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Unidade III CADEIAS PRODUTIVAS II Prof. Ricardo Calasans Equinocultura Introdução Rebanho brasileiro: 6 milhões de animais distribuídos principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil. Utilizados para trabalho no campo. Prática de esportes. Cavalaria (Exército e Polícia). http://portaldoagronegocio.com.br/img/ noticias/noticia126403/637x325.jpg Equinocultura Introdução A produção de cavalos no Brasil pode ser divida entre: Sela: destinada a diversas modalidades esportivas; lazer; lida com gado – responsável pela maior concentração de equinos no Brasil. Tração: há poucas raças manejadas no Brasil. http://www.harasmgm.com.br/img/capa5.jpg Equinocultura Introdução A equinocultura também está envolvida em: Produção de leite – teor de gordura três vezes menor que leite de vaca; Fabricação de cosméticos. Kuomy (bebida láctea Russa). Produção de carne – amplamente consumida na Europa. Carne vermelha com menor teor de gordura e maior quantidade de proteínas. Popular na Bélgica, França e Suécia (mais consumida que carne de cordeiro). Maiores exportadores: Argentina, Canadá, Polônia, EUA e Brasil. Equinocultura Produção de soro antiofídico Os cavalos apresentam maior rendimento na produção de anticorpos dentre os mamíferos. Desse modo, costumam ser utilizados na produção de soro antiofídico. Pequenas doses de veneno (sem dano à saúde do animal). Após cerca de 15 dias o animal já apresenta quantidade suficiente de anticorpos. O sangue é coletado, centrifugado. O plasma (com anticorpos) é purificado, diluído e já está pronto para uso. Equinocultura Instalações Curral Local onde se realiza manejo sanitário, rufiação e manejo geral (cabresteamento, corte de crina, doma racional e cuidados gerais – unidade de serviço. Pavilhão com baias e cocheiras (fornecimento de concentrado – 1,5% de peso vivo). Cocho de ração, sal, bebedouro, cama (maravalha, feno, areia), balança para controle no desenvolvimento dos potros. Lavatório e local para secagem dos animais. Redondeo para adestramentos. Equinocultura Instalações Piquetes Devem ser divididos em lotes distintos: para éguas “solteiras” (animais sem filhote); para éguas com potro ao pé; maternidade; para potros entre 6 a 18 meses (período entre desmame e o sobreano); para potros acima de 18 meses; para os garanhões – evitando ângulos de 90°, que costumam ser destruídos pelos animais. Piquetes ideais devem apresentar pontas arrendondadas, sendo as cercas de arame liso ou utilizando tábuas (mais comum para haras). Equinocultura Pastagem Para a criação de cavalos, as mais utilizadas são: Gramíneas: crescimento rente ao solo (estolonífero); Coast cross; Estrela; Tifton. Leguminosas: alfafa (principalmente) e guandu. Há possibilidade de uso de pastagens para bovinos / equinos desde que as exigências nutricionais mínimas para os equinos seja atendida. Equinocultura Pastagem Degradação dos piquetes Processo de degradação – o solo aparece. Animais devem ser retirados do piquete. Adubar o solo – evita desenvolvimento de Brachiaria (não recomendada para equinos, em especial para potros). Crescimento rente ao solo (estolonífero). Coast cross. Estrela. Tifton. Brachiaria Quelante de cálcio – prejudica o crescimento animal, principalmente de potros. Possui oxalato, que se liga ao cálcio e forma o oxalato de cálcio, indisponibilizando cálcio para os animais e gerando distúrbios na formação óssea. Equinocultura Pastagem Plantas tóxicas Pteridium aquilinum (samambaia do campo): contém tiaminase – degrada a vitamina B1, importante para o sistema nervoso; pode gerar sintomatologia nervosa em equinos. Cavalinha (espécie Equisetum arvensii): comum em áreas alagadas; contém tiaminase – sintomatologia nervosa. Interatividade Os soros hiperimunes heterólogos são medicamentos utilizados para o tratamento de intoxicações causadas por venenos de animais. O processo de produção inicia-se com a imunização de cavalos com antígenos específicos, preparados com os venenos de serpentes, aranhas, escorpiões e lagartas. Utiliza-se o cavalo, pois ele: a) apresenta maior massa muscular, aumentando a área para inocular o veneno. b) é mais fácil de se lidar e barato de se adquirir. c) apresenta maior rendimento na produção de anticorpos dentre os mamíferos. d) se reproduz facilmente. e) possui baixo custo de manutenção. Equinocultura Manejo de potros Gestação Éguas – 11 meses. Jumentas – 12 meses. Égua muladeira (prenhe de jumento) – 11,5 meses. Parto 99% ocorre durante a noite. O potro deve consumir o colostro nas primeiras horas de vida. O mecônio deve ser eliminado até 24 horas após o parto. Maternidade Local plano (sem buracos). Piquetes limpos (sem excesso de arbustos). Fácil acesso e observação. Opção de baias maternidade. Equinocultura Manejo de potros Doenças Anemia hemolítica do recém-nascido (isoeritrólise neonatal) Incompatibilidade sanguínea entre mãe e feto. Segundo dia de vida – sinal clínico anemia. Tratamento: hematócrito (até 20%); transfusão sanguínea; colostro (banco de colostro); retorno à mãe após sete dias. Retenção de mecônio. Úlceras gastrointestinais. Poliartrite séptica. Rodococose equina. https://scontent.cdninstagram.com/hphotos-xaf1/t51.2885-15/s320x320/e15/11355157_804137196370376_1399378880_n.jpg Equinocultura Manejo de potros Programa de vacinação Principais vacinas: influenza (1ª dose aos 5 meses – reforço após 30 dias); tétano (1ª dose aos 6 meses – reforço após 30 dias – revacinação anual); encefalomielite (1ª dose aos 6 meses – reforço após 7 dias). http://bueno.vet.br/wp-content/uploads/2015/07/vacina-equino.jpg Equinocultura Manejo de potros Desmame Até 6 meses (máximo) – acesso piquete com éguas para madrinha (velhas e mansas). Início da doma com cabresteamento. Separados por sexo ao sobreano. 2,5 anos – início da doma racional. http://www.meiorural.com.br/f_mr_2/noticias/2015/ 09/conheca-os-cuidados-que-devem-ser-tomados- durante-o-desmame-de-potros.jpg Equinocultura Manejo reprodutivo 50% do manejo total. Éguas: entram em cio até 8 dias pós-parto; ciclo poliéstrico estacional; fotoperíodo crescente (setembro a março); duração do ciclo 6 dias – cobertura em dias alternados de cio. http://mlb-s1-p.mlstatic.com/8807 -MLB20008768936_112013-O.jpg Equinocultura Melhoramento genético Crescente demanda – aumento programa de melhoramento genético. Critérios de seleção (mais comuns): tempo de corrida; idade para 1ª prova; agilidade; conformação morfológica; desempenho no trabalho. http://www.fazendao.com/wp-content/ uploads/2014/07/dna-300x168.jpg Equinocultura Melhoramento genético Acasalamento – reprodução de animais de mesma espécie e mesma raça. Cruzamento – reprodução entre animais de mesma espécie, mas de raças distintas. Hibridação – reprodução entre animais de espécies diferentes. Filhotes machos – estéreis. Filhotes fêmeas – férteis (ocasionalmente). http://4.bp.blogspot.com/_mKHwy1cmzdA/TT9CkmhIS 6I/AAAAAAAAADY/WvlNrqoZugU/s380/Zorse%2B- meio%2Bzebra%252C%2Bmeio%2Bcavalo%2Bb%25C 3%25A9b%25C3%25A9.jpg Equinocultura Melhoramento genético Hibridação Jumento X égua = burro ou mula. Garanhão X jumenta = bardoto. ZebraX égua = zebroide. Atualmente no Brasil Jumento X égua (raças Quarto de Milha, Campolina, por exemplo) = animais com bom desenvolvimento para o trabalho no campo. http://imgs-srzd.s3.amazonaws.com/ srzd/upload/j/u/jumento2.srzd.jul.jpg Equinocultura Melhoramento genético Escolha da fêmea Osso coxal bem desenvolvido – possível parto de potro forte. Boa nutrição (bom desenvolvimento do feto). Boa habilidade materna (cuidados com potro e lactação). Éguas mansas. Grandes (embora não muito altas). Éguas velhas devem ser retiradas de produção devido ao desgaste dos dentes – má alimentação – má nutrição do filhote (gerando fenótipos inferiores). Éguas eventualmente descartadas para produção podem ser aproveitadas na produção muladeira – filhotes com mais aceitação no mercado. Interatividade O melhoramento genético é importantíssimo em qualquer criação comercial, buscando preservar características que sejam valorizadas no mercado. A reprodução de animais da mesma raça é conhecida como: a) cruzamento. b) duplicamento. c) acasalamento. d) replicamento. e) hibridação. Equinocultura Principais raças Tipo sela Mangalarga (raça brasileira): Mangalarga Marchador – porte médio, andar de marcha batida (confortável ao cavaleiro), baixo desgaste; Mangalarga Paulista – porte médio, bastante utilizado na lida com gado. http://www.diarioagricola.com.br/upload/noticias/ 861b2790097a91854e70/full/mangalarga.jpg Equinocultura Principais raças Tipo sela Quarto de Milha: atualmente voltado para provas de curta distância, é rápido, também utilizado na lida com gado; lombo mais curto – facilita mudanças de direção; muita força, pouco fôlego; rústico, trote; não são aceitos animais de pelagem branca, pintados ou pampas para registro. http://www.ricafe.com.br/ web/wp-content/themes/ kubrick-on-crack/scripts/ timthumb.php?src= http://www.ricafe.com.br/ web/pics/110426a.jpg&h= 284&w=424&zc=1&q=100 Equinocultura Principais raças Tipo sela Puro Sangue Inglês (PSI): lombo comprido, cernelha alta, corre longas distâncias; temperamento nervoso; formação de animais meio sangue – uso de animais mais calmos para reprodução; normalmente não tão bons para corrida. http://www.cavalosecavalgadas.com/images/ raca/cavalo-raca-puro-sangue-ingles.jpg Equinocultura Principais raças Tipo sela Árabe: raça mais antiga de que se tem conhecimento; apresenta uma vértebra a menos; cauda em bandeira; porte médio, cabeça pequena e fina; dócil, resistente – usado em provas de resistência (enduro). Anglo Árabe: PSI X Árabe = animais mais dóceis e velozes; porte médio a grande. http://www.racas-cavalos.com/Imagens/ raca-de-cavalos-puro-sangue-ingles.jpg Equinocultura Principais raças Tipo sela Andaluz: elegante; utilizado para sela; pescoço forte e arqueado. Apaloosa: pelagem característica; troncudo como o Quarto de Milha; dócil – utilizado para o trabalho; andar mais duro. BH (Brasileiro de Hipismo): grande porte; utilizado para provas de salto. http://cavalos.mundoentrepatas.com/imagenes/ imagens-cavalos-andaluz.jpg?phpMyAdmin= PfqG0iessiXP%2C5Zcan9pxZp0nv2 Equinocultura Principais raças Tipo sela Campolina: alto; marchador; origem brasileira; utilizado na reprodução com jumento – gerando animais maiores (muares). Crioulo: linhagem gaúcha, argentina e chilena; utilizado para lida com gado; dócil e resistente; porte pequeno ao médio. Paint Horse: porte médio; lida com gado. http://i.ytimg.com/vi/7W6AR 1QhqR8/hqdefault.jpg Equinocultura Principais raças Tipo tração Raças utilizadas para força – normalmente importadas. Bretão: porte médio; pescoço forte; dócil e de fácil manejo. Shire: grande porte; tração pesada. Percheron: animal de alto peso (em torno de 900 kg). http://www.oversodoinverso.com/wp- content/uploads/2013/04/noody-1.jpg Equinocultura Principais raças Raças de pônei Mini Horse: altura máxima de 95 cm. Pônei Brasileiro: altura máxima de 110 cm. Piquira: origem brasileira; rústico; preferencialmente marchador; dócil; mais alto dentre os pôneis. http://cptstatic.s3.amazonaws.com/imagens/enviadas/ materias/materia8296/mini-poneis-cursos-cpt.jpg Equinocultura Principais raças Raças de asininos Catalão: grande porte; pelagem escura; tração. Pêga: mais difundido no Brasil para hibridização; voltado para sela; pelagem mais comum – “Pêlo de Rato”. Jumento Brasileiro (Jeguinho Nordestino): pequeno porte (cerca de 1 metro de altura); rústico e forte; tração; 90% dos jumentos existentes no Brasil. http://www.fatonotorio.com.br/ upload/dn_noticia/1400016298.jpg Interatividade Um cavalo de tração, proveniente da França, da região de Perche, na Normandia, foi um dos animais de tração mais largamente usados antes do aparecimento do trator. Ele é conhecido como: a) Andaluz. b) Brumby. c) Hunter. d) Friesian. e) Percheron. Aquicultura Introdução Processo de produção de organismos de hábitat predominantemente aquático, em cativeiro. Tipos de aquicultura Piscicultura – produção de organismos de águas doces continentais. Carcinocultura – produção de camarão. Ranicultura – produção de rãs. Ostricicultura – produção de ostras. Salmonicultura – produção de salmão. http://www.pensamentoverde.com.br/wp- content/uploads/2014/06/img26.jpg Aquicultura Piscicultura Tipos de piscicultura Alevinagem – manejo de filhotes de peixes. Costumam ser feitos por empresas que possuem matrizes com alto potencial genético. Recria – manejo de crescimento de alevinos até ficarem juvenis. Normalmente são adquiridos de criatórios de alevinos, seguindo para engorda. Engorda – manejo até o período de abate. http://www.grupoaguasclaras.com.br/wp- content/uploads/2013/06/ALEVINOS-9.jpg Aquicultura Piscicultura Principais espécies Peixes tropicais Tilápia – atinge maturidade sexual aos 4 meses, causando um povoamento no viveiro rápido. Peso comercial em torno de 450 g. Carpa (Cyprinos carpia) – atinge maturidade sexual entre 8 e 12 meses, com ganho de peso de 1 kg por ano. Pacu (Piaractus mesopotamicus) – precoce e rústico. Tambacu – resultado de Tambaqui (fêmea) X Pacu (macho), visando as características de resistência ao frio (Pacu) com qualidade de carne e crescimento (Tambaqui). Surubim – apresenta alto ganho de peso. Curimba (Prochilodus scrofa) – por se alimentar de lodo no fundo do tanque, necessita de pouca ração. http://sebraemercados. com.br/wp-content/ uploads/2014/09/20140708 110006_aquicultura.jpg Aquicultura Piscicultura Principais espécies Peixe de clima temperado Truta – predominante de regiões serranas do Sudeste brasileiro e em Santa Catarina. Peixes ornamentais – voltados para aquarismo (predominante em SP e MG). Kinguio. Paulistinha. Neon. http://www.aquiculturaonline.com.br/wp- content/uploads/2015/02/peixe-ornamental-2.jpg Aquicultura Piscicultura Características gerais pH – ideal entre 6,5 e 8. Em caso de valores abaixo do ideal, recomenda-se a troca de parte da água e adição de calcário. Temperatura – ideal entre 25 e 30°C (peixes tropicais) e 8 e 18°C (para animais de clima temperado). Aquicultura Piscicultura Características gerais Alimentação Carnívoros– recomenda-se uso de ração balanceada (apresenta boa aceitação). Não carnívoros – normalmente se alimentam de plâncton além de ração. Local do criadouro Recomenda-se ser próximo ao mercado consumidor. Aquicultura Piscicultura Sistemas de produção Extensivo: uso de represas ou lagos naturais – uso da água para diversas atividades (bebedouro para demais animais) – baixo retorno financeiro; não há oferta de alimento (rações); baixa taxa de crescimento; captura por rede. Semi-intensivo: represas ou viveiros; oferta de alimento (rações) além de alimentação natural. Aquicultura Piscicultura Sistemas de produção Intensivo: viveiros com alta densidade populacional; alta produção – até 10 toneladas peixe/ha/ano. monocultivo – uma espécie/viveiro. Superintensivo: densidade populacional maior que a utilizada no sistema intensivo. Aquicultura Piscicultura Manejo da criação Retirada dos peixes: retirar toda água do tanque; adicionar calcário e adubar o tanque (esterco) antes de preencher novamente com água; após cheio, esperar cerca de 5 dias para formação de plâncton. Aquicultura Piscicultura Manejo da criação Fase de recria e engorda: os animais devem ser soltos em horários menos quentes; transportados em caixas isotérmicas ou sacolas transparentes com água e O2; as sacolas devem ficar flutuando nos viveiros por cerca de 15 minutos; oferta de ração – farelo três vezes ao dia (em acordo ao peso dos peixes). Abate: animais devem ficar em tanques de limpeza, em jejum, por 24 horas. Interatividade Existem diversos sistemas de piscicultura. Entre eles temos o semi-intensivo. É correto afirmar que esse sistema: a) possui viveiros com alta densidade populacional. b) é feito apenas em represas. c) tem oferta de alimento (rações) além de alimentação natural. d) não tem oferta de alimento (rações). e) tem baixa taxa de crescimento. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Equinocultura�Introdução Equinocultura�Introdução Equinocultura�Introdução Equinocultura Equinocultura�Instalações Equinocultura�Instalações Equinocultura�Pastagem Equinocultura�Pastagem Equinocultura�Pastagem Interatividade Resposta Equinocultura�Manejo de potros Equinocultura�Manejo de potros Equinocultura�Manejo de potros Equinocultura�Manejo de potros Equinocultura�Manejo reprodutivo Equinocultura�Melhoramento genético Equinocultura�Melhoramento genético Equinocultura�Melhoramento genético Equinocultura�Melhoramento genético Interatividade Resposta Equinocultura�Principais raças Equinocultura�Principais raças Equinocultura�Principais raças Equinocultura�Principais raças Equinocultura�Principais raças Equinocultura�Principais raças Equinocultura�Principais raças Equinocultura�Principais raças Equinocultura�Principais raças Interatividade Resposta Aquicultura�Introdução Aquicultura�Piscicultura Aquicultura�Piscicultura Aquicultura�Piscicultura Aquicultura�Piscicultura Aquicultura�Piscicultura Aquicultura�Piscicultura Aquicultura�Piscicultura Aquicultura�Piscicultura Aquicultura�Piscicultura Interatividade Resposta Slide Number 47
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