser apurada pela autoridade aduaneira. 3 (Machado, 1997) 4 O despacho aduaneiro tem por finalidade verificar a exatidão dos dados declarados pelo exportador ou importador em relação à mercadoria exportada ou importada, aos documentos apresentados e à legislação vigente, com vistas ao desembaraço. Em virtude do desembaraço é autorizada a saída da mercadoria para o exterior, no caso de exportação, ou a entrega da mercadoria ao importador, no caso de importação. (WWW.receita.fazenda.gov.br) 5Decreto 4543/02: Art. 106. O imposto será pago na data do registro da declaração de importação 6 § 3º - Para fins de aplicação do disposto no § 2º deste artigo, o regulamento poderá estabelecer percentuais de tolerância para a falta apurada na importação de granéis que, por sua natureza ou condições de manuseio na descarga, estejam sujeitos à quebra ou decréscimo de quantidade ou peso. § 4o O imposto não incide sobre mercadoria estrangeira: I - avariada ou que se revele imprestável para os fins a que se destinava, desde que seja destruída sob controle aduaneiro, antes de despachada para consumo, sem ônus para a Fazenda Nacional; II - em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída; ou III - que tenha sido objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida Em regra, a mercadoria nacional já exportada que retorne ao país é considerada estrangeira para fins de incidência do imposto de importação, observadas as exceções trazidas no DL 37/66. O § 2º faz presunção da importação de mercadoria que conste como importada e cuja falta seja apurada. Se assim não fosse, precário seria o controle aduaneiro. Imagine que tenham saído de determinado país com destino ao Brasil, 1000 placas de computador. Quando da realização do desembaraço aduaneiro, a autoridade constatasse a existência de apenas 500. Não é muito difícil imaginar que as 500 placas faltantes tentam sido desembarcadas por caminhos transversos. Por outro lado, em se tratando de mercadoria a granel (milho, soja, minério e outros) é natural a existência de diferença entre a quantidade tida como importada e a mercadoria efetivamente descarregada; é a chamada “quebra”. Essa diferença pode resultar, em outros fatores, do próprio processo de descarga (certa quantidade ficou no porão da embarcação, por exemplo). Como já visto, é considerada importada a mercadoria que entre no país com objetivo de integrada à economia nacional. No entanto, pode acontecer de a mercadoria estrangeira estar de passagem pelo país, sem a ele se destinar. Imagine, como exemplo, que o produto, produzido no Paraguai, venha a ser exportado através do porto de Santos. Nessa hipótese, o produto ingressará no país mas não com objetivo de aqui permanecer, está realmente de passagem , ou seja, em trânsito. Essa passagem ocorrerá sob o controle da autoridade aduaneira e recebe o nome de “trânsito aduaneiro”. Art.73 - O regime de trânsito é o que permite o transporte de mercadoria sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de tributos. Parágrafo único. Aplica-se, igualmente, o regime de trânsito ao transporte de mercadoria destinada ao exterior. 7 I I não incidência imprestável trânsito aduaneiro pena de perdimento avaria sob controle aduaneiro destruída acidentalmente exceção não localizada consumida vendida I I Art. 20. A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País; III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação. A alíquota do Imposto de Importação pode ter natureza ad valorem ou específica. A alíquota ad valorem incide sobre o valor da importação. Nessa hipótese, a base de cálculo é o valor aduaneiro, não importando o valor atribuído ao negócio jurídico realizado. Tratando-se de aplicação de alíquota específica, a lei fixa um valor por determinada unidade considerada (Ex: R$ 0,20/maço de 20 cigarros). Nessa hipótese, a base de cálculo a considerar será a quantidade importada sem importar o valor do produto tributado. Sendo a base de cálculo expressa em moeda estrangeira, a conversão em moeda nacional se dá pela cotação do câmbio vigente na data da ocorrência do fato gerador, ou seja, data do registro da guia de importação, em virtude da observância do art. 143 do CTN. Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. O art. 21 do CTN traz condições para o Imposto de Importação cumpra sua função extrafiscal, servindo de elemento que visa à consecução dos objetivos traçados na política cambial e fazer face às necessidades decorrentes da regulação econômica. Verifica-se que o art. 21 do CTN autoriza que o Executivo altere, não só as alíquotas como também as bases de cálculo desse imposto. A Constituição, no § 1º. do art. 153, somente faculta ao Executivo a alteração de alíquotas do Imposto de Importação, sendo silente quanto à alteração de base de cálculo. 8 À míngua de suporte constitucional é de se concluir que a autorização contida no art. 21 do CTN para que o Executivo venha a alterar bases de cálculo do Imposto de Importação não foi recepcionada pela Constituição de 88. Art. 22. Contribuinte do imposto é: I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados São equiparados a contribuinte do Imposto sobre Importação (DL 37/66): Art. 31. É contribuinte do imposto: I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no Território Nacional; II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; III - o adquirente de mercadoria entrepostada. São responsáveis (DL 37/66): Art. 32. É responsável pelo imposto: I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno; II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro. Parágrafoúnico. É responsável solidário: I - o adquirente ou cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto; II - o representante, no País, do transportador estrangeiro; III - o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora. 1.2 - IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO. Previsto no art. 153, II da Constituição, constitui exceção ao princípio da legalidade conforme § 1o do mesmo artigo, ou seja, é permitido que o Executivo, através de decreto, altere as alíquotas deste imposto, sendo, por essa forma, vedada a alteração de sua base de cálculo. As normas gerais estão previstas nos artigos 23 a 28 do CTN, sendo regulamentados no Decreto-Lei 1.578/77 que dispõe sobre os elementos do tributo. Tal Decreto-Lei foi recepcionado pela nova ordem constitucional e sofreu diversas alterações entre as quais, devemos citar as introduzidas pela lei 9.716/98 e MP 2.158-35/2001. Pela similaridade da matéria tributada, o art. 8o. do DL 1.578/77 assim dispõe: Art. 8º No que couber, aplicar-se-á, subsidiariamente, ao Imposto sobre a Exportação a legislação relativa ao Imposto sobre a Importação. 9 O fato gerador está disposto no art. 23 do CTN: Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional. É interessante notar que a expressão “...exportação, para o estrangeiro...” afasta a hipótese de cobrança de impostos quando os produtos vão de um Estado para outro ou mesmo de um Município para outro. No entanto, a remessa de produtos para a Zona Franca de Manaus equivale à exportação: Decreto-Lei 288/67 Art. 4º A exportação de mercadorias de origem nacional para consumo ou industrialização na Zona Franca de Manaus, ou reexportação para o estrangeiro, será para todos os efeitos fiscais, constantes da legislação em vigor, equivalente a uma exportação brasileira para o estrangeiro. Produtos nacionais são aqueles produzidos em território nacional e os nacionalizados são os produtos, em regra, estrangeiros, que entraram no país através de um processo regular de importação. Art. 212. O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior. § 1º Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título definitivo6. O fato gerador ocorre na data de expedição da guia de exportação7. O art. 24 do CTN cuida da base de cálculo nos termos seguintes: Art. 24. A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência. Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional, o custo do financiamento. Art. 25. A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do preço, referidos no artigo anterior, excedente de valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro dos limites por ela estabelecidos. Art. 26. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. 6 Dec. 4543/02 7 DL 1.578/77 art. 1o. § 1o. 10 Os limites a serem observados quando da alteração de alíquotas previstas no art. 26 do CTN estão dispostos no DL 1.578/77: Art. 3o A alíquota do imposto é de trinta por cento, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou aumentá-la, para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. Parágrafo único. Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a cinco vezes o percentual fixado neste artigo. Note que a alteração das alíquotas está limitada às necessidades dos “...objetivos da política cambial e do comércio exterior.” O Contribuinte está definido no art. 27 do CTN: Art. 27. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar. Os equiparados estão no art. 5o. do DL 1.578/77: Art. 5º O contribuinte do imposto é o exportador, assim considerado qualquer pessoa que promova a saída do produto do território nacional. Art. 28. A receita líquida do imposto destina-se à formação de reservas monetárias, na forma da lei. Por força do disposto no inciso IV do art. 167 da Constituição que proíbe a afetação da receita dos impostos, o art. 28 do CTN não foi recepcionado pelo novo texto constitucional. 1.3 - IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA. O Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza está assim previsto na Constituição: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...) III - renda e proventos de qualquer natureza; (...) § 2º O imposto previsto no inciso III: I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei; Os conceitos dos critérios apresentados no inciso I do § 2o. devem ser esclarecidos, senão vejamos: 11 1 -Generalidade: deve atingir todos os contribuintes que venham a praticar o fato gerador do tributo; 2 -Universalidade: deve incidir sobre as espécies de rendimentos, diz respeito à extensão da base de cálculo, impede a diferenciação de rendas. 3 - Progressividade: a alíquota deve aumentar na medida em que aumenta a base de cálculo. No campo legal, o IRPF tem arrimo, entre outras, nas leis 7.713/98 e 9.250/95; o IRPJ nas leis 8.981/95 e 9.430/96, ambos regulados pelo Decreto 3.000/99. Os fatos geradores estão previstos no art. 43 do CTN, verbis: Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. § 1º A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. § 2º Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. Sobre o aspecto temporal do tributo vale destacar que o fato gerador do IRPF ocorre em cada 31 de dezembro8, embora o prazo para a apresentação de declaração de ajuste e eventual pagamento vá até o fim do mês de abril do ano seguinte. No que diz respeito à pessoa jurídica, a apuração é trimestral (fato gerador no último dia de cada trimestre civil), podendo o contribuinte que optar pela apuração pelo lucro real também optar pela apuração anual (fato gerador em 31/12) com antecipações mensais. O IR é dotado de extraterritorialidade, ou seja, até em homenagem ao princípio da universalidade, não importa o local no qual foi obtida a disponibilidade da renda ou dos outros proventos. SÚMULAS- STJ 125 - O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito a incidênciado imposto de renda. 136 - O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço não está sujeito ao imposto de renda. 215 - A indenização recebida pela adesão a programa de incentivo à demissão voluntária não está sujeita à incidência do imposto de renda. 8 Lei 9.250 - Art. 7º A pessoa física deverá apurar o saldo em Reais do imposto a pagar ou o valor a ser restituído, relativamente aos rendimentos percebidos no ano-calendário, e apresentar anualmente, até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário subseqüente, declaração de rendimentos em modelo aprovado pela Secretaria da Receita Federal. 12 1.4 - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS O IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI) tem base constitucional no inciso IV do art. 153, foi instituído pela lei 4.502/64 (alterações posteriores) e regulamentado pelo decreto 4.544/02, alterado pelo decreto 4.859/03 que aprovou a Tabela de Incidência do IPI (TIPI). O IPI incide nas operações em que houve processo de industrialização, não incidindo, por exemplo, nas operações simplesmente comerciais em que não haja atividade de industrialização (o comerciante que vende um produto industrializado não estará sujeito ao pagamento de IPI). A Constituição Federal traz critérios específicos a serem necessariamente observados na instituição e exigência do IPI, assim, passemos à análise detalhada do artigo 153, § 3º, em seus incisos: § 3º O imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; A seletividade, técnica de tributação que atende ao princípio da capacidade contributiva consiste em tributar de forma diferenciada, conforme a essencialidade do produto tributado. Não se confunde com a progressividade e tributa de forma branda produtos de uso essencial (ex: alimentos) e tributa de forma mais rigorosa os produtos considerados supérfluos (ex: cigarro, perfumes, bebidas). O inciso II do artigo anteriormente citado, trata da não-cumulatividade: II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; A técnica da não-cumulatividade aplicada ao IPI impede a oneração excessiva da atividade produtividade, de forma que somente onera a parcela da produção à medida que a mesma ocorre. Em termos simples, através de um sistema de débitos e créditos não se paga imposto sobre imposto. Note-se que o creditamento independe do pagamento dos impostos devidos nas operações anteriores (... com o montante cobrado). Vejamos, na seqüência, o inciso III: III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. Trata o inciso III de uma forma de imunidade, de maneira a não promover a “exportação” de impostos. E o inciso IV, ainda do mesmo artigo: IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. 13 A EC 42 alterou as disposições sobre o IPI ao acrescentar o inciso IV ao parágrafo 3º do art. 153. Dessa forma, por meio de lei ordinária a aquisição de bens de capital deverá ser desonerada. Quanto aos fatos geradores do IPI, o CTN assim dispõe: Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador: I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do art. 51; III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo. Ao menos de forma aparente, o parágrafo único acima parece definir com clareza e de forma definitiva o que seja produto industrializado. No entanto, a legislação tributária sobre o tema, acresce algumas atividades e, ao final, por industrialização pode-se entender: a transformação, o beneficiamento, a montagem, o acondicionamento ou reacondicionamento e a renovação ou recondicionamento. O contribuinte do IPI fica assim definido: Art. 51. Contribuinte do imposto é: I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar; III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior; IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante. O IPI tem fato gerador instantâneo já que o fato gerador considera-se ocorrido nas hipóteses do artigo 46 do CTN embora a legislação aplicável traga algumas ficções sobre o momento da ocorrência9. O sujeito ativo é a União e o sujeito passivo os constantes do artigo 51 do CTN embora a lista de equiparados e responsáveis seja longa. A base de cálculo está prevista no artigo 47 do CTN: Art. 47. A base de cálculo do imposto é: I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do art. 20, acrescido do montante: a) do Imposto sobre a Importação; 9 Art. 2o., § 1o. da Lei 4.502/64 e art. 35 do RIPI/2002 14 b) das taxas exigidas para entrada do produto no País; c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; II - no caso do inciso II do artigo anterior: a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente; III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação. O lançamento do IPI se dá por homologação nos termos do artigo 20 da Lei 4.502/64. 1.5 - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS. Previsto na Constituição Federal de 1988 em seu art. 153, V, tem suas normas gerais nos arts. 63 a 66 do CTN, sendo regulado pelo Decreto 4.494/02. O nome IOF não passa de um apelido pois este imposto onera as operações de crédito, câmbio, seguros e aquelas que envolvem títulos e valores mobiliários.Assim, a melhor forma de estudar este imposto é considerar a existência de 4 impostos em um 1 só. A própria CF, em seu artigo 153, cuida de estabelecer tratamento diferenciado quando o ouro for tratado como ativo financeiro: § 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do caput deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II - setenta por cento para o Município de origem. Por sua vez, a definição de ouro como ativo financeiro está assim: Art. 1º O ouro em qualquer estado de pureza, em bruto ou refinado, quando destinado ao mercado financeiro ou à execução da política cambial do País, em operações realizadas com a interveniência de instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional, na forma e condições autorizadas pelo Banco Central do 15 Brasil, será, desde a extração, inclusive, considerado ativo financeiro ou instrumento cambial. § 1º Enquadra-se na definição deste artigo: I - O ouro envolvido em operações de tratamento,refino, transporte, depósito ou custódia, desde que formalizado compromisso de destiná-lo ao Banco Central do Brasil ou à instituição por ele autorizada; II - as operações praticadas nas regiões de garimpo onde o ouro é extraído, desde que o ouro na saída do município tenha o mesmo destino a que se refere o inciso I deste parágrafo. § 2º As negociações com o ouro, ativo financeiro, de que trata este artigo, efetuadas nos pregões das Bolsas de Valores, de Mercadorias, de Futuros ou assemelhadas, ou no Mercado de Balcão com a interveniência de instituição financeira autorizada, serão consideradas operações financeiras. Esse tributo ainda tem por base econômica: operações de crédito, de câmbio, de seguros e as relativas a títulos ou valores mobiliários. Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador: I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado; II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este; III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável; IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável. As bases de cálculos são variadas: Art. 64. A base de cálculo do imposto é: I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros; II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; 16 b) na transmissão, o preço ou o valor nominal ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; c) no pagamento ou resgate, o preço. (...) Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. 1.6 - IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL. Previsto na CF, em seu art. 153, VI, tem suas normas gerais nos artigos 29 a 31 do CTN e é regulado pela Lei 9.393/96 e pelo Decreto 4.382/92. A EC n.º 42 trouxe modificações importantes em relação ao tributo, vide artigo 153, § 4º, CF: § 4º O imposto previsto no inciso VI do "caput": I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. (grifos nossos) A imunidade concedida às pequenas glebas perdeu o requisito de que tal gleba fosse explorada pelo proprietário, de forma isolada ou com sua família10, sendo agora necessário ser por ele explorada e que ele não possua outro imóvel. O termo “pequenas glebas” ficou assim definido na Lei 9393/96, em seu art. 2o: Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área igual ou inferior a: I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato- grossense; II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental; III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município. Outra novidade é a de que os municípios que optarem por fiscalizar e arrecadar o tributo ficarão com 100% do produto de sua arrecadação. Aqueles municípios que não fizerem tal opção continuarão a receber 50% do produto, conforme CF, 158, II. De qualquer forma, a competência tributária continua pertencendo à União, podendo o Município vir a ter capacidade tributária ativa. 10 O parágrafo alterado: "§ 4º O imposto previsto no inciso VI terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas e não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel." 17 1.7 – IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS À míngua de lei complementar que defina o que seja “grande fortuna”, este imposto ainda não foi criado. 2 - IMPOSTOS ESTADUAIS Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; III - propriedade de veículos automotores. 2.1 – IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÕES 2.1.1 – FATO GERADOR O ITCMD (essa é a sigla que vai aparecer nas provas) é um imposto de competência dos Estados e do Distrito Federal por força do texto constitucional. Seu fato gerador, no que diz respeito a transmissões, está descrito no art. 35 do CTN: Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil; II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia; III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II. Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. Vale lembrar que, antes da CF de 88, as operações de transmissão, tanto causa mortis como por ato inter vivos, eram de competência dos Estados e do Distrito Federal. A CF de 88 trouxe uma partição nessa competência e, dessa forma, aos Estados e ao Distrito Federal coube a competência tributária relativa às operações de transmissão causa mortis e aos Municípios às de transmissão por ato inter vivos (ITBI). CF, 155 18 1.º O imposto previsto no inciso I: I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; Quanto ao aspecto espacial da incidência, a Constituição assim dispõe: Bens móveis: local do ajuizamento do inventário ou do arrolamento; Bens imóveis: local da situação do imóvel. Quanto se tratar de doação, será competente o Estado no qual tiver domicílio o doador. Há duas situações ainda carentes de regulação através de lei complementar nos termos da CF, 155, § 1º, III, a e b: Doador com domicílio ou residência no exterior; Falecido com domicílio ou bens no exterior; Falecido com inventário processado no exterior 2.1.2 - ALÍQUOTAS As alíquotas são fixadaspelos Estados/DF e estão limitadas a 8% nos termos de Resolução do Senado Federal (res. 09/92). 2.1.3 – SÚMULAS São aplicáveis as seguintes Súmulas do STF: SÚMULA Nº 111 É LEGÍTIMA A INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE TRANSMISSÃO "INTER VIVOS" SOBRE A RESTITUIÇÃO, AO ANTIGO PROPRIETÁRIO, DE IMÓVEL QUE DEIXOU DE SERVIR À FINALIDADE DA SUA DESAPROPRIAÇÃO. SÚMULA Nº 112 O IMPOSTO DE TRANSMISSÃO "CAUSA MORTIS" É DEVIDO PELA ALÍQUOTA VIGENTE AO TEMPO DA ABERTURA DA SUCESSÃO. SÚMULA Nº 113 O IMPOSTO DE TRANSMISSÃO "CAUSA MORTIS" É CALCULADO SOBRE O VALOR DOS BENS NA DATA DA AVALIAÇÃO. SÚMULA Nº 114 19 O IMPOSTO DE TRANSMISSÃO "CAUSA MORTIS" NÃO É EXIGÍVEL ANTES DA HOMOLOGAÇÃO DO CÁLCULO. SÚMULA Nº 115 SOBRE OS HONORÁRIOS DO ADVOGADO CONTRATADO PELO INVENTARIANTE, COM A HOMOLOGAÇÃO DO JUIZ, NÃO INCIDE O IMPOSTO DE TRANSMISSÃO "CAUSA MORTIS". SÚMULA Nº 116 EM DESQUITE OU INVENTÁRIO, É LEGÍTIMA A COBRANÇA DO CHAMADO IMPOSTO DE REPOSIÇÃO, QUANDO HOUVER DESIGUALDADE NOS VALORES PARTILHADOS. SÚMULA Nº 331 É LEGÍTIMA A INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE TRANSMISSÃO "CAUSA MORTIS" NO INVENTÁRIO POR MORTE PRESUMIDA. SÚMULA Nº 435 O IMPOSTO DE TRANSMISSÃO "CAUSA MORTIS" PELA TRANSFERÊNCIA DE AÇÕES É DEVIDO AO ESTADO EM QUE TEM SEDE A COMPANHIA. SÚMULA Nº 590 CALCULA-SE O IMPOSTO DE TRANSMISSÃO "CAUSA MORTIS" SOBRE O SALDO CREDOR DA PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL, NO MOMENTO DA ABERTURA DA SUCESSÃO DO PROMITENTE VENDEDOR. 2.2– IMPOSTO A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS 2.2.1– FONTES Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; 20 III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros; VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais; VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele; VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual; IX - incidirá também: a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; X - não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a 21 operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos; XII - cabe à lei complementar: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituição tributária; c) disciplinar o regime de compensação do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a"; f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. § 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. § 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo; II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias; III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem; IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: a)serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto; b)poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência; c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b. 22 § 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à apuração e à destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g. As normas gerais do ICMS estão veiculadas na LC 87/96, que “Dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, e dá outras providências. (LEI KANDIR)”. O ICMS onera então as operações de circulação de mercadorias e de prestação de três espécies de serviços, a saber: Transporte intermunicipal; Transporte interestadual; Comunicações. 2.2.2 – FATO GERADOR As situações que constituem fato gerador do ICMS estão previstas na LC 87/96 nos seguintes termos: Art. 2° O imposto incide sobre: I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; IV - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual. § 1º O imposto incide também: I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; II - sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente. § 2º A caracterização do fato gerador independe da natureza jurídica da operação que o constitua. 23 2.2.3 LANÇAMENTO O lançamento é feito por homologação nos termos do art. 150 do CTN. O sujeito passivo percorre por sua conta e risco o disposto no art. 142 do CTN e recolhe o valor que entender devido sem prévio conhecimento da autoridade administrativa, sujeitando então a ulterior homologação ou a lançamento de ofício. 2.2.4 CONTRIBUINTES E RESPONSÁVEIS Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial: I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade; II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; III – adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados; IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização. Art. 5º Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos devidos pelo contribuinte ou responsável, quando os atos ou omissões daqueles concorrerem para o não recolhimento do tributo. Art. 6o Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário. § 1º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subseqüentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. § 2o A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias, bens ou serviços previstos em lei de cada Estado. Art. 7º Para efeito de exigência do imposto por substituição tributária, inclui-se, também, como fato gerador do imposto, a entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado. 2.2.5 – SITUAÇÕES ESPECÍFICAS BARES E RESTAURANTES 24 O fornecimento de refeições em bares e restaurantes, acompanhadas ou não de bebidas, constitui uma operação mista pois inclui o fornecimento de mercadorias (ingredientes da refeição e bebidas) e serviço (preparo e higienização da louça). No entanto, por expressa disposição da LC 87/96, o “...fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares...”11 é fato gerador do ICMS. SOFTWARE Antes de analisar a incidência de tributo, é necessário avaliar o destinatário do uso do software. Se o destinatário for indeterminado, ou seja, se for destinado ao público em geral, temos o que se convencional chamar software de prateleira e, nessa hipótese, sua venda implica a circulação de mercadoria sendo assim fato gerador do ICMS. Por outro lado, o desenvolvimento de software por encomenda, ou seja, aquele destinado a satisfazer as necessidades de determinado consumidor e que, por consequência, não se destina ao grande público, constitui fato gerador do ISS. CDS, DVDs, FITAS MAGNÉTICAS E SIMILARES Com certeza você já comprou um filme gravado em DVD e, conforme sua idade, já comprou fitas cassetes (videocassete) A essas operações envolvendo tais suportes magnéticos aplicam-se duas súmulas que podem parecer contraditórias sem que o sejam. STF-662 É legítima a incidência do ICMS na comercialização de exemplares de obras cinematográficas, gravados em fitas de videocassete. STJ- 135 O ICMS não incide na gravação e distribuição de filmes e videoteipes. A comercialização da fita gravada (o mesmo se aplica ao DVD) é fato gerador do ICMS. No entanto, a gravação (o ato de gravar) constitui fato gerador do ICMS. Também não é fato gerador a distribuição gratuita (ex: em virtude de uma ação de marketing) desse material já gravado. COMODATO STF- 573 Não constitui fato gerador do imposto de circulação de mercadorias a saída física de máquinas, utensílios e implementos a título de comodato. Em regra, postos de combustíveis recebem, em comodato, as bombas para abastecimento e os respectivos tanques de armazenamento. De forma similar, fabricantes de cervejas e frigerantes entregam freezers e balcões aos revendedores também em comodato. 11 LC 87, art. 2º, I 25 O comodato é definido“...como o empréstimo gratuito de coisas fungíveis, para serem usadas e depois devolvidas.”12 Nessas operações, o bem objeto do comodato continua sendo de propriedade do comodante, não havendo assim transmissão de titularidade e, por consequência, inexiste o fato gerador do ICMS. TRANSFERÊNCIA ENTRE ESTABELECIMENTOS Para que haja fato gerador do ICMS é necessário haver circulação econômica, ou seja, circulação da qual decorre troca de titularidade da mercadoria. Esse é o entendimento do STJ, manifestado na Súmula 166: “Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte.” Imagine a seguinte cena. Uma sociedade que se dedica a venda de tintas possui dois estabelecimentos, um no centro de Belo Horizonte e outro no bairro do Prado. Um cliente vai à loja do Prado desejando comprar tinta branca. O vendedor após consultar o estoque, verifica que só há tinta branca na loja do Centro. Avisa ao cliente que vai providenciar a transferência da tinta da loja do Centro para a loja do Prado, possibilitando assim a venda. A operação de transferência entre as lojas não implica mudança na titularidade de mercadoria. Vale dizer que a lata de tinta é da sociedade na loja do Centro e continua a ser da sociedade na loja do Prado. O fato gerador somente ocorrerá quando a lata de tinta for vendida ao cliente. Esse entendimento do STJ contraria a literalidade da LC 87/96 que assim dispõe: Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento: I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; CONCRETO USINADO De forma similar ao que acontece no fornecimento de refeições, o fornecimento de concreto usinado implica a circulação de mercadorias (cimento, areia, aditivos, água e agregados) e prestação de serviço (dosagem dos insumos, agitação em caminhão betoneira e controle das condições de aplicação). No entanto, o STJ já entendeu o fornecimento de concreto usinado constitui não constitui fato gerador do ICMS. STJ-167 O fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil, preparado no trajeto até a obra em betoneiras acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujeitando-se à incidência do ISS. CONSTRUTORAS E A AQUISIÇÃO DE INSUMOS 12 Arnaldo Rizzardo. 26 Imagine que a construtora CASAEMPÉ Ltda. adquira tijolos em Minas Gerais para construção de um conjunto habitacional em Sergipe. É esperado que esses tijolos sejam aplicados na construção das habitações e assim sendo, a construtora não é comerciante (contribuinte do IMS) e sim seu consumidor final. A operação é interestadual (MG-SE) atraindo assim a aplicação do texto constitucional: CF, 155, § 2º. ... VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele; VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual; Sendo a construtora consumidor final, a aquisição dos tijolos em MG deve ser tributada com alíquota interna (18%) não se aplicando o inciso VIII supra, inexistindo assim a obrigação de se pagar ao Estado de destino aquilo que se convencionou chamar de “diferencial de alíquota”. STJ 432 As empresas de construção civil não estão obrigadas a pagar ICMS sobre mercadorias adquiridas como insumos em operações interestaduais. LEASING No leasing operacional interno (no Brasil), o fabricante coloca um bem seu a disposição de um usuário por tempo determinado, ao final do qual o bem será devolvido. Não há então troca de titularidade da mercadoria em virtude de operação de leasing. LC 87/96... Art. 3º O imposto não incide sobre:... VIII - operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário; Terminado o contrato de leasing, há a possibilidade de o arrendatário adquirir o bem pelo seu valor residual. Nessa hipótese, de compra, haverá sim o fato gerador do ICMS. O tema merece outra análise quando de se trata de mercadoria oriunda do exterior que entra no território nacional por força do contrato de leasing. Por força de EC 33, toda e qualquer mercadoria que venha do exterior passou a constituir fato gerador do ICMS. Com base nessa disposição, o STF entendeu que a entrada de mercadoria estrangeira, ainda que objeto de contrato de leasing, constitui fato gerador do ICMS. “EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. ICMS. ARRENDAMENTO MERCANTIL - "LEASING". 1. De acordo com a Constituição de 1988, incide ICMS sobre a entrada de mercadoria importada do exterior. Desnecessária, portanto, a 27 verificação da natureza jurídica do negócio internacional do qual decorre a importação, o qual não se encontra ao alcance do Fisco nacional. 2. O disposto no art. 3º,inciso VIII, da Lei Complementar nº 87/96 aplica-se exclusivamente às operações internas de leasing. 3. Recurso extraordinário conhecido e provido.”13 Ao julgar a incidência do ICMS sobre aeronaves e suas partes, provenientes do estrangeiro em virtude de contrato de leasing, o STF entendeu não haver tal incidência já que nesses contratos não há opção de compra, não havendo assim que se falar em circulação de mercadoria. “EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ICMS. NÃO-INCIDÊNCIA. ENTRADA DE MERCADORIA IMPORTADA DO EXTERIOR. ART. 155, II DA CB. LEASING DE AERONAVES E/OU PEÇAS OU EQUIPAMENTOS DE AERONAVES. OPERAÇÃO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL. 1. A importação de aeronaves e/ou peças ou equipamentos que as componham em regime de leasing não admite posterior transferência ao domínio do arrendatário. 2. A circulação de mercadoria é pressuposto de incidência do ICMS. O imposto --- diz o artigo 155, II da Constituição do Brasil --- é sobre "operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior". 3. Não há operação relativa à circulação de mercadoria sujeita à incidência do ICMS em operação de arrendamento mercantil contratado pela indústria aeronáutica de grande porte para viabilizar o uso, pelas companhias de navegação aérea, de aeronaves por ela construídas. ...”14 Em síntese, sendo a hipótese de leasing internacional, é necessário investigar a natureza do contrato para da eventual incidência do ICMS. Se não houver possibilidade de aquisição do bem (caso das aeronaves), não há a incidência do ICMS. ACESSO À INTERNET O serviço de acesso à internet não é serviço de comunicação e sim serviço de valor adicionado nos termos da Lei Geral de Telecomunicações. STJ 334 O ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso à Internet. HABILITAÇÃO DE CELULAR O ato de habilitação do celular não constitui um serviço de comunicação, nada mais sendo que um ato preparatório ao uso do celular. O uso do celular, sem dúvida, é um serviço de comunicação. STJ – 350 O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação de telefone celular. RESERVA DE DEMANDA 13 RE 206.069 14 RE 461.968 28 Os grandes consumidores de energia costumam contratar com as concessionárias de energia uma “reserva de demanda”. Em termos simples, funciona como colocar à disposição doconsumidor uma determinada quantidade de energia que poderá utilizada ou não. Se for utilizada, a energia será faturada em condições normais. Se não for usada, por óbvio, não será faturada. No entanto, para manter essa quantidade de energia disponível, a concessionária cobra uma valor a título de reserva de demanda. Esse valor pago a título de reserva de demanda não pode sofrer a incidência do ICMS. STJ – 350 O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação de telefone celular. 2.2.6 – IMUNIDADES São as seguintes as imunidades relativas ao ICMS: X - não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; A ideia é desonerar as exportações como forma de torná-las mais interessantes. Em outras palavras, não incidindo o ICMS, o produto chega no exterior mais em conta, tornando-o assim mais competitivo no mercado internacional. Uma forma adicional de incentivar as exportações é garantir aos exportadores a manutenção do crédito do ICMS. Como você já sabe, em virtude da não cumulatividade aplicável ao ICMS, o valor a pagar é apurado através de um sistema de créditos e débitos. Quando da aquisição das mercadorias, apropria-se o crédito do ICMS. Quando da saída da mercadoria apropria-se o débito do ICMS. Apura-se o saldo da conta para que se possa recolher o valor devido. Em condições normais, as saídas desoneradas (as saídas objeto de imunidade é uma delas) implicam o cancelamento do respectivo crédito de modo a evitar a geração de crédito de ICMS, nos seguintes termos: CF, 150, § 2º. ... II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; Nas operações de exportação, o crédito de ICMS é mantido como uma forma adicional de incentivar as exportações. 29 b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; Repare que somente as operações interestaduais são imunes. As operações no âmbito dos Estados não são imunes. Vale lembrar que o etanol (álcool) não é derivado de petróleo. c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; § 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II - setenta por cento para o Município de origem. d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; 2.2.7 – NÃO CUMULATIVIDADE A Constituição dispõe que o ICMS será não-cumulativo nos seguintes termos: Art. 155 § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; Cabem aqui alguns comentários sobre a sistemática de apuração não cumulativa do ICMS, também aplicável ao IPI com as devidas adaptações. A apuração do ICMS (e do IPI também) ocorre de forma não cumulativa, através de um sistema de débitos e créditos. Assim, a cada, operação, tanto de entrada como de saída de mercadorias, lançamentos são feitos em livros contábeis próprios. HISTÓRICO CRÉDITO DÉBITO Assim, vamos ver como as coisas funcionam. Vamos considerar que a alíquota interna (operações realizadas nos limites do Estado) é de 18% e a alíquota interestadual é de 12%.Vamos efetuar os lançamentos referentes às seguintes entradas de mercadorias, considerando um contribuinte sediado em Minas Gerais: 30 Mercadoria Origem Valor total 10 telefones celulares SP 1.000,00 100 capas plásticas MG 250,00 10 baterias MG 500,00 Ficaria assim: HISTÓRICO CRÉDITO DÉBITO 10 telefones celulares 120 100 capas plásticas 45 10 baterias 90 Ao longo da primeira semana, foram realizadas as seguintes vendas: Mercadoria Destino Valor total 4 telefones celulares MG 800,00 30 capas plásticas MG 180,00 3 baterias MG 320,00 1 telefone celular MG 100,00 3 telefones celulares SP 30,00 Os lançamentos ficaram assim: HISTÓRICO CRÉDITO DÉBITO 10 telefones celulares 120,00 100 capas plásticas 45,00 10 baterias 90,00 4 telefones celulares 144,00 30 capas plásticas 32,40 3 baterias 57,60 1 telefone celular 18,00 3 telefones celulares 3,60 255,00 255,60 Ao longo de três outras semanas, as vendas foram as seguintes: Mercadoria Destino Valor total 2 telefones celulares Exterior 200,00 70 capas plásticas RJ 500,00 7 baterias MG 850,00 31 Os lançamentos são os seguintes: HISTÓRICO CRÉDITO DÉBITO 10 telefones celulares 120,00 100 capas plásticas 45,00 10 baterias 90,00 4 telefones celulares 144,00 30 capas plásticas 32,40 3 baterias 57,60 1 telefone celular 18,00 3 telefones celulares 3,60 2 telefones celulares - 70 capas plásticas 60,00 7 baterias 102,00 Total 255,00 417,60 Saldo 162,60 Então, encerrado o período de apuração, os créditos (aquilo que foi descontado do valor da operação do contribuinte posto que já havia sido cobrado em todas as operações anteriores) somou R$ 255,00. Lado outro, as vendas efetuadas resultaram num débito de ICMS igual a R$ 417,60. O saldo é de R$ 162,60 a recolher ao Estado a título de ICMS. No entanto, vejamos alguns detalhes: Imagine que 1 telefone adquirido em SP por R$ 100,00 foi vendido também por R$ 100,00 em MG. HISTÓRICO CRÉDITO DÉBITO 1 telefone celular 12,00 18,00 Saldo 6,00 Veja que embora o valor de compra seja igual ao valor de venda, há ICMS a pagar em virtude da diferença das alíquotas (interna e externa). Imagine que três telefones foram vendidos a valor inferior ao valor de custo. Então a venda a um preço que o de custo implica a geração de crédito de ICMS que será usado para diminuir o valor de ICMS a recolher. HISTÓRICO CRÉDITO DÉBITO 3 telefones celulares 36,00 3,60 Saldo 32,40 Imagine agora que 2 aparelhos foram exportados e que a exportação sob o amparo da imunidade do ICMS, garantida a manutenção do crédito respectivo. HISTÓRICO CRÉDITO DÉBITO 2 telefones celulares 24,00 0,00 Saldo 24,00 A exportação de mercadorias também gera crédito de ICMS. É através da leitura da Nota Fiscal que o sujeito passivo identifica o valor do “...imposto cobrado nas operações e prestações anteriores;”, seja relativo ao IPI ou ao ICMS. 32 Ao receber a Nota Fiscal, o adquirente verifica o valor lançado no campo “VALOR DO ICMS” e escritura em seus livros o respectivo crédito de ICMS. Não importa se o tributo foi recolhido pelo remetente ou não. Exigir que o comerciante adquirente efetuasse esse controle seria atribuir a ele a função fiscalizadora do Estado. 2.2.8 – BENEFÍCIOS FISCAIS RELATIVOS AO ICMS Para evitara “guerra fiscal” entre os Estados, a Constituição dispõe que qualquer benefício fiscal relativo ao ICMS deverá ser concedido mediante CONVÊNIO CONFAZ, cuja produção é regulada pela LC 24/75. Através desses convênios, as partes (Estados e Distritos Federais) ajustam acordos. Sendo o objeto desse convênio a concessão de benefícios, sua aprovação depende da manifestação favorável de todos os representados. Na hipótese de revogação (total ou parcial) de benefícios, a aprovação do convênio requer manifestação favorável de 4/5 dos presentes. Em até 10 dias após o encerramento da reunião, será publicada no DOU a resolução do que restar decidido na reunião e, partir daí, em até 15 dias, cada membro, através de decreto legislativo, ratificará ou não o convênio, sendo que a falta de manifestação nesse prazo implica ratificação tácita. A LC 24/75 dispõe que a concessão e a revogação de isenção referente ao ICMS somente poderá ser veiculada através de Convênio do CONFAZ. O parágrafo único do art. 1º. dessa LC, em seu inciso primeiro, diz também ser reserva de Convênio o tema relativo “I – à redução de base de cálculo;”. Concluindo, somente mediante deliberação do CONFAZ através de convênio é possível conceder, revogar ou alterar a isenção, ainda que concedida sob a forma de redução da base de cálculo. 2.2.9 – ICMS NA IMPORTAÇÃO A importação é fato gerador do ICMS, nos termos da Constituição, com a redação que lhe deu a Emenda 33: IX - incidirá também: a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; 33 No entanto, a Súmula STF-660 continua vigente mas aplicável somente às importações anteriores à edição da citada emenda. STF-660 Não incide ICMS na importação de bens por pessoa física ou jurídica que não seja contribuinte do imposto. 2.3 – IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES 2.3.1– FONTES Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: ... III - propriedade de veículos automotores. ... § 6º O imposto previsto no inciso III: I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. Não existe norma geral relativa ao IPVA. Assim, cada Estado legisla livremente sobre o tema com base no art. 24 da Constituição: Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:... § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estado exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. 2.3.2 – FATO GERADOR Se houvesse lei complementar tratando do IPVA, por força do art. 146, III da Constituição, lá estaria definido o fato gerador desse imposto. Como não há, o fato gerador está definido na lei de cada Estado. Em linhas gerais, é fato gerador do IPVA ser proprietário de veículo automotor. Considerando a origem história do IPVA que é sucessor da extinta TRU (taxa rodoviária única), o STF tem entendimento forte no sentido de que a propriedade de aeronaves e embarcações não constitui fato gerador do IPVA, embora sejam eles veículos automotores. O IPVA é um tributos daqueles chamados “lançado por período certo de tempo” pois o fato gerador, ou seja, a propriedade, se prolonga ao longo de todo o ano. Por ficção, o fato gerador ocorre em cada 1º de janeiro. 2.3.3 LANÇAMENTO O IPVA é lançado de ofício com base no inciso I do art. 149 do CTN. 34 2.3.4 CONTRIBUINTES E RESPONSÁVEIS Mais uma vez, a definição do fato gerador estará na legislação de cada ente tributante. Fato é que o contribuinte é o proprietário do veículo automotor. As hipóteses de responsabilidade, sem prejuízo das já previstas no CTN, estão, também na lei estadual. 2.3.5 – DA BASE DE CÁLCULO A base de cálculo é o valor venal do imóvel. A cada ano, o Estado tributante elabora uma tabela de valores e com base nessa tabela as bases de cálculo são determinadas. Nos termos do § 1º do art. 150 da Constituição, a majoração da base de cálculo do IPVA constitui exceção à noventena (CF, 150, III, c). A atualização dos valores que servem de base de cálculo pode ser feita através ato do executivo nos termos do art. 97 do CTN. 2.3.6 – DAS ALÍQUOTAS Cabe ao Senado Federal definir as alíquotas máximas do IPVA, alíquotas essas que poderão ainda ser diferenciadas em função do tipo e do uso. Não cabe alíquota diferenciada em virtude de o veículo ser nacional ou importado sob pena de restar afrontado a Constituição em seu art. 152. Não há definição legal do que seja tipo ou uso. Para Leandro Paulsen essa é uma autorização para exigir o IPVA de forma seletiva. 3 - IMPOSTOS MUNICIPAIS 3.1 - IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS POR ATO ONEROSO INTER VIVOS 3.1.1 – FONTES CF... Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: ... II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;... § 2º - O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, 35 incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; II - compete ao Município da situação do bem. CTN.... Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil; II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia; III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II. Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a transmissão dos bens ou direitos referidos no artigo anterior: I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito; II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra. Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em decorrência da sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos. Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição. § 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de 50% (cinquenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente,
Compartilhar