Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Teoria das Funções Precípuas (típicas e atípicas) Em TODOS os órgãos há administração pública. Fazenda Pública todos os entes públicos Oswaldo Aranha Bandeira de Mello “ Administrar é atividade de quem não é senhor absoluto.” OBS.: O administrador público é privado, gerencia patrimônio alheio. INTERESSE PÚBLICO Primário: interesse da maioria da população (coletividade) mas em respeito as maiorias (sem supressão da minoria). Secundário: interesse da pessoa jurídica estatal. *** A Fazenda Pública ficará sujeita aos efeitos da revelia quando se tratar de interesse público secundário. Quando se tratar de interesse púbico primário a Fazenda Pública não se sujeita aos efeitos da revelia por se tratar de direitos disponíveis. Teoria dos Atos Estatais Estado: Pessoa jurídica. Atos: declaração de vontade. ATOS ADMINISTRATIVOS: conceitos¹, subordinados² e parciais³. CONCEITOS Abstração ↑ → a distinção é o número de destinatários. Concretude Quanto menor o patamar da norma, menor será o número de destinatários. Quanto maior a hierarquia de uma norma, maior será sua abstração, pois atinge um maior número de destinatários. Ex.: Casamento Civil (art. 206 CF) ↓ Código Civil de 2002 ↓ Ato Administrativo Embora grande parte dos atos administrativos seja concreta existem atos administrativos dotados de abstração que são os atos administrativos normativos. Ex.: Regimento interno, resoluções, portarias, instruções normativas. SUBORDINADOS, porque existe hierarquia administrativa, ou seja, são revisados pelo ente superior. Subordinados ao controle Judicial (artigo 5º XXV CF). (Auto Tutela Administrativa) SUBORDINAÇÃO: Hierarquia administrativa Controle judicial COMANDOS PARCIAIS Cria uma ligação entre a administração e o administrado (relação jurídica). O ato administrativo cria uma relação jurídica entre administração e o administrado. ATOS LEGISLATIVOS: Abstratos, insubordinados e imparciais. A lei é um comando imparcial. ATOS JUDICIAIS: Concretos, insubordinados e imparciais. FUNÇÃO ADMINISTRATIVA: entender o papel do Estado. CONTITUIÇÃO POLÍTICA: Organização do Estado + separação dos poderes + direitos e garantias fundamentais. CONSTITUIÇÃO ECONOMICA: Título VII – de ordem econômica e financeira (artigos 170 – 192 CF) ↓ Eco + nomia = organização da escassez / Oikos + Nomos (casa) Art. 173: intervenção direta do Estado na economia. Quando o Estado atua na economia representa o agente econômico. Estado na Economia = Estado – Empresário. (Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista). O Estado só intervêm na economia quando tiver relevante interesse coletivo ou imperativos da segurança nacional. Art. 174: intervenção direta = estado regulador → desempenha 3 funções. Fiscalização (Poder de polícia) Incentivo → fomento (estimular a atividade privada) Planejamento → PPA, LDO, LOA Poder de Polícia: Prerrogativa estatal de inverter na propriedade e liberdade privadas, afim de compatibiliza-las com o interesse público (restringindo direitos) Planejamento: é a atividade estatal de prever sua atuação financeira futura e indicar para o mercado (sociedade) quais os rumos econômicos adotados. Art. 175: Prestações de serviços públicos. SERVIÇO PÚBLICO: atividade material de prestação de uma utilidade para a população. (Ampliação da órbita de direitos). OBS.: O titular dos serviços públicos é o Estado. Teorias do Orgão (tentativa) Da representação Representação é um instituto do direito civil em que a pessoa incapaz de manifestar vontade validamente tem essa incapacidade suprida pela pessoa do representante. Ex.: Menor impúbere. O agente público supriria a incapacidade do Estado de manifestar vontade. O Estado não é incapaz, logo não se adequa a essa teoria. Do mandato Mandato é um negócio jurídico entre mandato e mandatário em que o mandante confere poderes ao mandatário para praticar atos em seu nome. A procuração é o instrumento que materializa o mandato. Não há possibilidade de ligação entre o Estado e o agente público. Da imputação (Von Furke) É a atribuição de uma consequência jurídica ante a ocorrência jurídica de um fato. Pessoa jurídica é fruto de uma norma jurídica que cria seus órgãos e competências (atribuições). Ex.: A atribuição da pessoa jurídica, Presidente da República, está descrita no art. 84 da CFRB. Classificação dos Orgãos (Hely) Independentes → criado pela constituição para exercer as funções precípuas do Estado. União Federal ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- Poder Executivo Poder Legislativo Poder Judiciário MP Presidente e Vice Congresso Nacional (art. 92 e ss.) “custus legis” Da República ( art. 76 e ss) (art. 44 e ss.) OBS.: Ver organograma da presidência da República. AUTÔNOMOS Criados pela constituição federal para auxiliarem os órgãos independentes. Ex.: Ministros de Estado, secretário de Estado, AGU (poder executivo) OBS.: Não existe tribunal de contas municipal, exceto os municípios de São Paulo e Rio de Janeiro, órgãos criados antes da CFRB. Conselho Nacional de Justiça (Poder Judiciário) Conselho Nacional do Ministério Público (ministério público) SUPERIORES Órgãos de planejamento, chefia e coordenação. Superintendente Geral da policia Federal SUBALTERNOS Quem concretiza as ordens dos superiores. DESCONCENTRAÇÂO: criação de órgãos, subdivisão dos órgãos. ORGÂOS: unidades abstratas de uma pessoa jurídica, são centros especializados em determinada atribuição, frutos do fenômeno/técnica administrativa da desconcentração; destituí-los de personalidade jurídica. OBS.: Em regra, os órgãos não tem capacidade processual. (art. 7º CPC). O órgão não pode ser parte. O MP é órgão e possui capacidade processual ativa (capacidade de ser parte. Autor) exceção. OBS.: Ler três precedentes sobre capacidade extraordinária dos órgãos. DESCENTRALIZAÇÂO É a transferência de atribuições ou competências de uma pessoa jurídica para outras pessoas jurídicas. POLITICA, competências legislativas (criar o direito de novo “jus novam”) TERRITORIAL ou GEOGRAFICA, competências materiais/administrativas. TECNICA, FUNCIONAL ou POR SERVIÇOS. Um ente federativo transfere a titularidade e execução de um serviço público para uma pessoa jurídica d direito público. (art. 41 C.C.) Ente Federativo Pessoa Jurídica de Direito Público Por colaboração ente estatal transfere a execução de um serviço público para uma pessoa jurídica de direito privado ou de uma pessoa física. Ente Estatal Pessoa Jurídica de Direito Privado (art. 44 C.C.) Ex.: Banco do Brasil S/A sociedade empresária mista Caixa Econômica Federal Empresa pública. ADMINISTRAÇÂO PÙBLICA DIRETA (Pessoa Jurídica de Direito Público) São os entes federativos e seus respectivos órgãos. União Federal ↓ P.R. (Procurador da República) ↙ ↓ ↘ PGU PGF PGFN ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA São as pessoas jurídicas criadas pelos entes federativos por meio dos fenômenos da descentralização técnica, funcional ou por serviços e por colaboração. Autarquias, fundações autárquicas e associações públicas. Fundações governamentais, empresas públicas e sociedades de economia mista. OBS.: As pessoas jurídicas de direito publico possuem prerrogativas do regime jurídico administrativo. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA Regime jurídico administrativo (RIA) É o próprio direito administrativo, ramode direito público referente ao funcionamento do Estado. Conjunto de normas (regras e princípios) jurídicos que conferem a administração pública brasileira prerrogativas e restrições. Há dois princípios jurídicos que fundamentam o direito administrativo, de acordo com: Supremacia do interesse público Indisponibilidade do interesse público OBS.: Princípios são os pilares de sustentação do direito administrativo. RESTRIÇÔES Princípios jurídicos administrativos Explícitos (escritos) – LIMPE Na constituição são os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Além de princípios na lei de processo administrativos. (LEI 9784/99, art. 2º) OBS.: Em regra, os princípios explícitos são aqueles contidos no artigo 37 da CF. Entretanto, há princípios escritos em leis especificas. Lei de concessão e permissão de serviços públicos regulamenta o artigo 175 da CF. lar)(LEI8987/95, art. 6º) LEGALIDADE – art. 5º. II da CF liberdade negativa (liberdade do particular) Dever de obediência as leis, porque as leis são frutos da vontade popular. Legalidade do artigo 37 da CF Liberdade positiva a administração só pode fazer o que a lei permite ou autorizar. LIBERDADE POSITIVA Permite : poder vinculado ocorre quando a lei é completa e prevê todas as hipóteses da administração. Autoriza: poder discricionário que ocorre quando a lei é lacuna. OBS.: A administração pública não pode deixar de aplicar uma lei alegando sua inconstitucionalidade. IMPESSOALIDADE No primeiro significado, a impessoalidade decorre da isonomia que significa que o administrador público deve tratar os administradores de forma igualitária sem expressar preferencias pessoais, político-partidária, nem discriminação quanto raça, sexo, orientação sexual (tratamento neutro) No segundo significado, a impessoalidade refere-se ao artigo 37, §6, pois a atuação do agente público é impessoal ( responsabilidade objetiva do Estado). MORALIDADE Significa eticidade, probidade, honestidade. O agente público deve agir com probidade administrativa, pois caso contrario incorre em improbidade administrativa (Lei de improbidade administrativa 8429/92) PUBLICIDADE Sinônimo de transparência, o povo tem o direito à informação (art. 5º XXXIII CF) EFICIÊNCIA Promover uma administração pública gerencial, não burocrática. Eficiência não é sinônimo de eficácia. eficiência é economicidade, ou seja, produção do melhor resultado possível com o menor custo. IMPLICITOS Supremacia do interesse público O interesse público está em patamar superior aos interesses privados. A administração pública deve exercer esse interesse público por meio de prerrogativas. Ex.: a propriedade privada pode ser desapropriada em nome do interesse público. Personalização do Direito Administrativo. Defende a ideia de que o interesse da coletividade não pode suprimir a pessoa individual de forma autoritária, porque caracterizaria fascismo. Indisponibilidade do interesse público A administração pública não é titular do interesse público, mas mera gestora. Finalidade É um principio decorrente direito do principio da legalidade. Dever de obediência à finalidade, espirito da lei (“mens legis”) A administração não pode se limitar a uma interpretação literal da lei, mas buscar sua finalidade. Motivação O dever para a administração pública de motivar seus atos administrativos, o dever de expor as razões fáticas e jurídicas que a levaram a decidir. A motivação deve ser prévia ou contemporânea a pratica do ato, sob pena de nulidade. OBS.: Todos os atos administrativos devem ser motivados, exceto quando a lei dispensa a motivação. Lei : Razão Jurídica ↑ Ato: Serve para fazer a subsunção (encaixe) ↓ Fato: Razão Fática Norma Jurídica: se A ( = descrição) é, deve ser B( = prescrição). Razoabilidade aceitabilidade Norma que diz que a conduta administrativa deve ser razoável/aceitável para o homem médio. A conduta administrativa deve ser pautada pelo bom senso. Um ato irrazoável pode ser anulado. Proporcionalidade congruência entre meios e fins. É a conduta administrativa que guarda compatibilidade entre meios e fins. Os meios da administração escolher usar devem ser úteis, necessários e adequados para atingir os fins almejados. O mérito do ato administrativo não pode ser controlado pelo juiz. Proporcionalidade em estrito senso Equação entre vantagens e desvantagens. Ampla Defesa e Contraditório Ambas possuem natureza processual. Devido processo legal (“due process of law”) No estado democrático, esse principio deve ser observado permitindo as partes a ampla defesa e o contraditório. Segurança Jurídica É um principio administrativo o que veda a aplicação de nova interpretação da lei a situações já consolidadas. Principio da estabilidade das relações jurídicas. CERTEZA JURÌDICA é a previsibilidade das relações jurídicas. CONFIANÇA JURÍDICA os atos estatais possuem presunção de legitimidade. Interesse Público LEI 8987/95; art. 6º § 1 continuidade do serviço público.
Compartilhar