MANEJO INTEGRADO DE PRAGA DO ALGODÃO

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Manejo Integrado do Algodoeiro
Cecilia Czepak
Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos
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Broca-da-raiz: (Eutinobothrus brasiliensis )
Originária da América do Sul no Brasil já avança para as novas fronteiras dos cerrados
Adulto: coleóptero marrom escuro a preto (5mm de comprimento) e pouco brilhante, alimenta-se de folhas, caulículo e radícula
Ovo: cor creme esbranquiçado colocado isoladamente
A fêmea c/ o rostro faz um orifício no coleto da planta onde ovideposita;
Larva: amarelada ápoda e de cabeça parda e corpo volumoso;
Pupa: branca, livre e no interior da galeria.
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Larvas eclodem e se alimentam dos tecidos internos do caule, causando broqueamento no colo matando as plantas novas
Período crítico entre 10 a 40 DAE 
Plantas mais desenvolvidas ocorre o espessamento do caule, rachaduras e quebram facilmente
No interior percebe-se galerias com serragem
Plantas murcham e secam apresentando coloração avermelhada (reboleiras)
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Plantas da família das malváceas dos gêneros Gossypium (algodoeiro) e Hibiscus, se constituem nos principais hospedeiros desse coleóptero;
O ataque da broca e estratificado, inicialmente ocorrendo em forma de reboleiras, mas a partir da segunda geração, a infestação é distribuída por quase toda a lavoura;
Solo úmido, áreas de baixada, áreas de plantios seguidos de algodão, áreas de plantio direto, áreas onde não se efetua a destruição de restos culturais ou rotação de cultura.
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Controle
- destruição de soqueiras
- eliminação de refúgios 45 dias antes da semeadura
- planta -isca
- tratamento de sementes
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Lagarta-rosca
 (Agrotis ypsilon)
Ovo: de coloração branca e é colocado nas folhas (até 2.000);
Lagartas: cor pardo acinzentada com listras laterais e centrais pouco visíveis, tem hábito de ficar enrolada e abrigada no solo Prefere plantas com até 5 cm de altura;
Pupa: no solo duração cerca de 15 dias;
Adulto: mariposa de asas anteriores marrons com manchas pretas e posteriores semitransparentes
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Pulgão: (Aphis gossypii)
Adultos e ninfas sugadores de seiva ocorrem durante todo o ciclo da cultura
Cor amarelo-claro a verde-escuro localizados na página inferior das folhas
Populações com formas aladas (disseminação da espécie) e ápteras (estendem suas colônias nas folhas e brotos)
Maiores infestações ocorrem dos 30 aos 70 dias
Umidade baixa e altas temperaturas situação se agrava 
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Ao sugarem a seiva produzem:
- encarquilhamento das folhas e deformação dos brotos
- fumagina - dificultando a respiração e fotossíntese da planta
- inoculação de vírus causadores do:
- vermelhão (folhas vermelhas entre as nervuras)
- mosaico das nervuras amarelecimento ou palidez (visível através da transparência com a luz)
bordos curvados e com rugosidades no limbo foliar
- forma mais virulenta: azulão, doença azul (encurtamento dos entrenós e a planta fica com porte reduzido e as folhas com os bordos curvados, quebradiços e secam )
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Mosaico das nervuras (Ribeirão Bonito ou Doença Azul)
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Amostragem: 
Praga - 
- inspecionar o ponteiro
- anotar o número de plantas com pulgões
- anotar o número de colônias (pequenas, médias e grandes)
- anotar presença de inimigos naturais
Nível de Controle
NC >30% de plantas com pulgões
Evitar a formação de grandes colônias
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Vetor:
- inspecionar o ponteiro
- anotar o número de plantas com pulgões
- anotar o número de colônias (pequenas, médias e grandes) - alado = colônia pequena até 80 DAE
- anotar presença de inimigos naturais
- anotar o número de plantas com virose
N. C.
5% de plantas com pulgões até 80 DAE
5 a 10% de plantas com pulgões dos 80-110 DAE
10 a 15% de plantas com pulgões dos 110-140 DAE
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- variedades tolerantes/resistentes: DeltaOpal, linhagem Ita-94/604 - Antares, Coodetec 401, 402 e 404, EPAMIG PRECOCE-1 entre outras (NC: 40 a 70%) 
- destruição de soqueiras
- observar a direção dos ventos predominantes
- aplicação de inseticidas sistêmicos e de contato
- tratamento de sementes ou no solo 
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Tripes: (Frankliniella schultzei)
Insetos pequenos
(1 a 3 mm de comprimento)
Aparelho bucal picador-sugador
Apresenta formas aladas e ápteras
Adultos: cor marrom com dois pares de asas franjadas
Ninfas: cor clara (amareladas/esbranquiçadas)
Insetos polífagos, encontram-se na página inferior da folha
Ciclo: 14 a 28 dias
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Período Crítico: 10 a 20 dias após germinação
Baixa umidade favorece infestação
Prejuízos:
Fortes infestações em plantas recém-emergidas causam a morte das mesmas
Raspam e sugam a seiva das folhas novas 
Causam o encarquilhamento 
Extração de seiva e grânulos de clorofila produzindo áreas descoradas e pontinhos ferrugíneos nos locais atacados, posteriormente surgem tecidos necrosados e lesados
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Amostragem: 10 aos 30 DAE
Coleta e observação de ninfas e adultos
 NC = Constatação de 5 ou mais insetos/planta
Aplicação de inseticidas sistêmicos em tratamento de sementes ou no solo
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Curuquerê: (Alabama argillacea)
Adultos: mariposa c/ 30 mm de envergadura
cor: pardo-argiloso-clara c/ duas manchas circulares 
Ovos: face inferior da folha 500 ovos/fêmea, cor esverdeada (eclosão: 3-5 dias)
Lagartas: cor verde-escuro com duas estrias longitudinais no dorso e pintas pretas em toda a extensão do corpo
Tipo mede palmo
 (ciclo larval:14 a 21 dias )
Pupas: nos bordos das folhas que elas dobram por meio de fios de seda 
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Prejuízos:
Inicialmente raspam as folhas do ponteiro
A partir da segunda muda devoram o tecido foliar ao longo das nervuras principais
Atacam durante todo o ciclo do algodão 
Os três estágios larvais são responsáveis pela maior parte da desfolha
Desfolhamento descendente nas plantas a partir do ponteiro ( consumo de até 66 cm²) com 30% de prejuízo quando não controlada
Dependendo da época provoca maturação precoce das maçãs e a paralisação da frutificação com prejuízos à produção 
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Amostragem:
inspecionar toda a planta
anotar a presença de ovos e lagartas 
anotar % de desfolha
anotar presença de ovos parasitados e lagartas parasitadas
Nível de Controle:
20% de plantas com lagartas ou 2 lagartas/planta
20 % de plantas com início de desfolha
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Ácaros
Ácaro branco: (Polyphagotarsonemus latus)
- Vivem na face inferior da folha e são visíveis a olho nu
- Ovos são colocados isoladamente na face inferior da folha essa espécie não tece teias
- Macho carrega a pupa da fêmea
 (uma geração a cada 5 dias)
- Infestações iniciais em reboleiras
- Encarquilhamento e rasgadura das folhas do ponteiro, folhas com bordos voltados para cima 
-Altas temperaturas e tempo nublado favorecem o crescimento populacional
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Dispersão :
- Hábito de carregar a “pupa”
- Vento
- Locomoção própria, movimentos rápidos
- Forésia: insetos (Bemisiatabaci)
- Homem : implementos agrícolas, etc
Plantas Hospedeiras : 
Batata, berinjela, cafeeiro, chapéu-de-sol, citros, feijão-vagem, feijoeiro, goiabeira, mamoeiro, mamoneira, picão-preto, pimentão, plantas ornamentais, seringueira, soja, tomateiro, etc...
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Condições predisponentes:
-Temperaturas elevadas
-Elevados índices de umidade relativa do ar
-Dias encobertos
-Locais sombreados
Biologia :
-Duração do ciclo : 3 – 5 dias
-Número de gerações : 18 – 20
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Sintomas :
- Redução do porte das plantas
- No ponteiro (folhas) :
- arrepiamento
- encarquilhamento
- mancha brilhante 
- dobra das bordas
- folha ponteaguda
- rasgadura do limbo
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Danos :
- Quantitativos
Produção (peso).......................11,0% 
- Qualitativos
Comprimento da fibra.................2,0%
Uniformidade da fibra.................3,0%
Índice de fibra.............................6,0%
Resistência da fibra....................3,5%
Medidas de Controle :
 Nível de controle (N.C.) = 40% de plantas com sintomas
 Controlar até 110 dias da germinaçãoUtilizar produtos seletivos
 Visar o ponteiro das plantas
 Superfície abaxial das folhas
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Ácaro rajado (Tetranychus urticae)
- Ovos são colocados entre os fios de teia que o ácaro tece na página inferior das folhas
- Grande dimorfismo sexual, fêmeas ovaladas c/ duas manchas verde-escuras no dorso e machos c/ extremidade posterior do abdome mais estreita
- Colônias conferem manchas avermelhadas na face superior das folhas, após tornam-se necróticas, secando posteriormente 
Inicio do ataque – germinação
Picos em fevereiro
 Baixa umidade e alta temperatura favorecem esta praga
- N.C. - 30% de plantas c/ sintoma
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Aspectos biológicos:
- tece teia
- reprodução :-sexuada
- partenogênese arrenótoca
- ovo :0,14mm de diâmetro
- postura :50-60 ovos/fêmea
- período de oviposição : 10 dias
- incubação :4 dias
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Plantas Hospedeiras :
Alface, algodão, alho, amendoim, amora, batata, berinjela, chuchu, crisântemo, ervilha, feijão, feijão-vagem, figo, gerânio, jiló, maçã, mamão, mandioca, mandioquinha, morango, pepino, pêssego, quiabo, rosa, soja, salsão, tomate, uva, etc... 
Condições predisponentes:
- Temperaturas elevadas
- Baixosíndices de umidade relativa do ar
- Dias ensolarados
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Sintomas :
- reboleira(agregada)
- redução do porte
- ataca a superfície abaxial da folha
- descolorimentodo tecido foliar
- surge amarelecimento na face adaxial
- seguido de avermelhamento
- necrose 
- desfolha
- maturação precoce 
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Fêmeas
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Danos :
- Redução quantitativa (Oliveira,1972) 
 Peso de algodão em caroço..............25%
Número de maçãs e capulhos...........17%
 Peso das fibras..................................17%
 Número de sementes........................12%
Índice de sementes.............................8%
Porcentagem de fibra..........................3%
Índice de fibra......................................8%
- Redução qualitativa (Oliveira, 1972)
Fibra
Comprimento.....................................3%
Índice de finura................................14%
Resistência do fio...............................5%
Maturidade.........................................7%
Semente
Índice de germinação........................3%
 Porcentagem de matéria graxa.........4%
Porcentagem de matéria seca..........1%
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Medidas de Controle :
- Monitorar a população
- Demarcar as reboleiras
- Pulverizar com acaricidas (seletivos)
- Aplicar de baixo para cima toda a planta
- Pulverizar toda a área
- Repetir, se necessário, 8-10 dias após
- Controlar até 100 dias após a germinação
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Lagarta das maçãs (Heliothis virescens):
Adulto: apresenta asas anteriores verde-pardacentas, com três linhas oblíquas avermelhadas
Ovos: estriados de cor branca e colocados isolados nas brotações dos ponteiros, sobre folhas novas e brácteas dos botões (600 ovos/fêmea)
Lagarta: uma lagarta destrói até seis botões florais e uma maçã. As brácteas dos botões florais atacados abrem-se e caem no solo (6 ínstares)
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Amostragem: 
- inspecionar toda a planta a partir do ponteiro
- anotar presença de ovos e lagartas
-anotar a presença de ovos parasitados
N.C.: 10% de plantas com lagartas
 indicará o momento da aplicação (lagartas pequenas) 
A constatação de ovos parasitados (escuros) superior a 60% poderá dispensar a aplicação de inseticidas, deve-se refazer a vistoria dias após
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Lagarta militar:
(Spodoptera frugiperda)
Ovos: colocados em massa, cor cinza
Lagarta: inicialmente raspa as folhas depois destrói o botão floral, flores e maçã (período larval 12 a 30 dias)
Coloração marrom, com “y” invertido na parte frontal da cabeça
Pupa: no solo geralmente (8 a 25 dias)
Adulto: dimorfismo sexual 
fêmea pode colocar até 2.000 ovos
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Amostragem: 
- inspecionar a área antes da semeadura, sob torrões ou palhadas
- inspecionar toda a planta
- observar a ocorrência de folhas brácteas raspadas
- anotar presença de lagartas ou massa de ovos
N.C.:
- 10% de plantas com lagartas
Observar existência de culturas hospedeiras na vizinhança e migração de outras culturas
Controle não efetivo pode resultar da perda em média de uma maçã/planta
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Conhecendo as Spodopteras
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Lagartas recém eclodidas de S.frugiperda tem cor verde clara com pelos negros e cabeça preta. 
A coloração da lagarta desenvolvida varia de esverdeada a pardo-escura, apresentando uma linha mediana longitudinal, cor marrom-clara, entre duas listras laterais de cor mais clara. 
A cabeça da lagarta é mais escura com sutura em forma de “Y“ invertido 
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Ao eclodirem as lagartas de S. cosmioides tendem ao marrom, possuindo cabeça preta. 
Nos primeiros estádios de crescimento as lagartas apresentam um tom pardonegro-acinzentado, com 3 listras longitudinais alaranjadas, uma dorsal e duas laterais, com pontos brancos. 
Acima dos pontos brancos estão presentes triângulos pretos apontando para o dorso do inseto. 
Lagartas desenvolvidas são pardas e apresentam uma faixa mais escura entre o 3º par de pernas toráxicas e 1º par de falsas-pernas abdominais e os outros dois na extremidade final do abdome. 
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Ao eclodirem as lagartas de S.eridania são verdes, com cabeça preta, permanecendo com um tom esverdeado durante todo o seu desenvolvimento. 
Nos primeiros estádios as lagartas apresentam quatro pontos escuros sobre o dorso na parte mediana do corpo. 
Lagartas desenvolvidas possuem três listras longitudinais amareladas, duas laterais e uma dorsal. 
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Percevejo Rajado (Horcias nobiellus)
Adultos: apresentam cor brilhante com listras vermelhas, amarelas e brancas, c/ um “V” característico no dorso de cor amarela
Ninfas: com “Y” invertido no dorso
Fêmeas maiores que os machos
Prejuízos: inoculação de toxinas que provocam a queda de botões florais e maçãs pequenas, alterando o desenvolvimento das plantas tornando-as improdutivas
Maçãs ficam deformadas “bico-de-papagaio”
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Amostragem:
- inspecionar botões florais
- observar queda de botões e maçãs pequenas
- observar sintomas externos e internos em maçãs
N.C.:
- 20% de plantas com percevejos
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Lagarta Rosada (Pectinophora gossypiella)
Adulto: microlepidoptero de 15 a 19 mm de envergadura
Cor pardo-escura, com asas franjadas, sendo os machos menores que as fêmeas
Ovos: colocados na parte inferior das maçãs
Lagartas: recém-eclodidas penetram rapidamente no interior das maçãs 
Inicialmente são de cor branca e cabeça escura, passam à rosa-purpúrea a medida que crescem
Pupas: dentro das galerias abertas nas sementes dos carimãs
Na entressafra sincronizam a emergência com a frutificação da nova safra
 
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As primeiras infestações surgem no florescimento (90 dias de idade da planta)
Prejuízos: atacam botões florais, sintoma chamado de roseta, ataque dificulta a fecundação 
Nas maçãs destrói as sementes atingindo uma ou mais lojas de cada fruto, afetando a quantidade e a qualidade das fibras e sementes
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Amostragem:
- coletar uma maçã/planta
- vistoriar maçãs com 14 a 21 dias de idade, ± firmes abrindo-se a procura de lagartas ou sintomas de ataque
- feromônio sexual “grandlrure”
- instalação de armadilhas confeccionadas com garrafas plásticas para captura de machos
N.C.:
- acima de 7% de maçãs/plantas atacadas
- acima de 15 mariposas capturadas nas armadilhas em 48 horas 
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Bicudo do Algodoeiro (Anthonomus grandis)
Adulto: coloração castanho ou cinza (7 mm de comprimento)
Fêmeas depositam ovos no interior dos botões florais (150 ovos/fêmea)
Larvas: eclodem entre 3 a 5 dias e empupam após 7 a 11 dias, adultos surgem após 3 a 5 dias
- 3 a 4 dias brácteas dos botões atacados amarelecem e se abrem, com 5 dias caem no solo e se inicia a fase de pupa (Ovo a adulto: 20 dias)
Adultos alimentam-se dos botões florais ou maçãs (quando há forte pressão)
Adultos permanecem de 30 a 40 diasalimentando-se e ovidepositando nos botões florais 
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- Final do ciclo da cultura adultos abandonam os campos e se dirigem a abrigos vegetados (matas e capinzais)
- Locais de refúgio os adultos permanecem com metabolismo fisiológico reduzido alimentando-se de grãos de pólen de diferentes espécies vegetais
período crítico: plantas com 40 a 90 dias de idade
- Ataque inicia-se nas bordaduras através de danos às partes vegetativas de adultos imigrantes
Dispersão inicia-se a partir dos 70 dias 
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Prejuízos:
- por apresentar uma grande capacidade reprodutiva e destrutiva torna-se praga de grande importância para a cultura
- infestação pode atingir 100% se não houver controle adequado
Amostragem: 
- instalação de armadilhas com feromônio
- instalação de Tubo Mata Bicudo (na semeadura)
- instalação de plantio isca
- vistoria nas bordaduras
- inspeções de botões florais nas plantas 
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N. C.:
- 5% de botões florais atacados até 70 DAE
- 10% de botões florais atacados dos 70 aos 100 DAE
- 15% de botões florais a partir de 100 DAE 
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Medidas de Controle:
- destruição de soqueiras
- semeadura simultânea entre vizinhos
- aplicação de inseticidas nas bordaduras 
- baterias de aplicações no surgimento dos primeiros botões
- catação de botões florais até 90 DAE
- aplicação de desfolhantes e inseticidas no final do ciclo da cultura
- instalação de soqueiras iscas para combate dos adultos migrantes
- aplicação de inseticidas
- rotação de culturas
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Percevejo manchador (Dysdercus sp.)
Adulto: possui o corpo elíptico de cor castanho claro a escuro com três listras brancas no tórax e na base das pernas (45 dias ciclo completo) 
Fêmeas colocam os ovos em fendas no solo, c/ 10 dias surgem as ninfas (cor avermelhada e 5 ínstares)
Aglomeram-se sobre botões florais, maçãs e capulhos, botões e maçãs picados caem ao solo
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Maçãs maiores crescem defeituosas e apodrecem
Através de dejeções que mancham as fibras tornam-se amareladas. Ao sugar as sementes fazem a sucção do óleo afetando a qualidade das mesmas 
Alta umidade favorece o desenvolvimento do inseto
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Mosca-branca ( Complexo de Bemisia tabaci)
- adultos transmissores da virose “mosaico comum”
janeiro a março populações altas infestam a cultura
 na maturação do algodoeiro ataques elevados provocam o escurecimento das fibras em função do líquido açucarado favorecendo o aparecimento de fumagina reduzindo a capacidade fotossintética da planta
- na abertura das maçãs estes açúcares caem ou são arrastados para os capulhos caramelizando a fibra depreciando-a comercialmente
 
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Amostragem:
- 20% de plantas com mais de 10 insetos (adultos e ninfas) nas folhas dos ponteiros
- rotação de inseticidas
- destruição de soqueiras época de plantio, rotação de cultura, eliminação de plantas hospedeiras alternativas
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Percevejo-castanho: (Scaptocoris castanea)
Ovos: no solo, coloração creme, ovalado liso e brilhante (14 dias)
Ninfas: brancas e posteriormente amareladas (11 dias)
Adultos: formato arredondado coloração marrom-claro a preta-brilhante (300 dias)
Atacam raízes folhas murcham e amarelecem
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Avermelhamento internerval devido à deficiência de magnésio 
Os distúrbios nutricionais com magnésio correm com freqüência em solos ácidos. 
As plantas desenvolvem-se lentamente, surgindo nas folhas do "baixeiro" uma clorose internerval que, de modo rápido, evolui para um vermelho-púrpura, estabelecendo-se um contraste nítido com o verde normal das nervuras. 
Os sintomas evoluem para folhas mais novas, enquanto as mais velhas afetadas caem rapidamente. Resultam, assim, plantas pequenas e pouco produtivas.
 
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- Confunde-se muito com o problema do "vermelhão", doença causada por vírus e transmitida pelo pulgão. Neste caso a coloração das folhas é desuniforme (manchada) e não ocorre de modo obrigatório no "baixeiro" das plantas; a doença, que é muito freqüente, induz à deficiência de magnésio.
 - Outro tipo de amarelecimento e vermelhão, que pode se confundir com a deficiência de magnésio, é aquele causado pelo ataque de broca-da-raiz. Esta anomalia é acompanhada por murchamento das folhas e pela presença de galerias feitas pelas larvas do besouro na região do coleto que, freqüentemente, provoca a queda do caule e o tombamento da planta afetada. 
- Outro vermelhão semelhante, que ocorre em reboleiras na lavoura, é o devido ao ácaro rajado, que se inicia entre as nervuras e próximo a elas, sendo que a presença da praga pode ser observada no verso da folha 
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Inimigos Naturais
Parasitóides de larvas:
Campoletis 
Tachinidae
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Trichogramma 
Parasitóides de ovos:
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Predadores
Vespas
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Tesourinhas
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Lebia
Callida
Carabideos
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Joaninhas
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Percevejos - predadores
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Orius sp.
Geocoris sp.
Tropiconabis sp.
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Reduvidae
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Entomopatógenos
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Aranhas
Ácaros fitoseideos
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Formigas
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FIM