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Introdução ao Estudo do Direito

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Prévia do material em texto

Segundo o professor MIGUEL REALE, 
em Lições Preliminares de Direito, 
afirma que "aos olhos do homem 
comum o Direito é a lei e ordem, isto 
é, um conjunto de regras 
obrigatórias que garante a 
convivência social graças ao 
estabelecimento de limites à ação de 
cada um de seus membros". Nas 
palavras dos professores RUGGIERO e 
MAROI, na obra 
“O Direito é a norma das ações 
humanas na vida social, 
estabelecida por uma 
organização soberana e imposta 
coativamente à observância de 
todos".
De acordo com a teoria da 
coercibilidade, "o direito é a 
ordenação coercível da conduta 
humana". Portanto, podemos 
conceber o Direito como sendo a 
Procura para melhorar as condições 
sociais ao sugerir e estabelecer 
regras justas e equitativas de 
conduta. Pois, é justamente como 
arte que o Direito na busca do que 
pretende, se vale de outras ciências 
como filosofia, história, sociologia, 
política, etc.
Aula 1
Direito1.
→ Conceito
Istituzioni di diritto 
privato: 
Aula 1
Direito X Moral1.1
Direito e a Moral são dois 
parâmetros, duas determinantes de 
condutas socialmente corretas, cada 
um com suas características e 
formas de imposição diferentes, mas 
que estão sempre juntos, de alguma 
forma.
A ideia de que tudo que é direito é 
moral nem sempre é verdadeira. O 
Direito pode tutelar o que é amoral 
(o que não é moral nem imoral), como 
a legislação de trânsito, cuja 
alteração não afetaria a moralidade, 
e até mesmo o que é imoral (o que 
vai contra a moral), como, por 
exemplo, a divisão do lucro em 
valores idênticos entre os sócios, por 
mais diligente que seja um e ocioso o 
outro. Por maior que seja o desejo e o 
esforço para que o direito tutele só 
aquilo que é "lícito moral", sempre 
haverá resíduos imorais no Direito.
A teoria do
É possível dizer que a moral é o 
mundo da conduta espontânea, a 
adesão do indivíduo ao que é 
determinado pela regra. Não existe 
moral forçada. Devolver o objeto 
perdido ao dono sob pressão de 
outrem não é um ato de verdadeira 
moralidade, pois não houve uma 
"mínimo ético" consiste 
em dizer que o Direito representa o 
mínimo de moral imposto para que a 
sociedade possa sobreviver. Como 
nem todas as pessoas levam em 
consideração a moralidade de um 
ato ao praticá-lo, ou seja,
sempre existe um violador da 
moral, surge então a figura do 
direito, como instrumento de 
imposição das normas de forma 
mais rigorosa.
Aula 1
vontade espontânea da parte de 
quem o encontrou.
Em relação ao Direito, pode-se 
dizer que suas regras só são 
seguidas, na maioria das vezes, 
porque por trás delas existe uma 
pena pelo seu não cumprimento, 
ou seja, só são cumpridas porque 
são cogentes. Esta é a principal 
distinção entre o direito e a
moral: a sua coercibilidade. É 
possível ou não obedecer a uma 
norma de direito bem como à uma 
norma moral, mas o não 
cumprimento da segunda 
resultará em uma condenação 
moral, consequência abstrata, e 
não uma consequência objetiva, 
concreta. Isto significa que a 
moral é incoercível e o direito é 
coercível, tendo a pessoa a 
faculdade de obedecê-los segundo 
as conseqüências que sofrerá. Daí 
dizer que o direito e a moral são 
diferentes, mas de alguma forma 
estão juntos. 
Direito Objetivo e 
Subjetivo1.2
 é o conjunto de 
normas jurídicas direcionadas e 
impostas a todos pelo Estado. Estas 
normas vinculam a conduta humana, 
são regras cogentes de 
comportamento, determinando como 
agir ou não agir – norma agendi.
Direito Objetivo
Direito Subjetivo é a opção, a 
faculdade da pessoa de invocar o 
direito objetivo, ou seja, invocar a 
norma jurídica a seu favor - facultas 
agendi.
Aula 1
A Constituição Federal, em seu
artigo 5°, inciso X, garante a 
inviolabilidade da intimidade, da 
vida privada, da honra e da 
imagem das pessoas, assegurando 
indenização por dano material ou
moral. Esta é uma regra imposta a 
todos, ou seja, é um direito 
objetivo, porém, cabe a pessoa 
que teve seu direito violado 
invocar ou não esta lei em seu 
favor, isto é, cabe à pessoa 
exercitar seu direito subjetivo. 
Direito Positivo e Direito 
Natural (Jusnaturalismo)1.3
O direito positivo equivale ao direito 
objetivo, ou seja, quando se faz 
referência ao conjunto de normas 
jurídicas que regem o 
comportamento humano num 
determinado tempo e espaço está se 
falando em direito positivo e 
objetivo. Assim, quando se faz alusão 
à norma positiva ou objetiva trata-se 
de uma norma coerciva.
O direito natural, por sua vez, diz 
respeito à ordem pública e social 
como um todo, independente de 
normas materiais, pois emana da 
moral, da ética e da consciência de 
um povo, refletindo no direito positivo, 
considerando que o legislador deve 
levar em conta o valor social da 
norma, pois sua finalidade é torná-la 
obrigatória a todos.
O direito natural não é arbitrário, 
mas um direito sob medida; 
representa um equilíbrio entre o que 
é certo e o que é errado. Não é 
possível afirmar que uma pessoa ou 
uma coletividade agirá desta ou 
daquela forma, mas a probabilidade 
da agir conforme o que determina o 
O direito público, na verdade, regula 
as relações entre um Estado e outro, 
a sua organização, seu 
funcionamento e suas relações com 
particulares. Assim, estão regulados 
pelo direito público o Direito 
Internacional Público, o Direito 
Administrativo, o Direito 
Constitucional, o Direito Processual 
(civil ou penal), o Direito Tributário e 
o Direito Penal. São matérias tanto 
de interesse público quanto privado, 
mas cabe ao Estado a competência 
para tratar de tais assuntos. 
Comercial, como direito privado 
especial (ramo originado do Direito 
Civil, em função de suas 
características próprias, 
considerando o Direito Civil). Alguns 
autores também consideram como 
direito privado especial o Direito do 
Trabalho e o Direito Internacional 
Privado.
Aula 1
Direito Público X Direito 
Privado1.4
Já o direito privado é um conjunto 
de normas que regula as relações 
entre indivíduos face aos seus 
interesses particulares. Dessa forma, 
pertence ao âmbito do direito 
privado o Direito Civil, como direito 
privado comum, e o Direito 
Uma possível distinção 
estabelece que o direito 
público se refere aos interesses 
do Estado e o direito privado 
aos interesses particulares.
DIREITOS DA PERSONALIDADE E 
DIREITOS ADQUIRIDOS 
Segundo definição do Dicionário Aurélio, a palavra congênito refere-se 
àquilo que é "gerado ao mesmo tempo; nascido com o indivíduo; conatural; 
conato; inato". No direito brasileiro, tanto na legislação quanto na doutrina, 
esta palavra está diretamente ligada à personalidade jurídica da pessoa, 
pois considera que o indivíduo tem capacidade de direito, isto é, 
personalidade desde o nascimento com vida.
Aula 1
1.5
O artigo 2º do Código Civil 
estabelece que "a 
personalidade civil do homem 
começa do nascimento com 
vida; mas a lei põe a salvo 
desde a concepção os direitos 
do nascituro".
Todo homem é capaz de direitos e 
obrigações na ordem civil (art. 2º, Código 
Civil), ou seja, toda pessoa tem 
personalidade.
Quando o Código diz que a lei põe a salvo 
os direitos do nascituro (aquele que tem vida intrauterina, que vai nascer), 
garante também a ele direitos, pois desde a sua concepção a lei não lhe 
confere personalidade, mas o ordenamento jurídico lhe preserva direitos e
interesses futuros, partindo do princípio de que nascerá com vida. O Código 
Penal garante-lhe o direito à vida ao tipificar como crime o aborto (arts. 
124 a 126), considerando que nascerá vivo. O Código Civil garante ao 
nascituro, no caso de falecimento do pai, estando a mulher grávida, um 
curador para cuidar de seus interesses que possam divergir dos de sua 
genitora (art. 1.779, do Código Civil). Além disso, o Estatuto da Criança e do 
Aula 1
Adolescente admite o reconhecimento pelos pais se nascido fora do 
casamento,e antes do nascimento (art. 27 e § único).
A personalidade propriamente dita se inicia a partir do nascimento do 
indivíduo com vida, sendo seus direitos absolutos, impostos a todos os 
membros da sociedade. Os direitos personalíssimos são: direito à vida, à 
saúde, ao nome, à liberdade, à privacidade e à própria imagem. O fim da 
personalidade se dá com a morte do indivíduo, por isso é importante 
distinguir se o nascimento ocorreu com vida ou não, pois as consequências 
são bem diferentes, no que se refere à sucessão de seu patrimônio. O 
indivíduo nasce, conforme se viu, com direitos próprios da pessoa e vai ao 
longo de sua vida adquirindo-os em decorrência de diversos fatos sociais 
que possam gerar direitos. Estes chamados direitos adquiridos são 
protegidos pela Constituição Federal (art. 5º, XXXVI), nos seguintes termos: 
"a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada". A doutrina discute se pode o direito adquirido, como interesse 
individual que é, prevalecer sobre o interesse coletivo.

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