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Aula 08 - DIREITO OBJETIVO E SUBJETIVO

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CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA – INTRODUÇÃO AO DIREITO
PROFESSORA: ANA KARINA DE SOUSA CAMPELO
DICTOMIA DO DIREITO: DIREITO SUBJETIVO E DIREITO OBJETIVO
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Essa dicotomia pretende realçar que por um lado o direito é um fenômeno objetivo que não pertence a ninguém socialmente, que é um dado cultural, composto de normas, instituições, mas que por outro lado é também um fenômeno subjetivo visto que faz dos sujeitos, titulares de poderes, obrigações, faculdades estabelecendo entre eles relações.
Por exemplo: quando falamos em direito das sucessões nos referimos a um direito objetivo, já quando nos referimos à sucessão de um herdeiro estamos falando de direito subjetivo que pertence ao sujeito do direito.
No direito inglês: law – direito objetivo
 rigth – direito subjetivo 
DIREITO SUBJETIVO
ORIGEM
	
O direito subjetivo tem haver com a noção de privilegium, direitos especiais que se conferiam na idade média ao status de cada categoria social; o clero, a igreja e o povo passam a regerem-se por direitos próprios (os privilégios) estes eram constituídos, sobretudo pelos costumes de cada comunidade.
 
No direito romano:
Facultas agendi – faculdade de agir – faculdade de agir garantida pela regra jurídica;
Norma agendi – norma de agir – conjunto de preceitos que organizam a sociedade.
Na era moderna, porém, é que a distinção de DIREITO ganha os contornos atuais. 
NOÇÂO
Direto subjetivo – o direito como atributo da pessoa e que lhe proporciona um benefício – homem como titular de um direito.
FUNDAMENTOS
É com base na liberdade (que funciona como limite à atividade legiferante do Estado) que irá configurar-se a noção de direito subjetivo, a noção de liberdade está imanente a idéia de livre-arbítrio (algo interno, uma qualidade da vontade que se expressa num querer e não querer, do que partilham todos os homens) a vontade livre parece ser inicialmente, um fundamento plausível para o direito subjetivo como uma realidade per si. Daí surge à primeira teoria relacionada à natureza jurídica do direito subjetivo.
TEORIA DA VONTADE LIVRE
	O direito subjetivo é o poder ou domínio da vontade livre do homem, que o ordenamento confere e protege. 
Ex: o direito do proprietário de alienar seu bem.
	O homem difere dos animais que agem por instintos, o homem age e a causa de agir é a sua vontade livre, entretanto a vontade humana pode estar sujeita a coações.
	Portanto, a vontade livre pressupõe a condição de responsabilidade de agir conforme as regras morais e jurídicas. 
	Obs.: Entretanto não podemos falar de vontade livre nos casos dos mentalmente enfermos, loucos, crianças, que apesar de sua essência livre não poderia ser reconhecida sua vontade como base de um direito, mesmo assim eles possuem direitos subjetivos como por exemplo: direito a herança, a propriedade.
	TEORIA DA GARANTIA
	Essa teoria diz que o direito subjetivo não teria por base a vontade, mas a possibilidade de fazer a garantia da ordem jurídica tornar efetiva a proteção do direito.
	
Seu fundamento, portanto, é a GARANTIA JUDICIARIA DAS RELAÇÕES JURIDICAS. É garantia de invocar a proteção da legislação quando a liberdade for violada.
Essa teoria confunde-se coma proteção (da liberdade) conferida pelo próprio direito objetivo, quer dizer, o direito subjetivo deixa de ser algo próprio, posto que, a garantia invocada decorre da própria obrigação (dever jurídico) e não de uma faculdade subsitente per si. 
TEORIA DO INTERESSE
O convívio humano revela conflito de interesses, alguns desses tornam-se juridicamente protegidos pelo ordenamento, esse interesse juridicamente protegido constitui o direito subjetivo.
Essa concepção é privatista, vê o problema apenas do ângulo do direito privado que se rege pelo principio da autonomia da vontade.
Exemplo – Interesse do credor em receber seu crédito, está protegido em face da obrigação do devedor de pagar. 
 
	 No entanto há interesses protegidos pela lei que não constituem direitos subjetivos: direito do tutor ou pai – interesse é do menor, mas o direito subjetivo é do titular no caso o tutor e o pai.
	TEORIA DE KELSEN
	A função básica das normas jurídicas é a de impor um dever e secundariamente o poder de agir. O direito subjetivo não se distingue em essência do direito objetivo, ele reconhece no direito subjetivo apenas um simples reflexo de um dever jurídico. 
Na realidade o direito subjetivo cobre diversas situações, difíceis de serem trazidas a um denominador comum. (vontade livre, garantia do judiciário e interesse).
CONCEITO
O direito subjetivo identifica-se com as prerrogativas ou faculdade ínsitas aos seres humanos, as pessoas, para fazer valerem seus direitos no nível judicial ou extrajudicial. 
	Consiste na possibilidade de agir e de exigir aquilo que as normas de direito atribuem a alguém como próprio. Significa que a situação jurídica é considerada da perspectiva de um sujeito a quem ela favorece, em segundo lugar, geralmente essa situação favorável surge em face das normas que restringem o comportamento dos outros – daí a usual correlação:
	DIREITO DE UM – DEVER DO OUTRO
	LIBERDADE – RESTRINÇÃO À LIBERDADE DOS DEMAIS
Fazer valer sua situação em face de outros implica Faculdade ou Poder. Ter faculdade significa que tenho condições de provocar certos comportamentos dos outros.
O direito subjetivo apresenta duas esferas:
Licitude – âmbito da liberdade da pessoa dentro do limite imposto a todos pelo ordenamento jurídico.
Pretensão – é a aptidão que o direito subjetivo oferece ao seu titular de recorrer à via judicial, a fim de exigir do sujeito passivo a prestação que lhe é devida.
ELEMENTOS
um direito que deve corresponder um dever;
direito passível de violação, mediante a não cumprimento do dever jurídico pelo sujeito passivo da relação jurídica;
titular do direito pode exigir a prestação jurisdicional do estado.
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS SUBJETIVOS
Direitos subjetivos Públicos:
Pessoa do sujeito passivo da relação jurídica for pessoa de direito público, o direito subjetivo será de direto público quando se tratar de direito de liberdade, de ação, de petição e direitos políticos.
Exemplos – CF/88 art. 5 º, inciso II – “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”; 
O direito de ação consiste na possibilidade de exigir do estado, dentro das hipóteses previstas, a chamada prestação jurisdicional. 
O direito de petição.
Direitos políticos – é através dele que os cidadãos participam do poder. 
Direitos subjetivos Privados:
Pessoa do sujeito passivo da relação jurídica for pessoa de direito privado, os direitos subjetivos privados dividem-se me patrimoniais e não-patrimoniais.
 DIREITO OBJETIVO
NOÇÃO
O direito objetivo é a regra jurídica que definem quais são os direitos subjetivos.
CONCEITO
É o direito como norma obrigatória, ou como conjunto de normas obrigatórias. O direito objetivo é constituído por um conjunto de regras destinadas a reger um grupo social, cujo respeito é garantido pelo Estado. 
CORRELAÇÃO ENTRE DIREITO OBJETIVO E SUBJETIVO
DIREITO OBJETIVO – conjuntos de normas impostos ao comportamento humano autorizando o individuo a fazer ou não fazer algo, estando, portanto, fora do homem, indica-lhe o caminho a seguir, prescrevendo medidas repressivas em caso de violação de normas.
DIREITO SUBJETIVO – sempre a permissão que tem o ser humano de agir conforme o direito objetivo, para revelar a permissão de praticar atos. O direito subjetivo por sua vez constitui-se de permissões dadas por meio do direito objetivo. 
 
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