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METALOGRAFIA O controle de qualidade de um produto metalúrgico pode ser estrutural e dimensional. O segundo preocupa-se em controlar as dimensões físicas de um determinado produto, denominado metalografia. O primeiro preocupa-se com o material que forma a peça, sua composição, propriedade, estrutura, aplicação, etc. Pode ser: físico, químico, metalográfico e especial. ENSAIO METALOGRÁFICO O ensaio metalográfico, procura relacionar a estrutura íntima do material com as suas propriedades físicas, com o processo de fabricação, com o desempenho de suas funções e outros. RELATÓRIO DOS TRABALHOS EXECUTADOS COM CORPO DE PROVA EM LABORATÓRIO MATERIAL UTILIZADO: Corpo de prova, de um aço GG50 PROCESSOS: Corte Embutimento Lixamento Polimento Ataque químico Microscopia OBJETIVO Analisar as propriedades do aço GG 50. CORTE O equipamento utilizado para o corte conhecido como “cut-off”, ou policorte, com discos abrasivos intensamente refrigerados ( evitando deformações devido ao aquecimento) a relativas baixas rotações. Máquina policorte. Neste equipamento, foram cortados os corpos de prova a serem utilizados nos testes. Os discos de corte, são criteriosamente selecionados, dependendo do material que será utilizado. Neste sentido, se for utilizado um disco errado, o corpo de prova pode ter suas características alteradas. Em geral, é efetuado o corte longitudinal ou o corte transversal na amostra. O corte longitudinal permite verificar: Se a peça é fundida, forjada ou laminada; Se a peça foi estampada ou torneada; A solda de barras; A extensão de tratamentos térmicos superficiais, etc. O corte transversal permite verificar: A natureza do material; A homogeneidade; A forma e as dimensões das dentritas; A profundidade da tempera, etc. O seccionamento da amostra deve ser efetuado de tal maneira que não complique as operações subsequentes. O método de corte mais utilizado é o corte por abrasão a úmido. Durante a operação de corte, alguns cuidados devem ser observados, afim de não modificar as estruturas da amostra. Tais como: O corte nunca deve ser contínuo, para não haver excessivo aquecimento, por falta de penetração do refrigerante. Deve-se evitar a rebarba no final do corte para que não dificulte o embotamento. EMBUTIMENTO O embutimento, é realizado para facilitar o manuseio de peças pequenas, evitar danificações na lixa ou do pano de polimento, abaulamento da superfície, trazendo dificuldades ao observador. O embutimento consiste em circundar o material com um material adequado, formando um corpo único. Embutimento a quente Consiste em colocar a face a qual se quer analizar em contato com o êmbolo inferior da máquina de embutimento. Aplica-se desmoldante no êmbolo inferior, para que a Baquelite (produto que revestirá o corpo de prova) não fique aderido ao embolo. Posteriormente, deve-se baixar o embolo lentamente e colocar resina. ( de 10 a 30 gramas). Na sequencia, aplica-se desmoldante no embolo superior, e então posiciona-o sobre o embolo inferior. Por fim coloca-se a tampa. Destarte o processo pode ser iniciado. A pressão deve estar entre 125 e 150 KgF/mm. O equipamento é aquecido por 8 minutos e resfriado por 5 minutos. Após este procedimento, a válvula deve ser aberta, o êmbolo erguido e o corpo de prova retirado. Prensa de embutimento. Baquelite e desmoldante No experimento realizado em laboratório, foi utilizado nos cospos de prova, o embutimento a quente. Embutimento a frio No embutimento a frio é utilizado resinas sintéticas e polimerização rápida. É feito com resinas auto polimerizáveis, consistindo de duas substâncias formando um líquido viscoso quando misturado. Esta mistura é colocada dentro do molde plástico, onde se encontra a amostra, polemirizando-se após certo tempo. A reação de polimerização é fortemente exotérmica, atingindo temperaturas entre 50 e 120º C. O tempo de endurecimento varia de 2 a 24 horas, dependendo do tipo de resina empregada e o catalizador. LIXAMENTO Após concluído processo de umbutimento a quente, foi iniciado o processo de lixamento. A amostra metalográfica deve ser bem acabada, por este motivo, a importância da fase de lixamento. O lixamento tem por objetivo, eliminar riscos e marcas mais profundas da superfície, dando um perfeito acabamento ao corpo de prova, preparando-a para o polimento. Existem dois processos de lixamento: Manual (úmido ou seco): esta técnica consiste em se lixar a amostra sucessivamente com lixas de granulometria cada vez menor, mudando-se de direção (90º) em cada lixa, até desaparecer os traços da lixa anterior. Deve-se tomar cuidado durante o lixamento, pois a pressão e a velocidade de lixamento pode provocar deformações plásticas em toda a superfície por amassamento e aumento da temperatura. Automático: o lixamento automático, respeita os mesmos critérios do lixamento manual, com a diferen;ca que é realizado e máquinas de lixamento. Lixa manual No experimento realizado em laboratório, inicialmente as amostras passaram pelo lixamento manual, no equipamento representado acima. Na ocasião, foram observados os seguintes procedimentos: Existências de todas as lixas necessárias para o procedimento; Verificou-se tinha água correndo sobre as lixas; Foi feito um ponto de referência na amostra; Início do lixamento de desbaste; Foi lixado até que restaram só os riscos da última lixa utilizada; A amostra era virada 90º ates de ir para a próxima lixa; O procedimento foi repetido até chegar ã lixa de granulometria 1200. Máquina para lixamentos mais grosseiros. POLIMENTO Operação pós lixamento que visa um acabamento superficial polido isento de marcas. Utiliza-se para este fim abrasivos como pasta de diamante ou aluminia. Neste processo, a superfície da amostra foi limpa, a fim de ficar livre de traços abrasivos, solventes, poeiras e outros. A mesma foi limpa com água corrente. Pode-se utilizar líquidos de baixo ponto de ebulição, como álcool etílico, fréon líquido e outros. Com a utilização destes produtos para limpeza da amostra, a secagem é mais rápida. Existem cinco processos para a obtenção de uma superfície polida isenta de riscos, são eles: Mecânico Semiautmático em sequência, Eletrolítico Mecânico-eletrolítico e Polimento químico. Na amostra trabalhada, foi utilizado o processo mecânico para polimento. Como agente polidor, foi utilizado a alumina, sendo utilizado com concentração de 10%. Cabe destacar, que é de suma importância, a verificação do pano de polimento da Politriz. Este deve estar rigorosamente limpo, ser o pano adequado para o tipo de reagente. O agente polidor (Alumina) foi colocado sobre o pano da Politriz, na sequência, a água foi aberta lentamente para lubrificação e eliminação das impurezas. No mesmo sentido, a amostra foi levemente segurada encima do pano de polimento. A mesma foi movimentada no sentido inverso ao do movimento do pano. Pode-se também, somente segurar a amostra sobre o pano. Assim, evitam-se riscos. A amostra foi analisada para identificação de possíveis riscos e/ou deformações. Estando com imperfeições acentuadas, não seria possível seguir para as etapas seguintes. Politriz – equipamento para polimento. ATAQUE QUÍMICO O objetivo deste processo, é a identificação (visualização) dos contornos de grãos e as diferentes fases na microestrutura. A amostra foi colocada em imersão, por 3 segundos em 3% de ácido nítrico com 97 ml de álcool etílico O reagente causa a corrosão da superfície. Os reagentes são escolhidos em função do material e dos constituintes macroestruturais que se deseja contrastar na análise metalográfico microscópica. Alguns grãos e fases serão mais atacados pelo reagente que outros. Isso faz com que cada grão e fase reflita a luz de maneira diferente de seus vizinhos. Isso realça os contornos e grãos e dá diferentes tonalidades às fases, permitindo a identificação das mesmas no microscópio.MICROSCOPIA O microscópio visa a comodidade do operador, assim como, tornar mais fácil e nítida a microestrutura em observação. Depois de preparado, o corpo de prova do aço GG 50 é levado ao microscópio, com o aumento de 200 vezes, se pode observar que a microestrutura do mesmo é composta por ferrita e perlita, sendo que as mesmas não estão seguindo o contorno de gãos, e sim estão misturadas. Isso significa que trata-se de um aço menor de 1045. Um aço de 1045 até 1070 estaria formando a ferrita no contorno de grãos. Sendo assim, um aço de mais baixo carbono, resistindo mais ao impacto, tem mais ductilidade. Os grão ferriticos são os brancos e os de perlita são os mais escuros. Imagem com aumento de 200 vezes O vergalhão, é um aço de baixo carbono, é um aço comum, que precisa desta malhabilidade. É um aço que é utilizado dentro da estrutura do concreto, nas edificações, para firmar o concreto sem quebrar. Com o aumento de 400 vezes com a lente objetiva no microscópio, observou-se que os grãos estão deformados, segmentados (tem ferrita dentro da perlita) isso é devido ao processo de laminação pelo qual o vergalhão é submetido, para deixar a barra de uma forma padrão e com ranhuras específicas do vergalhão. Imagem com aumento de 200 vezes
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