Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Custo-padrão (standard cost) Ely Célia Corbari1 Joel de Jesus Macedo2 Custo-padrão Padrão é uma medida que serve de referência. O custo-padrão é um custo atribuído com antecedência, ou seja, um custo fixado que servirá de refe- rência para posterior confrontação com a realidade. Também chamado de standard cost, é uma metodologia que busca um padrão de custos. Para Bruni e Famá (2008, p. 170) “o custo-padrão consiste na técnica de fixar previamente preços para cada produto”. Para os autores, sua prin- cipal função é auxiliar no processo decisório, na aferição de desempenho, na elaboração de orçamentos, na orientação de preços e na obtenção de custos significativos do produto, com razoável economia e simplicidade de escrituração. Padoveze (2009, p. 355) expõe que o custo-padrão tem as seguintes características: compõe-se de elementos físicos e monetários; � utiliza-se de dados e informações que devem acontecer no futuro; � deve ser cuidadosamente predeterminado, dentro de bases unitárias; � aplicável basicamente a operações repetitivas, servindo como medida � predeterminada estável para processos e atividades organizacionais específicas; deve servir como modelo de comparação ou meta. � A aplicação do custeio-padrão permite analisar as variações ocorridas entre os custos real e padrão. As variações podem ser favoráveis ou desfa- voráveis, dependendo se o custo efetivamente incorrido pela empresa for inferior ou superior ao custo previamente fixado. Uma vez que o custo-padrão é um custo estabelecido previamente pela empresa, o custo apropriado à produção não deve ser pelo seu valor efetivo (ou real), mas por estimativas do que deveriam ser (custo-padrão) (CREPAL- DI, 2011). O custo-padrão representa um “custo ideal” que deverá ser perse- guido, servindo de base para medir a eficiência da produção e conhecer as causas das variações de custo. 133 1Mestre em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Pós- graduada em Gestão Pú- blica e, em Contabilidade e Gestão Estratégica pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unio- este. Bacharel em Ciên- cias Contábeis também pela Unioeste. Atua como professora de graduação e pós-graduação em ins- tituições de nível superior. Possui diversos artigos publicados em revistas e congressos, é autora do livro Contabilidade Societária e do livro Con- trole Interno e Externo na Administração Pública, ambos publicados pela Editora IBPEX. 2Mestre em Engenharia de Produção pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR, bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Atua como professor de gra- duação e pós-graduação em instituições de nível superior. É consultor nas áreas de finanças públicas e de mercado de capitais. Possui artigos publicados, direcionados para a área pública e privada. Rece- beu em dois anos conse- cutivos o prêmio Sérgio Scorsin de melhor artigo científico na área de pes- quisa operacional, no Congresso Internacional de Administração – ADM 2010 e no Congresso In- ternacional de Administra- ção – ADM 2011. É autor do livro Controle Interno e Externo na Administração Pública editado pela Edi- tora IBPEX. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 134 Custo-padrão (standard cost) Os padrões de custos são predeterminados em relação aos itens específi- cos, ou seja, em relação à quantidade e qualidade dos materiais aplicados na fabricação de uma única unidade, horas de mão de obra necessária para a pro- dução e os custos indiretos decorrentes da manutenção da estrutura fabril. Os padrões de custos são fixados com base na quantidade e no valor, con- forme podemos observar a seguir: Padrão Físicos – materiais diretos, mão de obra direta, consumo de energia, utilização de equipamentos etc. Monetários – valor dos recursos necessários. Hansen e Mowen (2001, p. 279) relatam que para a determinação do custo- padrão para uma unidade “é preciso tomar duas decisões: (1) quanto de entra- da deve ser usado por unidade de produção (a decisão sobre a quantidade) e (2) quanto deve ser pago pela quantidade de entrada que será consumida (de- cisão de preço)”. Para os autores a decisão sobre a quantidade produz padrões de quantidade, e a decisão sobre o preço produz padrões de preço. Os padrões físicos e monetários que formam a base de cálculo de um custo-padrão devem ser fixados com precisão. Sendo assim, para estabele- cer os padrões de custos é necessária uma cuidadosa seleção de materiais, um estudo de tempos e movimentos dos processos, um estudo técnico (de engenharia) sobre os equipamentos e demais instalações necessárias para operacionalidade da produção. Tipos de custo-padrão Não podemos confundir o custo estimado com o custo-padrão, pois o custo- padrão apresenta maior rigor técnico e busca a eficiência na sua estimativa. Bruni e Famá (2008) apresentam as seguintes diferenças entre custo esti- mado e custo-padrão: Custo estimado � : é aquele estimado com base em custos observados no passado, ajustado em função de expectativas de ocorrências futu- ras, sem qualquer preocupação de se avaliar caso ocorram deficiências na produção. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Custo-padrão (standard cost) 135 Custo-padrão � : é aquele estabelecido com critérios mais rígidos, repre- senta o que determinado produto deveria custar, em condições nor- mais de eficiência do uso do material, mão de obra, equipamentos. O custo-padrão pode ser subdividido em dois tipos que, de acordo com Crepaldi (2011) e Padoveze (2009) são: Custo-padrão ideal e Custo-padrão corrente. Custo-padrão ideal: � é o custo-padrão calculado de forma científica pela engenharia de produção dentro de condições ideais de qualidade dos materiais, de eficiência da mão de obra, com o mínimo de des- perdícios de todos os insumos envolvidos. Leva em conta a máxima utilização dos recursos produtivos. O custo-padrão ideal considera: o uso da melhor matéria-prima; � a utilização da mão de obra mais eficiente; � a utilização em 100% da capacidade da empresa; � a ausência de paradas e desperdícios; � paradas apenas as já programadas em função de uma perfeita ma- � nutenção preventiva. Representa o custo de um produto que acontece sem qualquer desperdí- cio, ociosidade, em condições ideais de produção, com os melhores equipa- mentos e melhores recursos humanos. O custo ideal é um custo que provavelmente nunca irá acontecer, dadas as imperfeições ambientais, empresariais e de mercado. Tomado como meta, levaria a que todos os setores da empresa se empenhassem por atingi-lo. Em não acontecendo, poderia até ser desmotivador (PADOVEZE, 2009). Custo-padrão corrente � : é o custo-padrão calculado situado entre o ideal e estimado, ou seja, fixa padrões com base em projeções, porém efetua estudos para uma avaliação da eficiência da produção. Para Padoveze (2009, p. 356) o custo-padrão corrente busca “padrões de custos e produção que, mesmo calculados cientificamente, consideram as eventuais condições correntes da empresa”. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 136 Custo-padrão (standard cost) O custo-padrão corrente considera as deficiências existentes e que as metas fixadas são difíceis de ser alcançadas, mas não impossíveis. Ao contrário do ideal, leva em consideração as deficiências que existem e que não podem ser sanadas no curto e médio prazos, a exemplo dos ma- teriais comprados de terceiros, inexistências de mão de obra especializada e outras similares. Análises de variações A aplicação do custo-padrão permite analisar as variações ocorridas entre o custo real e o padrão, comparando o custo atribuído com o custo efetiva- mente incorrido pelas empresas em determinado período de produção, ou seja, compara o que aconteceu com o que deveria ter acontecido. Se o custo real for superior ao custo-padrão, a variação (diferença) ocorrida será conside- rada desfavorável, uma vez que o custo efetivo foi maior que o estabelecido como meta para a empresa. Por outro lado, se o custo real for inferior ao custo- -padrão, a variação será considerada como favorável, uma vez que a empresa apresentou custo menor que o estabelecido como meta (CREPALDI, 2011). El y Cé lia C or ba ri/ Jo el de Je su s M ac ed o. Figura 1 – Análise de variações. Custo real Custo-padrão Variação Favorável Desfavorável A análise de variações costuma ser decomposta em variações de preço ou taxa e variações de quantidade ou eficiência. Variação Quantidade – visa a eficiência na utilização dos recursos. Preço – visa a ecomicidade na aquisição dos recursos. As variações podem ser motivadas por fatores internos ou externos à em- presa. As variações na quantidade, por exemplo, são decorrentes de fatores internos e pode ser controlado pela empresa. Já a variação do valor pode ser decorrente da elevação do preço dos insumos, decorrente de fatores exter- nos e não controlável pela empresa. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Custo-padrão (standard cost) 137 O custo-padrão além de apurar as variações permite ainda que sejam identificadas e analisadas as causas. As análises são feitas com base nas se- guintes variações: El y Cé lia C or ba ri/ Jo el d e Je su s M ac ed o. Gráfico 1 – Variações em preço e quantidade Preço Quantidade Qp Qr Pp Pr Variação de quantidade Variação conjunta Variação do preço As variações podem ser decorrentes de alteração do preço dos insumos utilizados na produção, da quantidade dos insumos utilizados ou, ainda, uma variação conjunta dos dois fatores. Padoveze (2009) apresenta uma equação para análise das variações, que resulta da multiplicação do preço unitário dos fatores de custos pelas quan- tidades utilizadas desses insumos industriais. As variações de preço analisam exclusivamente o efeito da diferença ocorrida entre o preço-padrão e o preço real. Para exemplificar vamos imaginar que uma empresa tenha projetado uti- lizar apenas 10 itens de determinada matéria-prima com preço de compra de R$4,00. Porém, na execução foram utilizados 13 itens, a um preço de R$4,30. Assim, obteve-se a seguinte variação: Tabela 1 – Exemplo de variação Matéria-prima Qtde Preço Total Padrão 10 4,00 40,00 Real 13 4,30 55,90 Variação 3 0,30 15,90 Ely C él ia C or ba ri/ Jo el d e Je su s M ac ed o. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 138 Custo-padrão (standard cost) Graficamente esta variação tem a seguinte estrutura: El y Cé lia C or ba ri/ Jo el d e Je su s M ac ed o. Gráfico 2 – Exemplo de variação Preço Qtde 4,00 4,30 10 13 Orçado 40,00 Variação quantidade Variação preço Variação mista Nota-se que houve variação em quantidade de 3 unidades e no preço de R$0,30. Como houve variação no preço e na quantidade, ocorreu então, uma variação mista ou conjunta. Se a empresa tivesse utilizado a mesma quantidade projetada de matéria- -prima, ou seja, 10 unidades, a variação só teria ocorrido em relação ao preço. Teríamos, então, a seguinte variação: Tabela 2 – Exemplo de variação de preço El y Cé lia C or ba ri/ Jo el de Je su s M ac ed o. Matéria-prima Qtde Preço Total Padrão 10 4,00 40,00 Real 10 4,30 43,00 Variação 0 0,30 3,00 Graficamente esta variação tem a seguinte estrutura: El y Cé lia C or ba ri/ Jo el d e Je su s M ac ed o. Gráfico 3 – Exemplo de variação de preço Preço Qtde 4,00 4,30 10 Orçado 40,00 Variação preço Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Custo-padrão (standard cost) 139 Da mesma forma, se não houvesse variação no preço e somente na quan- tidade, de 10 para 13 unidades, teríamos a seguinte variação: Tabela 3 – Exemplo de variação de quantidade El y Cé lia C or ba ri/ Jo el de Je su s M ac ed o. Matéria-prima Qtde Preço Total Padrão 10 4,00 40,00 Real 13 4,00 52,00 Variação 3 - 12,00 Graficamente esta variação tem a seguinte estrutura: El y Cé lia C or ba ri/ Jo el d e Je su s M ac ed o. Gráfico 4 – Exemplo de variação de quantidade Preço Qtde 4,00 13 10 Orçado 40,00 Variação de quantidade Os exemplos dados indicam variações desfavoráveis em relação ao preço e a quantidade, pois se apresentaram maior do que o estimado. É possível ter variações favoráveis com a execução inferior aos valores e quantidades fixados com antecedência. A variação desfavorável ocorre sempre que os preços reais ou o consu- mo de entradas são maiores do que os preços ou consumo padrão. Quanto ocorre o oposto, são obtidas variações desfavoráveis. Uma vez que as fórmulas de preço e consumo são ajustadas para que o real menos o padrão seja computado, um número positivo indica uma varia- ção desfavorável e um número negativo indica uma variação favorável. Vale destacar que as variações favoráveis e desfavoráveis não são equivalen- tes a variações boas ou ruins, apenas indicam o relacionamento dos preços ou quantidades reais com os preços e quantidades padrão. Para saber se as varia- ções são boas ou ruins é necessário investigar o motivo de elas terem ocorrido. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 140 Custo-padrão (standard cost) As vantagens do custo-padrão O custo-padrão surgiu com a necessidade de antecipar as informações dos custos para a decisão de negócios. Assim, o custo-padrão não é uma forma de contabilização de custos já incorridos, a exemplo do custeio por absorção e o variável, mas sim uma técnica auxiliar. A utilização do custo-padrão não invalida a informação obtida com os custos reais, pelo contrário, o custo-padrão só é eficaz na medida em que exista um custo real para comparação. Dubois, Kulpa e Souza (2009, p. 145) relatam que o custo-padrão “baseia- -se na predeterminação dos custos que devem ocorrer” e, sendo assim, “não substitui os sistemas de custeio por processo ou por ordens de produção, lotes, ou contrato, mas complementa-os”. O custo-padrão não impede a uti- lização de qualquer outro sistema ou metodologia de custeio pela empresa, ao contrário, ele pode ser utilizado concomitantemente com qualquer outro sistema empregado pela empresa. As principais vantagens decorrentes da aplicação de um sistema de cus- teio padrão são apresentadas no quadro1 a seguir: Quadro 1 – Vantagens do custo-padrão (B RU N I; FA M Á , 2 00 8. A da pt ad o. ) Vantagens Descrição Eliminação de falhas nos processos produtivos Implantação de medidas-padrão considerando o uso eficiente das matérias-primas, utilização adequada de máquinas e equipamentos, emprego correto de mão de obra. Aprimoramento dos controles Os padrões servem como bom instrumento de contro- le, permitindo identificar os desvios Instrumentos de avaliação do desempenho Com a adoção de padrões é possível medir desempe- nho Contribuição para o aprimo- ramento dos procedimentos de apuração do custo real As comparações entre o padrão e o real podem indicar a necessidade de revisão da execução das operações Rapidez na obtenção das informações Os padrões permitem a obtenção mais ágil de infor- mações, a exemplo de informações para orçamento e cotações. O custo-padrão tem como finalidade o Planejamento e o Controle dos custos, fixando base de comparação entre o custo que ocorreu e o que de- Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Custo-padrão (standard cost) 141 veria ter ocorrido. Para Martins (2010) o custo-padrão não deixa de ser uma espécie de orçamento, pois os padrões caracterizam-se como meta a ser atingida. O custo-padrão e o orçamento estão intimamente ligados, desta forma, uma vez existente o custo-padrão, torna-se muito mais fácil a elabora- ção do orçamento da parte relativa à produção, bastando apenas a definição do volume de vendas. Porém Dubois, Kulpa e Souza (2009, p. 145) alertam que o emprego do método de custo-padrão é proveitoso apenas nas seguintes situações: quando a fábrica trabalha com grandes quantidades de produtos � iguais ou lotes; quando a produção contratada tem grande quantidade de itens simi- � lares. O custo-padrão procede da definição do padrão de elementos que será utilizado na produção. Por isso, na produção repetitiva de produtos simila- res, o custo-padrão oferece maior utilidade. O custo-padrão serve como elemento de base para a elaboração do pla- nejamento. Porém, vale destacar que o custo-padrão é sempre um pouco rigoroso, fixado com base na suposição de melhoria de aproveitamento dos fatores de produção. Sendo assim, para o orçamento devem-se considerar as imperfeições e ineficiências que farão que o custo real seja superior ao padrão fixado. Ampliando seus conhecimentos Finalidades do uso do custo-padrão (PADOVEZE, 2009) O custo-padrão é uma das técnicas para avaliar e substituir a utilização do custo real. Independente de a empresa utilizar o método do custeio direto ou custeio por absorção, ela pode utilizar o conceito de custo-padrão, o qual se diferencia do custo real no sentido de que ele é normativo, objetivo, proposto ou um custo que se deseja alcançar. Por isso, na elaboração do padrão, a empresa pode incorporar metas a serem atingidas pelos diversos setores fabris e operacionais, no sentido de que tais Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 142 Custo-padrão (standard cost) avaliações de custos sejam alcançadas. Nesse sentido, o custo-padrão é uma ferramenta indispensável para controle dos custos, das operações e das ativi- dades. Ele pode ser utilizado para diversas metas ou objetivos. Entendemos, porém, que o seu maior objetivo está ligado aos conceitos de controlabilida- de empresarial. Assim, os objetivos mais importantes do custo-padrão seriam: determinar o custo que deve ser o custo correto; � avaliar as variações acontecidas entre o real e o padronizado; � definição de responsabilidades e obtenção de comprometimento dos � responsáveis por atividade padronizada, servindo como elemento moti- vacional; avaliação de desempenho e eficácia operacional; � base para o processo orçamentário. � Além disso, podemos identificar outros aspectos importantes como vere- mos a seguir. Substituir o custo real O custo real representa o custo acontecido. Como instrumento de Planeja- mento Estratégico ou operacional, o custo real não tem nenhum significado. Para avaliação de inventários, ele serve apenas para atender as necessidades legais e fiscais da Contabilidade empresarial. O custo real tem validade apenas no sentido em que, após a análise de suas variações, em cima de um custo-padrão, se identificam as causas do porquê das variações e, através delas, se permita corrigir os rumos atuais. Para o dia a dia, o custo-padrão representa muito mais utilidade que o custo real. Além disso, o custo real apresenta muita variabilidade unitária, uma vez que depen- de do volume de atividade, produção ou venda. Adicionalmente, sabe-se que um sistema de apuração do custo real para todas as atividades, processos, produtos, e serviços tende a ser lento e caro. Outra vantagem na substituição do custo real está em que o custo-padrão não precisa ser calculado mensalmente. O seu cálculo pode ser feito a período e tempos maiores, como seis meses ou um ano [...]. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Custo-padrão (standard cost) 143 Formação de preços de venda É uma das melhores utilizações do custo-padrão. Apesar de, teoricamente, ser o mercado que dá o preço de venda dos produtos, ele deve ser inicialmen- te calculado em cima das condições de custos das empresas. Dessa forma, como elemento inicial para formação de preço de venda, devemos utilizar o custo-padrão, pois ele traz todos os elementos necessários para parametrizar um preço de venda ideal [...]. Atividades de aplicação 1. A Confeitaria Doce Sabor decidiu vender bolos de sorvete. A empresa projetou, para a fabricação de cada bolo, que utilizaria 400kg de sor- vete a um custo de aquisição de R$5,00 a cada 100 gramas. Porém, ao efetivar a fabricação do bolo notou que utilizou 350kg de sorvete ad- quirido a um custo de R$6,00 a cada 100 gramas. Assinale a alternativa que corresponda à resposta correta. a) Houve variação apenas na quantidade. b) Houve variação apenas no preço. c) Houve variação mista, porém favorável apenas no preço. d) Houve variação mista, porém favorável apenas na quantidade. 2. Assinale a alternativa correta. a) O custo padrão é obrigatoriamente contabilizado. b) O custo padrão é determinado previamente com base em análise rigorosa dos processos produtivos. c) O custo padrão refere-se aos gastos que a empresa teve para pro- jetar um novo produto. d) O custo padrão é aquele obtido após a produção do bem. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 144 Custo-padrão (standard cost) 3. Uma empresa financeira estimou que o tempo do atendimento de telemarketing seria feito em 5 minutos e teria um custo de R$0,50 o minuto. Ao receber o relatório no final do mês o gerente da área obser- vou que o atendimento ficou, em média, em 7 minutos, não variando o seu custo. Com base na questão, indique a alternativa que corres- ponda à resposta correta. a) O custo real foi de R$2,50 cada ligação. b) O custo padrão foi de R$3,50 cada ligação. c) A variação se deu em virtude do aumento do tempo no atendi- mento. d) A variação de R$1,00 ocorreu em virtude do aumento do preço. Referências BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão e o de Custos e Formação de Preços: com aplicação na calculadora HP 12 C e Excel. São Paulo: Atlas, 2008. CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011. DUBOIS, Alexy; KULPA, Luciana; SOUZA, Luiz Eurico de. Gestão de Custos e For- mação de Preço: conceitos, modelos e instrumentos: abordagem do capital de giro e da margem de competitividade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. HANSEN, Don R.; MOWEN, Maryanne M. Atribuição de Custos: rastreio direto, rastreio por direcionadores e alocação In: Gestão de Custos: contabilidade e controle. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria Estratégica e Operacional: conceitos, es- trutura, aplicação. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. Gabarito 1. D 2. B 3. C Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
Compartilhar