Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PAULO FREIRE E A ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA Prof. Jonathan Melo ■ O construtivismo é uma concepção de conhecimento, um conjunto de princípios ■ Para Piaget, todo conhecimento consiste em formular novos problemas, à medida que resolvemos os precedentes ■ O conhecimento é compreendido como atividade que se constrói, incessantemente, por meio de trocas entre organismo e o meio ■ Freire concebe as pessoas como produtoras de cultura e sujeitos produtores do conhecimento Método Paulo Freire ■ Freire entende que os humanos vão se formando em suas relação sociais, nunca são obras “terminadas” ■ Seu Método consequentemente também não pode ser entendido como estático, fechado (precisa estar sempre se atualizando) ■ Princípios que fundamentam o Método – O educando já começa tendo um conhecimento da língua, o método propõe que se parta da pesquisa do universo vocabular do educando – O educando é sujeito de sua própria aprendizagem. É por meio de discussões e da problematização da realidade que o educando vai avançando na sua aprendizagem Método Paulo Freire – A aprendizagem ocorre em situações de conflito entre conhecimento antigo e novo (quando o conhecimento já assimilado se mostra insuficiente para responder um novo conflito) – A aprendizagem se dá no coletivo. “ninguém educa ninguém, ninguém se educa sozinho, os homens se educam em comunhão” – A prática docente não é espontaneísta. O educador é o organizador do processo pedagógico ■ Mais do que um transmissor do conhecimento, o construtivismo atribui ao educador a tarefa de acompanhar o processo de conhecimento do aluno Os saberes docentes e a pedagogia da autonomia ■ O educador deve repensar a sua prática permanentemente, de modo a possibilitar a autonomia dos educandos e a construção de uma aprendizagem libertadora ■ Paulo Freira apontou 27 saberes em conexão com a perspectiva construtivista (o que o ensinar exige) Rigorosidade metódica Consciência do inacabamento Segurança, competência profissional e generosidade Pesquisa Reconhecimento do ser condicionado Comprometimento Respeito aos saberes dos educandos Respeito à autonomia do ser do educando Compreensão de que a educação é uma forma de intervenção no mundo Criticidade Bom senso Liberdade e autoridade Estética e ética Humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores Tomada consciente de decisões Corporificação das palavras pelo exemplo Apreensão da realidade Saber escutar Risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação Alegria e esperança Reconhecimento da educação como ideologia Reflexão crítica sobre a prática Convicção de que a mudança é possível Disponibilidade para o diálogo Reconhecimento e a assunção da identidade cultural Curiosidade Querer bem aos educandos Escola, espaço do encontro ■ É na escola que novas demandas de aprendizagem devem ser criadas ■ É a escola que deve aguçar a curiosidade epistemológica latente em todo ser humano ■ A educação que não consegue romper práticas reprodutivistas perde a oportunidade de ser criativa e de promover encontros fecundos e experiências transformadores ■ A repetição de atividades provoca o não gostar de escrever (ex: a redação “minhas férias” todo ano) O lugar do texto na escola ■ Nas produções textuais das crianças em fase inicial de alfabetização, vemos que elas transpõem para a escrita sua oralidade, com toda riqueza de detalhes ■ Com o passar dos anos, esse aluno é bombardeado com regras, convenções e modelos totalitários, que acabam com a criatividade, ludicidade e originalidade da escrita inicial ■ O que falta é promover o conhecimento das inúmeras possibilidades do uso da língua e não somente suas normas e definições ■ Não é possível formar leitoras e escritores se o professor não acumular experiências concretas com a leitura e escrita O lugar do texto na escola ■ A escola assume uma dupla responsabilidade: promover a aprendizagem do aluno por meio de uma sucessão de experiências transformadoras e qualificar a ação pedagógica do educador, de maneira que este não apenas ensine os conteúdos de sua disciplina, mas o faça, de forma dialógica e criativa, para que o aluno não aprenda para esquecer depois da prova, mas que consiga levar para vida os conhecimentos construídos e com eles usufruir de novos encontros cognitivos e novas possibilidades de aprendizagem. Essa é uma tarefa de ambos, afinal, como nos diz Paulo Freire, ninguém ensina ninguém, ninguém aprende sozinho. As pessoas se educam em comunhão 3 momentos constituintes do método de Paulo Freire ■ Primeiro momento – Investigação temática – Investigação do universo vocabular e dos modos de vida e do contexto em que vivem os educandos – Uso de ferramentas como: entrevistas, auto-retrato, narrativa oral, instrumentos que investiguem a vida do educando – Quanto mais se conhece, mais se pode promover intervenções didáticas (usar temas significativos – Nesse primeiro momento deve ser desenvolvida a “leitura do mundo” (estudo da realidade) – Investigar a dimensão social e cognitiva 3 momentos constituintes do método de Paulo Freire ■ Dimensão social ■ Quem o sujeito é e que lugar ele ocupa no contexto em que vive ■ Dimensão cognitiva – Socialização – formas com educandos se relacionam entre si e com o educador – Problematização – capacidade de exercer a pedagogia da pergunta – Leitura/escrita/oralidade – níveis dessas habilidades 3 momentos constituintes do método de Paulo Freire ■ Segundo momento – Tematização – Seleção dos temas geradores – É necessário que o educador extrapole a prática mecânica e trabalhe com temas de relevância social para os educandos ■ Terceiro momento – Problematização – Superação da visão ingênua por uma visão críticas, capaz de transformar o contexto vivido – Problematizar é inserir a dúvida, as diferentes possibilidade de se enxergar um problema – Uso da pedagogia da pergunta para “desnaturalização” do natural – É por meio da problematização que se imprime o caráter libertador do Método
Compartilhar