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A COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

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1 QUESTÕES PROPOSTAS
1.1 A COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
			Uma organização não consegue sobreviver na atual conjuntura global sem manter canais de comunicação diretos com seu público, tanto interno, quanto externo. O gerenciamento dos canais de comunicação torna-se verdadeiras armas para os gestores que pretendem ter sucesso em sua carreira. A criatividade na hora de implementar estratégias de comunicação pode ser o diferencial que coloque a organização no topo do mercado. De acordo com Chiavenato (2006, p. 181) “a organização precisa coletar e processar uma enorme variedade de informações para permitir a escolha de alternativas”.
			Tomando como base o texto “Relatos diferentes, uma narrativa”, apresentam-se algumas situações em que a comunicação faz a diferença nos diversos ambientes organizacionais. No primeiro caso, o da Braskem, a organização mantém relações estreitas no quesito comunicação, entre os diferentes ambientes organizacional. Levando este mesmo conceito para o relacionamento externo, com os investidores, alinhando o discurso interno e externo. 
			Quanto a este contexto, pode-se dizer que o processo de comunicação nas organizações demanda um posicionamento estratégico, com o envolvimento de fatores internos e externos à organização, para que o entendimento ocorra entre os diferentes sujeitos.
			O tratamento dispensando com o público interno na Braskem fica evidenciado quando observa-se os materiais confeccionados para os colaboradores, como boletins, revistas de notícias e de outros assuntos cotidianos. Desta forma a comunicação interna, em todos os níveis organizacionais, se torna clara e acessível, desde a equipe administrativa até a operacional. 
			Este alinhamento no discurso permite que os diferentes sujeitos presentes na organização falem do mesmo assunto, com o mesmo entusiasmo e positividade utilizando diferentes linguagens. Todo este esforço em torno do discurso positivo da empresa faz parte de seu objetivo de manutenção de uma agenda positiva de comunicação em todos os ambientes.
			Quando os meios de comunicação são bem definidos dentro da organização, não existiram problemas quanto ao discurso mantido. Observa-se este processo na Braskem, visto que sua política de comunicação encontra-se bem definida, priorizando um processo de comunicação eficiente, de forma global no âmbito organizacional. 
			Quanto a CPFL, outra empresa abordada no texto, esta procura estreitar a comunicação entre seus membros por meio de mensagens emitidas pelo presidente do grupo, no ambiente interno, e externamente com seus consumidores por meio de comunicados e informações nas contas de luz, visto se tratar de uma empresa distribuidora de energia elétrica.
			Este tipo de comunicação é considerado o mais adequado para a empresa, visto que sua relação se torna estreita, sobretudo com seus clientes. No entanto, este mesmo instrumento de comunicação torna-se um desafio, visto que para um público tão grande e heterogêneo, uma única mensagem precisa atingir o mesmo objetivo.
			A empresa busca ainda posicionar sua marca junto ao público interno, utilizando como base a missão, visão e princípios da organização, desta forma a imagem refletida para o público externo terá esta marca, norteando todas as ações que possam vir a ser empreendidas por ela. “A comunicação compreende um processo de troca de informações que visa à promulgação de ideias e o desenvolvimento de posicionamentos” (AVILA, GHISLENI e DELLAZZANA, 2007, p. 115)
			Todo o processo de comunicação segue um conceito estético e direcional, em que a mensagem encontra-se alinhada com a política vigente na organização. Para Nassar (2008) a comunicação que procura refletir e estabelecer as políticas da organização tende a confirmação, junto ao público e aos colaboradores, de sua essência. 
			Todo este aparato comunicacional mantido pela organização é externado por meio da manutenção de um relacionamento amistoso com a imprensa e com órgãos formadores de opinião, a fim de consolidar a política de gerenciamento da comunicação da empresa. A utilização destes instrumentos é indispensável para a manutenção da marca e do prestígio junto aos diferentes públicos, internos e externos.
			Para gerar confiança no público de interesse é preciso consolidar uma imagem junto aqueles que estão mais próximos, no caso, o público interno, sendo assim as ações da CPFL junto aos colaboradores é essencial na hora de externar as políticas de gerenciamento do público externo, seu consumidores, que recebem mensagens baseadas nos pontos destacados pela empresa para refletir sua atuação.
			Em se tratando de comunicação e estreitamento das relações entre as organizações e seus públicos, não existe uma fórmula definitiva, é preciso construir dia a dia, a relação de confiança e demonstrar que a organização está disposta a se aproximar de seu público, sejam colaboradores ou clientes. Na verdade, cada organização empreende sua própria política de comunicação, o que a torna diferenciada e única. 
			Essencial nesta relação de confiança é que o discurso e a prática sejam reflexos um do outro. Para Cavalcante (2008, p. 31) “um dos principais objetivos da comunicação institucional é o estabelecimento de relações duradouras com os seus públicos”.
			A coerência no discurso institucional é fundamental para manter a confiança do público, mesmo que este discurso tenha sofrido modificações de linguagem para atendimento dos objetivos junto ao público ao qual foi destinado. O importante é manter a essência do discurso organizacional.
			 Considerando todas as estratégias utilizadas pelas empresas descritas no texto, e que estas tem gerado resultados positivos para as mesmas, considera-se pertinente sugerir que dentre as estratégias a ser implementadas pelas organizações, a fim de fomentar o relacionamento e a comunicação com seus públicos, a adoção de meios eletrônicos para o alcance ainda maior do público institucional.
			É sabido que na atualidade os meios eletrônicos dispensam grande atenção dos usuários de meios de comunicação, nada mais adequado que as organizações utilizarem também destes meios para fomentar seu campo de atuação no quesito comunicação. Para Keen (1996, p. 143) “O correio eletrônico garante a entrega das mensagens ao usuário independentemente de hora e lugar; (...) permite que se mantenha contato discreto e formal com uma rede de contatos."
			O processo de comunicação requer adaptações na organização em vários aspectos para que estas informações tornem-se viáveis aos públicos os quais se destinam. Neste processo de adaptação as ferramentas a serem utilizadas também precisam atender as necessidades latentes, tanto do público, quanto da organização. 
		Ao observar o que foi descrito no texto, verifica-se que cada organização tem procurado sempre empreender os melhores meios para se comunicar.		
1.2 COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
			A comunicação é a chave para qualquer tipo de relacionamento, muito mais nas organizações, em que os relacionamentos interpessoais de qualidade são fundamentais para manter o clima organizacional, bem como promover ações que levem as estratégias da empresa para altos patamares de desenvolvimento.
	Em se tratando do ambiente interno da organização, os relacionamentos interpessoais são indispensáveis, visto que a partir deles é que se consegue promover a comunicação entre as equipes de trabalho e os diferentes departamentos existentes. O surgimento de conflitos no âmbito da organização é um fato que pode perturbar a qualidade da comunicação, portanto, devem ser gerenciados. Para Chiavenato (1992) o indivíduo pode se relacionar em seu ambiente de trabalho, conforme seus objetivos individuais e organizacionais, levando em consideração que as formas de pensar, sentir e atitudes do homem, são influenciáveis pela organização.
	A intensificação dos relacionamentosinterpessoais no ambiente organizacional serve para afinar o discurso e transmitir aos grupos de interesses a mesma visão. A interação com diferentes áreas da organização torna fácil a comunicação com os diferentes grupos que compõe o ambiente da empresa, bem como prepara a mesma para enfrentar o ambiente externo.
	Se o processo de comunicação dentro do ambiente organizacional serve como base para afinar o discurso, no relacionamento com o mercado e demais sujeitos envolvidos, serve como estratégia para viabilizar a atuação da empresa no cenário mercadológico. 
	Pode-se observar através do texto exposto que, a comunicação e o relacionamento interpessoal são tratados com seriedade nas empresas descritas, as quais dão prioridade à comunicação global a fim de atingir todos os setores, no ambiente interno, e todos os públicos, no setor externo. Bem como procuram avaliar sua vulnerabilidades e corrigir eventuais distorções por meio da comunicação com todos os públicos.
1.2 TRANSPARÊNCIA E COERÊNCIA ENTRE DISCURSO E PRÁTICA 
	O processo de transparência nas organizações é fundamental para a manutenção de um discurso coerente e alinhado. A prática deve refletir no discurso e vice e versa, caso contrário o público de interesse, seja interno ou externo, percebe as disparidades e passa a não confiar nas práticas desenvolvidas pela organização. 
	No relato apresentado sobre as empresas descritas no texto, percebe-se que há um discurso embasado de forma bastante sólida nas práticas cotidianas, bem como nos fundamentos da empresa, como a missão e a visão, por exemplo. O que traz segurança e credibilidade para as organizações, que buscam consolidar ainda mais seu discurso, por meio do gerenciamento eficaz da comunicação com os diferentes públicos.
	A cultura da empresa precisa ser transmitida em cada ato, seja na forma como conduz seu trabalho prático, na forma como trata seus colaboradores e clientes, bem como no seu comportamento junto à sociedade, assumindo seus diferentes papéis no âmbito social. 
	Uma empresa que se diz sustentável, por exemplo, precisa conduzir seus negócios, sua posição no mercado, projetos sociais, e produtos que reflitam esta mensagem. Caso contrário seu discurso e sua prática se encontrarão desalinhados, provocando a desconfiança, tanto dos clientes, como dos colaboradores.
	O desempenho das organizações no contexto econômico atual, exige que ações estratégicas sejam implementadas a fim de superar os obstáculos do mercado. Na visão de Caravantes, Panno e Kloeckner (2005), o impulso para melhoria de desempenho operacional tem sido uma preocupação que predomina desde o inicio do século XX, devido às mudanças ocorridas nas diferentes dimensões do mercado, que passaram a exigir das organizações pro atividade, flexibilidade e competitividade. Todos estes aspectos não podem ser alcançados sem a utilização de estratégias eficazes, sobretudo no que se refere ao processo de comunicação dentro da organização. 
	O que se pode afirmar, diante de tudo que se descreveu é que a comunicação é uma prática que deve ser exercitada diariamente, tanto no ambiente interno, quanto externo, afinando o discurso e a prática da organização.�
REFERÊNCIAS
AVILA, Edilaine de; GHISLENI, Taís Steffenelo; DELLAZZANA, AngelaLovato. A comunicação organizacional realizada pela assessoria de comunicação do centro universitário Franciscano. PROBIC. Disc. Scientia. Ciências sociais aplicadas, Santa Maria, v. 3, n. 1, p. 114-126, 2007. Disponível em <:http://sites.unifra.br/Portals/36/Sociais/2007/06.pdf> Acesso em: 05 de mai. de 2014.
CARAVANTES, Geraldo R.; PANNO Cláudia C.; KLOECKNER Mônica C. Administração: teoria e processos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
CAVALCANTE, Shirley Maria. Gestão da comunicação organizacional. Conhecendo as ferramentas e suas aplicabilidades. 2008. 66f. Monografia (Especialização em Gestão Empresaria e de Pessoas) - Universidade Potiguar. Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação. João Pessoa. Disponível em: <:http://www.aberje.com.br/monografias/MONOGRAFIA%20Shirley%20Cavalcante%20PDF.pdf>Acesso em: 18 de abril de 2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Princípios de administração: o essencial em teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
____________. Recursos Humanos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1992.
KEEN, Peter G. W. Guia gerencial para a tecnologia da informação: conceitos essenciais e terminologia para empresas e gerentes. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1996.
NASSAR, Paulo. Conceitos e processos de comunicação organizacional. In: KUNSCH, Margarida Maria Krohling (Org.) Gestão estratégica em comunicação organizacional e relações públicas.São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2008.
ALUNO: FRANCISCO CORRÊA DE FARIA NETTO

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