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Unidade II BIOLOGIA GERAL Profa. Dra. Claudia Figueiredo Biologia molecular A biologia molecular é uma área que vem crescendo nos últimos anos, trazendo um novo vocabulário para o nosso cotidiano. As técnicas de manipulação do DNA só foi possível com o avanço da microscopia e novos equipamentos especializados, e descoberta das enzimas de restrição que conseguem clivar o DNA. Tivemos a inseminação artificial, a fecundação in vitro, o sequenciamento do genoma, as expectativas em terapia genômica, nos transplantes de órgãos. Os microrganismos tem um papel de destaque na biologia molecular, pois os plasmídeos das bactérias são ótimos vetores de replicação e transferência de sequências de DNA alvo da manipulação. Clonagem As técnicas de clonagem se iniciaram a partir de um congresso em 1972, onde cientistas resolveram testar as enzimas de restrição para inserir uma sequência de DNA e reproduzi-la dentro de uma bactéria. Esta técnica ficou conhecida como DNA recombinante. E serviu de base para inúmeras experiências de manipulação gênica. A cópia idêntica realizada pelos plasmídeos formavam clones. Atualmente, conhecemos a clonagem reprodutiva: copia um indivíduo. O núcleo de uma célula somática é colocado no lugar do núcleo de um óvulo, após multiplicação é inserido em um útero, no caso de humanos. E a clonagem terapêutica: segue as mesmas etapas. Mas, não é inserido no útero, é fonte de células-tronco. Organismos Geneticamente modificados (OGM) Organismo Geneticamente Modificado é aquele que passou por manipulação do seu DNA. O melhoramento genético sempre foi muito utilizado na agricultura e pecuária para se obter maiores rendimentos, muito antes de se conhecer a biologia molecular. A seleção de melhores características dentro de uma espécie – é uma manipulação – é um OGM, pois a seleção é artificial. Logo, quando você realiza cruzamentos dentro da mesma espécie, você tem um OGM. Um clone passou por alterações em seu DNA, portanto é um clone e ao mesmo tempo é um OGM. Dentro de culturas comerciais, esta prática é mais rentável. Mas, seu ponto fraco é: diminui a variabilidade genética. Transgênicos A transgenia consiste na manipulação gênica de inserção de novas características antes inexistentes em uma determinada espécie, onde se utilizam técnicas de DNA recombinante – e manipulação gênica – são OGMs. Inicialmente, os transgênicos ganharam mercado mas culturas vegetais. Mas, existem plantas e animais transgênicos. Já temos 3 gerações de transgênicos: 1ª geração: plantas resistentes a pragas. 2ª geração: alimentos com maior valor nutricional 3ª geração: animais e plantas associados à produção de medicamentos. No Brasil, desde 2015, legislação prevê rotulagem à partir de 1% de transgênicos no produto final. Bases da hereditariedade No núcleo encontramos os ácidos nucleicos formados por nucleotídeos (uma pentose, as bases nitrogenadas e o ácido fosfórico). DNA – é o ácido desoxirribonucleico, tem como bases nitrogenadas a adenina, a guanina, a citosina e a timina, sempre formando pares (A-T/C-G). DNA é helicoidal, fita dupla. RNA – é o ácido ribonucleico, tem como bases nitrogenadas a adenina, a guanina, a citosina e a uracila, sempre formando pares ( A-U/C-G). RNA é fita simples. Fonte: AMABIS, J. M., MARTHO, G. R. Fundamentos da Biologia moderna: volume único. 4. ed. – São Paulo: Moderna, 2006, página 135. Cadeia polipeptíca Nucleotídeo Gametogênese Gametogênese: processo de formação das células germinativas, os gametas sexuais, a partir da meiose. Espermatogênese: processo de meiose das células masculinas, nos túbulos seminíferos, dentro dos testículos, se inicia na puberdade e não tem uma idade fixa para terminar. O amadurecimento e diferenciação dos espermatozoides leva de 40 até 60 dias, onde há a formação do acrossoma, perda do citoplasma, formação do flagelo com mitocôndrias na base. Ovulogênese: processo de meiose das células femininas, nos ovários, se inicia ainda no período fetal, ficam inertes desde o nascimento até a puberdade. Período fértil dura 45 a 50 anos. Na diferenciação do óvulo temos a formação de novas camadas, a zona pelúcida e a corona radiata. Geralmente é liberado um óvulo por mês. Fecundação A fecundação é a união do óvulo e espermatozoide, ocorre nas trompas, entre o ovário e o útero. O óvulo é uma célula grande com todas as organelas e o espermatozoide é uma célula pequena e carrega apenas o núcleo (informação genética). Apenas o núcleo do espermatozoide penetra no óvulo. O flagelo e as mitocôndrias ficam de fora. A fusão dos dois núcleos, forma um zigoto. Clivagem ou segmentação: início das divisões do zigoto. Neste momento a divisão é de mitose. E possui fases: Mórula: divisões iniciais entre 3 e 4º dia após fecundação. Blástula: divisão evolui e forma cavidade interna Gástrula: divisão e formação dos folhetos embrionários. Histologia Os folhetos germinativos darão origem a todos os tecidos e órgãos do corpo. São em número de três: o endoderma, mais interno, o mesoderma que é o folheto intermediário e o ectoderma que é o folheto mais externo. O corpo humano possui quatro tipos básicos de tecidos com algumas respectivas subdivisões: tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular, tecido nervoso. Tecido epitelial: revestem e protegem o corpo externamente, forrando cavidades internas, fabricando secreções que lubrificam a pele, absorvendo alimentos do intestino, recebendo estímulos do meio ambiente. O tecido epitelial pode ser classificado em: Epitélio de revestimento ou protetor e Epitélio glandular ou secretor. Histologia Os tecidos conjuntivos são a denominação geral de tecidos que se enquadram em diversas variedades de tecidos que tem origem comum no mesoderma da gástrula. Fonte: Figueiredo, C. F. S., 2017 Histologia Tecido muscular: formado por tecido muscular liso (involuntária) – presente na maioria dos órgãos e estruturas com movimentação constante como musculatura do tubo digestivo, musculatura pulmonar. E tecido muscular estriado (esquelético e cardíaco). A musculatura estriada esquelética (voluntário) conseguimos controlar sua atividade conforme nossa intenção, como a musculatura dos membros. O músculo estriado cardíaco tem aparência de músculo voluntário. Mas tem função de músculo involuntário. Tecido nervoso: encontramos dois tipos básicos de célula, os neurônios (responsável pela atividade do S. Nervoso), cujos impulsos tem velocidade aumentada pela bainha de mielina e as células da neuroglia (sustentação e preenchimento). Interatividade A gestação após os 40 anos de idade é considerada um fator agravante para o aparecimento de crianças com Síndrome de Down. Isto ocorre devido ao fato de: Assinale a alternativa correta: a) Mulheres após os 40 anos sofrem de hipertensão e diabetes. b) Mulheres na menopausa precisam realizar inseminação artificial. c) Após os 40 anos de idade os homens não fabricam espermatozoides. d) Em mulheres após os 40 anos de idade há maior chance de erros na meiose devido a idade dos óvulos. e) Homens e mulheres após os 40 anos de idade apresentam maiores erros na gametogênese. Sistema Cardiovascular O sistema cardiovascular é um sistema fechado, composto pelo coração e vasos sanguíneos e o sangue. O coração é formado por quatro câmaras: átrios direito e esquerdo, ventrículos direito e esquerdo. O lado direito e esquerdo são separados por umsepto. Válvulas átrio ventriculares: entre átrios e ventrículos. Válvulas semilunares: entre ventrículos e artérias. Fonte: Disponível em: < http://intercatcardiologia.com.br/conheca-seu- problema/o-coracao-normal-anatomia-basica-e-circulacao-do-sangue/ > Veia Cava Superior Atrio Direito Septo Interatrial Valva AV Direita Ventrículo Direito Veia Cava Inferior Aorta Artéria Pulmonar Veias Pulmonares Atrio Esquerdo Valva AV Esquerda Ventrículo Esquerdo Septo Interventricular Sistema cardiovascular O coração funciona como uma bomba que garante a circulação do sangue e com isso temos: a distribuição de nutrientes, gases respiratórios, hormônios, anticorpos, e ajuda no controle da temperatura corpórea. A circulação é dupla e completa: sistêmica (grande) e pulmonar (pequena), onde sangue venoso e arterial não se misturam. A circulação sistêmica: na sístole, leva sangue arterial do ventrículo esquerdo para todo o corpo (perfusão tecidual), e volta com sangue venoso para o átrio direito durante a diástole. A circulação pulmonar: leva sangue venoso do ventrículo direito para o pulmão (hematose pulmonar) e traz sangue arterial para o ventrículo esquerdo. Sistema cardiovascular A atividade elétrica do coração pode ser medida pelo ECG. A geração dos impulsos elétricos (autocondução) se inicia no nodo sinoatrial, propagação pelos átrios direito e esquerdo, chega no nodo atrioventricular, segue pelo feixe de His e se espalhando pelas fibras de Purkinje nos ventrículos. Possuímos três tipos de vasos sanguíneos: artérias (parede espessa), veias (parede fina) e capilares sanguíneos (pouco calibre). O sangue é composto pela parte líquida (plasma) e parte sólida (hemácias, leucócitos e plaquetas). Um adulto de aproximadamente 1,70m de altura, possui em média 4,5 litros de sangue, uma frequência cardíaca de 75 batimentos por minuto (em repouso) e uma pressão arterial de 120 mmHg x 80 mmHg. Sistema respiratório O sistema respiratório humano realiza as trocas gasosas, e participa do equilíbrio ácido/base. É constituído de um par de pulmões e das vias respiratórias (fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares que se mantém abertos graças a presença do líquido surfactante). Temos a zona de condução (espaço morto) sem trocas gasosas e a zona respiratória (trocas gasosas – com alvéolos). A hematose pulmonar ocorre nos alvéolos, através da troca de gases (CO2 e O2) entre alvéolos e capilares sanguíneos, por difusão (sangue venoso sangue arterial). Para que ocorra inspiração (entrada) e a expiração (saída de ar) são mobilizados os músculos intercostais, o diafragma e as costelas. Sistema digestório O sistema digestório é composto por trato gastrointestinal (boca, faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, ânus) e estruturas anexas (língua, dentes, glândulas salivares, fígado e pâncreas). Tem como função a digestão e absorção de nutrientes. E realiza atividades como: motilidade, secreção, digestão e absorção. Temos a digestão mecânica com função de trituração, realizada pelos dentes, deglutição e movimentos peristálticos e parte química com função de quebra das moléculas realizada pelas enzimas. Carboidratos são quebrados na boca e intestino, lipídios são quebrados na boca, estômago e intestino e proteínas são quebradas no estômago e intestino. Sistema digestório O estômago possui três camadas de musculatura e secreta suco gástrico. A secreção gástrica é dividida em 3 fases: cefálica (estimulada pelo olfato, visão e paladar), gástrica (estimulada pela distensão do estômago) e intestinal (produtos da digestão que diminuem a secreção estomacal). O intestino é um longo tubo dividido em intestino delgado composto por: duodeno (digestão), Jejuno (principal sítio de absorção) e íleo, e intestino grosso. As vilosidades do intestino aumentam a superfície de absorção dos nutrientes. Para auxiliar na digestão o intestino recebe a secreção pancreática, bicarbonato e secreção biliar. Sistema renal O sistema renal ou excretor é formado por um par de rins que filtram o sangue e pelas vias urinárias (ureteres, bexiga e uretra) que conduzem a urina até sua eliminação. Os rins se localizam na região posterior do abdome ao nível da 12ª vertebra torácica e o rim direito é ligeiramente abaixo do rim esquerdo devido ao grande tamanho do lobo direito do fígado. O néfron é a unidade morfofuncional do rim: é composto pelo glomérulo, túbulo contorcido proximal, Alça de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo coletor. No glomérulo ocorre a filtração e ao longo do túbulo ocorre reabsorção e secreção de substâncias. Cada rim possui cerca de 1 milhão de néfrons, sendo que 90% são corticais. Sistema renal Entre as funções renais, temos: Eliminar substâncias tóxicas do metabolismo (clearance renal- quanto uma substância é depurada do plasma por minuto). Manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo humano. Regular o equilíbrio ácido-base do organismo. Regular a osmolaridade e volume de líquido corporal eliminando o excesso de água do organismo. Produção de hormônios: Eritropoetina (estimula a produção de hemácias), renina (eleva a pressão arterial), vitamina D (atua no metabolismo ósseo e regula a concentração de cálcio e fósforo no organismo), prostaglandinas. Realiza glioconeogênese. Sistema nervoso O sistema nervoso humano é composto do encéfalo, medula espinhal, nervos e gânglios nervosos e é constituído fundamentalmente pelo tecido nervoso que apresenta dois componentes principais: Neurônios: composto por dendritos, corpo celular e axônio com terminações, e transmitem a informação através de impulsos nervosos e sinapses (passagem da informação de um neurônio para um próximo segmento). Células da glia ou neuróglia – sustentam os neurônios, realizam comunicação interna, não geram e não transmitem impulsos nervosos. O corpo humano possui aproximadamente 100 bilhões de neurônios e possui de 10 vezes este número de células da glia. Sistema nervoso Quando o neurônio é estimulado, ocorre o potencial de ação, e ocasiona uma onda de alterações elétricas em sua membrana. Os impulsos nervosos propagando-se em um único sentido, das extremidades dendríticas para o corpo celular e segue para a extremidade do axônio. Nos axônios podemos ter a bainha de mielina que aumenta a velocidade de transmissão do impulso nervoso. O sistema nervoso central é constituído do encéfalo e da medula espinhal, que são envolvidos pelas meninges (membranas de tecido conjuntivo). A região que une o encéfalo e a medula é chamada de tronco cerebral. Na região sobreposta ao tronco cerebral, encontramos o cerebelo. Interatividade Analise as sentenças e assinale a alternativa correta: I. No rim ocorre reabsorção, pois ocorre reaproveitamento dos nutrientes que já foram absorvidos no intestino. II. No túbulo ocorre reabsorção devido a reliberação de enzimas que quebram as macromoléculas. III. Os rins realizam excreção, não há reabsorção ou reliberação. a) Somente I está correta. b) Somente II está correta. c) Somente III está correta. d) Somente I e II estão corretas. e) Somente II e III estão corretas. Meio Ambiente O estudo das interações entre os organismos vivos (fatores bióticos) e suas relações com o meio em que vive (fatores abióticos), é realizado pela Ecologia. No ambiente podemos perceber um nível de organização que se inicia no organismo população comunidade ecossistema biosfera. Entre os seres vivos, as interações podem ser: Intra-específica (mesma espécie) ou extra-específica (espécies diferentes). Harmônicas (benéficas) ou desarmônicas (prejudiciais). Para estudar as interações dos organismos com o ambiente a Ecologia analisa o fluxo de energia ao longo da cadeia trófica e a ciclagem da matéria, através dos ciclos biogeoquímicos. Relações Harmônicas Relações Desarmônicas Intra-específicas Inter-específicas Inter-específicas Intra-específicas Colônias Sociedades Cooperação Mutualismo Comensalismo Canibalismo Competição Amensalismo Predatismo Parasitismo Competição Sinfilia Tipos de interações Fonte: Figueiredo, C. F. S. R (2017) Ecossistemas ou Sistemas Ecológicos Ecossistema ou sistema ecológico estuda a interação entre organismos e meio físico, destacando o fluxo de energia e matéria entre as partes. Presença de organismos produtores, consumidores e decompositores e ambiente físico favorável. Podemos dividir os ecossistemas em: Ecossistemas terrestres: os biomas, cujos componentes básicos são o solo, o clima e a vegetação. Ecossistemas aquáticos: marinho, de água doce, estuários (mangues), cujo os componentes estão baseados em características físicas do corpo de água como a salinidade, movimentação tanto vertical como horizontal e profundidade. Biomas climáticos Os principais biomas estão divididos em zonas: tropicais, temperadas, boreais e polares. Divisão conforme latitudes, a norte ou sul do Equador. Tipos de vegetação adaptados aos diferentes climas da terra. Zonas tropicais com vegetações de florestas tropicais e savanas. Zonas temperadas, florestas sazonais, florestas úmidas, campos e desertos, bosques de arbustos. Zonas polares com vegetação de tundra, próxima ao ártico, terreno permanentemente congelado. Os biomas brasileiros: florestas amazônica, caatinga, cerrado, mata de araucária, pampas, mata atlântica, mata dos cocais, pantanal, vegetação litorânea (dunas, mangues e restingas). Fluxo de energia nos Ecossistemas Os organismos que compõem um ecossistema podem ser agrupados por seus hábitos alimentares (níveis tróficos). A sequência de níveis tróficos representa o caminho que tanto a energia como a matéria percorrem um ecossistema. A matéria, pode ser reciclada, o que não servir de alimento para outro nível será metabolizada pelos decompositores, e parte destas substâncias poderão ser novamente reaproveitadas pelos vegetais. A fonte de energia de qualquer ecossistema é o sol. Nos organismos, a energia percorre os níveis tróficos. Através do processo de fotossíntese, a energia do sol é fixada pelos produtores (organismos autótrofos), e disponibilizadas para os consumidores (organismos heterótrofos). Fluxo de energia e matéria nos ecossistemas Uma sequência de organismos onde cada um serve de fonte de alimento para o outro recebe o nome de cadeia alimentar. Teias alimentares são a interligações entre as cadeias alimentares. Ocorre perda de energia durante a realização de atividades, na eliminação de excretas e na passagem de um nível trófico para outro. Embora a nossa fonte primária de energia (sol) seja inesgotável, existe um material necessário para síntese orgânica e as sucessivas transformações energéticas, que existem em quantidades limitadas no meio ambiente, por isso devem ser recicladas. A reciclagem dos elementos químicos na natureza é realizada através dos ciclos biogeoquímicos. Fluxo de matéria nos ecossistemas Para manter seu desenvolvimento, os organismos vivos necessitam de nutrientes, que retiram do meio em que vivem. Estes nutrientes são compostos por átomos que podem ser requeridos em maior quantidade como carbono, hidrogênio, oxigênio, fósforo, enxofre, nitrogênio ou em menores quantidades como ferro, zinco, sódio, manganês. Os ciclos biogeoquímicos possuem reservatórios, locais que concentram uma quantidade maior de determinado elemento. Estes reservatórios podem ser gasosos, sedimentares ou mistos. Todos os ciclos biogeoquímicos estão ocorrendo simultaneamente na natureza. Ciclos biogeoquímicos Ciclo hidrológico: A energia do sol provoca aumento da temperatura e evaporação das águas dos rios, lagos e oceano. O vapor de água na atmosfera se condensa formando nuvens que se precipitam caem em forma de chuva, granizo ou neve. A água da chuva pode infiltrar ou escoar pelo solo, voltando para rios, lagos e oceano. Ciclo do carbono e oxigênio: os vegetais durante a fotossíntese assimilam CO2 e liberam O2. Animais e vegetais ao realizarem a respiração assimilam o O2 e liberam CO2. O carbono (carbonatos) nos sistemas aquáticos ainda se acumulam em locais profundos onde a longo tempo formarão rochas. Com a atividade vulcânica ou mudanças em eras geológicas o carbono volta a recircular. Ciclos biogeoquímicos Ciclo do Nitrogênio: apenas algumas bactérias no solo ou associadas à raízes de plantas (leguminosas) conseguem fixar o nitrogênio do ar (N2), através de processos de: Fixação: fixação no (N2 ) como amônia (NH3). Nitrificação: (Nitrosação e a Nitratação) Nitrosação: transformação de amônia (NH3) em nitrito (NO2-). Nitratação: o nitrito (NO2 -) é transformado em nitrato (NO3 -). Amonificação: liberação (NH3), pela matéria em decomposição Denitrificação: quebra do nitrato (NO3 -) em (N2) e liberação para atmosfera. Ciclos biogeoquímicos Ciclo do fósforo: O fósforo possui um ciclo sedimentar, fica inerte em rochas por milhões de anos, sendo disponibilizado pelo, intemperismo e atividade geológica. Em contato com o solo e oceano e fica disponível para os vegetais e animais marinhos, se deposita em sedimentos profundos, onde em milhões de anos formará novas rochas. Ciclo do enxofre: O enxofre possui um ciclo misto com reservatório sedimentar e gasoso, marcado pela ação de bactérias especializadas. É liberado na natureza pela atividade vulcânica, decomposição de material orgânico e excretas animais. Com a chuva o enxofre infiltra no solo, é assimilado pelos vegetais e toda a cadeia alimentar. Em meio aquático se sedimenta formando novas rochas. Interatividade Nas cadeias tróficas um organismo se alimenta de outro conforme uma ordem. Nas teias, ocorre uma conexão entre as cadeias, mostrando que a ordem dos organismos pode variar conforme seus componentes. Assinale a alternativa correta sobre o que as cadeias e teias alimentares representam. a) Ciclos biogeoquímicos. b) Fluxo de energia e matéria no ecossistema. c) Os organismos produtores. d) Os organismos decompositores. e) Os organismos consumidores. Gestão ambiental dos recursos naturais Recurso natural é qualquer insumo de que os organismos, e ecossistemas necessitam para sua manutenção. De acordo com sua natureza, os recursos naturais podem ser diferenciados como: minerais, energéticos, hídricos e biológicos. De acordo com sua velocidade de renovação, podem se diferenciados em renováveis e não renováveis. Os recursos renováveis: ficam disponíveis graças aos ciclos naturais, são infinitos desde que o consumo respeite a oferta, como a água, a biomassa, energia solar, energia eólica. Os recursos não renováveis tem sua utilização limitada, pois sua formação requer milhões de anos, a velocidade de consumo é superior que a renovação e tendem ao esgotamento, como o petróleo e os minérios. Gestão ambiental dos recursos naturais A economia mundial se desenvolveu sobre alicerces dos combustíveis não renováveis, principalmente o petróleo. Como sua formaçãoprecisa de milhões de anos, e temos várias previsões de esgotamento destas reservas, o fato nos levou as tentativas de desenvolvimento de energias alternativas baseadas nos recursos renováveis. Energia hidrelétrica: que usa a força correnteza de rios. Energia marémotriz: que usa a força das ondas marinhas. Energia eólica: que usa a força dos ventos. Energia geotérmica: que usa o calor liberado pelo interior do planeta. Biogás/biolíquido: biomassa convertida em combustível. Problemas ambientais Muitos problemas ambientais se agravaram com o pouco cuidado que sempre tivemos com a natureza. A poluição do ar: A combustão de materiais produz energia em forma de calor consumindo oxigênio e liberação de gás carbônico. A queima de combustíveis derivados de petróleo libera os poluentes primparios: monóxido de carbono (CO); óxidos de nitrogênio (NOx); hidrocarbonetos (HC); óxidos de enxofre (Sox) e Partículados. Os poluentes na atmosfera sofrem reações químicas, produzindo novos compostos, os poluentes secundários, irritantes à saúde As principais fontes poluentes são os automóveis (móveis) e as fábricas (fixa). Problemas ambientais Efeito estufa: Causado pela emissão de gases do efeito estufa como o gás carbônico, metano, clorofluorcarbonetos, que na atmosfera retém o aquecimento dos raios solares por mais tempo, elevando a temperatura global, destruição da camada de ozônio. Outros problemas derivaram do efeito estufa e já demonstram efeitos, como: o aquecimento global, o derretimento das calotas polares, alteração das estações climáticas causando tornados, ventos fortes, tempestades. Chuva ácida: muitos poluentes em contato com o vapor de água na atmosfera reagem e formam poluentes secundários que dão origem a substâncias ácidas como ácido sulfúrico (H2SO4) e o ácido carbônico (H2CO3), que deixam a chuva mais ácida causando efeito nos vegetais, animais e construções. Problemas ambientais Erosão: diminuição da quantidade de nutrientes do solo, causada pela quantidade e intensidade das chuvas, estrutura e composição geológica do terreno, declividade, cobertura vegetal, desmatamento, queimadas, atividades agropastoris, substituição da mata original por plantações. Magnificação trófica (bioacumulação): utilização excessiva de fertilizantes e agrotóxicos que podem alterar as características do solo, podem se acumular nos organismos vivos, tendo efeito potencializado pela cadeia trófica. Impurezas mais comuns encontradas em fertilizantes comerciais (adubos sintéticos) são: Arsênio, Cádmio, Cromo, Cobalto, Cobre, Chumbo, Níquel, Selênio, Vanádio, Zinco. Agrotóxicos, drenados para o solo, atacam a microbiota, reduzindo a produtividade. Problemas ambientais Resíduos sólidos: originados da atividade humana (lixo), sujeitos a decomposição, liberação de gases, chorume, proliferação de vetores, contaminação do ar, solo e água doce e marinha. Maior incidência de doenças relacionadas ao saneamento básico, agravados pela disposição a céu aberto (lixões). Eutrofização: Associado ao despejo de matéria orgânica Esgoto, e se agrava em águas calmas. Favorecem a proliferação de algas, aguapés, que recobrem o corpo de água, impedindo a entrada de raios de sol. Sem luz, não há fotossíntese pelos produtores, não há renovação do oxigênio, organismos começam a morrer e se depositar no fundo do corpo de água alterando a cor e odor da água. Desenvolvimento sustentável As intervenções humanas alteram as intensidades dos fluxos energéticos e, com isso, geram impactos na natureza. Assim, o planejamento ambiental articula-se com o princípio do desenvolvimento sustentável. Empresas, pessoas e instituições públicas ou privadas devem relacionar-se com os bens naturais na perspectiva de utilização com conservação, preservação e recuperação dos recursos naturais, que são de interesse público. A sustentabilidade se baseia na utilização dos recursos naturais de forma consciente, de maneira a preservá-los para utilização das gerações futuras. Para que um empreendimento humano seja sustentável esse precisa ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente diverso. Gestão ambiental Diversas ações podem ser consideradas como sustentáveis: educação ambiental, exploração dos recursos naturais de forma controlada, preservação das áreas verdes, produção e do consumo de produtos orgânicos, uso de energias limpas, reciclagem de resíduos sólidos, consumo consciente de água, mudança de processos e matérias primas em indústria para poluir menos, instalação de equipamentos de controle da emissão de gases, recuperação de áreas degradadas, implantação de sistemas de ILPF etc. A recuperação de áreas degradadas tem como objetivos principais a integridade física, química e a biológica do solo (estrutura), além de recuperar a capacidade produtiva (função) de alimentos, matérias-primas ou mesmo prestação de serviços ambientais. Recuperação de áreas degradadas Para a recuperação de uma área degradada é necessário uma avaliação de solo, com análises laboratoriais sobre o conteúdo de nutrientes, salinidade, pH, dureza, irrigação. É necessário entender o que causou a degradação, para que o processo possa ser eliminado e realizar as correções do solo. Em alguns casos de solo contaminado existem algumas alternativas para realizar a remediação do local. Biorremediação: é a utilização de organismos vivos, especialmente micro-organismos, para degradar ou transformar poluentes ambientais em substancias de menor toxicidade (combustíveis e solventes orgânicos). Fitorremediação: uso de vegetação para a descontaminação de solos e sedimentos (metais, derivados de petróleo, pesticidas, explosivos, solventes clorados). Interatividade O mercúrio é o único metal líquido em temperatura ambiente. Um garimpo clandestino utilizava mercúrio para evidenciar o ouro no material de mineração. O mercúrio era utilizado na beira de um rio, os peixes nadavam no meio do mercúrio, os garimpeiros usavam a água do mesmo rio para beber, cozinhar, tomar banho e pescar. Neste caso, podemos afirmar que: Assinale a alternativa correta: a) O mercúrio ficou bioacumulado na cadeia trófica. b) Os peixes ficaram contaminados. c) A correnteza da água diluiu o mercúrio e nada aconteceu. d) As pessoas desenvolveram problemas hepáticos. e) Os peixes morreram. ATÉ A PRÓXIMA
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