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Técnicas Avançadas de Análise de Custos

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Questão 1/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
Através do método do custo padrão, a empresa consegue compreender e fornecer um padrão de comportamento para os custos e utilizar esse referencial para 
comparar com os custos reais incorridos no período. 
Sobre o custo padrão, analise as assertivas a seguir: 
I. Não se trata de um método ou critério de contabilização de custos, como é o caso do de Absorção ou Variável. 
II. Tem como objetivo principal auxiliar a gestão no processo de controle e planejamento de custos. 
III. O custo-padrão pode ser compreendido como uma meta a ser atingida. 
IV. O custo-padrão ideal não é o recomendado, porque trata-se de um custo que leva em consideração um cenário perfeito. 
V. O custo padrão é um custo que se deseja alcançar. 
Assinale a alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 A Estão corretas somente as assertivas I, II, e IV 
 B Estão corretas somente as assertivas I, II, e V 
 C Estão corretas somente as assertivas II, IV, e V 
 D Estão corretas somente as assertivas III, IV, e V 
 E 
Estão corretas todas as assertivas 
Você acertou! 
Gabarito: Rota da aula 02, páginas 02-03. 
 
 
Questão 2/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
Nas análises das variações do custo-padrão em relação ao custo realmente incorrido, os esforços de apuração das diferenças somente serão válidos caso se adotem 
medidas de correção dos principais pontos identificados. No entanto, no tratamento e na análise das diferenças, devem ser respeitadas as características qualitativas 
fundamentais das informações contábeis. 
Sobre o contexto anterior, analise o contexto a seguir: 
“Informação contábil-financeira ____________________ é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários e é considerada 
________________ se a sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na informação 
contábil-financeira acerca de entidade específica que reporta a informação. 
Assinale a alternativa que diz respeito às as características qualitativas que, respectivamente, completam as lacunas do texto anterior. 
Nota: 10.0 
 A Relevância e Compreensibilidade 
 B Materialidade e Confiabilidade 
 C 
Relevância e Materialidade 
Você acertou! 
Gabarito: 
Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários e é considerada material 
se a sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na informação contábil-financeira 
acerca de entidade específica que reporta a informação. 
Rota da aula 3, página 13. 
 D Essência sobre a forma e Prudência 
 E Comparabilidade e Tempestividade 
 
Questão 3/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
Ratear significa alocar os custos acumulados de forma proporcional aos produtos ou aos centros de custo. 
Assinale a alternativa que apresenta um termo que é utilizado em contabilidade de custos como sinônimo de rateio: 
Nota: 10.0 
 A Apontador de custos 
 B Indicador de custos 
 C Contador de custos 
 D 
Direcionador de custos 
Você acertou! 
Gabarito: 
Direcionadores de custos são critérios de rateio 
Rota da aula 01, página 07. 
 E Explorador de custos 
 
Questão 4/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
A parte mais importante do controle de variação da MOD está em analisar os motivos que geraram as variações identificadas para implementar melhorias no 
processo, ou mesmo no custo-padrão do restante dos períodos, caso se confirme essa necessidade. 
Sobre as possibilidades de origens das variações na MOD, analise as assertivas a seguir classificando-as como verdadeiras ou falsas: 
I. Se a empresa aumentar ou diminuir a quantidade de horas despendidas para produção prevista, haverá variação. 
II. O aumento de salário-hora não causa variação na MOD. 
III. Pessoas não preparadas trabalhando na produção podem causar variação. 
IV. Se a empresa estabelecer o padrão com base em funcionários com desempenho acima da média, isso acarretará em variação. 
Assinale a alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 A V – V – V – F 
 B F – V – V – V 
 C V – V – F – V 
 D 
V – F – V – V 
Você acertou! 
Gabarito: 
II. O aumento de salário-hora causa variação na MOD. 
Rota da aula 03, página 5. 
 E V – V – V – V 
 
Questão 5/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
A fixação do custo-padrão é feita com o detalhamento de informações que permita a identificação das origens das distorções, deve ser definido em quantidades e 
em valores, porque por vezes a variação pode ser originada de uma perda de material ou alteração na composição do produto em si, e em outras por algum 
acréscimo de custo na aquisição de determinado material, seja por troca de fornecedor ou algum evento externo da organização. 
Sobre os itens de custos considerados na fixação do custo padrão, analise o conceito a seguir: 
“São aqueles utilizados diretamente na produção, porém não fazem parte do produto em si”. 
Assinale a alternativa que corresponde ao item de custo supracitado: 
Nota: 10.0 
 A Mão de Obra Direta 
 B 
Custos Indiretos Variáveis 
Você acertou! 
Gabarito: 
“Os custos indiretos variáveis são aqueles utilizados diretamente na produção, porém não fazem parte do produto em si”. 
 Rota da aula 02, página 04. 
 C Custos Indiretos Fixos 
 D Materiais Diretos 
 E Mão de obra Indireta 
 
Questão 6/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
Para que as organizações consigam cumprir com seus objetivos, dentro de um nível de eficiência e eficácia adequados, as atividades são divididas e estruturadas 
em funções administrativas. 
Sabendo-se que essas funções possuem algumas classificações, analise o conceito a seguir: 
“Tem o propósito de gerir as atividades em si, direcioná-las como o próprio nome indica, para garantir que os processos sejam desenvolvidos de acordo com a 
estruturação e definição realizadas”. 
Assinale a alternativa que diz respeito à função conceituada. 
Nota: 10.0 
 A Planejamento 
 B 
Direção 
Você acertou! 
Gabarito: 
“A função de Direção tem o propósito de gerir as atividades em si, direcioná-las como o próprio nome indica, para garantir que os processos sejam 
desenvolvidos de acordo com a estruturação e definição realizadas”. 
Rota da aula 01, página 5. 
 C Controle 
 D Organização 
 E Definição 
 
Questão 7/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
Ao se implementar um sistema de custeio deve-se analisar as várias possibilidades de estruturação das informações para garantir que efetivamente contribuam 
com o controle e gestão. Uma das visões de custo que precisa ser definida diz respeito ao sistema de acumulação por produto ou por departamento. 
Sabendo-se que o sistema de acumulação de custos representa a forma com que os custos são transferidos aos produtos, analise as assertivas a seguir: 
I. O departamento é uma unidade operacional representada por um conjunto de homens e/ou máquinas de características semelhantes, desenvolvendo atividades 
homogêneas dentro de uma mesma área. 
II. Na apuração do custo dos produtos para avaliação de estoques, uma das possibilidades é o de apropriar os custos diretos diretamente nos produtos ou serviços. 
III. Os custos indiretos são transferidos aos produtos ou serviços sem a necessidade de serem apropriados antes aos departamentos. 
IV. Os responsáveis pelos departamentos não possuem autonomia sobre a gestão de custos de sua unidade operacional. 
V. No departamento são acumulados os custos para posterior alocação aos produtos ou a outros Departamentos. 
Assinale a alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 A Estão corretas somente as assertivas I, II, e IV 
 B 
Estão corretas somente as assertivas I, II, e V 
Você acertou! 
Gabarito: 
III. Os custos indiretos são apropriados aos departamentos para depois passarem a compor o custo do produto ou serviço em si. 
IV. Cada departamento deveter um responsável com poder de gestão sobre os custos dessa unidade operacional. 
Rota da aula 01, página 05. 
 C Estão corretas somente as assertivas II, IV, e V 
 D Estão corretas somente as assertivas III, IV, e V 
 E Estão corretas todas as assertivas 
 
Questão 8/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
A fixação do custo-padrão é feita com o detalhamento de informações que permita a identificação das origens das distorções, deve ser definido em quantidades e 
em valores, porque por vezes a variação pode ser originada de uma perda de material ou alteração na composição do produto em si, e em outras por algum 
acréscimo de custo na aquisição de determinado material, seja por troca de fornecedor ou algum evento externo da organização. 
Sobre os itens de custos considerados na fixação do custo padrão, analise o conceito a seguir: 
“Relaciona-se aos colaboradores que trabalham diretamente no processo de fabricação do produto”. 
Assinale a alternativa que corresponde ao item de custo supracitado: 
Nota: 10.0 
 A 
Mão de Obra Direta 
Você acertou! 
Gabarito: 
“Mão de obra direta é aquela relacionada aos colaboradores que trabalham diretamente no processo de fabricação do produto”. 
 Rota da aula 02, páginas 02-03. 
 B Custos Indiretos Variáveis 
 C Custos Indiretos Fixos 
 D Materiais Diretos 
 E Mão de obra Indireta 
 
Questão 9/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
A fixação do custo-padrão é feita com o detalhamento de informações que permita a identificação das origens das distorções, deve ser definido em quantidades e 
em valores, porque por vezes a variação pode ser originada de uma perda de material ou alteração na composição do produto em si, e em outras por algum 
acréscimo de custo na aquisição de determinado material, seja por troca de fornecedor ou algum evento externo da organização. 
Sobre os itens de custos considerados na fixação do custo padrão, analise o conceito a seguir: 
“Fazem parte da composição do produto, como é o caso da matéria-prima e embalagens. As quantidades e tipos necessários para produzir cada um dos produtos 
está definido no que chamamos de estrutura do produto ou ficha técnica do produto”. 
Assinale a alternativa que corresponde ao item de custo supracitado: 
Nota: 10.0 
 A Mão de Obra Direta 
 B Custos Indiretos Variáveis 
 C Custos Indiretos Fixos 
 D 
Materiais Diretos 
Você acertou! 
Gabarito: 
Os materiais diretos são aqueles que fazem parte da composição do produto, como é o caso da matéria-prima e embalagens. As quantidades e tipos de 
materiais necessários para produzir cada um dos produtos está definido no que chamamos de estrutura do produto ou ficha técnica do produto. 
Rota da aula 02, página 4. 
 E Mão de obra Indireta 
 
Questão 10/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
Para que as organizações consigam cumprir com seus objetivos, dentro de um nível de eficiência e eficácia adequados, as atividades são divididas e estruturadas 
em funções administrativas. 
Sabendo-se que essas funções possuem algumas classificações, analise o conceito a seguir: 
“Definir com antecedência quais serão as ações a serem desenvolvidas e a forma como serão estruturadas as atividades para que a empresa consiga atingir os seus 
objetivos”. 
Assinale a alternativa que diz respeito à função conceituada. 
Nota: 10.0 
 A 
Planejamento 
Você acertou! 
Gabarito: 
Planejar é definir com antecedência quais serão as ações a serem desenvolvidas e a forma como serão estruturadas as atividades para que a empresa 
consiga atingir os seus objetivos. 
Rota da aula 01, página 03. 
 B Organização 
 C Direção 
 D Controle 
 E Definição 
 
Questão 1/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
O método UEP tem como propósito principal a unificação da unidade de medida de todos os produtos do mix com base nos seus consumos dos esforços de 
produção, viabilizando a simplificação da apuração do volume total de produção 
Diante do exposto, assinale a alternativa que corresponde ao conceito de “Posto Operativo”: 
Nota: 10.0 
 A Instrumento gerencial que converte os esforços de uma produção diversificada em uma única. 
 B Representam todo o esforço despendido no sentido de transformar a matéria-prima nos produtos acabados da empresa. 
 C Unidade de medida de trabalho e recursos utilizados e alocados na produção de bens e serviços. 
 D 
Conjunto formado por uma ou mais operações produtivas, as quais devem apresentar características de serem semelhantes para todos os produtos que 
passam pelo posto operativo. 
Você acertou! 
Gabarito: 
 
“Posto operativo é um conjunto formado por uma ou mais operações produtivas, as quais devem apresentar características de serem semelhantes para 
todos os produtos que passam pelo posto operativo”. 
Rota da aula 05, página 05. 
 E Custo de uma hora de operação de determinado processo operativo, obtido pelo somatório de todos os custos de transformação. 
 
Questão 2/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
Para que se aumente o resultado econômico do negócio, que é a diferença entre receitas e despesas, bastaria ou aumentar as receitas ou diminuir as despesas. É 
justamente nesse processo e análise que são identificadas as dificuldades, que podem ser entendidas como restrições ou elos mais fracos do sistema. 
Sobre esse aspecto, analise as assertivas a seguir: 
I. As restrições podem ser de origem interna ou externa. 
II. As restrições internas dizem respeito às limitações de aumento de vendas. 
III. As dificuldades que impedem que a empresa consiga aumentar o volume de produção são classificadas como restrições externas. 
IV. As restrições externas também dizem respeito ao preço de venda praticado, a quantidade de produtos demandada pelos clientes e a atuação da concorrência. 
V. As restrições internas estão relacionadas às limitações de máquinas e equipamentos, porte da unidade fabril, disponibilidade de uma equipe enxuta especializada 
no processo, etc. 
Assinale a alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 A Estão corretas somente as assertivas I, II e IV. 
 B 
Estão corretas somente as assertivas I, IV e V. 
Você acertou! 
Gabarito: 
As restrições podem ser de origem interna ou externa. Como restrição interna, podemos entender aquelas dificuldades que impedem que a empresa 
consiga aumentar o volume de produção. Isso pode ocorrer por restrições de estrutura ou força produtiva (limitações de máquinas e equipamentos, porte 
da unidade fabril, disponibilidade de uma equipe enxuta especializada no processo etc.). As restrições externas, por outro lado, dizem respeito às 
limitações de aumento de vendas. Elas podem ter relação com o preço de venda praticado, com a quantidade de produtos demandada pelos clientes, com 
a atuação da concorrência, dentre outros. 
Rota da aula 06, páginas 8 e 9. 
 C Estão corretas somente as assertivas II, III e IV. 
 D Estão corretas somente as assertivas III, IV e V. 
 E Estão corretas todas as assertivas. 
 
Questão 3/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
O método UEP tem como propósito principal a unificação da unidade de medida de todos os produtos do mix com base nos seus consumos dos esforços de 
produção, viabilizando a simplificação da apuração do volume total de produção. 
Diante do exposto, assinale a alternativa que corresponde ao conceito de “Esforços de Produção”: 
Nota: 10.0 
 A Instrumento gerencial que converte os esforços de uma produção diversificada em uma única. 
 B 
Representam todo o esforço despendido no sentido de transformar a matéria-prima nos produtos acabados da empresa. 
Você acertou! 
Gabarito: 
“Os esforços de produção representam todo o esforço despendido no sentido de transformar a matéria-prima nos produtos acabados da empresa”. 
Rota da aula 05, página 05. 
 C Unidade de medida de trabalho e recursos utilizados e alocados na produção de bens e serviços. 
 D 
Conjunto formado por uma ou mais operações produtivas, as quais devem apresentar característicasde serem semelhantes para todos os produtos que 
passam pelo posto operativo. 
 E Custo de uma hora de operação de determinado processo operativo, obtido pelo somatório de todos os custos de transformação. 
 
Questão 4/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
O sistema de custos atua desde a coleta dos dados na entrada das informações e insumos, classifica e organiza adequadamente os custos de acordo com o método 
de custeio utilizado pela organização (processo de transformação) e transforma tudo isso em informações úteis para tomada de decisão. 
Sobre o sistema de custo, analise o conceito abaixo: 
“São os dados apresentados, depois que já tenham sido organizados, ordenados e estruturados de forma que possam subsidiar os usuários para tomada de decisão 
e contendo significados e parâmetros de medição, comparação e venham a gerar conhecimento, sobre determinado processo ou situação”. 
Assinale a alternativa que diz respeito ao item conceituado anteriormente: 
Nota: 10.0 
 A Entrada 
 B Processamento 
 C Saída 
 D Dado 
 E 
Informação 
Você acertou! 
Gabarito: 
Informações são os dados apresentados, depois que já tenham sido organizados, ordenados e estruturados de forma que possam subsidiar os usuários para 
tomada de decisão e contendo significados e parâmetros de medição, comparação e venham a gerar conhecimento, sobre determinado processo ou 
situação. 
Rota da aula 04, página 07. 
 
Questão 5/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
O sistema de custos atua desde a coleta dos dados na entrada das informações e insumos, classifica e organiza adequadamente os custos de acordo com o método 
de custeio utilizado pela organização (processo de transformação) e transforma tudo isso em informações úteis para tomada de decisão. 
Sobre o sistema de custo, analise o conceito abaixo: 
“São valores ou ocorrências que não estão estruturados e que por isso, não conseguem suportar as organizações para tomada de decisão, sem que sejam 
devidamente trabalhados ou estruturados não significam nada”. 
Assinale a alternativa que diz respeito ao item conceituado anteriormente: 
Nota: 10.0 
 A Entrada 
 B Processamento 
 C Saída 
 D 
Dado 
Você acertou! 
Gabarito: 
Dados são valores ou ocorrências que não estão estruturados e que por isso, não conseguem suportar as organizações para tomada de decisão, sem que 
os dados sejam devidamente trabalhados ou estruturados não significam nada. 
Rota da aula 04, página 07. 
 E Informação 
 
Questão 6/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
No período de 1948 a 1975, ficaram conhecidos um executivo da Toyota chamado Taiichi Ohno e um sistema de produção chamado Sistema Toyota de Produção, 
que tem como objetivo principal uma produção enxuta (sem desperdícios) e com qualidade. 
Sabendo-se que, no sistema Toyota de Produção foram mapeadas sete formas de desperdício, assina a única alternativa que não corresponde à uma dessas 
formas: 
Nota: 10.0 
 A Espera ou tempo ocioso 
 B 
Excesso de máquinas 
Você acertou! 
Gabarito: 
Nesse sistema, foram mapeadas sete formas de desperdício, que são: espera ou tempo ocioso, movimentação de pessoas, excesso de processamento, 
estoque ou inventário, movimentação de itens, excesso de produção e reparos de defeitos ou retrabalhos. 
Rota da aula 06, página 6. 
 C Excesso de processamento 
 D Estoque ou inventário 
 E Movimentação de itens 
 
Questão 7/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
O sistema corresponde a um todo unitário, que trabalha em conjunto em busca de determinado objetivo e que sofre influências de partes interdependentes que 
interagem constantemente entre si. 
Sabendo-se que, em decorrência do controle e avaliação, ocorre o processo de retroalimentação ou realimentação, assinale a alternativa que corresponde ao item 
correspondente a esse processo: 
Nota: 10.0 
 A Fluxos de processos 
 B Reação do sistema 
 C 
Feedback do sistema 
Você acertou! 
Gabarito: 
Como decorrência do controle e avaliação, ocorre o processo de retroalimentação ou realimentação, que também pode ser entendido como o feedback do 
sistema, uma vez que reintroduz o resultado obtido na saída do processo em função da identificação de divergências em relação ao padrão proposto ou 
simplesmente para informar a quantidade de resultados bons obtidos na saída do processo. 
Rota da aula 04, página 03. 
 D Processo de transformação 
 E Coleta dos dados 
 
Questão 8/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
Ao passarem pelos postos operativos, os produtos absorvem os esforços de produção de acordo com os tempos de passagem. 
Diante do exposto, considere que um determinado posto operativo (PO) tenha potencial de produção de 10 UEP/h, e que uma determina empresa fabrica os 
produtos A com tempo de passagem pelo PO de 0,3 h por unidade, o produto B com tempo de passagem pelo PO de 0,45 h por unidade; e o produto C, com 
tempo de passagem pelo PO de 0,25 UEP por unidade. Se a empresa produzir 1 (uma) unidade de cada produto, assinale a alternativa que corresponde ao total 
de UEP's a serem gastas pelos três produtos no referido posto operativo: 
Nota: 10.0 
 A 8 UEP’s 
 B 9 UEP’s 
 C 
10 UEP’s 
Você acertou! 
 
 D 11 UEP’s 
 E 12 UEP’s 
 
Questão 9/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
O Método da Unidade de Esforço de Produção (UEP) foi desenvolvido na França por Georges Perrin, na época da Segunda Guerra Mundial, com o propósito de 
unificar a medição da produção industrial, de maneira a obter uma homogeneidade frente aos diferentes produtos e serviços produzidos pelas organizações. 
Sabendo-se que a implantação do método UEP deve ser realizado em cinco etapas, assinale a única alternativa que não apresenta uma dessas etapas: 
Nota: 10.0 
 A Definição e divisão dos postos operativos. 
 B Definição dos índices ou custos horários. 
 C 
Definição da capacidade utilizada. 
Você acertou! 
Gabarito: 
A implantação do método UEP deve ser realizado em cinco etapas: 
Definição e divisão dos postos operativos. 
Definição dos índices ou custos horários. 
Definição dos produtos base. 
Cálculo dos potenciais de produção. 
Determinação dos equivalentes dos produtos. 
Rota da aula 05, página 06. 
 D Cálculo dos potenciais de produção. 
 E Determinação dos equivalentes dos produtos. 
 
Questão 10/10 - Técnicas Avançadas em Análise de Custos 
O sistema de custos proverá a gestão com informações detalhadas da estrutura de custos, para que se possam identificar as linhas ou produtos com maiores 
margens de lucro, maior rotatividade de demanda por parte do cliente, entre outros. 
Em relação aos sistemas de custos, analise as assertivas a seguir: 
I. O objetivo dos sistemas de custos é subsidiar a gestão das empresas com informações relacionadas à estrutura de custos da organização. 
II. As informações disponibilizadas pelos sistemas de custos, dizem respeito unicamente ao registro dos custos históricos e presentes, sem capacidade de fazer 
projeções futuras. 
III. Os sistemas de custos abrangem somente os níveis operacional e tático da empresa. 
IV. Os sistemas de custos atuam desde a coleta de dados até a geração de informações. 
Assinale a alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 A Estão corretas somente as assertivas I e III 
 B 
Estão corretas somente as assertivas I e IV 
Você acertou! 
Gabarito: 
II. As informações disponibilizadas pelos sistemas de custos, dizem respeito ao registro dos custos históricos, presentes e futuros (estimados ou 
projetados). 
III. Os sistemas de custos abrangem todos os níveis da empresa: operacional, tático e estratégico da empresa. 
Rota da aula 04, página 04. 
 C Estão corretas somente as assertivas II e III 
 D Estão corretas somente as assertivas II e IV 
 E Estão corretas somente as assertivas III e IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS AVANÇADAS DE 
ANÁLISE DE CUSTOS 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Neide Borscheid Mayer2 
CONVERSA INICIAL 
Olá! Seja bem-vindo à disciplina de Técnicas Avançadas de Análise de 
Custos. 
O objetivo desta disciplina é promover a compreensão de que há 
diferentes formas para se estruturar um sistema de custeio, procurando sempre 
a maneira mais adequada de fazer com que cada empresa gere informações 
úteis e tempestivas, que permitam o efetivo controle e, como consequência, 
ajudem a organização a alcançar seus objetivos estratégicos. Ao longo desta 
aula, analisaremos as possibilidades de implementar um sistema de custeio com 
enfoque no produto ou no departamento e, a partir dessa perspectiva, a 
classificação dos custos por nível de responsabilização. 
Veremos, ainda, que a informação gerada deve permitir a comparação do 
desempenho com base tanto nos dados históricos quanto nas estimativas 
futuras, tendo em vista que qualquer desvio precisa ser constatado rapidamente 
de forma a implementar ações de correção, quando necessário, ou de 
adequação das previsões realizadas. 
Da mesma forma, há metodologias que permitem comparar esse 
desempenho com indicadores de mercado. O indicador de que trataremos nessa 
aula é o que chamamos de Inflação da Empresa, que viabiliza a medição rápida 
das alterações nos custos e despesas da empresa (Padoveze, 2010, p. 454). 
Desejamos a você um excelente aproveitamento da disciplina. 
Bons estudos! 
CONTEXTUALIZANDO 
Vivenciamos, já há algum tempo, um crescente nível de competitividade 
entre as organizações de contextos nacional e internacional. Essa 
competitividade leva as empresas a uma constante busca de diferenciais e de 
otimização de processos necessários à manutenção de índices adequados de 
qualidade, rentabilidade, eficiência e produtividade. 
Nesse contexto, a gestão de custos e a própria atividade intrínseca à 
contabilidade das empresas assume um papel importante no processo decisório, 
pois subsidia os usuários com informações, sejam financeiras ou não, precisas 
e tempestivas para a tomada de decisão. Por isso, o objetivo desta aula é 
contextualizar os aspectos estruturais da gestão e análise de custos. 
 
 
3 
 Para que a gestão de custos consiga cumprir com o seu propósito e atuar 
efetivamente em um contexto estratégico, deve acompanhar e gerenciar 
informações de todos os níveis produtivos, além de conhecer com profundidade 
as atividades e os processos das organizações. Com base nessas informações 
geradas, a instituição deve ter clareza em relação à margem de lucro praticada 
por produto ou serviço vendido, identificar se o preço de venda adotado está ou 
não adequado, qual é a contribuição no resultado por cada unidade de negócio 
ou departamento, dos índices de perdas produtivas, entre muitas outras 
informações do negócio. 
TEMA 1 – ABORDAGENS INICIAIS DE CUSTOS PARA PLANEJAMENTO E 
CONTROLE 
Para que as organizações consigam cumprir seus objetivos com níveis de 
eficiência e eficácia adequados, as atividades são divididas e estruturadas em 
funções administrativas. Essas funções são classificadas em planejamento, 
organização, direção e controle. A gestão de custos corresponde a uma das 
partes dessas funções, vamos descobrir de que forma? 
1.1 O que significa planejamento? 
Planejar é definir com antecedência as ações a serem desenvolvidas e a 
forma como serão estruturadas as atividades para que a empresa consiga atingir 
os seus objetivos. Drucker (2006) diz que “plano é uma direção”. 
Nesse sentido, são analisados os possíveis cenários futuros para se 
definir o melhor caminho a ser seguido a fim de alcançar o resultado esperado. 
Na fase de planejamento, a alta administração das empresas define o 
resultado ou a rentabilidade que se espera para os períodos analisados. A partir 
desses dados, a gestão de custos tem a responsabilidade de atuar junto das 
demais equipes da empresa para analisar a capacidade produtiva e a força de 
vendas disponível, e definir, por exemplo, os volumes de produção, as horas de 
trabalho necessárias para conseguir atender a demanda esperada, bem como 
gerar informações detalhadas e precisas dos custos e margens de lucro 
individualizados de cada produto ou processo. 
Utilizando ferramentas de gestão, ocorrerá que, no orçamento, por 
exemplo, na fase de planejamento, serão definidos os volumes de venda de cada 
 
 
4 
item da empresa e, para conseguir atender a essa demanda, a quantidade de 
matéria-prima, mão de obra e demais insumos e estrutura necessários. 
Vamos utilizar como exemplo uma confeitaria. Na fase de planejamento, 
é definida a quantidade de bolos, por sabor, que se pretende vender em 
determinado período, para que se consiga atingir a lucratividade esperada. Com 
base nessa informação, é necessário apurar quantos confeiteiros precisarão 
trabalhar nessa atividade, os turnos de trabalho, a quantidade de equipamentos 
para produção e armazenamento, além, da matéria-prima e dos insumos 
(ingredientes para produção) que devem ser adquiridos a cada período para 
viabilizar a demanda de venda prevista. 
1.2 E depois do planejamento, qual é o próximo passo? 
Uma vez que a empresa já definiu os objetivos a serem atingidos, é 
necessária uma estruturação nos processos e nas atividades para que isso, de 
fato, possa ser alcançado. Essa é a fase a que se refere à Organização. Nesse 
momento, trabalha-se de forma integrada e consultiva com todas as áreas da 
empresa, tendo em vista que os processos das diferentes áreas acabam se 
interligando uns aos outros e influenciando seus resultados. 
 Nesse momento, entramos no aspecto diretivo, ou seja, a função de 
Direção, que tem o propósito de gerir as atividades em si, direcioná-las como o 
próprio nome indica, para garantir que os processos sejam desenvolvidos de 
acordo com a estruturação e definição realizadas. Essas atividades são 
desenvolvidas por cada departamento ou área em si, de acordo com as 
responsabilidades que foram previamente estabelecidas na fase de organização. 
Depois vem a fase de controle, que, para Martins (2010, p. 305), “significa 
conhecer a realidade, compará-la com o que deveria ser, tomar conhecimento 
rápido das divergências e origens e tomar atitudes para correção”. Esse é o 
momento em que a equipe responsável pela gestão de custos das organizações 
mais atua, pois fica constantemente acompanhando se aquilo que foi previsto e 
pré-definido como meta efetivamente foi realizado. Identificadas as divergências, 
são estabelecidas medidas tempestivas para correção dos desvios. 
 Ainda de acordo com Martins (2010), por mais completo que seja o 
sistema de custeio, sempre serão identificadas divergências entre o realizado e 
o previsto, porque ocorrem influências do mercado que não são controláveis pela 
empresa. Porém, é essencial que esses desvios sejam identificados de forma 
 
 
5 
rápida e que se atue para correção, evitando, assim, perdas e prejuízos 
desnecessários. 
TEMA 2 – CUSTOS POR PRODUTO VERSUS CUSTOS POR DEPARTAMENTO 
Como pudemos constatar, a atividade de controle é um dos pontos vitais 
para uma adequada gestão de custos. Nesse sentido, ao se implementar um 
sistema de custeio, é preciso analisar as várias possibilidades de estruturação 
das informações para garantir que, efetivamente, contribuam com o controle e a 
gestão. Uma das visões de custo que deve ser definida diz respeito ao sistema 
de acumulação por produto ou por departamento. 
Sistema de acumulação de custos representa a forma com que os custos são 
transferidos aos produtos. (Portal de auditoria, S.d.) 
 
Saiba mais 
Leia mais sobre sistemas de acumulação de custos em 
<http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/contabilidade-gerencial_sistema-
acumulacao-custos.htm>. 
Entendemos como departamento, em contabilidade de custos, “uma 
unidade operacional representada por um conjunto de homens e/ou máquinas 
de características semelhantes, desenvolvendo atividades homogêneas dentro 
de uma mesma área”(Perez Junior; Oliveira; Costa, 2008, p. 50). Essa definição 
tem relação direta com a responsabilização, porque, para cada departamento, 
deve haver um responsável com poder de gestão sobre os custos dessa unidade 
operacional. 
Segundo Martins (2010), normalmente, um Departamento é um centro de 
custos, porque nele são acumulados os custos para posterior alocação aos 
produtos ou a outros Departamentos. 
Qual o melhor cenário, dentro dessas duas visões: produto ou 
departamento? 
Na apuração do custo dos produtos para avaliação de estoques, uma das 
possibilidades é o de apropriar os custos diretos diretamente nos produtos ou 
serviços, e os custos indiretos, nos departamentos para, depois, passarem a 
compor o custo do produto ou serviço em si. 
 
 
6 
Quando se opta pelo enfoque mais centrado no custo por produto, deve-
se ter em mente que esse produto passa por diversos departamentos, até que 
esteja disponível para venda, ou seja, o custo será acumulado pelas diferentes 
fases de produção, não havendo necessariamente uma responsabilidade única 
identificável por ele, o que poderia dificultar a atividade de controle. Isso ocorre 
porque, para determinar o custo de cada produto, a acumulação ocorre pelos 
setores, departamentos e fases de produção e, posteriormente, é rateada ou 
alocada para cada quantidade produzida. 
Ratear significa alocar os custos acumulados de forma proporcional aos 
produtos ou aos centros de custo. 
Por outro lado, a análise dos custos por departamento simplifica o sistema 
de apuração porque, de acordo com Martins (2010), ocorre numa fase do 
processo normal. Nesse sistema de acumulação, tanto os custos diretos quanto 
os indiretos são alocados ao departamento e somente depois são apropriados 
ao produto. 
Vamos a um exemplo: a empresa Delta apurou, no mês de 
setembro/20XX, os custos de produção apresentados a seguir para compor os 
custos dos produtos em estoque: 
Figura 1 – Exemplo de custos de produção 
 
Fonte: Adaptado de Martins, 2010, p. 307. 
 
 
7 
Da tabela apresentada, verificamos que o custo total de produção do 
período foi de R$ 5.700.000,00, além disso, há custos que podem ser 
identificados diretamente no Departamento Alfa (R$ 2.460.000,00) e há custos 
que foram gerados em outros departamentos e não são gerenciáveis ou 
controlados pelo Departamento Alfa (R$ 240.000,00 e R$ 3.000.000,00). 
Nesse cenário, a empresa Delta pode fazer as seguintes opções de 
análise: 
1. Cada setor faz o controle e a gestão dos custos incorridos diretamente no 
seu departamento. Assim, haveria relatórios com a informação dos custos 
gerenciáveis pelo Departamento Alfa (R$ 2.460.000,00) e outros dos 
custos a serem rateados (R$ 240.000,00), analisados no departamento 
de origem (administrativo, almoxarifado, manutenção etc.). Ao optar por 
essa visão, as análises dos custos incorridos com as projeções são 
realizadas em cada um dos departamentos. Caso sejam identificadas 
distorções significativas, a identificação da origem e responsabilidade fica 
facilitada. A vantagem que podemos destacar nessa forma de controlar 
os custos é de que a apuração não sofre influência de critérios de rateio 
muitas vezes arbitrários. 
2. Outra opção seria a de analisar os custos em sua totalidade, somando, 
nos relatórios, os custos gerados diretamente no Departamento Alfa com 
os custos gerados por outros departamentos e rateados ao Departamento 
Alfa (R$ 2.460.000,00 + R$ 240.000,00). Em relação a essa opção, a 
vantagem é a de que seriam analisados, de fato, todos os custos 
consumidos, porém, o nível de assertividade nesse modelo dependerá da 
identificação e escolha dos direcionadores de custos adequados e reais 
(critérios de rateio). Se isso não for possível, a primeira opção trará uma 
qualidade melhor das informações. 
TEMA 3 – CUSTOS POR RESPONSABILIDADE E CUSTOS CONTROLÁVEIS 
Como vimos, sob o enfoque de controle e nível de identificação de 
responsabilidades da gestão de custos, o sistema de acumulação por 
departamento permite uma gestão mais facilitada. Dentro desse contexto, é 
possível detalhar e qualificar ainda mais as informações geradas, classificando 
os custos como controláveis e não controláveis. 
 
 
8 
Esse detalhamento não gera um novo sistema de acumulação, mas sim, 
dentro do sistema escolhido (por exemplo, departamentalização), relatórios 
auxiliares com a abertura da classificação em custos controláveis e não 
controláveis. 
Os custos não controláveis são aqueles gerados no departamento, em 
função de decisões tomadas por nível hierárquico diferente do gestor direto da 
unidade operacional em análise (Martins, 2010). Esse é o caso, por exemplo, 
dos custos com depreciação. A depreciação corresponde ao reconhecimento da 
perda de vida útil dos bens, por obsolescência ou desgaste. O investimento 
nesses bens, como é o caso das máquinas e equipamentos, é definido pela alta 
administração, cabendo ao gestor direto do departamento somente a utilização 
desses equipamentos na produção. Nesse caso, a depreciação é uma 
consequência de uma decisão tomada por outra gestão e inevitável dentro do 
departamento. 
Os custos controláveis, por sua vez, de acordo com Martins (2010, p. 309), 
são os que estão diretamente sob responsabilidade e controle de determinada 
pessoa cujo desempenho se quer analisar e controlar. Um exemplo de custos 
efetivamente controláveis no departamento são as matérias-primas e os insumos 
utilizados na produção. Nesse exemplo, o gestor tem gerência direta sobre 
quando e como consumir esses custos, influenciando diretamente sobre a 
eficiência e eficácia desse consumo. 
 A abertura das informações nos níveis mencionados caracteriza o Custeio 
por Responsabilidades, ou seja, é a separação dos custos pelos diferentes níveis 
de responsabilidade (Martins, 2010). 
TEMA 4 – BASES PARA COMPARAÇÃO E ESTIMATIVAS DE CUSTOS 
Seguindo na mesma linha de gestão de custos sob o enfoque de controle 
e responsabilização, uma vez definidos os sistemas de acumulação e as 
classificações dos custos incorridos, é essencial acompanhar de forma 
tempestiva o desempenho de cada departamento e dos centros de custos com 
os planejamentos e objetivos previstos. Uma das maneiras de avaliar o 
desempenho atual é confrontar o resultado de determinado período (mês, 
semestre, ano) com o realizado em períodos anteriores, ou com a média do 
desempenho dos períodos anteriores, por exemplo: 
 
 
9 
O Departamento Delta apurou os custos controláveis e não controláveis 
do mês de novembro/20XX e confrontou o resultado por unidade com o 
desempenho no mês imediatamente anterior: 
Figura 2 – Exemplo de apuração de custos 
 
Fonte: Adaptado de Martins, 2010. 
Como podemos constatar no exemplo apresentado, o foco maior da 
análise das variações está nos custos controláveis, uma vez que o departamento 
apresenta gestão sobre eles para implementar ações corretivas necessárias. 
Caso sejam identificadas variações significativas e desproporcionais por meio da 
base comparativa, é possível realizar ação assertiva para implementar medidas 
corretivas. 
Além disso, para que a base comparativa seja de fato efetiva, é preciso 
levar em consideração também a estimativa dos custos, que corresponde a uma 
projeção dos recursos necessários para a produção em períodos futuros. 
Essa estimativa é elaborada considerando as expectativas de alteração 
nos volumes de produção, as mudanças previstas nos projetos dos produtos ou 
até mesmo dos materiais utilizados, a implementação de novas tecnologias, 
entre outros aspectos. 
Um ponto importante a ser destacado quando se trata de comparações 
de informações é o de que se deve adotar sempre o mesmo critério e/ou métrica 
para apuração dos valores (passados, atuais e estimados). Dessa forma, se 
garantirá que a análise será realizada sempre com a mesma base de 
informações. 
 Nas próximas aulas, falaremos maisa respeito de como essa estimativa 
é elaborada. 
DEPARTAMENTO DELTA
REALIZADO PLANEJADO DIFERENÇA
REALIZADO
por unidade
PLANEJADO
por unidade
 DIFERENÇA
por unidade 
REALIZADO
por unidade
PLANEJADO
por unidade
 DIFERENÇA
por unidade 
CUSTOS CONTROLÁVEIS 2.200.000R$ 2.105.960R$ 94.040R$ 
Materiais - Compras Diretas 1.800.000R$ 1.728.000R$ 72.000R$ 250R$ 240R$ 10-R$ 235R$ 240R$ 5R$ 
Mão-de-obra Direta 150.000R$ 161.250R$ 11.250-R$ 200R$ 215R$ 15R$ 216R$ 215R$ 1-R$ 
Despesas Variáveis 250.000R$ 216.710R$ 33.290R$ 150R$ 130R$ 20-R$ 145R$ 140R$ 5-R$ 
CUSTOS NÃO CONTROLÁVEIS 180.000R$ 180.000R$ -R$ 
Depreciação 50.000R$ 50.000R$ -R$ 
Aluguel 80.000R$ 80.000R$ -R$ 
Manutenção preventiva 
definida pelo departamento 
Beta 50.000R$ 50.000R$ -R$ 
CUSTOS TOTAIS DO DEPARTAMENTO 2.380.000R$ 2.285.960R$ 94.040R$ 
NOVEMBRO / 20XX OUTUBRO / 20XX
 
 
10 
TEMA 5 – INFLAÇÃO DA EMPRESA 
Outra forma de medir o desempenho da empresa em determinado período 
é calcular a inflação interna gerada pela empresa. De acordo com Padoveze 
(2010, p. 454), “a inflação da empresa é a variação média ponderada dos preços 
dos custos e despesas em determinado período”. 
Para que se consiga apurar esse índice, é necessário que a empresa 
apresente um sistema de custos bem detalhado, porque o cálculo deve ser 
inicialmente realizado item a item e, depois, consolidado em grupos maiores dos 
quais esses custos e despesas fazem parte (materiais diretos, mão de obra 
direta etc.). 
5.1 Qual é a finalidade desse índice? 
A utilização da inflação da empresa é interessante para fins comparativos 
com os índices oficiais do país ou do setor onde atua, ou seja, compara-se a 
inflação da empresa com a inflação geral do mercado econômico em que a 
empresa está inserida. 
A partir dessa análise, é possível avaliar se (Francischetti; Padoveze; 
Farah, 2006): 
a. O aumento ou a manutenção dos preços de venda está acompanhando a 
desvalorização do dinheiro. 
b. O aumento ou a manutenção dos preços de venda está acompanhando o 
aumento dos custos dos produtos. 
c. O aumento dos preços de venda é maior do que o aumento médio 
ponderado dos custos e despesas da empresa. 
Para que essa comparação seja assertiva e tempestiva, é recomendada 
a apuração mensal da inflação interna e a acumulação em períodos maiores, 
para que se tenha uma visão, além da mensal, anual e semestral, por exemplo. 
5.2 Cálculo da inflação da empresa 
O primeiro passo para calcular a inflação é definir o escopo da análise que 
se pretende realizar. Esse escopo, conforme Padoveze (2010), pode ser da 
inflação geral da empresa, de um departamento ou uma divisão, por linha de 
produtos etc. 
 
 
11 
Para facilitar a compreensão do cálculo da inflação da empresa, iniciamos 
com um exemplo simples. Vamos utilizar somente uma matéria-prima para esse 
cálculo, de acordo com os dados apresentados a seguir: 
 Preço unitário pago em outubro/20XX (Preço Médio Ponderado) R$ 3,00. 
 Preço unitário pago em novembro/20XX (Preço Médio Ponderado) R$ 
3,30. 
 Inflação Interna = [(R$ 3,30 – R$ 3,00 ) / R$ 3,00] . 100. 
Em nosso exemplo, a Inflação interna apurada no mês foi de 10%. 
Como você pode notar, o cálculo é relativamente simples, porém, torna-
se mais complexo quando aplicado a todos os demais custos e as despesas da 
empresa. Nesse caso, é necessário considerar o índice de participação dos 
materiais no todo para que a análise esteja mais próxima da realidade, ou seja, 
efetua-se a ponderação, também, dos custos e despesas. 
Para ficar mais claro, vamos exemplificar o cálculo da inflação dos 
materiais diretos, considerando hipoteticamente que essa empresa utiliza três 
tipos de materiais diretos na sua produção, conforme a imagem apresentada a 
seguir: 
Figura 3 – Cálculo da inflação 
 
Fonte: Adaptado de Martins, 2010. 
A partir das informações apresentadas na imagem, podemos calcular a 
inflação interna desses materiais, considerando a variação de preços e o peso 
que cada material tem no valor total despendido. 
 
 
 
 
 
 
12 
Figura 4 – Inflação interna 
 
Fonte: Adaptado de Martins (2010). 
Como você pode verificar no desenvolvimento do exemplo, a inflação 
interna dos materiais diretos dessa empresa no mês de novembro foi de 5%. 
Sendo a variação no preço calculada da mesma maneira que no primeiro 
exemplo apresentado e o percentual de participação do material no total 
adquirido no mês calculado considerando: 
% Participação = (valor total de cada material / valor total) . 100 
 Para calcular a inflação geral da empresa, é possível utilizar a metodologia 
demonstrada no nosso exemplo, ou, conforme Padoveze (2010), considerar a 
participação de cada produto no mix de vendas. Para que o índice apurado 
efetivamente represente a empresa, é importante garantir que as informações 
estejam bem estruturadas e que espelhem, de fato, a realidade da empresa. 
Quando ocorrer uma variação muito significativa nos custos e nas despesas, é 
prudente fazer uma avaliação da acurácia do percentual apurado. 
 Outro cuidado destacado por esse autor diz respeito ao repasse do índice 
inflacionário ao preço de venda, porque há uma variável que também precisa ser 
considerada, a produtividade. Enquanto a inflação aumenta o custo dos 
produtos, a produtividade o diminui, por isso, precisa ser considerada 
proporcionalmente no cálculo final do preço de venda. 
TROCANDO IDEIAS 
Ao longo desta aula, conseguimos perceber que, quando se trata de 
gestão de custos nas organizações, não há, necessariamente, um modelo que 
possa ser considerado melhor ou pior, uma vez que todas as empresas têm 
especificidades e características próprias, por isso o acompanhamento e o 
 
 
13 
controle são fundamentais. Existem várias ferramentas que podem ser utilizadas 
para que o controle ocorra de maneira mais assertiva e tempestiva possível e 
que, quando for identificado algum desvio significativo do que havia sido previsto, 
as ações corretivas sejam implementadas. 
Compartilhe com seus colegas as metodologias que você conhece nessa 
gestão dos custos e mencione os pontos positivos e negativos desse modelo. 
Saiba mais 
Caso você não tenha experiência ou conhecimento sobre esse tipo de 
ferramentas, você pode conhecer alguns modelos nos links a seguir: 
O uso do orçamento na gestão de custos: 
<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/orcamento-de-
custos-como-instrumento-de-planejamento-e-controle-da-empresa/16359>. 
O uso do PDCA na gestão de custos: 
<http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/as-contribuicoes-do-
metodo-pdca-no-gerenciamento-de-custos-e-riscos-de-projetos/82512/>. 
O uso de dashboards de indicadores-chave na gestão de custos: 
<https://pmisp.org.br/document-repository/15sigp/179-15sigp-proposta-de-
dashboard-aplicado-a-operacao-de-indicadores-de-custo-e-prazo-em-
gerenciamento-de-projetos-de-engenharia-com-aplicacao-de-um-estudo-de-
caso/file>. 
NA PRÁTICA 
Imagine-se como responsável pela definição do sistema de acumulação 
de custos de determinada empresa do ramo alimentício e que apresenta os 
seguintes dados para apuração de custos: 
Figura 5 – Dados para apuração de custos 
 
Fonte: Adaptado de Martins, 2010. 
1.1. Custos Diretos 270.000,00R$ 
Matérias-primas (ingredientes) 100.000,00R$ 
Embalagens 20.000,00R$ 
Mão-de-obra direta (cozinheiros e assistentes de cozinha) 150.000,00R$ 
1.2. Custos Indiretos 17.000,00R$ 
Depreciação (forno, geladeira, congelador, etc) 5.000,00R$ 
Consumo de materiais Indiretos (limpeza, manutenção, etc) 12.000,00R$ 
1.1. CustosDiretos 270.000,00R$ 
Matérias-primas (ingredientes) 100.000,00R$ 
Embalagens 20.000,00R$ 
Mão-de-obra direta (cozinheiros e assistentes de cozinha) 150.000,00R$ 
1.2. Custos Indiretos 17.000,00R$ 
Depreciação (forno, geladeira, congelador, etc) 5.000,00R$ 
Consumo de materiais Indiretos (limpeza, manutenção, etc) 12.000,00R$ 
1.1. Custos Diretos 270.000,00R$ 
Matérias-primas (ingredientes) 100.000,00R$ 
Embalagens 20.000,00R$ 
Mão-de-obra direta (cozinheiros e assistentes de cozinha) 150.000,00R$ 
1.2. Custos Indiretos 17.000,00R$ 
Depreciação (forno, geladeira, congelador, etc) 5.000,00R$ 
Consumo de materiais Indiretos (limpeza, manutenção, etc) 12.000,00R$ 
1.1. Custos Diretos 270.000,00R$ 
Matérias-primas (ingredientes) 100.000,00R$ 
Embalagens 20.000,00R$ 
Mão-de-obra direta (cozinheiros e assistentes de cozinha) 150.000,00R$ 
1.2. Custos Indiretos 17.000,00R$ 
Depreciação (forno, geladeira, congelador, etc) 5.000,00R$ 
Consumo de materiais Indiretos (limpeza, manutenção, etc) 12.000,00R$ 
 
 
14 
 Quais seriam os possíveis direcionadores de custos (critérios de rateio) 
que poderiam ser utilizados para alocar o custo ao produto em relação aos 
valores comuns a todos os itens produzidos de forma que o valor do custo do 
produto seja o mais próximo do real? 
FINALIZANDO 
 Ao longo desta aula, vimos a importância da gestão de custos nas funções 
de planejamento e controle das organizações, auxiliando a tomada de decisão 
por meio do fornecimento de informações úteis e tempestivas de seu 
desempenho econômico-financeiro, previsto e realizado. 
 Vimos, ainda, que, para cumprir com esse propósito, há diferentes formas 
para promover a acumulação de custos, podendo, por exemplo, ser por 
departamento ou por produto. A escolha dependerá da realidade de cada 
empresa frente à robustez do sistema de controle vigente e do nível de 
responsabilização por ela já utilizado. 
 Essa definição impactará na eficiência da análise e tomada de decisão, 
que deve ser realizada frente às variações identificadas daquilo que foi previsto 
para o atingimento dos objetivos estratégicos das empresas e do que, de fato, 
foi realizado. 
 Outro aspecto importante tratado no tema 5 diz respeito à inflação interna 
gerada, que é uma opção interessante de análise, frente ao desempenho da 
empresa com ela mesma e com o mercado de forma geral, uma vez que os 
índices oficiais do país tratam essa inflação de forma genérica, sem levar em 
consideração as particularidades de cada empresa. Assim, a inflação interna 
espelha exatamente o comportamento das variações de preços dos insumos 
especificamente dessa organização. 
 
 
 
 
15 
REFERÊNCIAS 
BORNIA, A. C. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas 
modernas. 3. ed. São Paulo: Altas, 2010. 
DRUCKER, P. HSM Management. São Paulo, n. 54, ano 10, v.1, jan.-fev. 2006. 
FRANCISCHETTI, C. E.; PADOVEZE, C. L.; FARAH, O. E. Porquê e como 
calcular a inflação interna da empresa. Disponível em: 
<http://www.redalyc.org/html/2737/273720539003/>. Acesso em: 13 nov. 2017. 
MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 10 ed. São Paulo: Altas, 2010. 
PADOVEZE, C. L. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de 
informação contábil. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
PEREZ JR., J. H.; OLIVEIRA, L. M. de; COSTA, R. G. Gestão Estratégica de 
Custos. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2008. 
REDAÇÃO Indústria Hoje. O que são custos diretos e indiretos de produção? 
Disponível em: <https://www.industriahoje.com.br/o-que-sao-custos-diretos-e-
indiretos-de-producao>. Acesso em: 20 nov. 2017. 
SCHIER, C. U. da C. Gestão de Custos. 2 ed. Curitiba: Ibpex, 2011. 
SISTEMAS de acumulação de custos. Portal de auditoria. Disponível em: 
<http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/contabilidade-gerencial_sistema-
acumulacao-custos.htm>. Acesso em: 10 abr. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS AVANÇADAS DE 
ANÁLISE DE CUSTOS 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Neide Borscheid Mayer 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Olá! Seja bem-vindo à aula 2 da disciplina de Técnicas Avançadas de 
Análise de Custos. 
Ao longo desta aula, você será apresentado a uma metodologia de 
controle gerencial dos custos das organizações chamada custo-padrão, que tem 
o propósito de servir como uma meta viável dos custos de produção como um 
todo. Além disso, essa metodologia tem foco na análise das variações 
identificadas em relação ao custo real e na responsabilização e correção 
daqueles pontos que não seguiram à meta pré-definida. 
Como você pode perceber, o objetivo desta disciplina é gerar em você 
habilidades e competências que permitam a sua formação como tomador de 
decisão e como analista das informações geradas por meio da contabilidade. 
 Bons estudos! 
CONTEXTUALIZANDO 
Na aula 1, vimos que a gestão e o controle de custos das organizações 
cumprem um papel essencial porque contribuem para o alcance de seus 
objetivos e resultados estratégicos. 
Ao longo da aula 2, estudaremos a metodologia chamada de Custo-
Padrão, que representa a informação do custo mais adequado que se espera 
atingir em determinado volume e nas condições de produção previamente 
definidos. 
Na literatura, você encontrará a menção a duas metodologias diferentes 
de custo-padrão, uma chamada Ideal, que podemos entender como uma 
metodologia em desuso, e a que chamamos de Corrente, sobre a qual 
refletiremos ao longo desta aula. 
O custo-padrão ideal não é recomendado, porque, segundo Martins 
(2010), trata-se de um custo que leva em consideração um cenário perfeito, no 
qual a empresa sempre trabalharia com 100% de sua capacidade, sem paradas 
não programadas, com a manutenção preventiva ocorrendo de maneira perfeita 
e com base em estudos precisos de tempos e movimentos, utilizando como 
referência, por exemplo, o funcionário mais eficiente do processo e o montante 
mínimo de perdas. A utilização desse custo-padrão ideal traria à organização a 
 
 
3 
sensação de uma meta inatingível e, por consequência, não seria respeitada 
pelos gestores responsáveis pelos processos. 
E do que se trata, então, esse custo-padrão corrente? Veremos esses e 
demais pontos nos próximos 5 temas da aula, esperamos que aproveite e 
consiga extrair o melhor deste conteúdo. 
TEMA 1 – CUSTO-PADRÃO: CONCEITOS DE CUSTO-PADRÃO, FINALIDADES 
E UTILIDADES DO CUSTO-PADRÃO 
O custo-padrão tem como objetivo principal auxiliar a gestão no processo 
de controle e planejamento de custos, porque se trata de um custo normativo, 
um custo objetivo, ou seja, um custo que se deseja alcançar (Padoveze, 2010). 
Por meio desse método, a empresa consegue compreender e fornecer um 
padrão de comportamento para os custos, bem como utilizar esse referencial 
para compará-lo aos custos reais incorridos no período. Não se trata de um 
método ou critério de contabilização de custos, como é o caso do de Absorção 
ou Variável, mas sim uma técnica auxiliar (Martins, 2010). 
Nesse contexto, os objetivos principais estão associados a (Padoveze, 
2010, p. 407): 
a. Determinação do custo devido, ou seja, o custo correto. 
b. Definição de responsabilidades e obtenção do comprometimento dos 
responsáveis por cada atividade padronizada. 
c. Avaliação de desempenho e eficácia operacional. 
Isso se deve pelo fato de que o controle somente será efetivo quando 
houver uma ação gerencial para correção das distorções identificadas e de 
medidas inibidoras de repetições de erros ou problemas incorridos. Quanto mais 
tempestivo e assertivo for esse processo, melhores serão os resultados 
alcançados pela organização (Bornia, 2010). 
 Considerando que o custo-padrão pode ser compreendido como uma 
meta a ser atingida, é importante garantir que se consiga um efeito psicológico 
positivo dos gestores envolvidos no processo, ou seja, que elesse sintam 
motivados e engajados a, de fato, trabalhar no sentido de alcançá-la. Martins 
(2010) entende que esse efeito somente será alcançado com uma construção 
adequada dessa meta, de forma que ela seja desafiadora, porém, que apresente 
um alvo possível de ser atingido. Essas metas normalmente são definidas para 
 
 
4 
um período de curto e médio prazos e sofrem revisões periódicas sempre que 
for identificada alguma distorção ou alteração do processo. 
Ainda nesse sentido, é essencial haver seriedade no tratamento e 
saneamento das distorções identificadas entre o Padrão e o Real, de modo que 
essa postura deve partir da alta administração e ser disseminada a todos os 
demais níveis das empresas. 
 Na sequência, veremos como deve ser realizada a fixação e apuração do 
custo-padrão. 
TEMA 2 – FIXAÇÃO DO PADRÃO 
A fixação do custo-padrão, com o detalhamento de informações que 
permita a identificação das origens das distorções, deve ser definida em 
quantidades (por exemplo, quilos) e em valores (por exemplo, preço por quilo e 
total), porque, por vezes, a variação pode ser originada de uma perda de material 
ou alteração na composição do produto em si (quantidade), por exemplo, e, em 
outras, por algum acréscimo de custo na aquisição de determinado material, seja 
por troca de fornecedor ou algum evento externo da organização. Nesse cenário, 
o custo real, que será utilizado para comparação com o custo-padrão, também 
deve seguir essa mesma estruturação. Isso se aplica a todo os tipos de custos, 
como mão de obra, horas-máquina, quilowatts etc., por isso, recomenda-se que 
essa definição ocorra em conjunto com as equipes técnicas, de engenharia e 
contabilidade (Martins, 2010). 
A construção do custo-padrão, de acordo com Padoveze (2010), é 
realizada por tipo de material, como detalharemos na sequência. 
2.1 Materiais diretos 
Os materais diretos são aqueles que fazem parte da composição do 
produto, como é o caso da matéria-prima e das embalagens. As quantidades e 
os tipos de materiais necessários para produzir cada um dos produtos são 
definidos no que chamamos de estrutura do produto, ou ficha técnica do produto. 
A estruruta do produto, ou ficha técnica, pode ser entendida como a 
“receita” para produção desse produto, com o detalhamento de tipo de material 
a ser utilizado com as suas respectivas quantidades. Essa estrutura é definida 
pela equipe de desenvolvimento do produto ou engenharia. 
 
 
5 
 Como no processo produtivo há, normalmente, uma quantidade inevitável 
de perda ou refugo de materais, dentro de condições técnicas ou científicas já 
conhecidas, esse montante também é considerado na ficha técnica para 
cômputo do material a ser consumido (Padoveze, 2010). 
Em relação ao preço padrão, deve-se sempre utilizar um preço livre de 
encargos, ou seja, negociado na condição de pagamento à vista e, de acordo 
com Padoveze (2010), aqueles obtidos em boas negociações de compra. A 
atualização periódica do referido valor pode levar em consideração a inflação 
interna da empresa. 
2.2 Mão de obra direta 
Mão de obra direta é aquela relacionada aos colaboradores que trabalham 
diretamente no processo de fabricação do produto. A apuração da quantidade 
de horas despendidas para cada fase do processo, assim como a quantidade de 
colaboradores necessários, dependerá do nível tecnológico e automatizado do 
processo produtivo. 
Há situações em que essas informações podem ser obtidas por meio de 
sistemas computadorizados e, em outras, é necessária a apuração de tempos e 
movimentos com base em estudos de cada processo envolvido (Padoveze, 
2010). 
O valor da hora de mão de obra direta leva em consideração a 
remuneração e os encargos dos trabalhadores, de forma genérica (Padoveze, 
2010), por exemplo, apurando-se o custo médio horário de cada processo ou 
atividade. 
2.3 Custos indiretos variáveis 
Os custos indiretos variáveis são aqueles utilizados diretamente na 
produção, porém não fazem parte do produto em si. São classificados como 
variáveis, porque aumentam proporcionalmente ao volume de produção. 
Podemos citar como exemplo o consumo de energia elétrica. 
A apropriação desse tipo de custo se dá por meio de rateio e o critério de 
apropriação deve ser definido de acordo com a atividade desenvolvida. 
Padoveze (2010, p. 410) afirma que “a atividade a ser escolhida como base para 
construção das taxas pré determinadas de custos indiretos variáveis deve ter 
 
 
6 
uma relação causal com os diversos custos indiretos variáveis”. Além disso, deve 
ser de fácil compreensão para posterior responsabilização, para fins de controle 
(por exemplo: horas máquinas trabalhadas, quantidade de produto final etc.). 
2.4 Custos indiretos fixos 
Custos indiretos fixos, da mesma forma, são gerados na produção, porém 
seu montante não varia em função do volume de produção, assim como não 
fazem parte diretamente do produto. Como exemplo, podemos citar a 
depreciação do prédio da fábrica. 
Assim como acontece com os custos indiretos variáveis, os custos 
indiretos fixos são alocados aos produtos por meio de rateio e os critérios são 
normalmente atribuídos, de acordo com Padoveze (2010), em função da 
capacidade produtiva e não em função de volumes realizados. 
2.5 Periodicidade de construção do custo-padrão 
A prática mais utilizada para elaboração do custo-padrão se dá a partir de 
uma data-base. “A elaboração do custo-padrão leva em consideração as metas 
projetadas dentro de um período de seis meses a um ano, por exemplo” 
(Padoveze, 2010, p. 412). 
Em função do nível de detalhamento e do grau de complexidade da 
informação, o custo-padrão não precisa necessariamente ser definido para a 
empresa como um todo no momento da sua implantação, mas ser iniciado nas 
áreas e nos processos mais relevantes e críticos. Gradualmente, o escopo pode 
ser ampliado junto com o amadurecimento no sistema de controle e gestão. 
Além disso, é importante que se realize uma revisão periódica sempre que 
houver alguma alteração significativa que possa afetar o custo de produção 
(aumento de matéria-prima, alteração no processo fabril etc.). 
TEMA 3 – CUSTO-PADRÃO: CUSTO-PADRÃO E ORÇAMENTO, INFLUÊNCIA 
DAS VARIAÇÕES DE PREÇO, CONTABILIZAÇÃO DO CUSTO-PADRÃO 
Quando se trata de controle, as organizações utilizam vários tipos de 
ferramentas como apoio. Uma das mais comuns e importantes é o Orçamento, 
em que as empresas estabelecem os custos que efetivamente devem incorrer, 
com base no volume de vendas e na produção do período. “Os custos orçados 
 
 
7 
têm por base antecipar os gastos que deverão ser consumidos e que afetarão o 
custeamento dos produtos” (Padoveze, 2010, p. 405). 
3.1 Mas qual a diferença para o custo-padrão? 
 O custo-padrão também pode ser entendido como um tipo de orçamento, 
“a diferença é que essa meta tende a forçar o desempenho da produção por ser 
normalmente fixado com base na suposição de melhoria contínua de 
aproveitamento dos fatores de produção” (Martins, 2010, p. 318). Em virtude 
disso, é necessário que se tenha em mente que o custo-padrão sempre é mais 
rigoroso do que de fato deve ser orçado. 
Por outro lado, a utilização do custo-padrão para elaboração do 
orçamento pode trazer um nível de assertividade maior nas projeções 
orçamentárias, porque fornece informações mais adequadas por se basear nos 
melhores parâmetros de eficiência e acaba gerando um atributo de 
confiabilidade das metas estabelecidas (Monzo; Pagnani, 2003). 
A utilização orçamentária pressupõe uma gestão tempestiva e assertiva 
das variações identificadas ao longo do ano, de forma a identificar as reais 
causas que as geraram. Nesse sentido, o custo-padrão deve servir como 
elemento facilitador para compreensão da origem do problema, viabilizando a 
tomada de decisão eficaz e rápida e que permitirá a empresa realinhar as 
operações aos seus objetivos estratégicos,quando for o caso, ou, até mesmo, 
rever as definições orçamentárias que podem não estar mais adequadas em 
função de uma alteração significativa dos custos e processos. 
3.2 Custo-padrão: influência das variações de preços 
O custo-padrão pode ser utilizado como elemento inicial para a formação 
de preços de venda, porque “ele traz os elementos necessários para 
parametrizar um preço de venda ideal” (Padoveze, 2010, p. 408), por mais que 
depois possa sofrer algum ajuste devido às exigências do mercado. Porém, o 
aspecto de que trataremos nesse tópico diz respeito à definição do preço de 
venda, que será considerado para fixação do padrão, e à análise da variação em 
relação ao real. 
Há um elemento importante que precisa ser considerado caso a empresa 
viva em um período de alta inflação: se o preço estabelecido para o custo-padrão 
 
 
8 
partir de uma estimativa para o ano todo, possivelmente os valores considerados 
para os meses iniciais serão maiores do que os efetivamente praticados. Por 
outro lado, no segundo semestre, os valores serão menores que os preços 
praticados, de modo que “sempre existirá um erro na previsão dessa oscilação 
de preços, além da necessidade de se estudar o que provavelmente mudará no 
preço de cada fator de produção” (Martins, 2010, p.320). 
Para corrigir esses erros, a empresa pode utilizar, como forma de adoção 
dos preços, aquele fixado na data em que é elaborado (final do ano anterior, por 
exemplo) e ao realizar a comparação com o real, desconsiderar ou deduzir as 
variações ocorridas em função da inflação, com isso, as variações que restarão 
serão efetivamente aquelas a serem analisadas para correção (Martins, 2010). 
3.3 Contabilização do custo-padrão 
Como a utilização do custo-padrão ocorre numa esfera de contabilidade 
gerencial e controladoria, não há, necessariamente, a obrigatoriedade de sua 
contabilização (Martins, 2010). É possível trabalhar com as bases por meio de 
relatórios complementares ou especiais (utilizando o Excel, por exemplo) para 
confrontar o custo-padrão com o custo real. 
A sua gestão e seu tratamento podem seguir o mesmo método utilizado 
pela empresa para utilização do orçamento, porém, a forma adotada deve 
permitir o acompanhamento frente às contas contábeis utilizadas (Padoveze, 
2010). 
Por meio da padronização contábil às normas internacionais, é permitido 
o uso do custo-padrão como valoração contábil dos estoques, desde que o valor 
apurado seja próximo ao valor real dos custos. Essa definição foi realizada pelo 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis, pelo Pronunciamento Técnico CPC 16, 
que estabelece: 
Outras formas para mensuração do custo de estoque, tais como o 
custo-padrão ou o método de varejo, podem ser usadas por 
conveniência se os resultados se aproximarem do custo. O custo-
padrão leva em consideração os níveis normais de utilização dos 
materiais e bens de consumo, da mão-de-obra e da eficiência na 
utilização da capacidade produtiva. Ele deve ser regularmente revisto 
à luz das condições correntes. As variações relevantes do custo-
padrão em relação ao custo devem ser alocadas nas contas e nos 
períodos adequados de forma a se ter os estoques de volta a seu custo. 
Nessa situação, a empresa deve realizar a contabilização completa de 
todos os valores do custo-padrão, já registrando, por exemplo, as compras e a 
 
 
9 
folha de pagamento com as diferenças identificadas registradas em contas 
especiais (Martins, 2010). Como já havíamos visto nos temas anteriores desta 
aula, para ser considerado custo para valoração dos estoques, o custo-padrão 
deve sofrer uma revisão periódica para, de fato, espelhar a realidade da 
produção frente aos níveis normais de eficiência de utilização dos insumos e da 
utilização da capacidade produtiva. 
Há, também, a possibilidade de a contabilização para valoração dos 
estoques ocorrer de forma mista. Martins (2010) traz como o exemplo a forma 
de contabilização de parte considerar o custo real e outra o custo-padrão, em 
que os custos alocados à produção poderiam se dar a partir do real e àqueles 
considerados para os produtos acabados e em elaboração, serem valorados a 
custo-padrão. 
3.3.1 E o que fazer com as diferenças identificadas entre o custo real e o 
padrão? 
As diferenças identificadas e contabilizadas em contas especiais devem 
ser tratadas de forma que sejam eliminadas. Seguindo as premissas dos 
Princípios Contábeis Geralmente Aceitos, esses valores acabam sendo 
incorporados ao custo do estoque, para que ele de fato espelhe o custo real da 
empresa (Martins, 2010). 
 A melhor forma de registro e controle do custo-padrão dependerá da 
realidade de cada empresa frente ao nível de requinte do sistema de controle 
adotado. 
TEMA 4 – PADRÃO VERSUS CUSTO REAL 
Como vimos, o custo-padrão é o custo que se deseja alcançar, ou seja, 
uma meta. Então, para que de fato ele cumpra seu propósito, após a apuração 
do custo real é fundamental comparar esse real com o custo-padrão para 
verificar se houve variações e, caso isso seja confirmado, analisar as diferenças 
para adoção de medidas de correção. 
Quando tratamos de análises de materiais, elas normalmente se 
fundamentam na equação de custos, que é o resultado da multiplicação do preço 
unitário dos fatores de custo pelas quantidades utilizadas desses insumos 
industriais (Padoveze, 2010, p. 413). Ou seja: 
 
 
10 
 
Custo do Insumo = Preço do Insumo x Quantidade de Insumo Utilizada 
No entanto, para que possamos ser assertivos na análise e tomar as 
medidas corretivas adequadas, é importante saber se a diferença se originou no 
preço ou no volume consumido. Em função disso, Padoveze (2010, p.414) 
apresenta um esquema genérico de análise que apresentamos a seguir: 
Figura 1 – Esquema de análise 
 
Fonte: Padoveze, 2010. 
Sendo: 
A = Quantidade Real x Preço Real 
B = Quantidade Real x Preço-padrão 
C = Quantidade-padrão x Preço-padrão 
Para compreender melhor, vamos exemplificar: digamos que determinada 
empresa apurou os seguintes resultados no mês em relação ao desempenho de 
custos exclusivamente em relação aos materiais diretos de fabricação: 
Quadro 1 – Composição do custo-padrão para os materiais diretos 
 
Fonte: Padoveze, 2010. 
 
MATERIAIS DIRETOS
QUANTIDADE-
PADRÃO
PREÇO UNITÁRIO 
PADRÃO (R$)
CUSTO-
PADRÃO (R$)
Material A 4.250 101,00 429.250 
Material B 100.000 3,50 350.000 
CUSTO COM MATERIAIS DIRETOS 104.250 104,50 779.250 
 
 
11 
Quadro 2 – Composição do custo real para os materiais diretos 
 
Fonte: Padoveze, 2010. 
Nos quadros apresentados, a empresa já apurou os custos padrão e real, 
agora, basta confrontar os dois para apurar as variações: 
Quadro 3 – Composição das variações no confronto do custo-padrão com o 
custo real para os materiais diretos 
 
Fonte: Padoveze, 2010. 
Quadro 4 – Quantidade estimada para produção pelo custo-padrão e a 
quantidade efetivamente produzida no período 
 
Fonte: Padoveze, 2010. 
A partir das informações obtidas, vamos analisar a origem das variações, 
como demonstramos a seguir: 
Análise das variações – Material A: 
A = Quantidade Real x Preço Real 
A = 4.325 x R$ 102 
A = R$ 439.420 
B = Quantidade Real x Preço-Padrão 
B = 4.325 x R$ 101 
B = R$ 436.825 
MATERIAIS DIRETOS
QUANTIDADE 
REAL
PREÇO UNITÁRIO 
REAL (R$)
CUSTO REAL 
(R$)
Material A 4.325 101,60 439.420 
Material B 101.950 3,00 305.850 
CUSTO COM MATERIAIS DIRETOS 106.275 104,60 745.270 
 
 
12 
 
C = Quantidade-Padrão x Preço-Padrão 
C = 4.250 x R$ 101 
C = R$ 429.250 
 
Análise de Variação de preço do Material A: 
(A – B) = R$ 439.420 – R$ 436.825 
(A– B) = R$ 2.595 
 
Análise de Variação da quantidade do Material A: 
(B – C) = R$ 436.825 - R$ 429.250 
(A – B) = R$ 7.575 
 
Variação total desfavorável do Material A = 
R$ 2.595 + R$ 7.575 = R$ 10.170. 
 
Em nosso exemplo hipotético de análise do Material A, constatamos que 
o custo real foi maior do que havia sido previsto pelo custo-padrão, o que 
demonstra uma situação desfavorável. Essa variação originou-se tanto no 
consumo do volume de material quanto no preço previsto. Como temos a 
informação de que foi produzida uma quantidade maior de produtos acabados 
do que havia sido previsto, podemos concluir que foi por esse motivo que houve 
a diferença identificada no volume. A variação do preço, por sua vez, precisaria 
ser investigada e analisada junto ao setor responsável para que se possa tomar 
a decisão adequada no processo. Na sequência, apresentamos exemplos de 
situações que geram tais variações. 
Há situações em que as variações ocorrem tanto em relação ao preço 
quanto na quantidade consumida, o que Martins (2010) classifica como variação 
mista, por isso é importante identificar a variação de cada uma dessas variáveis 
de forma isolada, bem como a materialidade de cada uma delas, para, 
posteriormente, tomar as medidas corretivas quando necessário. O motivo dessa 
separação se deve à atribuição de responsabilidades, porque, como vimos em 
Martins (2010), quem responde pelas variações de quantidades consumidas 
refere-se a uma área diferente daquela que responderá pelas variações de 
 
 
13 
preço. Normalmente, a primeira deve ser respondida pela equipe de produção e, 
a segunda, pela de compras ou suprimentos. 
Nem sempre é fácil identificar a causa que gerou a variação, que é o fator-
chave a ser descoberto. Podemos elencar alguns exemplos que podem vir a 
ocorrer. 
Quando se trata de variação no volume de materiais consumidos, isso 
pode ocorrer, por exemplo, pelos seguintes motivos (Martins, 2010): 
 A máquina utilizada para produção não estar calibrada e estar gerando 
uma perda superior a aceitável. 
 Baixa qualidade do material utilizado, o que gera um consumo maior do 
que o previsto. 
 Mão de obra não qualificada, o que levou a um aumento no consumo de 
materiais. 
Já quando se trata de variações de preços, Martins (2010) elenca alguns 
exemplos, que demonstramos a seguir: 
 Inclusão de novo fornecedor para que a empresa não fique na 
dependência dos atuais. 
 Compra mal realizada por ineficiência da equipe responsável pelas 
compras. 
 Compra emergencial para atender à demanda e impedir a parada de linha 
de produção. 
 Nas variações identificadas no consumo de materiais, para algumas 
situações serão viáveis medidas de correção e regularização de processo, para 
outras, pode ser necessária a realização de adequação do custo-padrão para o 
exercício seguinte. 
TEMA 5 – TRATAMENTO CONTÁBIL DAS VARIAÇÕES, INFLAÇÃO E CUSTO-
PADRÃO 
Como vimos, a incorporação do custo-padrão à contabilidade não é 
obrigatória, porém, possível, como estabelece o CPC 16. Há diferentes formas 
para realizar tais registros, detalharemos uma dessas possibilidades na 
sequência. 
 
 
14 
No formato que detalharemos, todos os custos incorridos, sejam diretos, 
indiretos, fixos e variáveis, são alocados ao custo de produção em processo, 
derivados das aquisições de materiais e utilização de mão de obra, entre outros, 
e à medida que os produtos acabados são transferidos ao estoque ou aos 
clientes, em caso de produção por encomenda, baixados pelo custo-padrão. 
(Martins, 2010). 
Dessa forma, as variações originadas pela diferença entre o custo real e 
o custo-padrão são mantidas na conta de produção em processo até a data da 
realização do fechamento do balanço patrimonial, momento em que sofrem os 
ajustes contábeis necessários de acordo com os padrões e princípios contábeis. 
Em função da grande quantidade de itens a serem analisados, a análise dessas 
variações é realizada em controle paralelo, fora da contabilidade. 
A conta de Produtos Acabados permanece com o valor do produto 
avaliado de acordo com o custo-padrão e, em virtude disso, o CPV também é 
registrado de acordo com o padrão, até a data do balanço Patrimonial. 
Como fiscalmente o custo-padrão não é aceito para apuração do imposto 
de renda e contribuição social pelo regime de Lucro Real, é importante lembrar 
que o valor do CPV, nesses casos, deve ser ajustado no Livro de Apuração do 
Lucro Real de acordo com a legislação vigente, nos períodos necessários. 
Para ficar mais claro esse modelo de contabilização, exemplificaremos a 
partir de dados hipotéticos. 
Quadro 5 – Detalhamento da apuração do custo real e do custo-padrão de 
determinado período 
 
Fonte: Padoveze (2010). 
Para simplificar a explicação e facilitar o entendimento, partimos do 
princípio de que todo o estoque adquirido no período foi consumido na produção 
do período em análise. Além disso, consideraremos que, das 800 unidades 
 
 
15 
produzidas, 650 unidades foram vendidas durante o mês, e as demais 
permaneceram em estoque. 
A partir dos dados apresentados no quadro, a contabilização seria 
realizada da seguinte forma: 
1º Lançamento para alocação à conta contábil de Produção em 
Processo utilizando o valor do custo real: 
 D – Produção em Processo R$ 305.000 
 C – Estoque materiais diretos R$ 185.000 
 C – Estoque materiais indiretos R$ 26.000 
 C – Mão de obra R$ 94.000 
2º Transferência do custo dos produtos acabados pelo valor do 
custo-padrão: 
 D – Produtos Acabados R$ 290.000 
 C – Produção em Processo R$ 290.000 
A partir desses lançamentos, as contas contábeis de Produção em 
Processo e Produtos Acabados ficam com os seguintes saldos: 
Quadro 6 – Saldo 
 
Fonte: Padoveze (2010). 
Como você pode observar, na conta contábil Produção em Processo, 
manteve-se um saldo equivalente a R$ 15.000, que se originou da variação 
desfavorável entre o custo real em relação ao custo-padrão. 
Como o custo-padrão total dos produtos acabados foi de R$ 290.000 e a 
quantidade produzida foi de 800 unidades, sabemos que o custo por unidade é 
de R$ 362,50 (R$ 290.00 / 800 = R$ 362,50). Com essa informação, já podemos 
calcular o valor do Custo dos Produtos Vendidos (CPV), que será apropriado ao 
resultado nesse período, ou seja, à quantidade vendida (650 unidades) 
 
 
16 
multiplicada pelo custo-padrão unitário (R$ 362,50), então o valor do CPV a ser 
contabilizado é de R$ 235.625: 
D – Custo dos Produtos Vendidos R$ 235.625 
C – Produtos Acabados R$ 235.625 
Quadro 7 – Custo dos produtos vendidos 
 
Fonte: Padoveze (2010). 
Agora, você deve estar se perguntando qual é o tratamento que daremos 
às variações que permaneceram registradas na conta de Produção em 
Processo. Ao final do período contábil, momento em que é realizado o Balanço 
Patrimonial da empresa, essa diferença deve ser direcionada às contas 
adequadas. Nesse sentido, seguindo as definições dos princípios contábeis, em 
nosso exemplo hipotético, parte dessa diferença deve ser direcionada à conta 
de Produtos Acabados, proporcionalmente aos produtos que permanecem em 
estoque, o restante deve ser alocado à conta de Custo dos Produtos Vendidos. 
 
D – Produtos Acabados R$ 2.813 
D – Custo dos Produtos Acabados R$ 12.187 
C – Produção em Processo R$ 15.000 
Quadro 8 – Custo dos produtos vendidos 
 
Fonte: Padoveze (2010). 
 
 
17 
Utilizando esse formato de contabilização, o Custo dos Produtos Vendidos 
permanece avaliado pelo custo-padrão ao longo do exercício, que pode ser um 
ano ou um trimestre, por exemplo, e ajustado ao custo real para fins de 
elaboração do balanço patrimonial (Martins, 2010). 
5.1 Inflação e custo-padrão 
 A inflação representa o índice de aumento geral de preços do país. Em 
função disso, em períodos de inflação muito alta, a análise da performance de 
custos das organizações, a partir do custo-padrão,

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