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Agricultura Internacional e o Meio Ambiente - Slides de Aula - Unidade IV

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Unidade IV
AGRICULTURA INTERNACIONAL E O MEIO AMBIENTE
Prof. Adilson Camacho
Agricultura internacional e o meio ambiente 
Para início de conversa, no bloco 1: 
 Nossos objetivos gerais são compreender a agricultura mundial 
em sua relação com o meio ambiente, os conhecimentos 
necessários sobre logística no agronegócio, funcionamento 
do comércio exterior e o papel do Brasil. 
Do que estamos falando?
 Agropecuária convencional e sustentável. Mercado.
Por que?
 Para mantermos a qualidade dos produtos, das relações de 
trabalho, modernizarmos os setores agroindustriais e ganharmos 
terreno no mercado internacional. 
Como?
 Conhecendo as condições atuais de produção para incrementá-las.
Agricultura internacional e o meio ambiente 
Nosso roteiro do conteúdo da unidade IV 
 O material de referência é o livro-texto da disciplina: GORNI, F. 
“Agricultura internacional e o meio ambiente”. São Paulo: Sol, 
2016.
 Bloco 1 – gestão ambiental: produtos verdes, reciclagem.
 Bloco 2 – segurança alimentar: boas práticas de fabricação –
BPF; análise de perigos e pontos críticos de controle – APPCC; 
os sete princípios do sistema APPCC.
 Bloco 3 – produtos verdes: organismos geneticamente 
modificados; as competências da CTNBio; alimentos orgânicos; 
reciclagem.
 Bloco 4 – inovação, meio ambiente e competitividade.
Agricultura internacional e o meio ambiente 
1. Gestão Ambiental: produtos verdes, reciclagem
 Movimentos ecológicos: conhecimentos, ciência, culturas, 
produção e demanda diferenciada.
 Surgimento do “consumidor verde” na década de 1980. O que 
aconteceu?
 Pressão de pessoas e ONGs sobre governos para que 
regulamentassem condutas de preservação diante dos impactos 
socioambientais.
 Como diferencial de marcas, as empresas passaram a buscar 
novas formas de gestão ambiental para competirem no mercado.
Agricultura internacional e o meio ambiente 
Duas visões: 
1. Alinhada ao “mercado verde”: “Ecoempreendedor: 
oportunidades de negócios da revolução ambiental”, de Steven 
J. Bennett (Makron).
2. Crítica à retórica do segmento “verde”: “A cortina de fumaça: o 
discurso empresarial verde e a ideologia da racionabilidade 
econômica”, de Philippe-Pomier Layrargues (AnnaBlume).
Agricultura internacional e o meio ambiente 
 “Consciência ecológica”: há o minerador e o ambientalista... Há 
todo tipo de adeptos da melhoria da qualidade de vida = ambiental! 
 Para cuidar do planeta, não basta fazer compras conscientes, 
reciclar, economizar energia, água e evitar poluir... A questão é 
muito mais radical: é necessário saber de onde vêm os problemas!
 O “consumidor verde” prefere e paga mais por produtos 
ecológicos, não adquire produtos com empacotamento excessivo, 
prefere produtos com embalagem reciclável e/ou retornável, evita 
comprar produtos com embalagens não biodegradáveis, observa 
os selos verdes, entre outros comportamentos incorporados. 
 Mas há certa iniquidade em certificar, reciclar, desenhar modelos 
de gestão ambiental. Isso tudo acaba sendo paliativo.
Agricultura internacional e o meio ambiente 
 Porém, enquanto estamos distantes da reflexão profunda, é 
necessário agir com certo pragmatismo. 
 Assim, no Brasil, a tendência é a de autodeclarações ambientais, 
oferecendo informações relevantes e de fácil entendimento para 
o consumidor, pois ao empregar estratégias de marketing ambiental, 
o produtor pode aumentar sua credibilidade e legitimidade, definir 
sua personalidade, área de atuação e imagem, além de agregar 
valor à sua marca junto a diversos compradores e fornecedores.
 A ISO – International Organization for Standardization (em 
português, Organização Internacional de Normalização) é uma 
federação mundial de entidades nacionais de normalização (ONGs), 
representando, praticamente, 95% da produção industrial do mundo 
(cerca de 160 países), com sede na Suíça. Tem por objetivo criar 
normas para promover a padronização dos sistemas. Normas mais 
conhecidas: ISO 9000, para gestão da qualidade, e ISO 14000, 
para gestão do ambiente.
Agricultura internacional e o meio ambiente 
 Cada país possui um órgão responsável por elaborar suas 
normas. No Brasil, temos a ABNT; na Alemanha, a DIN; no Japão, 
o JIS etc. 
 A ISO é internacional e, por essa razão, o processo de 
elaboração de normas é muito lento, pois leva em consideração 
as características e as opiniões de vários países membros.
 O objetivo da ISO é publicar documentos que estabeleçam 
práticas internacionalmente aceitas. Esses documentos são, 
geralmente, Normas Internacionais, que estabelecem regras a 
serem seguidas. As Normas Internacionais são aprovadas com o 
maior nível de consenso internacional possível dentro da ISO. 
Apesar de nem sempre serem ratificadas como normas 
nacionais nos países membros da ISO, elas formam a base de 
muitos aspectos do comércio internacional. Existem cerca de 
10.000 Normas Internacionais publicadas pela ISO.
Agricultura internacional e o meio ambiente 
 A ISO 14000 – Sistema de Gestão Ambiental estabelece 
requisitos para as empresas gerenciarem seus produtos e 
processos para que eles não agridam o meio ambiente, que a 
comunidade não sofra com os resíduos gerados e que a 
comunidade seja beneficiada em um aspecto amplo.
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Ser “verde”, ou ambientalmente correto na dimensão 
estritamente econômica, passa por inventar novas embalagens 
recicláveis, por administrar uma cadeia de ocorrências que 
envolvem várias etapas, desde fabricação, relação com 
fornecedores, clientes, empregados, mídia e comunidade. 
 A proeminência da dimensão econômica é um traço do nosso 
tempo, bem como a subordinação da ecologia como estudo 
dos recursos.
 Implantar sistemas de gerenciamento ambiental e investir em 
projetos ambientais são a base de estratégias de marketing
ambiental, que tem início na definição da política de gestão e 
termina com a divulgação para o mercado de uma 
empresa verde. 
Agricultura internacional e o meio ambiente 
 Ainda sobre o ecoempreendedorismo...
 Ao se traçar uma estratégia de marketing ambiental para uma 
empresa, é preciso começar pelos modos de produção, fazendo-se 
alguns questionamentos básicos, como quais materiais podem ser 
reciclados, o que deve ser feito para garantir mais durabilidade e 
longevidade aos produtos, que tipos de poluentes podem ser 
eliminados ou substituídos. 
O que seria uma ecoempresa? 
 No modelo de desenvolvimento convencional, uma empresa que 
saiba explorar, com menos insensatez, as riquezas ambientais. 
 No modelo alternativo, ideal, seria algo que validaria 
ambientalmente o trabalho e as relações de produção, promovendo 
desenvolvimentos sustentáveis: e o plural é de propósito, posto 
que se trata da variedade de caminhos econômicos.
Interatividade
Assinale a alternativa cuja relação entre empreendedor e ambiente 
esteja alinhada à racionalidade ambiental:
a) Empresário agrícola ou pecuarista que abandona progressivamente 
seus métodos tradicionais, substituindo-as por tecnologias 
modernas em função das exigências de mercado.
b) Ecoempreendedor é o agente inovador em busca da 
sustentabilidade econômica.
c) Ecoempreendedor é o agente econômico que, partindo da dinâmica 
dos ecossistemas, privilegia os métodos menos agressivos ao 
ambiente de cultivo e criação.
d) Não existe produto verde somente no nome, pois ao ser assim 
classificado nas cadeias produtivas, significa que apresenta 
características saudáveis.
e) Não existe empresas que façam “propaganda verde”, sem 
correspondência de sistemas de gestão e produção limpos, de fato.
Agricultura internacional e omeio ambiente 
 Segurança alimentar: Boas Práticas de Fabricação – BPF; Análise de 
Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC; Os sete princípios 
do sistema APPCC.
 Outro ponto a ser considerado é a segurança alimentar. 
 Há preocupação crescente com o tema da qualidade e da garantia 
de alimentos para as populações, além de maiores cobranças de 
“qualidade real” da indústria de alimentos e aprimoramento das 
várias ferramentas de gestão da qualidade que foram criadas (as 
normas ISO são as mais conhecidas) e têm sido utilizadas na 
expectativa de atender a exigências legais e outros requisitos de 
idoneidade em respeito ao consumidor, para oferecer um produto 
seguro e contemplar as exigências de comercialização, 
principalmente, as de exportação, nas quais os critérios são bem 
mais rigorosos.
 Observação: Vandana Shiva alerta sobre a perversidade das 
sementes patenteadas e autodestrutivas.
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Do ponto de vista econômico, devem ser consideradas que a 
boa gestão e a implantação de sistemas de qualidade permitem 
a diminuição de custos, redução de perdas e otimização da 
produção; que devem ser somados a controle de qualidade 
ambiental dos processos produtivos.
Dos instrumentos disponíveis, podemos citar as Boas Práticas de 
Fabricação – BPF, que, segundo a Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária – Anvisa, abrangem:
Agricultura internacional e o meio ambiente
 um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas 
indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária e 
a conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos 
técnicos. A legislação sanitária federal regulamenta essas 
medidas em caráter geral, aplicável a todo o tipo de indústria de 
alimentos e específico, voltadas às indústrias que processam 
determinadas categorias de alimentos.
Anvisa
Fonte: 
http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Alimentos/Assuntos+de+Interesse/Le
gislacao/Boas+Praticas+Regulamentos+Gerais+e+Especificos/4daeb1804fe0df3a93c49333c3398e7d. 
Acesso em 20.Jul.2015)
Agricultura internacional e o meio ambiente
A Portaria 1.428 do Ministério da Saúde – MS define Boas Práticas de 
Fabricação – BPF como normas e procedimentos que visam atender a 
um determinado padrão de identidade e qualidade de um produto ou 
serviço e que consiste na apresentação de informações referentes aos 
seguintes aspectos básicos, segundo a Portaria mencionada:
1. Padrão de Identidade e Qualidade – PIQ: compreende os padrões 
a serem adotados pelo estabelecimento.
2. Condições ambientais – compreendem as informações das 
condições internas e externas do ambiente, inclusive as condições 
de trabalho, de interesse da vigilância sanitária e os 
procedimentos para controle sanitário de tais condições.
3. Instalações e saneamento – compreendem informações sobre 
a planta baixa do estabelecimento, materiais de revestimento, 
instalações elétricas e hidráulicas, serviços básicos de 
saneamento e os respectivos controles sanitários.
Agricultura internacional e o meio ambiente
4. Equipamentos e utensílios – compreendem as informações 
referentes aos equipamentos e aos utensílios utilizados nos distintos 
processos tecnológicos e os respectivos controles sanitários.
5. Recursos humanos – compreendem as informações sobre o 
processo de seleção, capacitação e de ocupação, bem como o 
controle da saúde do pessoal envolvido com o processo de 
produção e/ou prestação de serviços na área de alimentos e do 
responsável técnico pela implementação da presente norma.
6. Tecnologia empregada – compreende as informações sobre a 
tecnologia usada para obtenção do padrão de identidade e qualidade 
adotado.
7. Controle de qualidade – compreende as informações sobre métodos 
e procedimentos utilizados no controle de todo o processo.
8. Garantia de qualidade – compreende as informações sobre a forma 
de organização, operacionalização e avaliação do sistema de 
controle de qualidade do estabelecimento.
Agricultura internacional e o meio ambiente
9. Armazenagem – compreende as informações sobre a forma de 
armazenamento dos produtos visando garantir a sua qualidade e os 
respectivos controles sanitários.
10. Transporte – compreende as informações referentes ao tipo de 
condições de transporte dos produtos visando garantir a sua 
qualidade e os respectivos controles higiênicos sanitários.
11. Informações ao consumidor – compreendem as informações a serem 
repassadas ao consumidor, capazes de orientá-lo na forma de 
utilização do produto e/ou do serviço.
12. Exposição/comercialização – compreende as informações sobre as 
normas de exposição do produto e/ou utilização no comércio 
e o necessário controle higiênico sanitário.
13. Desinfecção – compreende o plano de sanitização utilizado 
e a forma de seleção dos produtos usados pelos estabelecimentos.
Ministério da Saúde - MS, disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1993/prt1428_26_11_1993.html. Acesso em 20.Jul.2015.
Agricultura internacional e o meio ambiente
 A Portaria 368, do MAPA, aborda especificamente as BPF, 
aprovando o Regulamento Técnico sobre as condições 
higiênico-sanitárias e de Boas Práticas para industrializadores
de alimentos, estabelecidos os requisitos essenciais de higiene 
dos alimentos.
MAPA, disponível em: 
http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=consultarLegislacaoFederal. 
Acesso em 20.Jul.2015. 
 A Portaria 326 de 1997, da Anvisa, ligada ao MS exige para 
produtores de alimentos o manual de BPF com os 
Procedimentos Padrão de Higiene Operacional – PPHO para que 
estes facilitem e padronizem a montagem do manual de BPF, a 
mesma exigência é feita na Portaria 368 do MAPA.
Anvisa, disponível em: 
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/cf430b804745808a8c95dc3fbc4c6735/Portaria+SVS-
MS+N.+326+de+30+de+Julho+de+1997.pdf?MOD=AJPERES. Acesso em 20.Jul.2015.
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Também temos Procedimentos Padrão de Higiene Operacional –
PPHO, Avaliação de Riscos Microbiológicos – MRA, 
Gerenciamento da Qualidade, normas da Série ISO, 
Gerenciamento da Qualidade Total – TQM e o Sistema Análise 
de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC.
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC 
A APPCC tem sido muito recomendada por órgãos de fiscalização 
e utilizada em toda cadeia produtiva de alimentos: 
 prevenção, racionalidade e especificidade para controle dos riscos 
que um alimento possa oferecer, no que diz respeito à qualidade 
sanitária, pois os microrganismos estão tornando-se cada vez mais 
resistentes e representam um perigo para crianças, idosos e 
pessoas debilitadas clinicamente. 
 O APPCC teve sua origem na década de 1950 em indústrias 
químicas na Grã Bretanha e foi adaptada para a área de alimentos 
pela Pillsbury Company.
 O APPCC evita a falsa sensação de segurança de produtos que 
eram, até em tão, inspecionados lote a lote por análises 
microbiológicas, sendo essa a única garantia dada por outras 
ferramentas de controle de qualidade.
Agricultura internacional e o meio ambiente
As ferramentas de gestão da qualidade como 5S, que é assim 
chamado devido à primeira letra de 5 palavras japonesas: 
 Seiri (utilização), Seiton (arrumação), Seiso (limpeza), Shitsuke
(disciplina) e Seiketsu (higiene).
 E de garantia da qualidade (BPF e Procedimentos Padrão de 
Higiene Operacional – PPHO), embora de caráter genérico, 
são considerados como pré-requisitos para o sistema Análise de 
Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC e a série ISO 
9001:2015 é uma ferramenta de controle de processose gestão 
da qualidade, necessitando do sistema APPCC como 
complemento da segurança sanitária. 
Agricultura internacional e o meio ambiente
Antes da implantação do sistema APPCC, dois pré-requisitos se 
fazem necessários:
 as BPF; 
 os Procedimentos Padrão de Higiene Operacional – PPHO ou 
Procedimentos Operacionais Padronizados – POP.
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Os Procedimentos Padrão de Higiene Operacional – PPHO 
preconizados pelo Food and Drug Administration – FDA, até 
2002, referência para o controle de procedimentos de higiene.
Daí, em 21/10/02, a Resolução nº 275, da Anvisa, do Ministério da 
Saúde, criou e instituiu aqui no Brasil os Procedimentos 
Operacionais Padronizados – POP:
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Vão um pouco além do controle da higiene, porém não 
descaracterizam os PPHO, que continuam sendo recomendados 
pelo MAPA, inclusive em resolução de maio de 2003 (Resolução 
nº 10, de 22/05/2003 – MAPA) que institui o programa PPHO a 
ser utilizado nos estabelecimentos de leite e derivados que 
funcionam sob regime de inspeção federal, como etapa 
preliminar de programas de qualidade como o APPCC. 
 Às vezes, o que tem sido feito é o acréscimo dos itens que 
faltam nos PPHO em comparação aos Procedimentos 
Operacionais Padronizados – POP, para dar suporte à 
confecção do mesmo manual de boas práticas que é 
documental.
Agricultura internacional e o meio ambiente
Itens Procedimentos Padrão de Higiene Operacional – PPHO: 
1. Potabilidade da água; 
2. Higiene das superfícies de contato com o produto; 
3. Prevenção da contaminação cruzada; 
4. Higiene pessoal dos colaboradores; 
5. Proteção contra contaminação do produto; 
6. Agentes tóxicos; 
7. Saúde dos colaboradores; 
8. Controle integrado de pragas. 
Agricultura internacional e o meio ambiente
Itens de Procedimentos Operacionais Padronizados – POP:
1. Higienização de instalações, equipamentos, móveis e 
utensílios; 
2. Controle da potabilidade da água; 
3. Higiene e saúde dos manipuladores; 
4. Manejo dos resíduos; 
5. Manutenção preventiva e calibração de equipamentos; 
6. Controle integrado de vetores e pragas urbanas; 
7. Seleção das matérias-primas, ingredientes e embalagens; 
8. Programa de recolhimento de alimentos.
Agricultura internacional e o meio ambiente
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa 
informa que:
 O sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de 
Controle) tem por objetivo a garantia, a efetividade e a eficácia 
do controle dos perigos à produção de alimentos. 
A implantação de APPCC em uma propriedade envolve a 
aplicação dos sete princípios orientadores do sistema. São eles:
1. Análise de perigos; 
2. Identificação do ponto e do controle crítico; 
Agricultura internacional e o meio ambiente
3. Estabelecimento do limite crítico (ou seja, de valores máximos 
e/ou mínimos que, quando não atendidos, impossibilitam a 
garantia da segurança do alimento); 
4. Estabelecimento de programa de monitorização 
do limite crítico; 
5. Estabelecimento de ações corretivas quando 
ocorrem desvios do limite crítico; 
6. Registros; 
7. Estabelecimento de procedimentos de verificação.
Embrapa, disponível em: 
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_173_24112005115229.html. Acesso 
em 20.Jul.2015.
Agricultura internacional e o meio ambiente
 De uma maneira geral, pode-se afirmar que a implementação 
das Boas Práticas permite a prevenção, a redução ou o controle 
de alguns perigos. 
Contudo, somente a partir da implantação do sistema APPCC 
é que são:
 identificados os pontos críticos de controle de um determinado 
perigo; 
 estabelecidos limites críticos; 
 realizados monitoramento e verificação; 
 registrados os procedimentos a fim de subsidiar 
possíveis ações corretivas. 
Embrapa, disponível em: 
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_173_24112005115229.html. Acesso 
em 20.Jul.2015.
Interatividade
Assinale a alternativa correta quanto às Boas Práticas de Fabricação – BPF.
a) Apesar das BPF não cobrirem modelos alternativos de produção 
(desconcentrar e difundir a produção pelos cidadãos, por exemplo), são 
fundamentais à implantação e à manutenção de qualidade no processo 
produtivo. 
b) As BPF abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas 
pelas indústrias de equipamentos a fim de garantir a qualidade 
tecnológica e a conformidade dos insumos com os regulamentos 
técnicos.
c) Os Procedimentos Operacionais Padronizados – POP são equivalentes 
ao Padrão de Higiene Operacional – PPHO, sendo usados 
indiscriminadamente. 
d) A EMBRAPA não é uma empresa atuante no cenário produtivo 
brasileiro.
e) Informações sobre o produto são as medidas menos importantes no 
desenvolvimento dos padrões de consumo.
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Produtos verdes. Organismos geneticamente modificados. As 
competências da CTNBio. Alimentos orgânicos. Reciclagem.
 O termo “produto verde” e a promessa de atributos “amigos do 
ambiente” se generalizam. Definir o que é um produto verde ou 
ecologicamente correto não é tarefa fácil... 
 Assim, procura-se denominar como “verdes” os produtos que 
causem menos impacto ao meio ambiente do que seus correlatos, ou 
seja, um produto verde é aquele cujo desempenho ambiental e social 
é melhor do que os concorrenciais. Apresentam algum diferencial. 
Por exemplo, economizam energia ou são feitos de materiais menos 
danosos ao ambiente e, portanto, o que é mais importante às 
pessoas.
 Um produto ecológico deve ser concebido para satisfazer as 
necessidades de preservação ambiental, tendo em conta de que essa 
é uma necessidade secundária dos consumidores, pois a primária é 
a satisfação de suas necessidades. 
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Não existem produtos totalmente ecológicos, pois o 
desenvolvimento e a produção de qualquer produto geram 
resíduos durante a sua fabricação e a distribuição durante o 
próprio consumo e na fase em que o consumidor o descarta. 
 Produtos verdes são aqueles que utilizam recursos “renováveis” 
(alguns dizem que, do ponto de vista sistêmico, isso não existe!) 
na cadeia produtiva, dispensam o uso de matéria-prima tóxica, 
para diminuir ao máximo o impacto gerado pelo consumo 
destes, que reutilizam ou reciclam materiais em sua produção, 
usam os recursos locais, evitando as longas distâncias no 
transporte, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa, 
demoram menos tempo para se decompor na natureza.
Agricultura internacional e o meio ambiente
Existem quatro dimensões que devem ser consideradas para 
o processo e o desenvolvimento de produtos ecologicamente 
corretos: 
 aquisição e processamento de matéria-prima considerando 
os resíduos gerados e o uso de energia; 
 produção e distribuição desde o conteúdo do produto; 
 o uso do produto e da embalagem; 
 além do uso posterior e do descarte.
 Essas são as principais características dos produtos 
sustentáveis que agregam proteção ambiental com promoção 
social e lucro.
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Os consumidores estão mais interessados em saber as políticas 
ambientais das empresas que fabricam os produtos que 
escolhem usar em casa, é o que revela pesquisa online feita pela 
The Regeneration Roadmap, Rethinking consumption: 
Consumers and the Future of Sustainability. 
The Regeneration Roadmap, Rethinking consumption: Consumers and the Future of Sustainability, 
disponível em: http://theregenerationroadmap.com/files/reports/TRR_Rethinking_Consumption.pdf, 
acesso em 11.Jul.2015.Agricultura internacional e o meio ambiente
 Organismos geneticamente modificados.
Para Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MAPA:
 Organismos geneticamente modificados são definidos como toda 
entidade biológica cujo material genético (ADN/ARN) foi alterado por 
meio de qualquer técnica de engenharia genética, de uma maneira 
que não ocorreria naturalmente. A tecnologia permite que genes 
individuais selecionados sejam transferidos de um organismo para 
outro, inclusive entre espécies não relacionadas. Esses métodos são 
usados para criar plantas geneticamente modificadas para o cultivo 
de matérias-primas e alimentos.
 Essas culturas são direcionadas para maior nível de proteção das 
plantações por meio da introdução de códigos genéticos resistentes a 
doenças causadas por insetos ou vírus, ou por um aumento da 
tolerância aos herbicidas.
 Controvérsias.
Agricultura internacional e o meio ambiente
Nessa categoria, não se incluem culturas resultantes de técnicas 
que impliquem a introdução direta, em um organismo, de material 
hereditário, desde que não envolvam a utilização de moléculas 
de ADN/ARN recombinante, inclusive fecundação in vitro, 
conjugação, transdução, transformação, indução poliploide e 
qualquer outro processo natural. Nesse contexto, também é 
importante salientar a definição de termos comumente utilizados 
nessa área:
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Engenharia genética: atividade de produção e manipulação de 
moléculas de ADN/ARN recombinante.
 Ácido desoxirribonucleico (ADN), ácido ribonucleico (ARN): 
material genético que contém informações determinantes dos 
caracteres hereditários transmissíveis à descendência.
 Derivado de OGM: produto obtido de OGM e que não possua 
capacidade autônoma de replicação ou que não contenha forma 
viável de OGM. Não se inclui na categoria de derivado a 
substância pura, quimicamente definida. 
Agricultura internacional e o meio ambiente
 De acordo com a legislação, após manifestação da Comissão 
Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), compete ao 
Ministério da Agricultura a emissão de autorizações e registros, 
bem como a fiscalização de produtos e atividades que utilizem 
organismos geneticamente modificados e seus derivados 
destinados ao uso animal, na agricultura, na pecuária, na 
agroindústria e áreas afins. Essas atividades estão sob 
responsabilidade da Coordenação de Biossegurança, vinculada 
à Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário (SDA). 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, disponível em: 
http://www.agricultura.gov.br/vegetal/organismos-geneticamente-modificados, acesso em 11.Jul.2015.
Agricultura internacional e o meio ambiente
 A exigência do símbolo da transgenia nos rótulos dos produtos 
com organismos geneticamente modificados (OGM) é 
representada no rótulo com um “T” dentro de um triângulo 
amarelo. No Brasil, o símbolo é regulamentado pela Portaria 
nº 2658, de 22 de dezembro de 2003, do Ministério da Justiça.
 Símbolo de produtos transgênicos.
T
Agricultura internacional e o meio ambiente
Fonte: GORNI (2016)
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Desde 2005, a Lei de Biossegurança (11.105/05) estabelece de 
forma clara que compete à CTNBio a análise técnica da 
biossegurança do OGM sob o aspecto de saúde humana, 
vegetal e ambiental. Os demais órgãos fiscalizadores, a exemplo 
do MAPA, o MMA e o MS, têm representantes na comissão cujas 
decisões são tomadas de maneira democrática e transparente, 
já que as reuniões são públicas e suas atas são divulgadas para 
toda a sociedade. 
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Além de algodão, milho e soja; há também o feijão transgênico 
resistente ao vírus do mosaico dourado, único produto GM do 
mundo desenvolvido inteiramente por uma instituição pública 
de pesquisa, a Embrapa. Cabe também ressaltar as 17 vacinas 
para uso animal e as duas leveduras para produção de 
biocombustíveis também avaliadas e liberadas. 
Agricultura internacional e o meio ambiente
As competências da CTNBio
 A CTNBio é uma instância colegiada multidisciplinar, criada pela 
Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005, cuja finalidade é prestar 
apoio técnico consultivo e assessoramento ao Governo Federal 
na formulação, na atualização e na implementação da Política 
Nacional de Biossegurança relativa a OGM, bem como no 
estabelecimento de normas técnicas de segurança e pareceres 
técnicos referentes à proteção da saúde humana, dos 
organismos vivos e do meio ambiente, para atividades que 
envolvam a construção, a experimentação, o cultivo, a 
manipulação, o transporte, a comercialização, o consumo, o 
armazenamento, a liberação e o descarte de OGM e derivados.
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Alimentos orgânicos
 O alimento orgânico não é somente “sem agrotóxicos” como 
se veicula normalmente. Alimento orgânico é isento de qualquer 
tipo de contaminante que ponha em risco à saúde ambiental 
ou humana, seja dos produtores ou dos consumidores. Por ser 
produzido livre de insumos artificiais como adubos químicos, 
agrotóxicos, drogas veterinárias, aditivos químicos sintéticos 
(corantes, aromatizantes e emulsificantes), hormônios, 
antibióticos e de organismos geneticamente modificados, é 
considerado mais saudável.
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 Produtos minimamente processados e saudáveis são 
convenientemente prontos para uso, como frutas e vegetais 
frescos. São definidos como qualquer fruta ou vegetal ou uma 
sua combinação fisicamente alterada a partir da sua forma 
original, mas que permanecem num estado fresco. Essas frutas e 
legumes podem ser aparados, descascados, lavados e cortados 
em 100% do produto utilizável que é ensacado ou pré-embalados 
para oferecer aos consumidores alta nutrição, conveniência 
e valor, mantendo a frescura.
International Fresh-Cut Produce Association, disponível em: 
http://www.creativew.com/sites/ifpa/about.html, em inglês. Acesso em 20.Jul.2015.
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 Cabe salientar que os danos mecânicos são práticas geradoras 
de perdas quantitativas e qualitativas, é causado pelo corte ou 
descascamento e é um dos maiores obstáculos na conservação 
dos produtos minimamente processados.
 Mais que isso, para ser considerado como orgânico, o alimento 
deve ser produzido sob os princípios da agricultura orgânica ou 
agricultura biológica, isto é, em um ambiente de produção 
sustentável, que contempla o uso responsável do solo, da água, 
do ar e dos demais recursos naturais, respeitando as relações 
sociais e culturais. A agricultura orgânica está relacionada ao 
desenvolvimento sustentável.
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 De acordo com a legislação, para ter o nome “orgânico” ou 
“produto orgânico” no rótulo, o produto deve conter, no máximo, 
5% de ingredientes não orgânicos. 
 Para comercializar seus produtos como “Orgânicos”, os 
produtores devem se regularizar por meio de uma certificação 
por um Organismo da Avaliação da Conformidade Orgânica 
(OAC) credenciado junto ao MAPA; ou se organizar em grupo e 
se cadastrar junto ao MAPA para realizar a venda direta sem 
certificação. O produtor sem certificação só pode realizar vendas 
diretas ao consumidor (feiras), enquanto que o produtor 
certificado poderá comercializar seus produtos (que 
receberão selo que atesta a qualidade de orgânico) em feiras, 
supermercados, lojas, restaurantes, hotéis, indústrias, internet.
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 A certificação é o procedimento pelo qual uma certificadora, 
devidamente credenciada pelo MAPA e“acreditada” 
(credenciada) pelo Instituto Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), assegura por 
escrito que determinado produto, processo ou serviço obedece 
às normas e às práticas da produção orgânica.
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Reciclagem
 Existem vários processos que beneficiam o meio ambiente e garantem 
uma destinação adequada ao lixo. Entre essas medidas, podemos 
destacar a reciclagem e o reúso de materiais como plástico, vidro, 
borracha e papel.
 O termo reciclagem refere-se ao processo no qual item e componentes 
são usados para criar algo novo. Garrafas de plástico são recicladas e 
transformadas em roupas, tapetes, caminhos e bancos. Vidro e 
alumínio são materiais reciclados de maneira em geral e voltam ao 
setor produtivos como latas e perfis, vidros de garrafas voltam em 
novas garrafas e embalagens ou vidros de janelas. 
 Reciclagem apresenta forma técnica de reutilização, mas se refere 
especificamente aos itens descartados e divididos em matérias-
primas. Empresas de reciclagem convertem o item original 
e depois vendem o material utilizável.
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 A diferença fundamental entre a reciclagem e o reúso está 
no processo e no resultado final. Na reciclagem, o lixo é 
transformado em outro tipo de material, ou seja, o material 
é processado e transformado. Por exemplo: a borracha 
pode ser reciclada e misturada ao concreto.
 A reciclagem é um processo em que determinados materiais, 
reconhecidos como lixo, são reutilizados como matéria-prima 
para a fabricação de novos produtos. Além de se apresentarem 
com propriedades físicas diferentes, eles também possuem uma 
nova composição química.
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 Esse processo é importante nos dias de hoje, porque 
transforma aquilo que iria ou já se encontra no lixo em novos 
produtos, reduzindo resíduos que seriam lançados na natureza, 
ao mesmo tempo em que poupa matérias-primas, muitas vezes 
oriundas de recursos não renováveis, e energia. Para produzir 
alumínio reciclado, por exemplo, utiliza-se apenas 5% da 
energia necessária para fabricar o produto primário.
 Dessa forma, é importante separar esses materiais para que 
não sejam encaminhados juntamente com o lixo que não 
é reciclável. 
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 No Brasil, quase toda a totalidade de latinhas descartáveis 
(97,9%, segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio) e 
garrafas PET são recicladas. O plástico reciclado serve para as 
aplicações mais diversas, podendo ser usado puro, misturado 
com resina virgem e até com outros materiais. As aplicações 
mais comuns são: embalagens, utensílios domésticos, caixas 
d’água, tubos e conexões, torneiras, piscinas, telhas, peças de 
calçados, sacos plásticos, peças automotivas, componentes 
para eletrodomésticos, revestimentos, roupas, cabides, edredom 
(forro), moletons, cordas de varal, vassouras, réguas, relógios, 
porta-lápis, canetas e muitos outros.
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 Entretanto, plásticos, latas de aço, vidro, dentre outros 
materiais são pouco considerados nesse processo, reforçando 
as estatísticas que apontam que somente 11% de tudo o que se 
joga na lata de lixo, em nosso país, é, de fato, reciclado.
 E cabe ainda salientar que a reciclagem no Brasil, embora 
divulgada, não é considerada como consciência ecológica, pois 
os catadores de lixo usam a coleta como sobrevivência.
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Cada cor está associada a um tipo de material. Esse sistema 
facilita o processo de quem deposita o lixo e de quem o coleta. 
Confira cada uma delas:
 Azul: papel/papelão.
 Vermelho: plástico.
 Verde: vidro.
 Amarelo: metal.
 Preto: madeira.
 Laranja: resíduos perigosos.
 Branco: resíduos de hospitais e serviço de saúde.
 Roxo: lixo radioativo.
 Marrom: lixo orgânico.
Interatividade
Assinale a alternativa correta.
a) Reciclagem é a grande solução dos problemas ambientais.
b) Sem reciclagem, a ampliação das cadeias produtivas tende 
a exaurir os ecossistemas.
c) A reciclagem pode ser vista como um conjunto de paliativos 
que não resolvem os problemas ambientais, porém amenizam 
impactos negativos.
d) As propostas e as práticas de reciclagem propõem uma 
profunda reflexão sobre os processos produtivos em sua 
totalidade, desde a extração de riquezas até o consumo.
e) Reciclar onera as cadeias produtivas e é contra os interesses 
das indústrias, como as de embalagens, por exemplo.
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Inovação, meio ambiente e competitividade
 Mudanças na agropecuária brasileira nas últimas décadas, 
com a chamada modernização da agricultura. 
 Na verdade, contrariando previsões dos analistas das décadas de 1950 
e 1960, o setor agrícola, a partir de finais dos anos 1960, absorveu 
quantidades crescentes de crédito agrícola, incorporou os chamados 
“insumos modernos”, como fertilizantes químicos e agrotóxicos ao 
seu processo produtivo, mecanizando a produção e integrou-se aos 
modernos circuitos de comercialização, via Bolsas de Mercadorias, 
por exemplo.
 O aumento da produtividade permitiu o aumento da produção de 
matérias-primas e alimentos para a exportação e mesmo para o 
mercado interno. Mesmo a produção de alimentos para abastecimento 
das cidades, apesar de dificuldades que teriam a ver com orientações 
da política econômica, teria sido, no entender de alguns estudiosos, 
“bastante razoável” (SILVA, Graziano da. 1987, p. 25). 
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 Segundo Graziano, as transformações capitalistas elevam a 
produtividade do trabalho. Isso significa fazer cada pessoa 
ocupada no setor agrícola produzir mais, o que só se consegue 
aumentando a jornada e o ritmo de trabalho das pessoas e 
intensificando a produção agropecuária. Para conseguir isso, o 
sistema capitalista lança mão dos produtos da sua indústria: 
adubos, máquinas, defensivos etc.; ou seja, o desenvolvimento 
das relações de produção capitalistas no campo se faz 
“industrializando” a própria agricultura. 
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 Essa industrialização da agricultura é exatamente o que se 
chama comumente de penetração ou “desenvolvimento do 
capitalismo no campo”. O importante de se entender é que 
é dessa maneira que as barreiras impostas pela natureza à 
produção agropecuária vão sendo gradativamente superadas. 
Como se o sistema capitalista passasse a fabricar a natureza 
que fosse adequada à produção de maiores lucros. Assim, se 
uma determinada região é seca, tome lá uma irrigação para 
resolver a falta de água; se é um brejo, lá vai uma draga resolver 
o problema do excesso de água; se terra não é fértil, aduba-se 
e assim por diante. 
(GRAZIANO. 1981, p. 6)
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Essa modernização que se fez sem que a estrutura da 
propriedade rural fosse alterada e teve, no dizer dos 
economistas, “efeitos perversos”: a propriedade tornou-se mais 
concentrada, as disparidades de renda aumentaram, o êxodo 
rural acentuou-se, aumentou a taxa de exploração da força de 
trabalho nas atividades agrícolas, cresceu a taxa de 
autoexploração nas propriedades menores, piorou a qualidade 
de vida da população trabalhadora do campo. Por isso, os 
autores gostam de usar a expressão “modernização 
conservadora”.
Agricultura internacional e o meio ambiente
 José Graziano da Silva, em seu livro “O que é Questão 
Agrária?”, dá-nos um exemplo interessante, bastante ilustrativo 
das transformações que o sistema capitalista provoca na 
produção agropecuária,como o da avicultura, contando as 
experiências tradicionais de alimentação das galinhas em sítios.
 Ao analisar esse exemplo, podemos chegar à conclusão de que 
a questão não é a galinha em si, mas o sistema que a orienta: a 
tecnologia adotada é apropriada aos interesses do grande 
capitalista contra aos dos pequenos produtores. 
Agricultura internacional e o meio ambiente
 A partir do momento em que se reforça a preocupação sobre a 
influência que a conservação e a recuperação ambiental devem 
ter sobre a evolução das tecnologias, inicia-se a abertura de 
espaços para a internalização desses processos de inovação. 
 Mas, o que é inovação? O que a diferencia de uma simples 
novidade?
Agricultura internacional e o meio ambiente
 A partir da constituição dos ramos industriais no país, a 
agricultura brasileira teve que criar um mercado consumidor 
para esses novos meios de produção. Para garantir a ampliação 
desse mercado, o Estado implementou um conjunto de políticas 
agrícolas destinadas a incentivar a aquisição dos produtos 
desses novos ramos da indústria, acelerando o processo de 
incorporação de modernas tecnologias pelos produtores rurais. 
Ocorre, assim, a industrialização da agricultura brasileira.
 A agricultura apresenta uma história de produção de novidades. 
Por meio dos séculos, agricultores têm produzido pequenas e 
grandes mudanças no processo de produção, combinando 
elementos naturais, culturais e econômicos.
Agricultura internacional e o meio ambiente
De fato, há um acréscimo de consumo, reflexo da onda de novas 
demandas pelos chamados “produtos naturais” no mundo todo. 
Isso desperta o interesse da produção em larga escala de uma 
diversidade de produtos de alto valor agregado como:
 Medicamentos fitoterápicos – os obtidos com emprego 
exclusivo de matérias-primas ativas vegetais. Não se considera 
medicamento fitoterápico aquele que inclui na sua composição 
substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as 
associações dessas com extratos vegetais.
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 Cosméticos – há, ainda, os fitoterápicos manipulados, os 
produtos cadastrados na ANVISA como alimentos ou 
cosméticos, além dos produtos artesanais e a planta medicinal 
in natura, utilizados amplamente na medicina popular. 
 Produtos de higiene pessoal, como gel de linhaça 
(condicionador); óleo de rícino, óleo de jojoba, ou óleo de 
gergelim (limpeza e esfoliação para o rosto); cravo e canela 
(como adstringentes e antibacterianos).
 Variados tipos de bebidas e alimentos.
Agricultura internacional e o meio ambiente
 A tendência é que a indústria e as grandes redes varejistas 
segmentem os consumidores de acordo com o nível de renda 
que possuem. 
 Alguns, particularmente aqueles que possuem níveis de renda 
altos, poderiam pagar um preço mais elevado pelos alimentos 
em virtude de incorporar alguns atributos relacionados ao tipo 
de produção (origem, cuidado com o meio ambiente). 
Agricultura internacional e o meio ambiente
 Para outros, no entanto, aqueles que possuem níveis de renda 
baixos, o padrão de consumo seria definido pelo próprio varejo 
e pelas grandes agroindústrias, pois o atributo que possui 
maior peso é o preço baixo em detrimento de outros, em virtude 
da alta participação dos alimentos na composição dos custos 
de manutenção familiar. A questão de fundo que aqui se coloca 
é da capacidade das campanhas que fazem apelo à consciência 
ambiental e social em modificar o próprio consumo.
 Mas a agropecuária apresentou muitas inovações nas últimas 
décadas. Máquinas e insumos agrícolas marcaram a 
modernização da agricultura, mas na atual fase do processo 
destaca-se para parte do setor do agronegócio o consumo 
intensivo de capital.
Interatividade
Assinale a alternativa correta.
a) Inovação é equivalente à novidade.
b) Ocorre inovação quando algo novo se torna uma alternativa 
incorporada à vida social, ao mercado e, então, exigido 
pela demanda.
c) Inovação é o mesmo que mudança.
d) Inovação está sempre associada à modernização tecnológica, 
com produtos de ponta.
e) Inovação é o contrário de culturas e instrumentos tradicionais.
ATÉ A PRÓXIMA!

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