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Resenha do Vídeo " O cérebro que se transforma"

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3
Jacqueline Borges
Luciano Rodrigues
Epistemologia do conhecimento
“O cérebro que se Transforma”: Resenha do Vídeo
O Vídeo de Norman Doidge aborda uma temática relativamente nova e interessante: A Plasticidade cerebral. Segundo Doidge o cérebro tem a capacidade de se transformação, desde que estimulada, a neuroplasticidade “a propriedade que permite ao cérebro modificar sua própria estrutura e seu funcionamento em resposta a atividades e experiências mentais”.
Até então, cientistas, médicos, e pacientes acreditavam que o cérebro de pessoas, que sofreram AVC, tiveram algum tipo de paralisia Cerebral decorrente de acidentes, doenças ou quimioterapias, nasceram com problemas cognitivos ou motores, estaria comprometido permanentemente. No entanto, várias pesquisas e estudos foram relatados no vídeo comprovando que o Cérebro é Plástico, e se for estimulado corretamente pode mudar os quadros clínicos citados acima. 
Todas essas descobertas foram possíveis com os avanços nas das pesquisas no campo das neurociências, um dos pioneiros foi Paul Bach-y-Rita, que após uma experiência pessoal, começou a pesquisar um dispositivo que pudesse ajudar a reprogramar o cérebro. Seu objeto de estudo fundamentou-se, primeiramente, na Neurociência Visual. O dispositivo criado pelo médico foi uma prótese ou um dispositivo sensorial que ao provocar estímulos nas costas ou na língua de um paciente cego, com sinais vindos de uma câmera de vídeo, faz com que ele capte as informações tal qual a retina. A forma como essas sensações entram no cérebro são irrelevantes, mas as ações do cérebro a partir dessas sensações são chaves para o desenvolvimento de potencialidades que podem significar a mudança na vida de várias pessoas.
Uma das entrevistadas tivera um comprometimento cerebral diagnosticado como permanente. Faltava-lhe equilíbrio, para levantar-se, andar, e executar tarefas simples do dia-a-dia. Ao usar um dispositivo na cabeça com os sensores na língua, o cérebro da paciente recebeu as informações e enviou ao troco encefálico que processou o tato, então o cérebro redirecionou a informação para a região que controla o equilíbrio. Desta forma, o cérebro, dito como permanentemente comprometido, reprogramou seu funcionamento, buscando caminhos alternativos para que o equilíbrio da paciente fosse reestabelecido. 
A partir dos resultados das experiências de Paul, surgiram outros estudiosos que acreditaram, pesquisaram e documentaram a neuroplasticidade, elaborando meios para que o cérebro de qualquer pessoa pudesse ser reprogramado. Assim, pessoas, com dificuldade de aprendizagem, com síndromes que causam dificuldades em processar informações, ou outras limitações decorrentes de acidentes e/ou tratamentos invasivos, puderam ter seu desenvolvimento cognitivo reparado, através de exercícios específicos capazes de fortalecer o cérebro. 
O vídeo acrescenta, ainda, pesquisas e experiências com a neuroplasticidade em pacientes que sofrem algum comprometimento motor, advindos de acidentes, derrames ou outras doenças, enfatizando a relação entre a atividade cerebral e o comportamento. Controle motor é um processo no qual visa maximizar um estímulo inicial ou adquirido, tornando um aprendizado. A neurociência demonstra que o SNC é adaptável não somente durante o desenvolvimento, mas também por toda vida. E pode ser melhorada com o enriquecimento do estudo da neuroplasticidade para melhora do controle motor que é estimulado por influências ambientais e comportamentais (UM P-HRED,2004).
Discute-se a questão do espectro autista, que pode gerar uma plasticidade anormal, excessiva, quando o cérebro está conectado demais, invasão de pensamentos, comportamentos repetitivos, assim estuda-se a possibilidade “usar a capacidade de estimulação cerebral para modular atividades, para suprimir a tendência à plasticidade e amenizar os sintomas das doenças” Pascual-Leone. Ainda cita e exemplifica a possibilidade de reestruturar a anatomia cerebral usando a imaginação, mais uma vez observa-se a relação entre SNC e o comportamento, segundo sua pesquisa, quando o pensamento pode mudar o mapa cerebral.
O documentário encerra mencionando um homem com dor em membro fantasma, mostrando o SNC utiliza-se da neuroplasticidade na tentativa de recuperar funções perdidas e/ou, principalmente, fortalecer funções similares relacionadas às originais a partir de exercícios específicos.
Por fim, relata a história de uma menina que nasceu com metade do cérebro e, mesmo com algumas limitações, desenvolveu seu cognitivo. 
	As pesquisas sobre Neurociências e Neuroplasticidade, ao longo dos últimos 40 anos, alicerçaram as experiências relatadas no documentário, constatando que profissionais de diferentes áreas, médicos, psicólogos, psicopedagogos, neuropsicopedagogos, fisioterapeutas, professores e outros, são beneficiados por estes estudos, contribuindo para a melhora ou, em alguns casos, a cura de pessoas com os comprometimentos relatados.

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