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Urbanização e Modernidade no Brasil Império

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Questão 1/5 - História e Historiografia do Brasil Império
Observe o seguinte gráfico:
Jornais (por título) publicados no Rio de Janeiro entre1821 e1848, portanto, à época regencial:
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FELDMAN, Ariel. Brasil Império: história, historiografia e ensino de História. Curitiba: Intersaberes, 2018. p. 129. 
Considerando o gráfico acima e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre espaços públicos de discussão política no período regencial, assinale a alternativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	O gráfico demonstra como no início do período regencial ocorreu um arrefecimento do debate público no Rio de Janeiro com diminuição do número de jornais.
	
	B
	É possível perceber que, logo após o fechamento da Assembleia Constituinte, há um aumento do número de jornais na corte, indicando inexistência na relação entre debate parlamentar e jornalístico.
	
	C
	O gráfico traz indícios importantes que associam a intensificação das manifestações de rua ao aumento do debate jornalístico, pois o início das regências presenciou inúmeros motins urbanos na corte bem como o aumento do número de jornais.
Você acertou!
O gráfico mostra que o início do período regencial, iniciado após a abdicação do imperador em 1831, foi o que mais presenciou títulos de jornais na corte nas duas primeiras décadas após a independência. Dessa forma, é possível realizar uma relação entre o aumento do número de periódicos e a intensificação de manifestações de rua, tendo em vista que nos primeiros anos da década de 1830 observam-se, como consta no livro-base (p. 127-130), inúmeros motins urbanos no Rio de Janeiro. O gráfico indica, também, um decréscimo nos títulos de jornais que circularam na corte nos dois anos subsequentes ao fechamento da Assembleia Constituinte, em novembro de 1823. O fato de o gráfico iniciar sua série histórica em 1821 não é fortuito, tendo em vista que o número de jornais em circulação no Rio de Janeiro só pôde chegar a mais de uma dezena por causa da liberdade de imprensa decretada pela revolução liberal luso-brasileira, iniciada em 1820.  Por fim, o historiador precisa ter cautela para não generalizar a todo território brasileiro as análises realizadas em torno desse gráfico, pois ele indica apenas dados relativos ao Rio de Janeiro.
	
	D
	Percebe-se que a liberdade de imprensa decretada durante a revolução liberal luso-brasileira iniciada em 1820 pouco interferiu no debate jornalístico do Rio de Janeiro.
	
	E
	A observação atenta desse gráfico confere ao historiador a possibilidade de realizar análises aplicadas a todo território brasileiro.
Questão 2/5 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte trecho do jornal O Dezenove de Dezembro, publicado em Curitiba em 1854: 
“É um gosto ler agora os jornais da corte! Sessões de Parlamento, iluminação a gás, estradas de ferro, companhia lírica italiana! Tudo o que é belo, útil e agradável ali acha o seu elemento! Como vai em progresso a nossa bela corte! É uma pena que também não estejamos assim tão adiantados”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PARANÁ. O Dezenove de Dezembro. Curitiba, n. 10, 3 jun. 1854. p. 2. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre urbanização e modernidade no Brasil no final do século XIX e início do XX, assinale a alternativa correta:
Nota: 0.0
	
	A
	Nas últimas décadas do século XIX, observam-se poucos avanços tecnológicos e reduzidas modificações na estrutura urbana das grandes cidades.
	
	B
	Os grandes centros urbanos, no último quartel do século XIX, tiveram diminuição de população devido ao processo migratório em direção ao mundo rural.
	
	C
	As melhorias urbanas estiveram, nas últimas décadas do século XIX, diretamente vinculadas ao sentimento do advento da modernidade.
No livro-base, consta como ocorreu um vertiginoso processo de crescimento de grandes centros urbanos no Brasil no final do século XIX e início do XX, o qual esteve diretamente vinculado à construção de ferrovias e inovações tecnológicas que modificaram a estética das cidades (livro-base, p. 211-216). Ademais, o autor do livro-base analisa um sentimento difuso na sociedade brasileira nas últimas décadas do império, isto é, o sentimento do advento da modernidade, mostrando que esse sentimento esteve vinculado a inovações tecnológicas e à diminuição do tempo de locomoção por conta da navegação a vapor e das ferrovias, que contribuíram para uma sensação, também difusa, de aceleramento do tempo histórico (livro-base, p. 216-221).
	
	D
	A partir de 1850, enquanto as grandes potências internacionais, como França e Inglaterra, construíam ferrovias, essa tecnologia pouco afetou a realidade brasileira.
	
	E
	O progresso, para quem viveu no final do século XIX, pode ser definido como um sentimento de estagnação, isto é, de que o tempo estaria parado e a sociedade pouco se modificava.
Questão 3/5 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte trecho da carta que o historiador Varnhagen escreveu a D. Pedro II em 1857:
“[É necessário] ir assim enfeixando-as /as províncias/ todas e fazendo bater os corações dos de umas províncias em favor dos de outras, infiltrando a todos nobres sentimentos de patriotismo de nação, único sentimento que é capaz de desterrar o provincialismo excessivo, do modo que desterra o egoísmo, levando-nos a morrer pela pátria ou pelo soberano que personifica seus interesses, sua honra e sua glória”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GUIMARÃES, Manoel. L. L. Salgado. Nação e civilização nos trópicos: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 1, p. 5-27, 1988. p. 18.
Considerando esse extrato de documento histórico e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre identidade nacional brasileira, assinale a alternativa correta:
Nota: 0.0
	
	A
	Varnhagen defende o amor às províncias acima do amor ao Brasil.
	
	B
	O documento histórico em questão é uma defesa das revoltas separatistas que aconteceram durante o período regencial.
	
	C
	Varnhagen chama a atenção para o perigo do sentimento nacional (nacionalismo), sentimento que é capaz de gerar guerras e conflitos.
	
	D
	O extrato de documento critica o excesso  de amor às províncias, tendo em vista que o amor à pátria deveria ser superior.
Esse extrato de documento histórico mostra que Varnhagen entende que o amor à Patria e à Nação (Brasil) deve estar acima do amor às províncias. Varnhagen critica, dessa forma, o “provincialismo excessivo”, que entende ser egoísta, e mostra a importância do sentimento nacional, o nacionalismo (livro-base, p. 109). Como consta no livro-base, trata-se de uma defesa da unidade nacional, relativamente ameaçada pelas revoltas e rebeliões ocorridas durante o período regencial (livro-base, p. 108-110).
	
	E
	Varnhagem estimula a rivalidade entre as províncias.
Questão 4/5 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte fragmento de texto, escrito pelo historiador João José Reis, o qual teceu reflexões sobre a trajetória de Manoel Joaquim Ricardo, um africano hauçá que desembarcou na Bahia escravizado e faleceu, em 1865, livre e rico: 
“Para dar conta de uma percepção mais dinâmica [...], sugiro o termo ladinização, quederiva de um conhecido vocábulo ‘nativo’ e historicamente situado: ladino, o contraponto do negro novo ou boçal. [...] [Manoel Joaquim Ricardo] era ladino, africano que aprendera a entender e manipular muitos dos símbolos culturais, protocolos sociais e circuitos mercantis do Brasil escravista, que se tornou perito nos costumes e valores do homem branco, sem abandonar muitos dos costumes e valores africanos, embora sobre estes os arquivos só nos ofereçam pistas quase apagadas. Ao mesmo tempo, sua ladinização percorreu, em larga escala, a trilha da pan-africanização, por assim dizer. Foi dentro da comunidade africana mais ampla – e não apenas do seu grupo étnico, insisto – que suas proezas puderam ser mais bem apreciadas e traduzidas em poder social e provavelmente político”.   
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, J. J. De escravo a rico liberto: a trajetória do africano Manoel Joaquim Ricardo na Bahia oitocentista. Revista de História, São Paulo, n. 174, p. 15-68, jan./jun. 2016. p. 61,62. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre cultura afro-brasileira no século XIX segundo João José Reis, assinale a alternativa correta:
 
Nota: 20.0
	
	A
	Reis vincula-se a uma corrente historiográfica que valoriza a manutenção de traços culturais étnicos africanos no Brasil oitocentista.
	
	B
	Segundo Reis, Manoel Joaquim Ricardo manteve intactos os costumes e tradições hauçás no Brasil.
	
	C
	Reis sugere o uso do termo ladino para definir a trajetória de um africano que, no Brasil, se apropriou de códigos culturais dos brancos e de outros grupos étnicos africanos.
Você acertou!
“Alguns estudiosos da diáspora africana na América enfatizam a noção de que a identidade e a cultura desses escravos eram transformadas, ressignificadas e adaptadas. Esse primeiro grupo de estudiosos destaca, dessa forma, a transformação cultural dos povos africanos – retirados, de forma traumática, de sua terra natal (Graham [...]). Outros pesquisadores, no entanto, procuram destacar que, ao chegarem do outro lado do oceano, os africanos buscavam viver dentro de sua etnia, mantendo laços culturais com sua terra de origem. Esse segundo grupo de estudiosos enfatiza, assim, a manutenção de traços culturais étnicos oriundos da África. Segundo esses historiadores, o fato de os navios negreiros trazerem, para os mesmos portos na América, muitas pessoas de uma mesma etnia contribuíram para essa manutenção cultural (Graham [...])” (livro-base, p. 153,154). Percebe-se, nitidamente, que João José Reis vincula-se ao primeiro grupo de estudiosos, o que prefere enxergar transformação cultural ao invés da manutenção dos traços étnicos africanos nas Américas, sugerindo o uso do termo ladino para definir culturalmente esses africanos que se reinventavam do outro lado do Atlântico (livro-base, p. 157-160).  
	
	D
	Para Reis, Manuel Joaquim Ricardo conseguiu sua ascensão social e econômica por contar com a ajuda de seu grupo étnico de origem.
	
	E
	Pan-africanização é, segundo Reis, a convivência de africanos escravizados no Brasil dentro de seu grupo étnico.
Questão 5/5 - História e Historiografia do Brasil Império
Atente para a seguinte citação: 
“Foi [...] a partir de fins dos anos 1960 que intelectuais nacionalistas e de esquerda do Rio da Prata promoveram Solano López a líder anti-imperialista. Esse revisionismo [...] apresenta o Paraguai pré-guerra como um país progressista, onde o Estado teria proporcionado [...] o bem-estar de sua população, fugindo [...] à subordinação à Inglaterra. [...] Essa teoria conspiratória vai contra a realidade dos fatos e não tem provas documentais”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DORATIOTO, Francisco. F. M. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 19,20. 
Considerando esse excerto de texto informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre a historiografia brasileira sobre a Guerra do Paraguai, assinalem a alternativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	A citação acima é uma crítica a uma vertente historiográfica que aponta os interesses ingleses como o principal fator causador da Guerra do Paraguai.
Você acertou!
No livro-base, há uma síntese do debate historiográfico que buscou investigar as causas da Guerra do Paraguai (livro-base, p. 191-195). Segundo consta no livro-base (p. 196), três vertentes historiográficas explicaram a guerra da seguinte forma: “Para a vertente tradicional militar patriótica (1864-1930), a principal causa da guerra foi a atitude autoritária do líder paraguaio, sendo que o conflito foi interpretado como um choque entre civilização (Brasil) e barbárie (Paraguai). Para o revisionismo de esquerda [de 1960 a 1980], por sua vez, a razão do conflito estava no imperialismo britânico e no processo de expansão do capitalismo industrial inglês. Por fim, para o neorrevisionismo (ou historiografia moderna [década de 1990 aos dias atuais]), a guerra foi essencialmente um conflito interno da América do Sul” (livro-base, p. 196). O extrato de texto citado no enunciado da questão é uma crítica aguda ao revisionismo de esquerda, que interpretou Solano Lopez como líder anti-imperialista, que vislumbrou o Paraguai pré-guerra como um país progressista e que definiu os interesses imperialistas ingleses como o principal fator causador do conflito. 
	
	B
	O extrato de texto acima citado é um elogio aos intelectuais de esquerda que interpretaram, a partir de fins dos anos 1960, o Paraguai pré-guerra como nação progressista.
	
	C
	O trecho de texto mencionado é uma comprovação de que a historiografia sobre a Guerra do Paraguai pouco modificou suas intepretações a partir da década de 1960.
	
	D
	A citação em análise sobrepõe os interesses ingleses às rivalidades regionais entre nações da América do Sul como fator causador da Guerra do Paraguai.
	
	E
	Para o autor da citação acima mencionada, Solano Lopez foi um importante líder anti-imperialista.

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