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Função administrativa

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Função administrativa 
 
 
Conceito: é o Estado cuidando de seus próprios 
interesses e de toda a coletividade. Abrange todos os órgãos que não estejam 
voltados para função legislativa ou jurisdicional. 
 
 
 
 
 
Administração pública 
 
 
· 
Administração direta​: composta pelos entes políticos, União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, todos autônomos e regidos pela CRFB. ​Ex​: Secretaria 
de Educação, Polícia, 
Exército. 
 
 
· 
Administração indireta​: Autarquias, Fundações Públicas. 
 
 
 
 
 
Entes da Administração Indireta 
 
 
Autarquias 
 
 
Ø 
Pessoa 
jurídica de direito público que integra a administração indireta, para 
exercício de funções próprias e típicas do Estado. 
 
 
Ex:​ Previdência Pública (INSS), Poder de 
Polícia (IBAMA) e regulamentação (CADE, Banco Central, CVM). 
 
 
· 
Podem 
ser federais, estaduais, distritais ou municipais. 
 
 
· 
Respondem 
objetivamente pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros. ​Art. 
37, §6º, CRFB/88​. 
 
 
· 
Gozam 
de imunidade tributária para impostos sobre patrimônio, serviços e renda, desde 
que atrelados à atividade essencial. ​Art. 150, §2º, CRFB/88​. 
 
 
 
 
 
Agências 
Reguladoras 
 
 
Ø 
São 
autarquias de regime especial criadas para disciplinar e controlar determinadas 
atividades. 
 
 
Ex​: ANEEL, ANATEL, ANAC. 
 
 
 
 
 
Fundações 
Públicas 
 
 
Ø 
Entidade 
da Administração indireta instituída pelo poder público mediante a 
personificação jurídica de direito público ou personalidade jurídica de direito 
privado, a qual a lei atribui competências administrativas específicas, 
atividades a serem definidas em lei complementar. 
 
 
 
 
 
· 
É a 
lei complementar que definirá as áreas de atuação e finalidade da fundação. ​Art. 37, XIX, 
CRFB/88​. 
 
 
 
 
 
Empresas 
Públicas x Sociedades de Economia Mista 
 
 
Empresas Públicas 
 
 
Empresas 
dotadas de personalidade de direito privado, mas que são submetidas as regras 
especiais decorrente de ser coadjuvante da ação governamental. 
 
 
Ø 
É 
instrumento da ação do Estado. 
 
 
Ex:​ Correios, Casa da Moeda, Caixa 
Econômica, BNDES. 
 
 
Ø 
Respondem 
objetivamente por danos que seus agentes causarem a terceiros. ​Art. 37, § 6º, 
CRFB/88​. 
 
 
Sociedades de Economia Mista 
 
 
Pessoas 
jurídicas de direito privado que integram a administração indireta do Estado. 
 
 
Ex:​ Banco do Brasil, Petrobrás, Banco da 
Amazônia. 
 
 
Ø 
Respondem 
objetivamente por danos que seus agentes causarem a terceiros. ​Art. 37, § 6º, 
CRFB/88​. 
 
 
 
 
 
Súmulas 517 e 556 do Supremo Tribunal Federal​. 
 
 
 
 
 
Serviço 
Público 
 
 
Conceito: Serviço Público é todo aquele prestado 
pela Adm. Pública ou seus delegatários para satisfazer as necessidades sociais 
da coletividade ou conveniados do Estado. 
 
 
 
 
 
Princípios 
do Serviço Público 
 
 
· 
Princípio 
da Segurança: não pode 
ser colocado em risco a segurança dos usuários durante a prestação dos serviços 
públicos. Devem ser prestados de maneira cuidadosa. 
 
 
· 
Princípio 
da Atualidade: 
modernidade das técnicas, do equipamento, das instalações e a sua conservação, 
bem como a melhoria e expansão do serviço. 
 
 
· 
Princípio 
da Modicidade das Tarifas: 
impõe a fixação de preços mais acessíveis aos usuários. 
 
 
· 
Princípio 
da Cortesia: aquele que 
for incumbido da prestação do serviço deverá fazê-lo de forma cortês e educada, 
com respeito ao usuário. 
 
 
· 
Princípio 
da Generalidade: Também 
chamado princípio da universalidade. Dispõe que os serviços devem ser prestados 
com a maior amplitude possível, de forma a beneficiar o maior número possível 
de indivíduos. Mas também significa que os serviços devem ser prestados sem 
discriminação entre os beneficiários, quando tenham as mesmas condições 
técnicas e jurídicas para a fruição. Aplica-se assim, o princípio da isonomia, 
mais especificamente, da impessoalidade. 
 
 
· 
Princípio 
da Continuidade: A 
prestação de serviços públicos não deve sofrer interrupção, de forma a evitar 
colapsos nas múltiplas atividades particulares. A continuidade deve estimular o 
Estado ao aperfeiçoamento e à extensão do serviço, recorrendo à tecnologia 
moderna de forma a adaptar-se a atividade às novas exigências sociais. 
 
 
· 
Princípio 
da Eficiência: Os 
serviços públicos devem ser prestados com a maior eficiência possível, em 
conexão com o princípio da continuidade. Para isso, o Estado deve atualizar-se 
mediante os avanços tecnológicos, de modo que a execução seja mais proveitosa e 
com menor dispêndio. Periodicamente deve ser feita uma avaliação sobre o 
proveito do serviço prestado, com o objetivo de adequar o serviço à demanda 
social. 
 
 
· 
Princípio 
da Regularidade: Estipula 
que a prestação do serviço deve observar as condições e horários adequados 
diante dos interesses da coletividade, sem atrasos ou intermitências. 
 
 
 
 
 
Categoria 
dos Serviços Públicos 
 
 
a​) ​serviços 
coletivos (uti universi)​: São aqueles serviços prestados a agrupamentos 
indeterminados de indivíduos, de acordo com as opções e prioridades da administração 
em conformidade com os recursos que disponha. 
 
 
Ex​: SUS, pavimentação de ruas, 
abastecimento de água. Para a coletividade. 
 
 
b) 
serviços 
singulares (uti singuli)​: São utilizados a destinatários 
individualizados, sendo mensurado a utilização por cada um dos indivíduos. 
 
 
Ex​: Serviço de energia domiciliar, uso de 
linha telefônica. Para pessoa específica. 
 
 
 
 
 
Licitação 
 
 
Ø 
É 
um procedimento prévio para a escolha da proposta mais vantajosa para a 
administração pública antes da celebração de um contrato administrativo. ​Art. 37, XXI, 
CRFB/88​. 
 
 
Ø 
As 
obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de 
licitação pública que assegure igualdade de condições a todos concorrentes. 
 
 
 
 
 
Princípios 
da licitação 
 
 
a) 
Isonomia: Tratamento igualitário, todos licitantes serão tratados da 
mesma maneira. 
 
 
b) 
Legalidade: Deve ser cumprido o que está na lei. ​Art. 4º, Lei nº 8666/93​. 
 
 
c) 
Impessoalidade: Não deve haver desigualdade entre os licitantes. 
 
 
d) 
Moralidade: Probidade, ética, boa-fé. 
 
 
e) 
Publicidade: Os atos praticados pela administração devem ser acessíveis 
aos administrados. ​Ex​: placa para 
avisar sobre radar instalado em determinado local. ​Arts. 3º, §3º; 39 e 40 da Lei nº 8.666/93​. 
 
 
Modalidades 
Licitatórias​ (Lei 
8.666/93) 
 
 
a) 
Concorrência: Quaisquer interessados que, na fase inicial, comprovem 
possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução 
de seu objeto. 
 
 
Ø 
É a 
modalidade licitatória mais rigorosa. ​Art. 22, §1º da Lei 8.666/93​. 
 
 
b) 
Tomada de preços: Interessados devidamente cadastrados que atenderem a 
todas condições exigidas para cadastramento. ​Art. 22, §2º da Lei nº 8.666/93​. 
 
 
c) 
Convite: Interessados do ramo de seu objeto cadastrados ou não. ​Art. 22, §3º da Lei 
nº 8.666/93​. 
 
 
d) 
Concurso: Modalidade para escolha de trabalho, técnico, científico ou 
artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores. ​Art. 22, § 4º da 
Lei nº 8.666/93​. 
 
 
e) 
Leilão: Para quaisquer interessados para venda de bens móveis inservíveis 
para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados. ​Art. 22, § 5º da 
Lei nº 8.666/93​. 
 
 
 
 
 
1. 
Fracionamento do objeto:​ deverá ser 
realizado com o valor total da obra. ​Art. 23, §2º da Lei nº 8.666/93​. 
 
 
2. 
Modalidade mais rigorosa: ​Art. 23, §4º da Lei nº 8.666/93​. 
 
 
 
 
 
Contrato 
de Concessão 
 
 
Conceito: Espéciede contrato no qual é delegado 
ao particular a prestação de um serviço público, a execução de uma obrigação 
pública ou o uso de um bem público. ​Art. 175, CRFB/88​. 
 
 
Ø 
Modalidade 
licitatória: ​concorrência​. ​Art. 2º, II, Lei nº 8.987/95. 
 
 
Ø 
Encargos 
do poder concedente 
(Adm. Pública): ​Art. 
29, Lei nº 8.987/95​. 
 
 
Ø 
Encargos 
da concessionária 
(empresa privada): ​Art. 31, Lei nº 8.987/95​. 
 
 
 
 
 
Ø 
Formas 
de extinção do contrato: ​Art. 35, Lei nº 8.987/95​. 
 
 
 
 
 
a) Termo 
contratual: fim do prazo. 
 
 
b) Encampação: 
Quando o ente privado presta serviço público e a Adm. resolve tomar para si 
aqueles serviços. Necessita de autorização legislativa. 
 
 
c) Recisão: 
Quando a própria Adm. dá ensejo ao contrato. ​Art. 39, Lei 8.987/95​.

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