Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Unidade III
MEIO AMBIENTE E GESTÃO DE RESÍDUOS
Profa. Daniela Patto
Agrotóxicos e pesticidas
 Os agrotóxicos e pesticidas são produtos químicos que 
podem controlar pragas de origem vegetal ou animal e 
doenças de plantas, também são conhecidos como 
defensivos químicos ou agrícolas, praguicidas, 
veneno e remédio de planta.
 Os pesticidas são aplicados nos ambientes hídricos, 
industriais, urbanos, em florestas nativas ou plantadas, 
podem ser usados em larga escala em pastagens para 
pecuária e na agricultura. 
Agrotóxicos e pesticidas
 Podem ser classificados como: fungicidas para o controle de 
fungos. 
 Inseticidas para o controle de insetos.
 Herbicidas para o controle de plantas invasoras.
 Fumigantes para o controle de bactérias do solo. 
 Desfolhantes para o controle de folhas indesejadas. 
 Raticidas para o controle de roedores. 
 Acaricidas para o controle de ácaros. 
 Nematicidas para o controle de nematoides.
Agrotóxicos e pesticidas
 De acordo com a legislação vigente, cabe ao Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento avaliar a eficácia 
agronômica. 
 Ao Ministério da Saúde de realizar a classificação 
toxicológica, e ao Ministério do Meio Ambiente, classificar e 
avaliar o grau de periculosidade ambiental. 
 Esta avaliação e classificação da periculosidade ambiental 
são baseadas nas propriedades físico-químicas em estudos 
toxicológicos e ecotoxicológicos. 
Agrotóxicos e pesticidas
A classificação dos pesticidas ocorre em função dos efeitos 
provocados à saúde, devido à exposição humana a esses 
compostos, podendo gerar diferentes classes toxicológicas 
como: 
 Classe I – produtos muito perigosos; 
 Classe II – produtos perigosos ao meio ambiente; 
 Classe III – produtos pouco perigosos;
 Classe IV – produtos pouco perigosos ao meio ambiente. 
Agrotóxicos e pesticidas
 Esta classificação foi estabelecida através dos testes 
realizados em laboratório, com o objetivo de determinar a 
dose letal (DL) do pesticida em 50% dos animais, numa certa 
concentração.
 Com a Revolução Verde (1950), ocorreram mudanças muito 
profundas na produção agrícola. Surgiram novas tecnologias 
de produção, empregando produtos químicos em excesso. 
Estes compostos foram disponibilizados aos agricultores na 
época, aumentando a produtividade mediante o controle de 
pragas, doenças e proteção contra insetos.
Agrotóxicos e pesticidas
 No Brasil, o processo de automação da agricultura teve início 
entre os anos 1960-1970, com o uso de agentes químicos e 
implemento de maquinário no processo produtivo, levando a 
criação do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), que 
vinculava a concessão de empréstimos à condição de utilizar 
pesticidas, o que era considerado como modernização do 
processo produtivo na época. 
Agrotóxicos e pesticidas
 No entanto, nada foi explicado aos trabalhadores sobre 
como utilizar e as consequências do abuso destas novas 
tecnologias, expondo as comunidades rurais a grandes 
riscos, gerados pelo uso extensivo de várias substâncias 
químicas perigosas.
 O destino dos pesticidas no ambiente é determinado pelas 
propriedades físico-químicas do agrotóxico, assim como 
sua quantidade e frequência de utilização, condições 
meteorológicas, características abióticas e bióticas do 
ambiente.
Agrotóxicos e pesticidas
 A persistência dos agrotóxicos no solo depende da eficiência 
dos processos físicos de transformação. 
 Alguns fungicidas inorgânicos contendo cobre podem 
persistir no ambiente por mais de 20 anos. 
 Porém, vários fungicidas orgânicos possuem tempo de meia-
vida curtos, apesar dos seus produtos de decomposição 
persistirem no solo, por tempo muito longo. 
Agrotóxicos e pesticidas
 Os pesticidas são produzidos a partir de substâncias 
químicas diferentes, pois foram desenvolvidos para 
exterminar, matar, impedir ou combater o desenvolvimento 
de certos organismos que podem ser considerados 
prejudiciais às culturas implantadas no processo agrícola do 
mundo. 
 Estes produtos atuam sobre os processos vitais que têm ação 
sobre a constituição física e saúde do ser humano.
Agrotóxicos e pesticidas
Os pesticidas podem ter dois tipos de efeitos sobre a saúde 
humana:
 Efeitos agudos: aqueles gerados pela exposição a 
concentrações elevadas de um ou mais agentes tóxicos, 
capazes de causar dano em um período de um dia;
 Efeitos crônicos: aqueles gerados pela exposição contínua a 
concentrações baixas de um ou mais produtos. 
Agrotóxicos e pesticidas
 Alguns resíduos que tornam-se teratogênicos podem ser 
encontrados nos alimentos e na água potável. 
 Os agrotóxicos podem causar doenças e levar a óbito.
 A segunda causa de intoxicação no Brasil são os pesticidas, 
seguidos dos medicamentos, porém a principal causa dos 
intoxicados irem a óbito é o contato com pesticidas. 
 Os aplicadores e produtores estão expostos diretamente à 
contaminação por agrotóxicos. 
Agrotóxicos e pesticidas
 Muitos aplicadores de agrotóxicos apresentam os sintomas 
esperados para o grupo de risco, mas poucos realizam exames 
periódicos de saúde. 
 É muito comum a exposição acidental a estes produtos 
químicos e acredita-se que o número de casos é bem maior 
que o relatado, visto que muitos acidentes não são notificados.
Agrotóxicos e pesticidas
 O aumento da quantidade de pesticidas aplicados tem trazido 
uma série de transtornos e modificações para o ambiente, 
tanto pela contaminação das comunidades quanto pelo seu 
acúmulo no ecossistema, isto é, água, solo, ar e biota. 
 Uma desvantagem é que os pesticidas podem contaminar 
espécies que não interferem no processo de produção. 
Agrotóxicos e pesticidas
 O principal integrador dos processos biogeoquímicos é a 
água, em todas as regiões, superficiais ou subterrâneas, 
sendo o principal destino dos agrotóxicos, quando 
empregados na agricultura. 
 Uma grande preocupação é a contaminação dos corpos 
d’água com agrotóxicos, desde 1979, quando foram 
observados os primeiros traços de pesticidas na água nos 
Estados Unidos.
 No Brasil, os resíduos de pesticidas contaminam os recursos 
hídricos de forma moderada, mas existem exceções, com 
áreas altamente poluídas.
Agrotóxicos e pesticidas
 A preocupação com a contaminação do solo se refere à 
interferência destes produtos químicos em processos 
biológicos responsáveis pela oferta de nutrientes.
 O ciclo dos nutrientes pode ser prejudicado quando o ativo 
persistente no solo interfere no crescimento de bactérias 
fixadoras de nitrogênio, que disponibilizam minerais às 
plantas. 
 Um parâmetro usado para observar a atividade do solo 
é a respiração. 
Interatividade
Sobre agrotóxicos, podemos afirmar:
I. A persistência dos agrotóxicos no solo depende da eficiência 
dos processos físicos de transformação. 
II. Atuam sobre os processos vitais que têm ação sobre a 
constituição física e saúde do ser humano.
III. O destino dos pesticidas no ambiente é determinado pelas 
propriedades físico-químicas do agrotóxico.
Assinale a alternativa correta:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II.
d) I e III.
e) I, II e III.
Agrotóxicos e pesticidas
 A população ainda não foi conscientizada da necessidade de 
diminuição do uso destes produtos como forma de garantia 
de sustentabilidade na agricultura. 
 A fiscalização de todo o ciclo de vida dos agrotóxicos, 
partindo das matérias-primas até o descarte, poderia diminuir 
os impactos ambientais, se conduzida de forma correta, 
reduzindo também a contaminação do homem.
Agrotóxicos e pesticidas
 É muito importante educar o produtor rural,mostrando a 
gravidade do uso sem controle de pesticidas, a existência de 
outras maneiras de controle mais limpas e eficientes, bem 
como diferentes maneiras de agregar valor ao produto, 
podemos considerar uma agricultura mais saudável, mantendo 
os níveis de produtividade para garantir a alimentação da 
população, sem aumentar os níveis de contaminação ambiental 
e sem prejudicar a saúde da sociedade. 
Agrotóxicos e pesticidas
 A avaliação dos efeitos colaterais, agudos ou crônicos, à 
saúde ou ao ambiente deve ser muito importante para a 
concessão ou não do registro. 
 Mesmo que os resultados da eficiência agronômica sejam 
facilmente comprovadas pelo usuário, os danos ao ambiente e 
à saúde não são.
No Brasil, a legislação prevê a proibição de registro de 
pesticidas quando:
 no houver métodos para desativação dos componentes 
no país;
 não existir antídoto ou tratamento eficaz no Brasil;
Agrotóxicos e pesticidas
 revelarem características teratogênicas, carcinogênicas e 
mutagênicas;
 produtos que provoquem distúrbios hormonais e danos ao 
aparelho reprodutor;
 revelarem-se mais perigosos para o homem do que os testes 
de laboratório com animais;
 as características causem danos ao meio ambiente.
Agrotóxicos e pesticidas
 Os produtos podem ser comercializados somente por meio de 
receituário agronômico, prescrito por profissionais 
habilitados, segundo a legislação brasileira. 
 A verificação dos teores de impurezas tóxicas e da 
composição qualitativa e quantitativa dos produtos é outra 
atividade importante do controle de pesticidas desenvolvidas 
pelo Ibama. 
Agrotóxicos e pesticidas
 A verificação dos teores de impurezas tóxicas é realizada por 
meio da avaliação das análises de impurezas, das 
informações sobre a produção prestadas pelas empresas que 
solicitam o registro e de ações de fiscalização.
 Os efeitos agudos são os mais visíveis e aparecem durante o 
contato da pessoa com o produto, apresentando sintomas 
muito marcantes. 
 Para os pesticidas, podemos observar convulsões, náuseas, 
espasmos musculares, vômitos, desmaios e dificuldades 
respiratórias. 
Agrotóxicos e pesticidas
 Os inseticidas classificados como organofosfatos e os 
carbamatos agem no organismo da humanidade inibindo a 
enzima colinesterase, que é responsável pela degradação da 
acetilcolina, um neurotransmissor que atua na transmissão de 
impulsos nervosos, tanto no sistema nervoso central como no 
periférico. 
 Quando inibida, a enzima não age mais sobre a acetilcolina, 
gerando um distúrbio chamado de crise colinérgica, que gera 
os principais sintomas observados nos indivíduos intoxicados 
por inseticidas.
Agrotóxicos e pesticidas
 O acúmulo de pesticidas organoclorados na cadeia alimentar 
gera um fenômeno conhecido como biomagnificação, que 
ocorre quando há o aumento das concentrações de certa 
substância, de acordo com a elevação do nível que um ser 
vivo ocupa na cadeia alimentar.
 Os inseticidas organoclorados têm utilização restrita e até 
podem ser proibidos, como no caso do DDT, devido aos seus 
efeitos tóxicos. 
 Pesticidas de muitos tipos podem ser relacionados com 
efeitos reprodutivos em animais ou reduzem a fertilidade em 
humanos. 
Agrotóxicos e pesticidas
 A deterioração das águas subterrâneas e superficiais 
contaminadas por pesticidas são um impacto ambiental muito 
importante, que está muito associado à produção industrial.
 A contaminação dos recursos naturais é muito importante, 
visto que atuam como via para transportar estes 
contaminantes para fora das áreas consideradas fontes. 
 Um problema muito sério é o reúso, o descarte inadequado das 
embalagens vazias que também provocam a contaminação 
ambiental e podem promover efeitos adversos à saúde dos 
seres vivos.
Agrotóxicos e pesticidas
 Os usuários de agrotóxicos são obrigados a devolverem as 
embalagens aos estabelecimentos comerciais e as empresas 
produtoras são responsáveis pela destinação adequada às 
embalagens vazias, como previsto na Lei 9.974/00, alterando a 
Lei 7.802/89. Porém, a maior parte das embalagens não está 
sendo devolvida.
 Os efeitos dos agrotóxicos podem ser sentidos no ambiente 
de várias maneiras. 
Agrotóxicos e pesticidas
 Os mais marcantes estão relacionados à saúde, sendo 
responsáveis por cerca de 20.000 mortes não intencionais por 
ano, causadas por intoxicações, provocando abortos, câncer, 
má formação de fetos, dermatites, entre outras doenças.
 Efeitos sobre a estrutura e fertilidade do solo não foram 
comprovados, porém existem efeitos indiretos que podem ser 
relacionados à utilização de agrotóxicos, mas existem 
dificuldades em avaliar e quantificar através dos processos 
biológicos do solo.
Agrotóxicos e pesticidas
 O movimento dos agrotóxicos para as águas subterrâneas e 
superficiais podem contaminar a água potável. 
 Alimentos também podem ser contaminados com resíduos de 
agrotóxicos, tornando a humanidade o alvo mais sensível. 
 Para que a utilização destas substâncias seja feita de forma 
mais consciente.
Agrotóxicos e pesticidas
 Os pesticidas podem trazer uma série de problemas para as 
superfícies onde se depositam, como solos desnudos e 
coberturas vegetais. 
 Certas superfícies podem ser marcadas, fragilizadas ou 
absorverem elementos minerais contaminados por estes 
produtos.
Agrotóxicos e pesticidas
 O Brasil vem trabalhando na racionalização de ações que 
englobam o desenvolvimento do Programa Nacional de 
Racionalização do Uso de Agrotóxicos, no qual são 
estabelecidos protocolos de ação para minimizar 
os impactos ambientais. 
 Outras ações como o manejo integrado e a regulamentação e 
comercialização de produtos biológicos também são 
consideradas soluções para o problema.
Interatividade
Podemos afirmar:
I. A degradação da qualidade de águas subterrâneas e 
superficiais tem sido identificada como a menor das 
preocupações no que diz respeito ao impacto da agricultura 
no ambiente. 
II. Os inseticidas organoclorados têm utilização restrita e até 
podem ser proibidos, devido aos seus efeitos tóxicos. 
III. Muitos problemas do sistema nervoso são associados à 
intoxicação por pesticidas organofosforados, ressaltando 
aqueles ligados à neurotoxicidade destes compostos.
Interatividade
Assinale a alternativa correta:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II.
d) II e III.
e) I, II e III. 
Aterro sanitário
 Atualmente, os aterros sanitários são a solução mais 
econômica para a disposição final, ambientalmente adequada, 
para resíduos não perigosos e inertes, entre eles os resíduos 
sólidos urbanos. 
 Um aterro sanitário é uma obra de engenharia que possibilita 
o confinamento seguro dos resíduos, evitando riscos à saúde 
e diminuindo os impactos negativos no ambiente.
Aterro sanitário
 No aterro, os resíduos são biodegradados em condições 
anaeróbicas. 
 Este processo tem como vantagens a estabilização, mesmo 
que a longo prazo, dos resíduos e um ligeira diminuição no 
seu volume. 
 No entanto, tal processo gera produtos líquidos lixiviado, 
conhecido como chorume, e gasosos, que escapam da massa 
do resíduo. 
 É por isso que, mesmo quando bem projetados, construídos e 
operados, os aterros ainda podem apresentar riscos ao meio 
ambiente. 
Aterro sanitário
 Os resíduos ainda podem se transformar em fontes de 
efluentes gasosos e líquidos. 
 Para que os impactos sejam mínimos possíveis, há uma série 
de requisitos a serem seguidos na construção e operação de 
um aterro sanitário.
 A base deve ser impermeabilizada, o que geralmente é feita 
com argila compactada cobertacom mantas geotêxteis. 
Aterro sanitário
 Se houver nascentes nas proximidades da área que vai 
receber os resíduos, elas devem ser canalizadas e, sobre esta, 
deve ser colocada uma camada de impermeabilização da base 
do aterro. Nestes casos, recomenda-se que tenham três 
metros de espessura.
 Sobre a base deve ser colocado um sistema de drenagem de 
fundo, composto por drenos dispostos em forma de espinha 
de peixe ou colchões drenantes. 
 Estes drenos, geralmente, são feitos de brita, pois tubos ocos 
seriam rompidos pelo peso dos resíduos. 
Aterro sanitário
 Estes drenos devem ter a inclinação de 2% e as britas devem 
ser cobertas com material sintético ou capim seco, para evitar 
a colmatação dos mesmos. 
 Os drenos conduzem o lixiviado para um sistema de 
armazenamento e tratamento.
 Deve haver um sistema de drenagem de gases, com drenos 
verticais, que devem ter o diâmetro de 1 metro. 
 Normalmente, usa-se tubos de concreto perfurados, 
revestidos com brita nº 4, ou ainda, fardos de tela metálica de 
formato cilíndrico, preenchidos com brita, sem tubo condutor, 
também podem ser aplicados. 
Aterro sanitário
 No topo do dreno, deve ser colocado um queimador de gases 
ou um tubo que conduza o gás aos geradores de energia. A 
distância recomendada entre um dreno e outro é de 30 a 50m.
 Os resíduos devem ser colocados em células com alturas de 2 
a 4 m. 
 Eles devem ser compactados com tratores ou outros 
equipamentos apropriados, sempre de baixo para cima, 
subindo e descendo a rampa de três a cinco vezes. 
Aterro sanitário
 Ao final do período de trabalho, os resíduos devem receber 
uma cobertura provisória, com 15 a 30 cm de terra, para evitar 
a propagação de moscas e outros vetores. 
 Uma vez preenchida a célula com volume de resíduo 
preestabelecido, a mesma recebe uma cobertura de argila 
compactada, com cerca de 40 a 60 cm de espessura, que 
impede a entrada de água de chuva. 
Aterro sanitário
 As águas do escoamento superficial devem ser interceptadas 
por drenos e afastadas do aterro. 
 A frente de trabalho é um ponto de entrada preferencial para a 
água de chuva, pois não é impermeabilizada, mas deve ser 
mantida com a menor extensão possível.
 Uma vez encerrado, o aterro deve receber uma cobertura final, 
na qual normalmente se coloca vegetação para aumentar a 
evapotranspiração e diminuir a produção de lixiviado. 
Aterro sanitário
 É interessante que a cobertura incorpore características que 
favoreçam o desenvolvimento de bactérias metanotróficas, 
que usam o metano como alimento e, assim, diminuem a fuga 
de metano por fora dos drenos de gás e minimizam a emissão 
de gases estufa. 
 Devemos ressaltar que as áreas para instalação de aterros 
estão se tornando cada vez mais raras, o que se deve tanto ao 
crescimento das cidades quanto à legislação ambiental, cada 
vez mais exigente. 
Lixiviado
 O lixiviado é uma mistura dos produtos da decomposição 
anaeróbia dos resíduos com a água da chuva que penetra no 
aterro. 
 Sua composição química é bastante variável e seu tratamento 
ainda se constitui em um desafio aos profissionais do setor. 
 É tóxico para os organismos aquáticos, principalmente devido 
às elevadas concentrações de amônia. 
Lixiviado
 As características do lixiviado mudam ao longo do tempo em 
função da fase em que o aterro se encontra. 
 Fase ácida: é a que acontece no início da operação do aterro, 
em que o lixiviado apresenta grandes concentrações de 
ácidos voláteis, elevada carga orgânica, pH baixo e a 
microbiota metanogênica ainda não teve tempo de se 
desenvolver.
 O lixivido da fase ácida é conhecido como chorume novo e o 
da fase metanogênica como chorume velho.
Lixiviado
 Fase metanogênica: uma vez que a microbiota metanogênica 
está bem desenvolvida, ela consome os ácidos voláteis e os 
converte em gás carbônico e metano, apresentando baixos 
teores de ácidos e carga orgânica mais baixa, pH elevado e 
concentrações significativas de nitrogênio amoniacal.
 Fase de maturação: após o encerramento da operação do 
aterro, a massa de resíduos vai ficando progressivamente 
mais estabilizada e, com isso, as emissões de gases 
diminuem até valores insignificantes. 
Gás de aterro
 O gás produzido pelo aterro é uma mistura de biogás com 
substâncias volatilizadas. 
 O biogás é formado por metano e dióxido de carbono, mas 
pode conter outros gases, como o gás sulfídrico. 
 O metano e o dióxido de carbono são gases de efeito estufa, o 
que torna importante que o gás do aterro receba algum tipo de 
tratamento antes de ser lançado na atmosfera. 
Gás de aterro
 A queima do metano faz com que ele seja uma fonte de 
energia em potencial. Em vários aterros, o gás é coletado e 
utilizado para produção de energia elétrica. 
 Cuidados especiais devem ser tomados em sistemas como 
este, pois o gás sulfídrico, ao ser queimado, converte-se em 
ácido sulfúrico e pode corroer os geradores.
 É necessário um tratamento prévio do gás antes da queima 
nas turbinas ou construir os geradores com materiais que 
resistam a esse tipo de ataque químico. 
Interatividade
Podemos afirmar:
I. Aterros sanitários são seguros e não provocam riscos ao 
ambiente.
II. Os resíduos são biodegradados em condições anaeróbicas. 
III. A biodegradação gera um resíduo líquido conhecido como 
chorume.
IV. Não existe necessidade de drenagem gasosa num aterro.
Assinale a alternativa correta:
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) I, II, III e IV.
Aterro de resíduos perigosos
 Os aterros para resíduos industriais perigosos são 
construídos de forma análoga aos aterros sanitários. 
 No entanto, este tipo de aterro deve ser executado e operado 
de modo muito mais criterioso devido ao alto risco ao meio 
ambiente. 
 Deve possuir sistemas de detecção de vazamentos pela 
camada de impermeabilização e uma drenagem muito mais 
efetiva das águas pluviais. 
Aterro de resíduos perigosos
 Geralmente, é útil encapsular os resíduos perigosos. 
 Este processo consiste em aplicar reações químicas que 
transformam os resíduos em uma forma menos solúvel e 
menos tóxica, associando-o a polímeros impermeáveis ou 
cristais estáveis.
 Aterros inertes são voltados para os resíduos da construção 
civil. 
 De acordo com a Resolução nº 307/2002 do Conama (esta 
resolução foi alterada pelas resoluções nº 348/04, nº 431/11 e 
nº 448/12).
Aterros inertes
 Não é suficiente confinar estes resíduos no menor volume 
possível, mas se deve mantê-los segregados e reservados 
para propiciar sua possível utilização no futuro. 
 Os aterros inertes devem funcionar como locais de 
armazenamento, sendo possível reutilizar esta área para 
outros fins no futuro.
Aterros inertes
 Os resíduos de construção civil não podem ser dispostos em 
aterros sanitários, mas podem ser usados como material de 
construção na operação destes aterros, geralmente na 
pavimentação das vias de acesso. 
 Para isto, é importante licenciar uma área anexa ao aterro 
sanitário para que funcione como aterro de inertes.
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
 A Política Nacional de Resíduos sólidos apresenta um marco 
inovador e ousado na implementação da gestão 
compartilhada do meio ambiente, propugnada pelo art. 225 da 
Constituição Federal (CF), ao conceber uma abrangente 
articulação e cooperação entre o poder público das várias 
esferas, o setor econômico-empresarial, o catadores de 
materiais recicláveis, com vista à gestão e ao gerenciamento 
integrado dos resíduos sólidos.
PNRS
 A PRNS compartilha e prioriza com todos, desde o poderpúblico das diversas esferas, setor econômico e segmentos 
sociais como os catadores de produtos recicláveis, a 
responsabilidade integrada e o gerenciamento 
ambientalmente adequado dos resíduos sólidos e se utiliza de 
instrumentos além do controle e comando, como acordos 
setoriais, as diversas modalidades de planos e os 
instrumentos econômicos.
PNRS
 Institui um modelo participativo ímpar de implementação da 
responsabilidade compartilhada no sistema de logística 
reversa, priorizando os acordos setoriais, os termos de 
compromisso e os regulamentos. 
 Aposta no funcionamento da responsabilidade compartilhada 
e na aplicação subsidiária da tríplice responsabilidade 
ambiental, responsabilidade civil objetiva e solidária, 
administrativa e penal, que incide quando as obrigações 
ambientais não são respeitadas, gerando resultados danosos 
ao meio ambiente e a terceiros. 
PNRS
 A PNRS se apresenta como uma verdadeira norma geral 
Federal, com a pretensão de traçar diretrizes gerais a serem 
observadas pelos municípios, estados e Distrito Federal, sem 
retirar deles autonomia para suplementarem as diretrizes 
gerais, adaptando-as às diversidades regionais e aos 
interesses locais. 
 O fato complicador é que o advento da Política Nacional de 
Resíduos sólidos se dá quando muitos estados, valendo-se de 
permissivo da atual Constituição, já editaram suas políticas 
estaduais de resíduos sólidos.
PNRS
 Muitas cidades também já tinham legislação disciplinando a 
disposição de matéria, e a principal dificuldade é a 
harmonização desta legislação precedente com as diretrizes 
da PNRS. 
 Com relação às disposições da legislação municipal e 
estadual, previu-se a suspensão automática e imediata da 
eficácia destas disposições quando a norma federal geral 
entrou em vigor. 
PNRS
 A responsabilidade e a gestão compartilhada do meio 
ambiente, entre o poder público e a sociedade, para fins de 
sua mais eficiente proteção e defesa, é uma importante 
inovação situada na evolução da tutela dos direitos difusos, 
incorporada pela Constituição de 1988 e cada vez mais pelas 
legislações ambientais, como é o caso da PNRS instituída pela 
Lei 12.305/10.
PNRS
 O dever de tutela de bem de natureza difusa, como é de 
proteção do meio ambiente ecologicamente equilibrado, não 
fica afeto a ninguém em particular, mas a todos em geral, na 
medida em que se trata de bem de uso comum de todos.
 O caráter difuso do direito e do bem jurídico perpassa para a 
respectiva tutela, que constitui igualmente um dever de todos. 
 A particularidade no direito brasileiro é a importância da 
atuação do Ministério Público na defesa do meio ambiente e 
de outros interesses sociais.
PNRS
 A PNRS tem com objetivo viabilizar e incentivar a 
implementação prioritária do sistema de gestão integrada e de 
gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos 
sólidos, mediante a mobilização e participação direta e efetiva 
da sociedade organizada, por meio de seus múltiplos setores 
econômicos e segmentos sociais, instituindo a 
responsabilidade compartilhada entre todos os elos da cadeia 
geradora dos produtos, serviços e resíduos.
NR 25 – Resíduos industriais
 A Norma Regulamentadora 25 dispõe sobre medidas 
preventivas a serem tomadas pelas empresas em relação ao 
destino final dado aos resíduos industriais gerados nos 
ambientes de trabalho, com o objetivo de preservar a 
integridade física e a saúde dos trabalhadores.
 A aplicação da NR 25 é feita após consulta da legislação 
municipal, estadual e federal e o Conama é o órgão 
competente para elaborar diretrizes técnicas para 
implementação da PNMA.
NR 25 – Resíduos industriais
 As normas regulamentadoras referentes à segurança do 
trabalho são obrigatórias para qualquer organização que 
tenha empregados sob o regime da Consolidação das Leis 
Trabalhistas (CLT), independente da empresa ser pública ou 
privada.
 Durante uma fiscalização, os auditores do trabalho podem 
pedir ao empregador a convenção ou acordo coletivo, quando 
existir, com o objetivo de verificar requisitos mínimos de 
saúde e segurança mais restritos que os previstos nas NRs. 
NR 25 – Resíduos industriais
 Nestes documentos podem estar determinados pagamentos 
de adicionais de insalubridade e periculosidade.
 O Auditor Fiscal do Trabalho, além de aplicar multas, também 
pode orientar os empresários como a lei deve ser aplicada, 
principalmente, em se tratando da legislação vigente. 
 As inspeções geralmente são realizadas de forma imprevista, 
com toda cautela, em horários e épocas mais adequadas para 
sua eficiência.
Interatividade
Sobre a PNRS, podemos afirmar:
I. A responsabilidade compartilhada é um grande marco desta lei.
II. Os catadores de lixo fazem parte da esfera social envolvida no 
gerenciamento compartilhado.
III. A responsabilidade compartilhada envolve apenas a 
responsabilidade civil e penal.
Assinale a alternativa correta:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II.
d) I e III.
e) I, II e III.
ATÉ A PRÓXIMA!

Mais conteúdos dessa disciplina